Sakineh Mohammadi Ashtiani, a iraniana acusada
de adultério e condenada à morte por apedrejamento visitou os filhos na
cidade de Tabriz, noroeste do Irã.
As autoridades do país deram a Sakineh a
permissão para o que eles chamaram de "visita fora da prisão", para um
jantar com os filhos.
A iraniana se reuniu com seu filho e filha em
Tabriz com a presença de jornalistas, que assistiram também a imagens de
Sakineh e seu filho, Sajjad Ghaderzadeh, jantando e conversando
calmamente em uma casa da cidade.
Sakineh também afirmou aos jornalistas que não foi torturada na prisão.
"São boatos", disse.
"Qualquer entrevista que eu tenha dado até agora, foi voluntariamente. Ninguém me obrigou. Falei o que queria", acrescentou.
O caso de Sakineh ganhou destaque internacional
quando foi revelado há alguns meses que ela seria executada por
apedrejamento, devido à acusação de adultério. A execução ocorreria
depois que os pedidos de clemência da iraniana foram rejeitados.
Depois de muita pressão internacional, as
autoridades iranianas afirmaram que a sentença de apedrejamento
determinada em 2006 tinha sido suspensa, mas ela ainda enfrentaria a
sentença de morte pelo assassinato do marido.
Pedido
O filho de Sakineh pediu que as autoridades do país não a executassem.
Sajjad Ghaderzadeh afirmou que a família já tinha perdido o pai e não quer perder também a mãe.
Ghaderzadeh foi preso em outubro e libertado
depois do pagamento de fiança, pois conversou com dois jornalistas
alemães sobre o caso de sua mãe. Os dois jornalistas também foram presos
em Tabriz, em outubro, depois da entrevista.
O governo iraniano afirma que os dois,
identificados apenas como um repórter e um fotógrafo, admitiram que
violaram as leis iranianas.
No encontro com seus filhos e com os jornalistas
Sakineh afirmou que planeja processar os dois jornalistas e acrescentou
que eles a "constrangeram".
"Tenho uma reclamação a respeito dos dois
alemães que me constrangeram", disse a iraniana. "Por que eles vieram
aqui? Por que eles vieram aqui e se fingiram de jornalistas?"
Fonte: BBC Brasil
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