terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Émile Zola e o naturalismo frances...

Em 1898, o escritor expõe o escândalo do caso Dreyfus que dividiu a França no final do século XIX numa famosa carta intitulada J'accuse! (Eu acuso!)

Émile Zola/ histoire-en-ligne.comÉmile Zola foi um importante escritor francês, um dos precursores do Naturalismo.
Émile Zola começou sua carreira escrevendo colunas para jornais de Paris. Em 1866, lançou o livro Thérèse Raquin. O trabalho não era só um romance, mas uma análise científica detalhada da sociedade, e foi bem recebido pela crítica. O livro marcou o início do movimento literário Naturalismo.
Mas foi Germinal de 1885 que elevou a estética naturalista a um nível de realidade e crueza. O romance descreve uma comunidade de mineiros na França que se rebela contra as condições subumanas que lhes são impostas. Na década de 1990, a história se transformou em um filme, estrelado por Gérard Depardieu.
Mesmo se dedicando à literatura, Zola não parou de escrever como jornalista. Em suas colunas, falava de temas recorrentes da sociedade francesa daquela época. Além de aproveitar o espaço para criticar Napoleão III, o escritor também defendia a arte Impressionista de Degas, Cézanne e Monet, ainda mal vista no final do século XIX. Émile Zola pode ser visto em um quadro do também impressionista Edouard Manet.
Em 1898, o jornalista começou a se interessar pelo caso Dreyfrus, escândalo político que dividiu a França no final do século XIX. Quatro anos antes, a justiça acusou Alfred Dreyfus, um oficial do Exército, judeu, de traição. O processo foi conduzido de forma fechada ao público e uma fraude acabou por condenar Dreyfus culpado. A sentença se baseou em documentos falsos, oficiais de alta patente franceses tentaram ocultar o erro. Parecia patente o antisemitismo do caso.
Convencido da inocência do oficial do Exército francês, Émile Zola escreveu um artigo — chamado J’accuse – para denunciar quatro pessoas que estariam envolvidas na fraude, da qual Alfred Dreyfrus foi vítima. A publicação levou à reabertura da investigação e resultou na mudança do veredito após longos debates.
Menos de cinco anos depois da publicação, o escritor francês foi encontrado em seu apartamento morto por asfixia, aparentemente devido a entupimento na chaminé de sua lareira, no dia 29 de setembro de 1902. Existem suspeitas de assassinato.

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