O coordenador da Coordenação de Educação Escolar Indígena da
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do
Ministério da Educação, Gersen Luciano dos Santos, reuniu-se na tarde
desta quarta-feira (1º) com o diretor pedagógico da Secretaria de Estado
da Educação (Seduc), Silvio Rocha. “A Secretaria tem o desafio de
retomar a construção de um projeto político pedagógico para as 72
escolas indígenas e formar educadores para nela atuarem”, resumiu Rocha.
O coordenador do MEC declarou que desde 2008 o Estado do Rio Grande do
Sul tem permanecido ausente das discussões sobre a educação escolar dos
povos indígenas, e que 2011 é o ano de planejar e definir as ações a
serem executadas a partir de 2012.
“O Rio Grande do Sul tem um papel importante a desempenhar na Região Sul”, frisou Gersen. Dos 234 povos indígenas do país, o Estado tem três: os Guaranis (que se concentram nas Regiões Sul e Sudeste, do rio Grande do Sul ao Espírito Santo), os Kaingangues (que vão do RS a São Paulo) e os Charruas, estes também presentes no Uruguai e Argentina. No RS, o censo 2010 aponta a existência de 33 mil indígenas, com demanda educacional estimada de cinco mil estudantes do Ensino Fundamental. Na Região Sul, o total de indígenas chega a 75 mil pessoas. Nos três estados da Região, a população indígena corresponde, em média, a 0,3% da população total.
Silvio Rocha reiterou que a Seduc atuará de forma articulada com o MEC. Entre as iniciativas que podem ser efetivadas está a parceria Ministério-Secretaria-Universidade Federal visando à formação de educadores. O coordenador do MEC informou que o Censo demográfico aponta crescimento da população indígena em todo o País, devido à melhoria das condições de vida e a fatores culturais, como a não utilização de planejamento familiar pelos povos. “Isso indica que a demanda por escolaridade também tende a crescer”, disse Gersen, reiterando que, para o Ministério, a Região Sul do País terá como principal necessidade a formação de educadores. Quatro turmas, em nível de graduação, estão sendo formadas em outras regiões do país. O Sul e o Sudeste só contam com uma turma, iniciada em Santa Catarina neste ano.
Em âmbito nacional, o Ministério da Educação tem fomentado a ideia de criação, a médio prazo, dos territórios étnico-educacionais, instrumento de gestão que permitirá maior conhecimento das realidades e especificidades dos povos para definir prioridades e planejar a ação e a política educacional a ser implementada. Gersen dos Santos enfatiza que é função da educação indígena trabalhar e garantir a especificidade de cada povo sem negar aos povos indígenas o acesso ao conhecimento universal. Os territórios étnico-educacionais estão sendo implementados em maior número nas regiões Centro-Oeste e Norte do País. No Nordeste, o trabalho está iniciando. A intenção é inserir o Sul e o Sudeste no menor espaço de tempo possível. “Com os territórios, poderemos mapear a realidade; esse mapeamento vai gerar práticas pedagógicas e de gestão que atendam as necessidades específicas”, exemplifica o coordenador da educação indígena do MEC. Os territórios étnico-educacionais estão previstos no Projeto de Lei que trata do Plano Nacional de Educação (art. 7º, § 3º).
A agenda do coordenador do MEC na Seduc incluiu encontro com representantes de professores indígenas e do Departamento Administrativo. Os assessores de Educação Indígena da Coordenação da Gestão da Aprendizagem do Departamento Pedagógico da Seduc, Rodrigo Venzon e João Maria Fortes acompanham o roteiro de Gersen dos Santos na Secretaria.
“O Rio Grande do Sul tem um papel importante a desempenhar na Região Sul”, frisou Gersen. Dos 234 povos indígenas do país, o Estado tem três: os Guaranis (que se concentram nas Regiões Sul e Sudeste, do rio Grande do Sul ao Espírito Santo), os Kaingangues (que vão do RS a São Paulo) e os Charruas, estes também presentes no Uruguai e Argentina. No RS, o censo 2010 aponta a existência de 33 mil indígenas, com demanda educacional estimada de cinco mil estudantes do Ensino Fundamental. Na Região Sul, o total de indígenas chega a 75 mil pessoas. Nos três estados da Região, a população indígena corresponde, em média, a 0,3% da população total.
Silvio Rocha reiterou que a Seduc atuará de forma articulada com o MEC. Entre as iniciativas que podem ser efetivadas está a parceria Ministério-Secretaria-Universidade Federal visando à formação de educadores. O coordenador do MEC informou que o Censo demográfico aponta crescimento da população indígena em todo o País, devido à melhoria das condições de vida e a fatores culturais, como a não utilização de planejamento familiar pelos povos. “Isso indica que a demanda por escolaridade também tende a crescer”, disse Gersen, reiterando que, para o Ministério, a Região Sul do País terá como principal necessidade a formação de educadores. Quatro turmas, em nível de graduação, estão sendo formadas em outras regiões do país. O Sul e o Sudeste só contam com uma turma, iniciada em Santa Catarina neste ano.
Em âmbito nacional, o Ministério da Educação tem fomentado a ideia de criação, a médio prazo, dos territórios étnico-educacionais, instrumento de gestão que permitirá maior conhecimento das realidades e especificidades dos povos para definir prioridades e planejar a ação e a política educacional a ser implementada. Gersen dos Santos enfatiza que é função da educação indígena trabalhar e garantir a especificidade de cada povo sem negar aos povos indígenas o acesso ao conhecimento universal. Os territórios étnico-educacionais estão sendo implementados em maior número nas regiões Centro-Oeste e Norte do País. No Nordeste, o trabalho está iniciando. A intenção é inserir o Sul e o Sudeste no menor espaço de tempo possível. “Com os territórios, poderemos mapear a realidade; esse mapeamento vai gerar práticas pedagógicas e de gestão que atendam as necessidades específicas”, exemplifica o coordenador da educação indígena do MEC. Os territórios étnico-educacionais estão previstos no Projeto de Lei que trata do Plano Nacional de Educação (art. 7º, § 3º).
A agenda do coordenador do MEC na Seduc incluiu encontro com representantes de professores indígenas e do Departamento Administrativo. Os assessores de Educação Indígena da Coordenação da Gestão da Aprendizagem do Departamento Pedagógico da Seduc, Rodrigo Venzon e João Maria Fortes acompanham o roteiro de Gersen dos Santos na Secretaria.
Fonte: seduc-rs
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