domingo, 1 de julho de 2007

Adphone - Ligação Gratuita P/ Tel. Fixo





Muito bom é facil de usar testado e aprovado faz ligações para sua cidade e para outros Estados.É o seguinte esse programinha aqui deixa vc telefonar para telefones fixos e sua conversa pode durar até 2 minutos. Depois que passar os 2 minutos vc pode ligar de novo para a pessoa e continuar a conversa. vc só precisa se cadastrar e fazer seu login e depois é só ligar. Para se cadastrar é só instalar o programa e executar ele que lá estará um link para vc se cadastrar no site... Lembrando que para efetuar uma ligação deve se colocar primeiro o DDD do estado que vc vai ligar. Por Exemplo se eu fosse ligar para Minas (34) 32345678 você vai colocar assim = 3432345678 fácil né?


Errare Humanum Est - Jorge Ben



A frase de início é boa. Causa impacto! Mas a obra que se apresenta de Jorge Ben (nessa época, só isso mesmo) é um grande acerto. Obra de mestre!
É possível discorrer sobre cada uma das músicas por um longo período, usando artifícios ou falando abertamente da leveza, da graça e da formosura delas.
Aqui estão unidas a genialidade da poesia, da sabedoria e da musicalidade. São três elementos que se embrenham tão sutilmente, que se entrelaçam tão harmoniosamente que causam confusão! E acho mesmo que essa era a proposta... É o jardim suspenso dependurado no pescoço!
Tem uma sabedoria pura, simplesmente envolvente. Fala do amor e das estrelas! Fala de nós! O que está embaixo é como o que está no alto.
A música é um espetáculo a parte. O som é preenchidinho. Não sobra espaço, formando uma mexida fantástica. Tudo com muita alegria contagiante.

É a descoberta do divino por meio das artes! É a compreensão de que há algo além do horizonte que nossos olhos conseguem divisar!
Aproveitem! Está entre os 10 mais!
Artista:Jorge Ben
Gênero: Música boa

PETER GABRIEL - Discografia










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BIOGRAF











Joe Satriani II






Joe Satriani, guitarrista, apelido : Satch., ex-professor de guitarra, e co-produtor, era baterista, logo depois que Jimi Hendrix faleceu, deixou a bateria de lado e pulou para a guitarra elétrica, dominando-a completamente. Na sua opinão ainda não apareceeu um segundo Jimi Hendrix, do qual é grande admirador, Possui um grande acervo do Jimi Hendrix que considera seu grande herói da guitarra, a cada cd lançado Joe vende milhões de cópias. Desde o seu aparecimento em 1984 com o seu primeiro álbum, Joe tornou-se na voz da guitarra mais reconhecida do seu tempo, ganhando o seu lugar ao lado dos grandes mestres do rock. Como um artista instrumental, as realizações de Satriani são notáveis: É talvez o instrumentista mais bem sucedido na história recente do rock, vendendo milhões de cópias e enchendo salas de espetáculos, contudo preservando sempre uma visão musical forte, bem como o respeito pelos músicos, seus colegas de profissão e pelos fãs da sua música em todo o mundo.

A oferta de Satriani está em criar música instrumental altamente evoluída, usando a estrutura de canções padrão populares que permitem que os ouvintes descubram melodias "tuneful" antes de "dazzled" pelo seu musicalismo aclamado. Seus pontos de referencia estão num morno, tom bluesy e frasear delicado, combinados com os estouros da facílidade técnica, para além dos padrões ajustados por gerações de grandes músicos do rock antes dele.

Joe Satriani nasceu em Westbury, New York, e começou a tocar guitarra aos 14 anos. Em 1971, ensinava guitarra a outros, um de seus estudantes foi Steve Vai. Em 1974, Joe estudou com dois mestres do jazz moderno, o guitarrista Billy Bauer e pianista/compositor Lennie Tristano; quatro anos mais tarde, moveu-se para Berkeley, Califórnia, onde começou uma carreira de 10 anos a ensinar guitarra, como seus estudantes inclui-se: David Bryson (Counting Crows), Kirk Hammett (Metallica), Larry LaLonde (Primus), e Charlie Hunter, entre outros. Em 1984, Joe lança um EP de cinco musicas auto-intitulado com sua própria etiqueta "Rubina", no seguinte ano termina seu primeiro álbum "Not of This Earth", que foi financiado com um cartão de crédito e lançado em 1986 pela Relativity Records.

Em Outubro 1987, Relativity lança o segundo álbum de Satriani "Surfing With The Alien". O álbum transformou-se num fenômeno global, chegando a platina, com mais de um milhão cópias vendidas nos E. U., sózinho e com o seu rosto nas capas de revistas como: "Guitar Player", "Musician", "Guitar World" e em dúzias de outras publicações internacionais. "Surfing With the Alien" foi a solidificação da carreira, onde demonstrou a sua perícia na composição, na guitarra e na criação de talentos. Consequentemente, transformou-se no registo de rock instrumental mais bem sucedido desde o álbum "Wired" de Jeff Beck.

Os álbuns seguintes de Satriani - incluindo "Flying in a Blue Dream" , "The Extremist", "Time Machine", "Joe Satriani", que foi produzido pelo lendário Glyn Johns - despertaram a atenção comercial e da grande critica. Não são apenas os fans que se sentem atraídos pelo seu "felling" e tom único : Instrumentistas de todos os tipos de musica foram atraídos pelo trabalho de Satriani.

Após Joe ter formado a sua banda, Mick Jagger em 1988, convida Joe como guitarrista solo para a sua primeira torné sem os "Rolling Stones". Em 1994, os Deep Purple convidam Satriani para participar como guitarrista solo na sua torné pela Europa e Japão. Em 1996, na torné G3 - com: Joe Satriani, Steve Vai, e Eric Johnson - deram 24 concertos, uma tourné documentada no álbum "G3 Live in Concert" e em vídeo (ambos Epic). Em 1997, Joe une-se com o grande guitarrista de jazz Pat Martino para gravar duas faixas, " Ellipsis " e " Never and After," para a aclamada colecção "all-stars" de Martino "All Sides Now" (Blue Note); no verão do mesmo ano ele está de volta para uma segunda tourné do G3, com Steve Vai (co-starring), Kenny Wayne Shepherd e Robert Fripp. Depois de quase duas décadas de trabalho, este é um músico que quer ainda mudar o rock convencional para algo nunca ouvido antes.

Crystal Planet - 1998

1) Up in The Sky
2) House Full of Bullets
3) Crystal Planet
4) Love Thing
5) Trundrumbalind
6) Lights of Heaven
7) Raspberry Jam Delta-V
8) Ceremony
9) With Jupiter in Mind
10) Secret Prayer
11) A Train of Angels
12) A Piece of Liquid
13) Psycho Monkey
14) Time
15) Z.Z.'s Song

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Joe Satriani - 1995

1) Cool #9
2) If
3) Down, Down, Down
4) Luminous Flesh Giants T
5) S.M.F
6) Look My Way
7) Home
8) Morrocan Sunset
9) Killer Bee Bop
10) Slow Down Blues
11) (You're) My World
12) Sittin' 'Round

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Copiado de: LagrimaPsicodelica

Serra, Folha e a reforma agrária


Altamiro Borges*

Primeiro foi o governador de São Paulo, José Serra, que “teorizou” sobre a inviabilidade econômica da reforma agrária, talvez incomodado com as novas ocupações de terras no Pontal do Paranapanema. Num encontro com a juventude do PSDB, no último final de semana, o tucano-mor afirmou que é “impossível” realizar uma reforma agrária “bem feita”, devido aos custos “caríssimos”.


Ele se baseou num estudo feito no governo FHC, que estimou o gasto desta reforma em US$ 35 mil por família, incluindo desapropriação das terras, créditos rurais e infra-estrutura para os assentados. Revelando que a sua fiel adesão aos dogmas ortodoxos é antiga, ele confessou que chegou a essa conclusão nos anos 70, durante o seu exílio no Chile.

“[A reforma agrária] é impossível, pelos custos... Nenhuma sociedade moderna, dos países que ainda tem agricultura grande, na América Latina, tem dinheiro para fazer uma coisa bem-feita”, afirmou Serra, que também desdenhou de outras duas bandeiras da esquerda, “a maior presença do Estado” e “a luta contra o capital estrangeiro”. Para ele, que não esconde mais sua conversão neoliberal – mais ainda engana muita gente –, estas três propostas “estão superadas”. Na mesma semana, o tucano voltou à carga, desta vez para atacar o MST devido às ocupações de terras – que nem foram organizadas pelo movimento. “Este pessoal não está à vontade na democracia”, esbravejou Serra, logo ele que marca a sua gestão pela truculência.

O “economicismo” dos neoliberais

No mesmo tom, como mero repetidor das “teorias” tucanas, o editorial da Folha de S.Paulo condenou a reforma agrária. Amparado numa pesquisa do Ministério de Desenvolvimento Agrário, afirmou que “o gasto médio para o assentamento de uma família é de R$ 31 mil” – menos da metade do valor alardeado, com ares de verdade, por José Serra. Mesmo assim, o jornal da famiglia Frias questionou: “À diferença de um programa de renda mínima, a reforma agrária se pretende uma política emancipadora. É preciso saber se os empregos gerados se sustentam ao longo do tempo e se produzem um nível mínimo de renda sem o concurso do poder público. Caso contrário, a reforma agrária se torna uma doação contínua de dinheiro do Estado e deveria ser substituída por ações como o Bolsa Família, mais baratas e eficientes”.

Com uma espalhafatosa manchete na capa e um longo artigo na sua principal página de política, a Folha ainda fez terrorismo contra o dinheiro investido na reforma agrária. “O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem desembolsado uma média de R$ 31 mil para assentar cada família sem terra do país. O custo é suficiente para manter por 27 anos um casal com três filhos no programa Bolsa Família”. Mesmo ouvindo o “outro lado” – no qual o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirma que “o valor é alto, mas compensa” –, a Folha insistiu na tese de que é melhor investir no Bolsa Família do que na reforma agrária. Como “partido da direita”, adepto dos dogmas neoliberais, ela prefere as medidas compensatórias às mudanças estruturais, que alterem a concentração de renda e riqueza no Brasil.

Recursos para grileiros e latifundiários

As declarações de José Serra e o editorial de Folha, assim como as reportagens sempre agressivas da TV Globo, revelam que a elite burguesa não gosta nem de ouvir falar numa profunda reforma agrária. Como é um afronta a concentração fundiária, em que 1% dos proprietários detém 56% das terras agricultáveis, ela agora resolveu usar o argumento “econômico” para negar a urgência desta reforma. Ela nunca criticou os milhões do Proer dados por FHC aos banqueiros, ou os milhões do BNDES usados para bancar poderosas corporações ou mesmo os empréstimos do governo aos “donos da mídia”. Quando o dinheiro público é para os ricos, é investimento; quando é para os trabalhadores, é “gastança”. A tese “economicista” serve apenas para esconder a injustiça social e para ocultar o caráter eminentemente político deste tema.

Como denuncia Soraia Soriano, da coordenação nacional do MST, “o governador diz que não é possível fazer a reforma agrária, no entanto, ele continua direcionando recursos para o campo, mas apenas para o grande produtor rural. O governo inclusive está legalizando terras griladas por fazendeiros no Pontal do Paranapanema. Segundo dados do próprio governo, cerca de 400 mil hectares são comprovadamente de terras devolutas na região, invadidas irregularmente por grandes latifundiários”. Para ela, as pretensas razões econômicas contrárias à reforma agrária servem somente para encobrir a perversa distribuição de terras no país. “O problema é político, de justiça social, é não exclusivamente econômico”, opina.

Programa eficiente e barato

Apesar da lentidão da reforma agrária, que tem gerado duras críticas dos movimentos sociais do campo, o governo Lula aparentemente ainda não se dobrou às teses “economicistas”. O próprio ministro Guilherme Cassel fez questão de frisar à Folha que “tenho certeza que a reforma agrária vale a pena, pela ocupação do espaço, pela geração de emprego e renda e pela comparação com outras atividades”. O estudo do seu ministério já provou que cada família assentada representa a geração de 4,7 novos empregos, sendo três deles diretos – o que não foi destacado na citada manchete. Indicou ainda que cada R$ 1 milhão investido pelo governo na reforma agrária reverte-se em 136 empregos diretos, 31 indiretos e outros 46 induzidos (efeito-renda), o que é superior aos resultados alcançados nos setores de transporte, comércio e calçados.

Conforme constatou a jornalista Verena Glass, “o estudo elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) sobre os aspectos orçamentários e financeiros da reforma agrária no Brasil, entre os anos de 2000 e 2005, mostra que o assentamento de agricultores pelo governo é um dos investimentos públicos mais baratos e eficientes na geração de postos de trabalho”. Para o pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Sérgio Leite, especialista na questão agrária, os resultados da reforma agrária na geração de empregos são impressionantes e justificam plenamente os investimentos do governo na área:

“Comparativamente, se pegarmos os dados do Ministério do Trabalho sobre políticas com o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), por exemplo, teremos um custo de R$ 13.600 para a geração de um emprego na indústria, de R$ 25.600 no setor de serviços e R$ 20.300 no comércio. O mesmo cálculo nesses setores, com base no resultado do Programa de Promoção do Emprego e Melhoria da Qualidade de Vida do Trabalhador (Pró-Trabalho), apontou uma despesa de R$ 23.000, R$ 35.500 e R$ 88.300, respectivamente, na geração de um posto de trabalho. Na reforma agrária, o valor cai para R$ 10 mil, considerados apenas os empregos diretos”, explicou Sérgio Leite à jornalista Verena Glass.

Urgência da reforma agrária

A própria “razão econômica” defendida pelos latifundiários, por José Serra e pela mídia é desmontada por outro dado revelador do estudo do MDA: o assentamento de trabalhadores rurais gera mais empregos do que o agronegócio, garante a alimentação da população e é fator indispensável para o desenvolvimento do país. “O sub-setor familiar gera 213 postos de trabalho e o patronal, 84. Ou seja, o primeiro é capaz de criar 2,5 vezes mais ocupações que o segundo... O principal elemento que os diferencia é o emprego direto de cada um deles (136 postos frente a 22). Segundo o mais recente Censo Agropecuário, a agropecuária familiar é responsável por 78% do pessoal ocupado na agricultura”, afirma o documento.

Em síntese, a reforma agrária continua sendo uma exigência política, social e, inclusive, econômica. Os problemas no campo brasileiro não serão resolvidos com programas como o Bolsa Família, assim como deseja a elite burguesa. “A política assistencial é para conter uma situação conflituosa. 200 mil famílias acampadas é uma situação de conflito, que precisa de políticas assistenciais. Mas não resolve as questões estruturantes”, argumenta Sérgio Leite. “Justamente para que as famílias não precisem ficar 27 anos no Bolsa Família é fundamental a reforma agrária”, acrescenta Vicente Marques, assessor especial do MDA.




*Altamiro Borges, Miro é jornalista, Secretário de Comunicação do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro "As encruzilhadas do sindicalismo" (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição)

Proeza: Cuba realiza transplante inédito de células-tronco


O primeiro transplante com células-tronco no sistema nervoso central foi realizado em Cuba, em um homem paraplégico de 32 anos. O paciente, não-identificado, evolui satisfatoriamente três meses após ter sido submetido à inovadora técnica, afirmou o neurocirurgião Amado Delgado Gómez à Agência de Informação Nacional (AIN).


O médico explicou que o paciente recupera a função motora nos membros inferiores e anda com o auxílio de órtese - dispositivo mecânico que exerce forças sobre uma parte do corpo. A técnica aplicada estimula a regeneração do tecido danificado e recupera em grande parte a função motora, depois de vários meses de reabilitação, afirmou o especialista cubano.

Delgado afirmou que se recomenda esse tipo de intervenção no tratamento do mal de Parkinson, dos tumores cerebrais, do mal de Alzheimer, da esclerose múltipla, dos transtornos cerebrais, das más-formações congênitas, enquanto estão em estudo em laboratório outras doenças.

Essa primeira intervenção, realizada por uma equipe integrada por neurocirurgiãos, anestesistas, hematologistas, instrumentistas e enfermeiros, se estenderá a outras instituições hospitalares do país, de acordo com a fonte.

História

Os transplantes de células-tronco são usados também no infarto do miocárdio, em tumores embrionários, no câncer de mama, na clonagem de órgãos e em cirurgias ortopédicas, entre outros. As pesquisas sobre as potencialidades das células-tronco em Cuba começaram em 2003.

No caso do tratamento celular para regeneração de outros tecidos, sua aplicação começou em 2004, primeiro na angiologia, e mais tarde em cardiopatias, segundo o presidente da Comissão Nacional de Tratamento Regenerativo do Ministério da Saúde Pública, Porfirio Hernández.

Instituições científicas e assistenciais cubanas iniciaram cerca de 40 pesquisas, das quais participam ao redor de 140 especialistas.

Fonte: Vermelho

CUBA NA ÁFRICA


Internacionalistas narram suas histórias

POR ROSE ANA DUEÑAS — especial para o Granma Internacional

OS médicos e professores cubanos já são familiares no mundo. Nas últimas cinco décadas, sua solidariedade tem contribuído para a saúde e a educação de milhões de pessoas fora da Ilha e milhares de jovens dos países do Terceiro Mundo estudam gratuitamente em Cuba.

No entanto, muitas pessoas desconhecem a ajuda histórica de Cuba aos movimentos de libertação nacional, nomeadamente na África, por várias razões: em primeiro lugar, pela omissão e/ou deturpação dessa história nos meios de comunicação social; em segundo, pela discrição necessária para proteger a vida dos lutadores, tanto cubanos quanto outros; e finalmente, pelo silêncio modesto dos indivíduos cujas ações contribuíram para mudar a história do mundo.

No passado, os inimigos da Revolução aproveitaram este desconhecimento — inclusive, do mesmo povo cubano — para difundir mentiras e calúnias, visando desacreditar Cuba e os movimentos antiimperialistas.

Tentaram comparar os internacionalistas cubanos com mercenários europeus e norte-americanos. Também afirmaram que Cuba só foi a Angola como fantoche da URSS, criando assim uma imagem completamente falsa dos fatos, e outros repetem a idéia de que o sacrifício não valeu a pena.

Na verdade, a única coisa que os cubanos jamais tiraram de Angola — um país rico em diamantes e petróleo ambicionado pelos imperialistas — foi seus mortos. Além disso, os cubanos determinaram prestar ajuda militar ao novo governo independente só depois, e não antes, de informarem os soviéticos.

Mas, agora, o governo cubano, as Forças Armadas Revolucionárias (FAR) e os mesmos combatentes estão preenchendo esse vazio de informação sobre o que é chamado em Cuba da "epopéia da África".

AGORA PODEMOS FALAR

"Durante certo tempo, preferimos que os próprios povos fizessem a história", comentou o membro do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Jorge Risquet, um dos organizadores da colaboração cubana com Angola.

"Contudo, já decorreram 30 anos. Agora, os que fomos protagonistas daquelas façanhas, daqui a uns anos, já não estaremos mais. Por isso, é melhor que, os que estivemos aí, escrevamos a história. Foi resolvido desclassificar uma série de documentos secretos que foram arquivados durante certo tempo."

Risquet convesou com o Granma Internacional, após um encontro, em 26 de maio passado, do qual participaram 190 dos 437 combatentes cubanos que cumpriram missão na Guiné-Bissau e em Cabo Verde no período de 1966-74.

Organizada pela Associação de Combatentes da Revolução Cubana, se realizou uma reunião destes veteranos, por ocasião do 41º aniversário do início da ajuda a essa luta pela libertação nacional, que fez com que os portugueses compreendessem que o colonialismo na África não podia se manter por mais tempo, como afirmou o general-de-brigada (aposentado) Harry Villegas "Pombo", Herói da República de Cuba, máximo dirigente das missões cubanas na África e vice-presidente da Associação de Combatentes.

Ao lado de Risquet, estava o coronel (aposentado) Pedro Rodríguez Peralta, que comandou as forças cubanas no front sul da Guiné-Bissau e foi preso pelos portugueses desde 1969 até 1974.

"Atualmente, não há combatentes na África, mas sim batas brancas, o exército de batas brancas (referindo-se à ajuda solidária médica)", sublinhou Risquet.

DOIS DOCUMENTÁRIOS NOVOS

A guerra, de per si, não é gloriosa: traz morte e penúrias. Em Angola, esse povo e os cubanos enfrentaram um inimigo que assassinou civis inocentes, como a notória chacina de Cassinga; e às vezes, foram presas da fome e da solidão.

Houve, ademais, heroísmo. Foram ensinados a ler e escrever aqueles que não sabiam. Foram atendidas as vítimas das forças invasoras. Os comboios cubanos de mantimentos fizeram milagres entre a floresta e a caatinga. Compartilharam tudo com seus irmãos africanos na luta, inclusive, na glória, como na decisiva batalha de Cuito Cuanavale, o princípio do fim para o regime racista da apartheid na África do Sul.

Operação Carlota e A Epopéia de Angola, documentários realizados pelo jornalista cubano Milton Díaz Cánter para a televisão cubana, e transmitidos nos finais de 2005 e de dezembro de 2006 a 1º de maio de 2007, respectivamente, são fruto do empenho do realizador, para que os protagonistas preservem e narrem esta historia verdadeira.

Díaz Cánter, combatente internacionalista que cumpriu duas missões em Angola (1976-1977 e 1985-1986), capta a dor, o orgulho e a convicção revolucionária dos combatentes cubanos, muitos deles, bem novos.

O primeiro documentário, Operação Carlota, que mostra dezenas de testemunhos de cubanos sobre a missão militar em Angola — cujo nome em código era operação Carlota — foi dividido em três etapas históricas. Foi transmitido em Cuba nos finais de 2005, por ocasião do 30º aniversário da operação Carlota, cujo nome foi tomado de uma escrava africana que, com um facão na mão, dirigiu uma revolta de escravos na província de Matanzas, em 1843.

O segundo documentário, A Epopéia de Angola, é composto por 22 capítulos — 11,05 horas de duração no total — e inclui, além de imagens valiosas e inéditas, entrevistas a centenas de cubanos e africanos. Destaca não só dirigentes, mas também homens e mulheres comuns que mudaram a história para sempre.

"Os dois seriados foram vertidos para outras línguas; de fato, foram realizados levando em conta sua difusão em outros países", disse Díaz Cánter. Agora está trabalhando num seriado curto (de três horas de duração) para terminar nos finais deste ano uma versão resumida de Epopéia.

LIVROS ÚTEIS

Um livro essencial para compreender a presença cubana na África é Missões em Conflito: Havana, Washington e África, 1959-1976. (2002, University of North Carolina, Chapel Hill), de Piero Gleijeses, professor da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Este volume é fruto de muitos anos de pesquisas, incluindo o acesso que teve o autor aos arquivos cubanos, europeus e norte-americanos, bem como entrevistas com oficiais e líderes africanos.

É completado com Cuba e África: História Comum de Luta e Sangue, de Piero Gleijeses, Jorge Riquet e Fernando Remírez de Estenoz (editora Ciencias Sociales, 2007), dividido em três partes: um ensaio sobre a presença cubana na África de 1975 a 1988; o discurso de Risquet pelo 40º aniversário da missão no Congo, e um ensaio sobre a solidariedade cubana nesse continente desde a década de 1980 até hoje.

Eis outros livros:

Cem horas com Fidel (2006, várias editoras, em espanhol, francês, italiano e inglês), de Ignacio Ramonet.

Passagens da Guerra Revolucionária: Congo (editora Grijalbo-Mondadori, 1999), de Ernesto Che Guevara. (O diário do general-de-brigada Harry Villegas "Pombo" no Congo está em processo de publicação pela Editora Política).

De la Sierra del Escambray al Congo. En la vorágine de la Revolución Cubana (Pathfinder, 2002; Editora Política o publicará neste ano), de Víctor Dreke Moja.

Secretos de generales: desclasificado (editora SIMAR, 1996), de Luis Báez.

Histórias secretas de médicos cubanos (Centro Cultural Pablo de la Torriente Brau, 2005), de Hedelberto López Blanch.

El segundo frente del Che en el Congo. Historia del batallón Patricio Lumumba (editora Abril, 2000), de Jorge Risquet.

Operação Carlota (Revista Verde Olivo), de Milton Díaz Cánter. Compilação de transcrições do documentário.

Nuestra historia aún se está escribiendo: La historia de tres generales cubano-chinos en la revolución cubana (Pathfinder, 2005), de Armando Choy, Gustavo Chui e Moisés Wong.

Cangamba (Verde Olivo, 2006), de Jorge Martín Blandino.

A Batalha de Cabinda (Verde Olivo, 2000), de Ramón Espinosa Martín.

Vitória a sul de Angola (Verde Olivo, 2006), de Pedro Hedí Campos Perales.

Angola: Saeta al norte (editora Letras Cubanas, 2003), de Jorge R. Fernández Marrero e José Ángel Gárciga Blanco.

Trueno justiciero, mis campañas en cielo angolano (editora José Martí, 1998), de Humberto Trujillo Hernández.


O presidente Fidel Castro, no discurso proferido por ocasião do 30º aniversário da missão militar em Angola, e do 49º do desembarque do iate Granma, Dia das Forças Armadas, em 2 de dezembro, disse:

"A história da pilhagem e do saque imperialista e neocolonialista da Europa na África, com o apoio dos Estados Unidos e da OTAN, assim como a solidariedade heróica de Cuba com os povos irmãos, não têm sido suficientemente conhecidas, embora só fosse como estímulo merecido às centenas de milhares de homens e mulheres que escreveram aquela página gloriosa que, para exemplo destas e das futuras gerações, jamais deveriam ser esquecidas. Tudo isso não contradiz a necessidade de continuar divulgando-a."


Solidariedade revolucionária

APÓS a vitória da Revolução, a primeira nação à qual Cuba demonstrou sua solidariedade foi a Argélia, onde lutavam para derrubar o colonialismo francês. Em 1961, um navio cubano levou armas à guerrilha e voltou carregado de feridos e órfãos. Depois, tropas cubanas foram à Argélia para defender suas fronteiras ameaçadas. Além disso, foi o primeiro de muitos países africanos a receberem médicos e pessoal da saúde cubana, tanto os que viviam em paz como aqueles que travavam guerra.

De 1964 a 1965, a chefatura do país respondeu ao pedido das forças de libertação nacional no antigo Congo-Léopoldville — hoje República Democrática do Congo — e o comandante Ernesto Che Guevara, junto a dezenas de combatentes cubanos, foram lutar com eles; outro grupo foi enviado ao antigo Congo-Brazzaville. Nesse tempo, o colonialismo português enfrentava vários movimentos de independência entre os povos da África subsaariana. Em 1966, os cubanos prestaram sua ajuda — militar, médica e material — às forças antiimperialistas do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), depois de uma década de luta armada, Portugal reconheceu sua derrota e em 10 de setembro de 1974, a Guiné-Bissau alcançou sua independência. Também os cubanos combateram junto aos revolucionários de Moçambique e da Etiópia e ajudaram os nascentes governos independentes a fundarem e treinarem suas forças armadas.

De 1975 a 1990, uns 400 mil cubanos abandonaram suas famílias e cruzaram os mares para lutarem voluntariamente ao lado do povo angolano, que, após se ter independizado de Portugal, enfrentava as invasões dos regimes da África do Sul e do Zaire e as forças contra-revolucionárias aliadas a esses governos e apoiadas pelos Estados Unidos. Mais de 2 mil internacionalistas cubanos entregaram suas vidas para defenderem a independência de Angola, alcançarem a da Namíbia e contribuírem decisivamente para a derrubada do regime racista da apartheid na África do Sul.

Muitos cubanos participaram destas lutas, alguns que combateram no Congo também lutaram — e morreram — por exemplo, em Angola.

"Os cubanos vieram a nossa região como médicos, professores, soldados, especialistas agrícolas, mas nunca como colonizadores", afirmou o líder sul-africano Nelson Mandela. "Estiveram nas mesmas trincheiras conosco durante a luta contra o colonialismo, o subdesenvolvimento e a apartheid. Centenas de cubanos entregaram suas vidas numa luta que era, em primeiro lugar, nossa e não deles. Juramos que nunca esqueceremos este exemplo extraordinário de internacionalismo desinteresseiro."

Posso escrever os versos mais tristes esta noite...


Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda

Pablo Neruda



Neftalí Ricardo Reyes Basoalto nasceu a 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Porém é mundialmente conhecido pelo pseudônimo que adotou, Pablo Neruda.
Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1971.
Marxista e revolucionário, cantou as angústias da Espanha de 1936 e a condição dos povos latino-americanos e seus movimentos libertários.
Diplomata desde cedo, foi cônsul na Espanha de 1934 a 1938 e no México.
Quando do golpe do general Franco, Neruda, ainda diplomata, esqueceu-se de manter-se neutro e engajou-se na guerra ao lado do governo republicano acossado, usando como arma palavras e estrofes, compondo o impressionante “Espanha no Coração (“olhem para a minha casa morta/ olhem para a Espanha rota/ mas de cada casa morta sai metal ardendo em vez de flores”).
Fugindo para Marselha, Neruda conseguiu fretar um navio, o “Winnipeg”. Embarcou com ele os refugiados que quisessem ir para o Chile. Homens, mulheres e crianças, num total de 2.500 passageiros, uma autêntica nau de desesperados esperançosos, zarpando do porto francês de Trompeloup-Pauillac, no dia 4 de agosto de 1939, partiu então para Valparaiso, lá do outro lado do mundo. Um mês depois, no cais do porto chileno, quando desembarcaram em 3 de setembro de 1939, em meio ao regozijo geral, esperava-os um jovem médico de nome Salvador Allende. Neruda, que sempre foi discreto a respeito da sua atuação nesse episódio, confessou que aquilo, ter salvo aquela gente, fora o seu "mais belo poema".
Indicado à Presidência da República do Chile, em 1969, renunciou à honra em favor de Salvador Allende. Participou da campanha e, eleito Allende, foi nomeado embaixador do Chile na França. Em 23 de setembro de 1973, sucumbe à doença e, certamente, à amargura do golpe de estado vitorioso de Pinochet contra o governo de Salvador Allende. De uma forma geral, pode-se dizer que a poesia de Pablo Neruda tem quatro vertentes. A primeira refere-se aos seus poemas de amor, como em "Veinte Poemas de Amor y una Cancion Desesperada". A Segunda vertente é representada pela poesia voltada para a solidão e a depressão, como em "Residencia en la Tierra". A poesia épica, política, como por exemplo, em "Canto General" representa a terceira vertente e a poesia do dia a dia, como em "Odas Elementales", a Quarta. Allende e Neruda iriam encerrar suas vidas quase que juntos. Gravemente doente, refugiado na sua morada da Ilha Negra, Neruda não resistiu à notícia do golpe de 11 de setembro de 1973. Seu amigo Allende se suicidara e os tanques governavam o país.
Dois golpes militares violentos, o de Franco, em 1936, e o de Pinochet, em 1973, foram demais para o poeta. Em 23 de setembro de 1973 removeram-no para um clínica, mas de nada adiantou. As geladas mãos da morte fizeram-no parar de viver. Morreu a 23 de setembro de 1973 em Santiago do Chile, oito dias após a queda do Governo da Unidade Popular e da morte de Salvador Allende. A notícia do falecimento dele correu de boca em boca por Santiago. Quando o modesto caixão foi levado para o cemitério, uma enorme multidão acompanhou o esquife. Murmurando versos dele, as ruas foram se enchendo de gente, recitando trechos da “Canção Desesperada” , ou ainda a estrofe “Abandonado como um cais ao amanhecer/ É a hora de partir, oh abandonado! ”
Durante os quinze anos seguintes nenhum chileno ousou sair á ruas em protesto.
Em nome daqueles espanhóis, deserdados de tudo, que entraram na providencial lista de Neruda - cujos descendentes se tornaram “os filhos de Neruda” - , foi que o juiz espanhol Baltasar Garson entrou em ação.
Em outubro de 1998, quando o ex-ditador estava em Londres para um tratamento de saúde, o juiz enviou um requerimento solicitando ao governo britânico que detivesse e, em seguida, extraditasse o general Augusto Pinochet para a Espanha.
Não conseguiu o intento, mas expôs Pinochet frente ao mundo. Foi a maneira dos espanhóis poderem manifestar, ainda que tardiamente, a sua solidariedade a Neruda.

Baixando vídeo do Youtube



São várias as formas de baixar vídeo no You Tube. este talvez seja o método mais fácil.

* Primeiro - Tens que ter instalado o navegador firefox, que é mais rápido, mais funcional que o IE.Daí é só instalar um plugin bem legal, que não fará o donwload novamente, somente deslocará o vídeo que está salvo em arquivo temporário para a pasta que voce escolher em seu PC. O plugin chama-se Fast Vídeo e pode ser baixado no seguinte linck: https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/3590
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