sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Grupo teatral apóia camelôs em Porto Alegre

Patrícia Benvenuti - Chasque


Porto Alegre (RS) - O grupo de Teatro Popular Oi Nóis Aqui Traveiz, da Terreira da Tribo, manifestou nesta quarta-feira (31) seu apoio aos trabalhadores informais em Porto Alegre. Vestidos de piratas, os integrantes do grupo realizaram uma manifestação artística no centro da cidade para protestar contra a retirada dos vendedores ambulantes das áreas centrais.

A integrante Carla Moura conta que o objetivo da manifestação é denunciar a injustiça cometida contra os trabalhadores. Para ela, os camelôs representam uma classe de trabalhadores que buscam alternativa em uma sociedade que não oferece condições dignas de emprego e assistência.

“As pessoas vêm batalhando pela sobrevivência, criando não só condições de alimentar sua própria família mas criando mercado para as pessoas que têm trabalho, mas com salários de fome que não conseguem consumir em loja. Então a questão do camelô, do produto pirata, é uma questão que precisa ser debatida mais profundamente. Por que, na verdade, é uma questão social que precisa ser resolvida urgentemente”, diz.

Carla também critica os abusos de violência cometidos pela Brigada Militar. Segundo ela, a repressão policial reflete os interesses de quem não deseja os camelôs no centro da cidade.

“A gente sabe que tipo de pressão existe nesse exato momento, até em função das vendas de natal e tudo mais, que está colocando a polícia em cima do trabalhador, criando uma situação de colocar o trabalhador como um bandido. O trabalhador tem que ser respeitado. E isso não é caso de polícia, isso é caso de política pública. E precisa ser visto urgentemente”, avalia.

A integrante do Oi Nóis Aqui Traveiz afirma ainda que a intenção do grupo é motivar uma discussão entre os próprios trabalhadores. De acordo com Carla, é preciso que eles se organizem para fazer suas reivindicações e lutar por seus direitos.

Essa foi a segunda intervenção que o grupo apresentou no centro. A primeira ocorreu há mais de uma semana, no momento em que os camelôs eram abordados pela polícia.

Há cerca de duas semanas, a Secretaria da Produção Indústria e Comércio (Smic) firmou uma parceria com a Brigada Militar contra a pirataria no cento de Porto Alegre. Até agora, cerca de 300 vendedores ambulantes já foram retirados das principais vias da capital.

Quase metade da população infantil respira ar contaminado por fumaça de cigarro

quarta-feira, 31 de outubro de 2007



175 milhões de crianças serão afetadas por desastres naturais

Adital


Das aproximadamente 350 milhões de pessoas que serão afetadas por desastres naturais a cada ano durante a próxima década, 175 milhões serão crianças. Isto é o que estima a organização Save the Children, no seu informe intitulado "Um futuro de catástrofes? O impacto da mudança climática na infância", com o qual pretende medir os impactos do fenômeno nesta parcela da população.

Segundo o relatório, a exposição à mudança climática terá efeitos negativos para a saúde de milhões de pessoas, especialmente a daquelas com menor capacidade
de adaptação, como a infância. Atualmente, a média anual de pessoas afetadas pelos desastres naturais é de 250 milhões, mas o número deve crescer. Entre 2005 e 2006, estes fenômenos cresceram cerca de 15% e, ainda que nem todos se derivaram de mudança climática, os que geraram 98% dos danificados, tinham vinculação direta com o aumento geral das temperaturas.

Em três anos, a estimativa das Nações Unidas é que haverá, em todo o mundo, 50 milhões de "desabrigados meio-ambientais", a maioria crianças e mulheres. Além disso, a falta de água potável e a contaminação existente dará lugar à propagação de doenças entre a população. Milhares de menores de cinco anos morrem a cada ano em todo o mundo por causa da água e do saneamento insalubre, da contaminação do ar em exteriores e interiores e do paludismo. Muitos desenvolvem problemas crônicos relacionados com o meio ambiente, desde alergias até deficiência mental ou física.

A estimativa é que a porcentagem da população mundial exposta à malária, uma das maiores causas de morte entre os menores de 5 anos, crescerá entre 45% e 65% nos próximos 100 anos devido à mudança climática. Apesar de somente 10% da população mundial ser de crianças menores de cinco anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) assegura que esse grupo é o que sofre 40% das enfermidades relacionadas com o meio ambiente.

De acordo com a Save the Children, a cada 15 segundos morre uma criança por falta de acesso à água potável e 40 milhões sofrem má nutrição extrema. Com as mudanças climáticas, o quadro será ainda mais grave. A organização lembra que "mais alarmante é que as crianças desnutridas, que por si são especialmente vulneráveis às infecções, estarão mais expostos a enfermidades que transmitem os mosquitos, como a malária e a dengue, devido ao aumento das inundações, o aquecimento e as mudanças nos períodos de chuvas".

Os efeitos do aquecimento, entretanto, não serão percebidos de igual forma em todo
o mundo. A mudança climática causará os maiores danos e afetará em maior medida as crianças de países em desenvolvimento. Segundo o informe, as crianças do continente asiático serão os mais afetados pelo aumento de desastres naturais relacionados com a mudança climática, por causa do grau de vulnerabilidade do continente a estes desastres. Entre 1996 e 2005, mais de dois terços das pessoas que perderam a vida por causa de desastres naturais viviam na Ásia.

Na segunda parte do Quarto Informe de Avaliação do Painel Internacional sobre
a Mudança Climática (IPCC), intitulado "Impactos, adaptação e vulnerabilidades", no qual são apresentados os efeitos de acordo com a região, os países em desenvolvimento aparecem como os mais vulneráveis às mudanças climáticas. "A saúde, a segurança e o sustento familiar das crianças destas comunidades estão ameaçadas. Também, a mudança climática coloca em perigo o desenvolvimento sustentável, aprofundando potencialmente a pobreza infantil e aumentando sua vulnerabilidade a sofrer abusos, exploração ou desabrigo forçado", explica o informe.

A mudanças se darão principalmente nas paisagens locais. "Na América Latina, a savana substituirá as selvas tropicais do leste do Amazonas, as áreas semi-áridas serão desertos e se perderá uma parte importante da biodiversidade. Também, os
bancos de peixes, os corais e a água potável serão muito reduzidas até a metade deste século", estima o IPCC.

Dados da OMS, mostram que 86% das águas residuais urbanas da América Latina e Caribe e 65% das da Ásia chegam sem tratamento aos rios, lagos e mares. Isto é especialmente alarmante se levamos em conta que um grande número de vírus e bactérias causadoras de enfermidades como diarréia, cólera, disenteria, febre tifóide, helmintíases e tracoma seguem junto à água, a qual é bebida por crianças e adultos.

No informe, a organização recomenda que os países ricos e industrializados reduzam suas emissões de carbono em 80% para 2050 e cheguem a um acordo para limitar o aquecimento global a não mais de 2 graus centígrados mediante a assinatura de um novo tratado baseado no protocolo de Kyoto. Segundo o documento, muitos países, incluindo Índia, Sri Lanka, Peru e Panamá, estão aprovando leis para incorporar o programa de Redução de Risco em Desastres (RRD), nas políticas nacionais e vários países doadores têm desenvolvido políticas para assegurar a integração da RRD em seu trabalho com países em desenvolvimento.

Empresas abusam da confiança de seus clientes

Charlie Parker - Yardbird Suite (1997)


(Gravações feitas entre 1946 e 1949)
Créditos: Looloblog

Disco 1


Groovin' high 2:40
All the Things You Are 2:47
Dizzy Atmosphere 2:47
Salt Peanuts 3:15
Shaw 'Nuff 2:59
Hot House 3:09
Now's the time 3:16
Ko Ko 2:54
Moose the Mooche 2:55
Yarbird Suite 2:57
Ornithology 3:00
Cool Blues 3:09
Relaxin' at Camarillo 3:07
Donna Lee 2:34
Chasing the Bird 2:45
Dewey Square 3:10
Bird of Paradise 3:13
The Hymn 2:34
Embraceable You 3:25
Klactoveedsedstene 3:05


Disco 2

Scrapple From the Apple 2:59
Out of Nowhere 4:05
Don't Blame Me 2:49
Quasimodo 2:54
Klaunstance 2:48
Parker's Mood 3:04
Bloomdido 3:27
Star Eyes 3:34
She Rote 3:08
My Little Suede Shoes 3:06
Confirmation 3:01
Blue 'n' Boogie 7:20
Round Midnight 3:47
Night in Tunisia 5:15
Just Friends 2:35
What is This Thing Called Love 2:26
East of The Sun 3:34
Laura 3:27


terça-feira, 30 de outubro de 2007

TROPA DE ELITE E AS ELITES



Laerte Braga

A revista VEJA, porta voz da FIESP e máfias especializadas em sonegação, lavagem de dinheiro, com atuação voltada ao me engana que eu gosto, publica na capa de sua última edição que o filme TROPA DE ELITE faz sucesso "por tratar bandido como bandido" e por deixar claro que o viciado em droga é um ser anti-social.

Essa história de "bandido como bandido" depende. O BOPE (Batalhão de Operações Especiais) que inspirou o filme é responsável por mortes de inocentes, balas perdidas, prisões arbitrárias, o poder de vida e morte conferido a um certo Nascimento, num país onde a pena de morte não existe.
O que VEJA faz é jogar com o medo (compreensível) das pessoas em relação ao crime organizado e, sobretudo, ao desorganizado. Que bandido é bandido ninguém tem dúvidas. O xis da questão é que não há diferença entre Beira-mar e o dono do banco Itaú, ou Paulo Maluf, ou Fernando Henrique Cardoso, ou José Serra, ou Aécio Neves, ou o Pastinha cá embaixo que exige silêncio sobre certas coisas para não complicar outras tantas e assim por diante.
Mas...
Paulo Maluf é deputado, Olavo Setúbal cobra taxas e juros escorchantes e anuncia na GLOBO, na VEJA, frauda, sonega e anuncia na FOLHA. Fernando Henrique tem mania de querer dizer o que o Brasil precisa depois de ter loteado e vendido o País. José Serra monta esquema com verbas públicas para ser presidente da República. Aécio Neves tentou um contrato com a miss Brasil, chegou a fazer (a moça declarou ontem que não quer ver a figura nem pintado) e Pastinha (tem o original e um monte deles em efeito cascata) joga com reputação de gente séria na mentira das tacadas encaçapadas da hipocrisia do "eu sou sério". Pra fora. Pra dentro é podre.
A maior parte das vítimas de balas perdidas, conclusão a partir de laudos periciais, morreu de disparos da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Na cabeça de um Nascimento da vida atirar a esmo num morro qualquer do Rio é combater o tráfico e livrar a cidade de bandidos.
A grande e imensa maioria das pessoas que mora em favelas o faz por absoluta ausência de políticas públicas de moradia, saúde, educação, falta de emprego, num Estado privatizado e que aceita que um empresário como Ermírio de Moraes fale em progresso na GLOBO, enquanto é condenado na Europa inteira por crimes contra o ambiente e populações indígenas e quilombolas.
Que o viciado em drogas, o que compra drogas para consumo, é um ser anti-social ninguém tem dúvidas. Mas quem compra drogas?
A GLOBO exibiu o documentário "FALCÃO, OS MENINOS DO TRÁFICO", e na segunda-feira seguinte as pessoas se mostravam compungidas, traumatizadas com a realidade de meninos de 9, 10 e 11 anos que puxavam carrinhos por barbantes nos morros do Rio, com metralhadoras às costas, ou pistolas 45 enfiadas na cintura, enquanto mães choravam e admitiam a impossibilidade de vida diferente nos morros.
Os meninos eram e são apenas meninos. Há cerca de cinco anos o ex-presidente Garcia Mesa, general boliviano, foi preso em São Paulo e levado para seu país. Acusação? Tráfico de drogas.
A mídia tenta associar as FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), que controlam um terço do território daquele país (O ELN – Exército de Libertação Nacional controla um quarto a noroeste do país), ao tráfico de drogas.
Um relatório do FBI (Federal Bureau of Investigation) do governo do Texas (ex-Estados Unidos) aponta o atual presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, aliado de Bush, como um dos principais políticos da Colômbia ligados ao narco/tráfico. Sua campanha foi financiada pelo narco/tráfico.
O tráfico de drogas, tanto quanto o drogado, que, no caso do Rio, está em Ipanema, Lagoa ou, em São Paulo, nos Jardins, nos condomínios fechados que atiram ovos podres e assaltam empregadas domésticas, se valem dessa hipocrisia, à medida que causam, ao sistema, mal menor que a contestação política daqueles que lutam por terra contra a entrega do solo brasileiro às multinacionais dos transgênicos. Ou por políticas de habitação, saúde, educação.
Não se trata de generalizar em relação às elites. Claro que não. Elites aqui são uma categoria que se apropriou do Estado e faz do Brasil uma espécie de roça de cana onde a escravidão ainda permanece disfarçada sob outros rótulos.
Não é empresário dono da padaria, do restaurante da esquina, nada disso. É exatamente o que representam GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO, a hipócrita disputa de Edir Macedo com a família Marinho, ou qualquer bandido como Renan Calheiros e sua troupe de vacas mágicas ou senadores que buscam avidamente o leite das crianças nas propinas nossas e no voto secreto de cada dia.
O País está se desmanchando por aí. Acaba em pizza e na PLAYBOY, do mesmo grupo que edita VEJA.
Eu me recordo que à época da ditadura militar Luís Carlos Prestes chegou a Moscou e paralelamente à atividade política foi trabalhar na empresa estatal que construía barragens, ferrovias e rodovias. Prestes era engenheiro. E me recordo de um exilado, desses comunistas que à época se chamava de festivo, esquerda festiva, reclamando dos horários de trabalho.
Prestes lhe disse mais ou menos o seguinte: "camarada, você achou que a União Soviética fosse o que? Um país de vagabundos? Aqui se trabalha e muito. As diferenças são outras."
O cara voltou, renegou o socialismo e permaneceu freqüentando os bares da vida.
Nem pretendo com isso afirmar uma verdade absoluta. Tão somente mostrar a hipocrisia e a que interesses servem publicações como VEJA.
TROPA DE ELITE é um atestado da falência do Estado. Da conivência do Estado com a violência, a barbárie. O que VEJA está pretendendo fazer e vai continuar junto com GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, etc, etc, é apenas vender a idéia que se não for assim as portas dos condomínios fechados serão arrombadas e os jovens que assaltaram e espancaram a moça na Barra da Tijuca não são criminosos. Roubaram dinheiro e celular para comprar drogas.
Ou alguém acha que Boninho, o diretor do BBB (Big Brother Brasil) e agora do programa Ana Maria Braga, quando decide quem é ou não vagabunda e "marca" com ovos podres está se divertindo ou reproduzindo o modelo global de vida?
Os caras estão é tirando alma, a consciência e o caráter das pessoas, tentando transformar a todos numa legião de zumbis que não pensa, não fala, não ouve e não vê.
E acha que tudo se resolve engolindo sapos e aceitando o mundo irreal que chamam de real.
TROPA DE ELITE, isso a GLOBO e nem VEJA mostram, nem FOLHA, está sendo exibido na Europa (onde a elite gosta de esfalfar-se) e comentado como a reprodução da violência diária do País, o Brasil, a partir dos governos. Do Estado. A GLOBO não vai mostrar nunca as muitas organizações internacionais e governos (governos sim) que se indignaram e se indignam com o poder do tal Nascimento.
Não difere muito do que matou o brasileiro Jean Charles em Londres. É que aqui nossas autoridades são como que macaquitas das autoridades de lá, ou de boa parte de lá. Bush, então, deita e rola nesse modelo.
O Afeganistão é um dos maiores produtores de ópio do mundo. O tráfico é controlado, entre outros, por generais paquistaneses sustentados pelo Texas com o pretexto de combater bin Laden. A produção dobrou depois da invasão texana.
A droga em proporções alarmantes de consumo chegou ao Iraque através de traficantes marines do Texas, na invasão daquele país. Uma das primeiras providências do governo de Bush foi, além da tortura mostrada ao mundo inteiro nas prisões de Bagdá, distribuir filmes pornôs no país para quebrar a resistência dos iraquianos e iraquianas ao american way life.
Ele exporta isso para cá todo dia. Sejam os filmes, ou os milhos transgênicos que a Justiça continua a proibir por colocar em risco a saúde pública.
TROPA DE ELITE é um escárnio ao mostrar que bandido é bandido na ótica de VEJA e ignorar que qualquer FHC da vida é bandido na ótica de qualquer ética que se queira examinar ou analisar o ex-presidente. Ele e muitos.
É o modelo moço, moça. Está falido. Podre. Não adianta calçar sapatos de marca, ou vestir-se segundo os cânones da moda. Ou achar que o irreal/anormal é real/normal.
Não é não, está tudo pelo avesso. Pena que você continue sem entender bulhufas desse assunto e achando que eleição vai resolver. Que trabalhar é viver em paz. E que essa gente acha que existe diferença entre qualquer você cá embaixo, no horário que for, e os vagabundos/vagabundas do Boninho.
Tem não. A "análise sociológica e psicológica" –rs- de VEJA. Os conselhos do FANTÁSTICO, a falta de ranhuras na pista de Congonhas que provocou orgasmos múltiplos em William Bonner contra o governo Lula (até que se descobrisse que o problema era o avião da TAM e aí culpar o piloto), tudo isso é a droga disseminada em forma de vida.
Abra o olho companheiro/a. Na União Soviética o regime de trabalho era de 48 horas semanais.
Nunca é demais lembrar que bin Laden é produto da CIA na luta contra os soviéticos, na década de 80, no Afeganistão. E que o terrorista (é terrorista sim, como Bush) é engenheiro e responsável pelo programa de construção de aeroportos, rodovias e ferrovias no Sudão, em parceria com empreiteiras norte-americanas (texanas), até que os negócios, os cifrões desandassem. Até então era aliado, como o resto da família continua sendo aliada.
Não existem seres humanos nessa história meus camaradas. Somos apenas números para os BOPES da vida que são apenas a face visível da barbárie dessa gente.
__________
> Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.
__._,_._

Kazumi Watanabe & Al Dimeola

The Guitar Trio - 1996





01 - La estiba
02 - Beyond the mirage
03 - Midsummer night
04 - Manha de carnaval
05 - Letter from india
06 - Espiritu
07 - Le monastere dans les montagnes
08 - Azzura
09 - Cardeosa


The Guitar Trio: SPAIN (Chick Corea) - Video

http://ec1.images-amazon.com/images/I/411P8ADMMTL._AA240_.jpg
Créditos: EnzoF

Collection of Mozart violin concertos.
MP3 format, 2 CDs

No. 1 in B flat major, K 207
No. 2 in D, K 211
No. 3 in G, K 216
No. 4 in D, K 218
No. 5 in A, K 219
Adagio in E major for violin and orchestra, K 261
Rondo in C for violin and orchestra, K 373
Sinfonia concertante in E flat, K 364 for violin, viola and orchestra

http://rapidshare.com/files/49997126/violin_concertos_-_complete_mp3.part1.rar
http://rapidshare.com/files/50115340/violin_concertos_-_complete_mp3.part2.rar
http://rapidshare.com/files/50129854/violin_concertos_-_complete_mp3.part3.rar
http://rapidshare.com/files/50145895/violin_concertos_-_complete_mp3.part4.rar
http://rapidshare.com/files/50152232/violin_concertos_-_complete_mp3.part5.rar