Um grupo de estudantes, professores, artistas, jornalistas e de
outras categorias de trabalhadores promoveu um ato público dia 11 de
abril, em Bagé, para homenagear a memória dos desaparecidos, torturados e
mortos pela ditadura militar. A manifestação ocorreu na mesma hora em
que era lançado no Clube Comercial o livro “Médici, a verdadeira
história”, de autoria dos coronéis reformados Claudio Heráclito Souto e
Amadeu Deiro Gonzalez. Carregando faixas e cartazes com fotos de
desaparecidos e mortos pela ditadura, os manifestantes distribuíram
panfletos para os participantes da homenagem ao ditador Médici, que é
natural do município. “Bagé pede desculpas ao Brasil”, dizia um dos
cartazes.
Um dos organizadores da homenagem foi para a calçada e “mandou” um
policial militar permanecer ali para “garantir a segurança” de seus
convidados. Não houve nenhum incidente de violência, só o
constrangimento e a irritação visível na face de alguns dos admiradores
do militar. Ao som de músicas de Tom Zé e Geraldo Vandré, os
manifestantes leram o nome de todas as pessoas assassinadas durante o
período em que Médici foi ditador do Brasil. E garantiram que estarão em
qualquer futura manifestação que pretenda homenagear líderes da
ditadura. O vídeo da manifestação é uma produção de Maria Bonita Comunicação.
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