O objetivo principal do CDB, o primeiro acordo mundial enfocado na conservação e no uso sustentável da biodiversidade biológica do mundo e atualmente assinado por cerca de 190 países, é garantir tanto essa conservação, quanto essa diversidade. Portanto qualquer coisa que ameace a biodiversidade deve ser tratada adequadamente pelos signatários do Convênio. Mas graves problemas ambientais não estão recebendo a suficiente atenção do CDB. A expansão dos monocultivos de árvores está tendo forte impacto sobre a diversidade animal e vegetal, em particular, ainda que não exclusivamente, nos países tropicais ricos em biodiversidade.
O Movimento pelos Bosques crê "que o CDB deveria impugnar, desde a perspectiva mais ampla da biodiversidade, o uso dos termos "plantações florestais" e "bosques plantados" com referência aos monocultivos de árvores. A este respeito, o órgão subsidiário poderia dar assessoramento científico à Conferência das Partes e solicitar que se separe claramente os bosques dos monocultivos de árvores e que se inclua, a esses últimos, entre as ameaças à biodiversidade que devem ser adequadamente estudadas e resolvidas".
As modificações genéticas de árvores também foram criticadas. Em uma carta enviada à secretaria do CDB, organizações sociais disseram que essas modificações não têm nenhum papel na conservação da diversidade biológica dos bosques, e pelo contrário, provavelmente reduzem a biodiversidade, com as correspondentes conseqüências sociais: "Os altos riscos apontados pela ciência disponível, ainda que incompleta, mostram que a tecnologia pode resultar na extinção de espécies de flora e fauna do bosque, com severos impactos sobre a biodiversidade".
A produção de agrocombustíveis, que consiste em plantações de diferentes monocultivos em grande escala, e deve ser alargada nos próximos anos, terão impactos sobre a diversidade biológica. Ademais de usarem esses monocultivos, na maioria dos casos, agrotóxicos. "Para piorar as coisas, no caso das plantações de árvores se está investigando para modificar árvores geneticamente para a produção de etanol. Aqui também o órgão subsidiário poderia facilitar ao CDB a informação pertinente relativa aos impactos dos agrocombustíveis sobre a biodiversidade", disse o Movimento pelos Bosques.