Em 1898, o escritor expõe o escândalo do caso Dreyfus que dividiu a França no final do século XIX numa famosa carta intitulada J'accuse! (Eu acuso!)
Émile Zola foi um importante escritor francês, um dos precursores do Naturalismo.
Émile Zola começou sua carreira escrevendo colunas para jornais de Paris. Em 1866, lançou o livro Thérèse Raquin.
O trabalho não era só um romance, mas uma análise científica detalhada
da sociedade, e foi bem recebido pela crítica. O livro marcou o início
do movimento literário Naturalismo.
Mas foi Germinal de 1885 que elevou a estética naturalista a
um nível de realidade e crueza. O romance descreve uma comunidade de
mineiros na França que se rebela contra as condições subumanas que lhes
são impostas. Na década de 1990, a história se transformou em um filme,
estrelado por Gérard Depardieu.
Mesmo se dedicando à literatura, Zola não parou de escrever como
jornalista. Em suas colunas, falava de temas recorrentes da sociedade
francesa daquela época. Além de aproveitar o espaço para criticar
Napoleão III, o escritor também defendia a arte Impressionista de Degas,
Cézanne e Monet, ainda mal vista no final do século XIX. Émile Zola
pode ser visto em um quadro do também impressionista Edouard Manet.
Em 1898, o jornalista começou a se interessar pelo caso Dreyfrus,
escândalo político que dividiu a França no final do século XIX. Quatro
anos antes, a justiça acusou Alfred Dreyfus, um oficial do Exército,
judeu, de traição. O processo foi conduzido de forma fechada ao público e
uma fraude acabou por condenar Dreyfus culpado. A sentença se baseou em
documentos falsos, oficiais de alta patente franceses tentaram ocultar o
erro. Parecia patente o antisemitismo do caso.
Convencido da inocência do oficial do Exército francês, Émile Zola escreveu um artigo — chamado J’accuse
– para denunciar quatro pessoas que estariam envolvidas na fraude, da
qual Alfred Dreyfrus foi vítima. A publicação levou à reabertura da
investigação e resultou na mudança do veredito após longos debates.
Menos de cinco anos depois da publicação, o escritor francês foi
encontrado em seu apartamento morto por asfixia, aparentemente devido a
entupimento na chaminé de sua lareira, no dia 29 de setembro de 1902.
Existem suspeitas de assassinato.
Fonte: Opinião e noticia
Nenhum comentário:
Postar um comentário