"Petroleiros do Brasil destinados a dominar" é o título da matéria do jornal britânico que entrevistou o diretor financeiro da companhia |
A
Petrobras quer se tornar a maior produtora mundial de petróleo de
capital aberto até 2015, segundo afirma o diretor financeiro da
companhia em uma entrevista publicada pelo diário britânico The Guardian
nesta terça-feira. Segundo Almir Guilherme Barbassa, a companhia
pretende mais do que dobrar sua produção na próxima década, para 5,4
milhões de barris de petróleo e gás por dia.
Na
reportagem de página inteira, intitulada “Petroleiros do Brasil
destinados a dominar”, o jornal observa que a série de descobertas de
reservas de petróleo na camada pré-sal “transformaram a sorte da
companhia e catapultaram o Brasil em um dos líderes em energia e um dos
motores econômicos mundiais”.
Segundo
afirma Barbassa ao jornal, a Petrobras será uma das maiores
beneficiárias da legislação brasileira que dá à empresa uma parcela
mínima de 30% sobre cada nova reserva descoberta, além do controle sobre
os novos projetos. O Guardian observa que isso significa que as grandes
petroleiras privadas mundiais, como BP, Shell e ExxonMobil, “terão que
ficar em segundo plano atrás da Petrobras pelo acesso às vastas reservas
brasileiras”.
'Ascensão meteórica'
A
reportagem comenta que grandes descobertas de petróleo em águas
profundas nos últimos anos estão por trás da “ascensão meteórica” da
Petrobras, elevando as reservas comprovadas pela companhia de 11,5
bilhões de barris em 2006 para 30 bilhões de barris. Com a continuidade
da exploração da camada pré-sal, o jornal observa, essas reservas podem
atingir entre 50 bilhões e 100 bilhões de barris, no mesmo nível que as
reservas da Rússia e do Kuwait.
O
jornal relata que, em setembro, a Petrobras levantou US$ 70 bilhões na
maior oferta pública de ações do mundo, deixando o governo brasileiro
com uma participação de 55% na companhia. A reportagem observa que há
obstáculos para que a empresa atinja seus objetivos, como as
dificuldades técnicas para a exploração das reservas na camada pré-sal.
A
empresa pretende investir US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos para
desenvolver as novas descobertas. O jornal relata que, segundo a Agência
Internacional de Energia, somente neste ano os gastos da Petrobras
devem ficar em US$ 44,8 bilhões, o maior valor entre todas as empresas
de capital aberto do mundo.
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