sábado, 10 de novembro de 2007

Clarice Lispector: uma escrita indigesta

Em Clarice, os traços convencionais da narrativa são refundidos numa escrita não raro dura de roer, principalmente para leitores desabituados aos fluxos de consciência, às tramas pouco lineares, a espaços fragmentários, às fusões entre narrador e objetos descritos, à mistura de gêneros.

Pedro Marques - Diplo

“Mas que mulher indigesta, indigesta! / Merece um tijolo na testa”. Com essas palavras, Noel Rosa (1910-1937) abre um de seus tantos sambas que imprimiram a crônica de toda uma época. Muito mais que a opinião individual, a letra de Mulher indigesta (1932) expressa a posição comum à sociedade dos anos 30. Embora o movimento feminista crescesse pelo menos desde a década de 1910 e a mulher brasileira tivesse conquistado o direito ao voto nesse mesmo ano de 1932, as regras do jogo eram dirigidas pelos homens. Noel, assim, apenas deixa ecoar um machismo que, se dava mostras de abrandamento, mantinha a velha estrutura patriarcal há séculos comprimindo os anseios da individualidade feminina. A voz poética da canção –é verdade que em tom de zombaria – sublinha o esforço, às vezes automático de tão enraizado na cultura, de manter a mulher em seu lugar de dominada.

Clarice Lispector (1925-1977) surge como presença feminina e escritora “indigesta” em pelo menos duas acepções do termo. Em princípio, chamamos de “indigesto” algo que não se pode digerir com facilidade ou que, concretamente, causa indigestão. Ao lado de Cecília Meireles (1901-1964), Rachel de Queirós (1910-2003) ou Lygia Fagundes Telles (1923-), Clarice contribuiu para que a mulher passasse a desempenhar papéis antes quase exclusivamente exercidos pelos “homens de letras”. Como jamais visto no Brasil, cada uma a seu feitio, essas quatro estrelas levaram o sexo já não tão frágil assim ao sucesso no mercado editorial, no jornal, na crítica, na Academia Brasileira de Letras e no imaginário público. Tiveram o mérito de abrir os portões da profissão de escritor e de formador de opinião para a personalidade feminina.

Papéis masculinos e femininos

Esse movimento em direção à voz própria foi, porém, lento e paciente. Para uma sociedade e um público leitor regidos pelos valores masculinos, era difícil engolir os sentimentos daquelas antes vistas apenas como dona de casa, esposa, mãe, objeto de desejo e, quando muito, professorinha primária. Mesmo as senhoras e as moças, às vezes pareciam mais machistas que os rapazes. Como absorver as entranhas ou os gritos há muito tempo presos no seio feminino? Não faltaram, evidente, iniciativas para calar o jorro expressivo de escritoras, de intelectuais, de militantes e de mulheres anônimas como a personagem de Noel Rosa. Na penúltima estrofe, o eu lírico procura coibir a fala feminina mediante a ameaça por violência física: “E quando se manifesta / O que merece é entrar no açoite / Ela é mais indigesta do que prato / De salada de pepino à meia-noite”.

Exprimir-se como mulher foi gesto natural para Clarice, mas também um ato de conquista talvez até pouco planejado por ela. O normal era escrever como homem. Numa curiosa inversão, quem imaginaria que, anos depois, compositores como Chico Buarque (1944-) e, sobretudo, Gonzaguinha (1945-1991) encarnariam a feição feminina num sem número de canções?

A literatura de Clarice Lispector apresenta, de fato, mulheres clamando pelo ser que lhes é de direito. Em um de seus contos – “Amor”, de Laços de Família (1960) – assistimos ao dia em que uma dona de casa problematiza suas tarefas diárias, incluindo as de mãe exemplar. Para se tornar uma grande dama do lar, Ana calou a sensibilidade. Sua percepção incomum e até artística do mundo não chega a florescer, porque ela desemboca a vida “num destino de mulher”. Entenda-se: uma rotina maquinal, uma função para qual pouco teve escolha e que, de repente, levanta-se contra ela como redoma de vidro asfixiante. No bonde, a visão de um cego mascando chiclete é a motivação para a personagem sair do centro, da mesmice, da vida que “apaziguara tão bem” e “cuidara tanto para que esta não explodisse”.

O grito de liberdade, em vez de loucura ou violência, ocasiona um lirismo sobre-humano. Ao tomar consciência que vive anestesiada em seu cotidiano, Ana redescobre os cinco sentidos sedentos por sensações inusitadas. No parque, na rua ou em casa a realidade macro e microscópica explode a sua atenção. Arguta, Clarice escapa da facilidade de colocá-la apenas como vítima da sociedade machista; a heroína possui, sim, seu doloroso quinhão de responsabilidade. Ao final, o marido afasta Ana “do perigo de viver”, mas é ela quem apaga a esperança de mudança, soprando “a pequena flama” desse dia extraordinário. Na encruzilhada do amor irracional com o burguês, ela escolhe o seguro.

Escrita dura de roer

Assumindo papéis sociais previamente determinados, algumas mulheres de Clarice tentam acordar da anestesia, ainda que – deliberadamente, como Ana – para continuarem na mesma posição. Mas ninguém como Macabéa – personagem principal de A hora da estrela (1977), novela publicada há exatos trinta anos – surge tão inconsciente de sua condição de mulher, de migrante, pobre e proletária explorada. Trata-se de uma virgem de dezenove anos, desafortunada até na aparência, “teleguiada”, “ignorante” e sem fazer “falta a ninguém”. Excluída de uma “cidade toda feita contra ela”, Macabéa é engrenagem substituível na ordem social. Só ganhará alguma transcendência prestes à morte. A narrativa demora a tomar fôlego graças a um narrador que, desejando ser simples e pouco intelectualizado, acaba se exibindo demais. Como não se comover com a desgraça crônica dessa jovem? Desde o nascimento, sua existência é um chute no escuro, sem que ela saiba.

Mesmo a serventia animal de fêmea está interditada para Macabéa. Embora lasciva, ela não serve nem para irradiar sua humanidade, uma vez que possui “ovários murchos como um cogumelo cozido”. Das brutalidades que Macabéa passa a vida a ouvir, nenhuma supera a que termina por negar a própria essência de mulher. Tanto pior que seja proferida por Olímpico, o namorado que supostamente deveria desejá-la: “Você, Macabéa, é um cabelo na sopa. Não dá vontade de comer”.

Em outro sentido, “indigesto” qualifica algo que soe confuso e desconexo. Alguma coisa difícil de entender à primeira vista, podendo, por isso mesmo, aborrecer ou entediar. Parte substancial da produção de Clarice Lispector gera tal sensação, em conexão com certa prosa experimental do século 20. Na trilha de James Joyce (1882-1941), Virginia Woolf (1882-1941) ou Oswald de Andrade (1890-1954), os traços convencionais da narrativa (enredo, personagens, tempo, espaço e ponto de vista) são refundidos numa escrita não raro dura de roer, principalmente para leitores desabituados aos fluxos intermináveis de consciência, às tramas pouco lineares, a espaços fragmentários, às fusões nauseantes entre narrador e objetos descritos, à mistura de gêneros. Quando comparada, por exemplo, ao estilo compacto de Graciliano Ramos (1892-1953), a linguagem de Clarice pode parecer anormal ou doentia.

Desagregação vertiginosa

No conto “A Imitação da Rosa”, também de Laços de Família, a escritora apresenta Laura. Em lugar de escancarar a personagem central, ficamos cientes do seu passado, de seus desejos e de sua angústia pela fresta da porta. Só alguns pontos do conflito e da ambientação surgem claramente. Quase tudo acontece, como é freqüente em Clarice, num apartamento de classe média carioca. Sabemos objetivamente, ainda, que Laura acabara de atravessar um período de crise psicológica e física. No entanto, é em geral nos longos parágrafos que alguns elementos típicos da narrativa se desestabilizam. Precisamos estar alertas para distinguir o narrador de Laura, ou o passado do presente. Dramatiza-se o conflito de mandar ou não as flores para Carlota quase que em tempo real. O narrador se mistura à Laura, arrastando a escrita em conexão com uma decisão que deveria ser simples. Algumas frases entre aspas representam o monólogo da personagem ou as tentativas de conselho de quem narra. Essa ação enguiçada faz brotar o incômodo no leitor que espera a resolução sem desvios da história. Aqui é preciso calma, porque Clarice desenha essa mulher aos poucos. Pontilhando sua fragilidade, revela aos pedaços seus sintomas sem transformá-la numa caricatura, como às vezes fará com Macabéa.

Essa segunda forma de indigestão, que nada impede vir unida à primeira, aparecerá radicalizada naquela tida como sua grande obra, o romance A paixão segundo G. H. (1964). É quando a individualidade e o discurso narrativo sofrem, como jamais visto em Clarice Lispector, uma desagregação vertiginosa, ao ponto do próprio gênero romanesco ameaçar um colapso em suas mãos. Quanto à existência e aos propósitos femininos, são aqui indagados com amargor terrível: “Minha sobrevivência futura em filhos é que seria minha verdadeira atualidade, que é, não apenas eu, mas minha prazerosa espécie a nunca se interromper”. Em primeira pessoa e se comparando ao um animal repugnante, essa narradora-mulher desce aos infernos de sua condição: “Aquela barata tivera filhos e eu não”.

Veteranos de guerra são 25% dos sem-teto americanos


Vinte e cinco por cento dos sem-teto nos Estados Unidos são veteranos de guerra, apesar de eles representarem apenas 11% da população adulta total, segundo um estudo divulgado ontem. E a falta de um lugar para morar não é um problema apenas dos veteranos de meia idade ou idosos.


Jovens veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão estão aparecendo em abrigos e em sopa dos pobres buscando serviços, tratamento ou ajuda para encontrar trabalho. O Departamento de Assuntos dos Veteranos (VA) identificou 1.500 veteranos sem-teto das atuais guerras e informou que 400 deles participaram especificamente de seus programas de ajuda aos mendigos.


A Aliança Nacional pelo Fim de Sem-teto, uma organização sem fins lucrativos, baseou seu relatório em dados governamentais. Em 2005, de uma população estimada de 744.313 sem-teto, 194.254 eram veteranos. Em comparação, o departamento disse que 20 anos atrás, o número estimado de veteranos sem-teto era 250 mil.


Especialistas consideram que a presença tão cedo de veteranos do Iraque e do Afeganistão em abrigos prenuncia problemas maiores no futuro. Levou cerca de uma década para a vida dos veteranos do Vietnã desmoronar a ponto de eles começarem a aparecer entre os sem-teto. "Vamos ter eventualmente um tsunami de veteranos mendigando porque o peso para a saúde mental dessa guerra (no Iraque) é enorme", disse Daniel Tooth, diretor de assuntos de veteranos no Condado de Lancaster, Pensilvânia.


"Quando terminou a guerra do Vietnã, isso foi parte do problema. A
guerra tinha acabado, saiu da cobertura da tevê, ninguém queria ouvir falar sobre ela", afirmou John Keaveney, um veterano do Vietnã e fundador da Novas Direções, em Los Angeles, que oferece ajuda a viciados, treinamento profissional e abrigo para veteranos. "Acho que eles vão ser esquecidos", comentou Keaveney sobre os veteranos do Iraque e do Afeganistão. "As pessoas se cansam disso. Não importa que eles sejam jovens, honrados, norte-americanos patriotas. Eles serão apenas veteranos, e isso acontece em todas as guerras".


Keaveney disse que é difícil convencer os jovens veteranos a ficarem para receber tratamento e ajuda porque eles não se relacionam com os mais antigos. "Eles vêem esses caras que têm a idade do pai deles e não entendem, não sabem, que em poucos anos eles estarão parecendo com eles", adiantou.


Baixas no Iraque


Um soldado norte-americano morreu na explosão de uma bomba de beira de estrada no Sul do Iraque, anunciou ontem o comando militar dos Estados Unidos em Bagdá. O incidente que provocou a morte do soldado ocorreu na quarta-feira.

De acordo com uma contagem da Associated Press, o incidente eleva a 3.859 o número de soldados norte-americanos mortos no Iraque desde março de 2003, quando forças estrangeiras lideradas pelos EUA invadiram o país árabe em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas.


Fonte: Tribuna da Imprensa


Brasil volta a sofrer pressão internacional pela preservação

Anúncio de novo aumento no desmatamento provoca reações internacionais. Secretário-geral da ONU visitará floresta na semana que vem. Países europeus também manifestaram preocupação. Temor é que expansão dos biocombustíveis aumente degradação da Amazônia brasileira.

RIO DE JANEIRO – Após receber por três anos os elogios da comunidade internacional aos esforços perpetrados para conter a degradação da Amazônia, o governo brasileiro voltou a ser alvo de pressões vindas do exterior. Desde que foi confirmado que o desmatamento na região voltou a crescer de forma perigosa em 2007, a ONU, a União Européia e diversos governos nacionais já manifestaram publicamente sua preocupação. O temor internacional é que o início do cultivo em grande escala de matéria-prima para a produção de biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, venha a acelerar ainda mais o desmatamento da maior floresta do planeta.

Com chegada ao Brasil, onde fará sua primeira visita oficial, prevista para o próximo domingo (11), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já sinalizou que seu principal ponto de pauta junto ao governo brasileiro será a Amazônia e os riscos que a expansão dos biocombustíveis pode trazer à floresta. A agenda do sul-coreano, que culminará em um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui uma visita a uma usina de produção de etanol e um encontro em Manaus com cientistas e lideranças indígenas que atuam na Amazônia brasileira.

“O objetivo da visita a Manaus e à floresta, feita às vésperas da Conferência de Bali sobre mudanças climáticas, é dar uma clara mensagem política ao mundo sobre a importância da preservação da Amazônia”, disse Ban Ki-moon em Buenos Aires, onde iniciou esta semana seu périplo pela América do Sul e Antártida. Marcada para o mês que vem, a conferência da ONU citada pelo secretário-geral pretende definir quais serão os desdobramentos do Protocolo de Quioto após 2012, quando terminará a primeira etapa do acordo.

A ONU tem dedicado nos últimos tempos especial atenção à Amazônia. Em relatório apresentado no dia 25 de outubro, o relator especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, o sociólogo suíço Jean Ziegler, cita a provável expansão dos cultivos de cana-de-açúcar e plantas oleaginosas no Brasil - e a ameaça que ela traz à Amazônia - como um dos principais motivos de seu polêmico pedido de moratória por cinco anos na produção mundial de biocombustíveis.

Presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), Rajendra Pachauri foi outro que, há poucos dias, se manifestou publicamente sobre a Amazônia brasileira. O cientista indiano, que defende a criação de “um tratado internacional para garantir a cobertura florestal do planeta”, sabe o quão complexa é a preservação da floresta: “Nos países emergentes, como o Brasil ou a Índia, há muitas pessoas que sequer tem acesso à energia”, disse.

Europa preocupada

A União Européia também já manifestou sua preocupação com a expansão do etanol no Brasil. Em visita ao país realizada no mês passado, a comissária da UE para a Agricultura, Mariann Fischer Boel, deixou um recado claro: “A União Européia não abrirá mão das garantias de que o etanol brasileiro está sendo produzido a partir de fontes ambientalmente sustentáveis. Sem essas garantias, o produto não entrará nos países da comunidade”, disse a dinamarquesa.

Junto com a pressão, os países da Europa acenam com financiamentos a programas de preservação da Amazônia. Através de um banco estatal, o Instituto de Crédito para a Reconstrução (KFW, na sigla em alemão), o governo da Alemanha anunciou a doação de dez milhões de euros para o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). O financiamento alemão, que depende somente do aval do Congresso brasileiro para se concretizar, ainda poderá ter contrapartida de igual valor vinda do Banco Mundial.

Outro país europeu a anunciar ajuda ao Brasil é a Noruega, que prometeu investir dezessete milhões de euros na proteção da floresta amazônica nos próximos três anos. O acordo entre os governos dos dois países foi selado no fim de outubro em Oslo, quando a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu com o ministro norueguês Erik Solheim.

Governo ajusta os ponteiros

Enquanto sofre as pressões internacionais, o governo brasileiro ajusta os ponteiros internamente. Após algumas declarações desencontradas de ministros acerca da possibilidade de se cultivar cana-de-açúcar para a produção de etanol na Amazônia, o Palácio do Planalto bateu o martelo dizendo que a região estará excluída do zoneamento agrícola e econômico que vai definir quais regiões do país estão aptas a atender à crescente demanda por biocombustíveis em geral.

Esse tema foi motivo de forte divergência no governo depois que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou no final de setembro que o zoneamento iria “permitir e até incentivar” a chegada da cana na Amazônia: “Em Rondônia, por exemplo, existe uma área devastada e que hoje é pastagem. Nada impede que se plante cana ali”, disse o ministro.

As declarações de Stephanes foram mal recebidas pela colega Marina Silva: “Não interessa ao Brasil que o etanol produzido no país seja identificado com práticas social ou ambientalmente incorretas”, disse a ministra do Meio Ambiente. A polêmica provocou uma reunião de emergência no Planalto, ao final da qual a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu: “Não se plantará cana na Amazônia nem serão abertas novas áreas de plantio no Cerrado”, disse.
Jimi Hendrix - Strate Ahead (Outtakes 1968-1970)



Créditos:BlogDoRodolfo

CD 1

01. Ezy Rider
02. Room Full Of Mirrors
03. Earth Blues
04. Valleys Of Neptune
05. Straight Ahead
06. Cherokee Mist
07. Freedom
08. Stepping Stone
09. Izabella
10. Astroman


CD 2

01. Drifters Escape
02. Angel
03. Bleeding Heart
04. Burning Desire
05. Ships Passing In The Night
06. Hear My Train A Comin
07. Lover Man
08. Midnight Lightning
09. Heaven Has No Sorrow
10. Send My Love To Linda
11. Dolly Dagger
12. Hey Baby (New Rising Sun)


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Discografia Completa do The Beatles



Créditos:BlogDoRodolfo

The Beatles - (1961-1963) - The Early Tapes
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The Beatles - (1962) - The Decca Tapes
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The Beatles - (1963) - Please Please Me
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The Beatles - (1963) - With the Beatles
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The Beatles - (1964) - A Hard Day's Night
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The Beatles - (1964) - Beatles For Sale
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The Beatles - (1965) - Help
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The Beatles - (1965) - Love Songs
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The Beatles - (1965) - Rubber Soul
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The Beatles - (1966) - Revolver
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The Beatles - (1967) - Magical Mistery Tour
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The Beatles - (1967) - Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band
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The Beatles - (1968) - The White Album
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The Beatles - (1969) - Abbey Road
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The Beatles - (1969) - Yellow Submarine
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The Beatles - (1970) - Let It Be
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The Beatles - (1976) - Rock And Roll Music
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The Beatles - (1977) - Live At The Hollywood Bowl
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The Beatles - (1988) - Past Masters (2 CDs)
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The Beatles - (1989) - In The Beginning
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The Beatles - (1994) - Live At The BBC (2 CDs)
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The Beatles - (1995) - Anthology 1 (2 CDs)
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The Beatles - (2000) - One
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The Beatles - (2003) - Let It Be Naked (2 CDs)
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The Beatles - The Blue Album, The Best Of 1967-1970 (2 CDs)
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Créditos: BlogDoRodolfo
EVITE SER TRAÍDO


Arnaldo Jabor


Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente,"liberal" de sua mulher, namorada etc... Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado".
Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então -assumir seu "chifre" em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando
sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma "mulher moderna"?
A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e de correr pros seus braços... É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior.
VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:
Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.
Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios" . Ela tem de saber da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar à s conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... Bem...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres
modernas" têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 20
aos 38 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.
Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é???
- Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... Só que o prato principal, bem... dessa vez é
a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... De repente a recíproca também pode ser verdadeira.. Basta ela,
só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... Já foi.
- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar de lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... Senão... Bem amigos, aplica-se, finalmente o tão famoso jargão: "Quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência".
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"...
Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... E vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!
"Quem não se dedica, se complica".






RAUL Seixas
Metamorfose Ambulante
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Carmina Burana



























““Carmina Burana” é uma expressão em latim e significa “Canções de (Benedikt)beuern”. Durante a secularização de 1803, um volume de cerca de 200 poemas e canções medievais foi encontrado na abadia de Benediktbeuern, na Bavária superior. Eram poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, em latim medieval; versos no médio alto alemão vernacular, e vestígios de frâncico. O doutor bavariano em dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847 sob o título de “Carmina Burana”. Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e soldados de Munique, cedo ainda deparou-se com esse códex de poesia medieval. Ele arranjou alguns dos poemas em um happening — em “canções seculares (não-religiosas) para solistas e coros, acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.
Esta cantata é emoldurada por um símbolo da Antigüidade — o conceito da roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. E assim o apelo em coral à Deusa da Fortuna (“O Fortuna, velut luna”) tanto introduz quanto conclui a obra, que se divide em três seções: O encontro do Homem com a Natureza, particularmente com o Natureza despertando na primavera (“Veris leta facies”), seu encontro com os dons da Natureza, culminando com o dom do vinho (“In taberna”); e seu encontro com o Amor (“Amor volat undique”).
Aqui apresento uma versão em português, que é a tradução de duas versões em inglês dos Carmina Burana. Entretanto, há partes em que as versões são tão discordantes que não sei qual caminho seguir... Nesses lugares, a tradução aparece com um ponto de interrogação.”

Créditos:LagrimaPsicodelica - Neide
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O Fortuna

1. 1.
O Fortuna,
velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis;
vita detestabilis
nunc obdurat
et tunc curat
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.

2. 2.
Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
michi quoque niteris,
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris. .

3. 3.
Sors salutis Sorte,
et virtutis,
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria;
hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite,
quod per sortem
sternit fortem
mecum omnes plangite.

Oh, Fortuna,
Variável
como a lua,
sempre cresces
ou minguas;
vida detestável
ora frustra
ora satisfaz
com zombaria os desejos da mente,
à pobreza
e ao poder
dissolve como se fossem gelo

Sorte monstruosa
e vã,
tu, roda a girar,
a aflição
e o vão bem-estar
sempre se dissolvem
tenebrosa
e velada
atacas-me também;
agora por teu capricho
costas nuas
trago sob teu ataque

Senhora do bem-estar
e da virtude,
estás agora contra mim;
?
?
?
nesta hora
sem demora
tocai as cordas;
pois que a sorte
esmaga o forte
chorai todos comigo


Ego sum abbas

Ego sum abbas cucaniensis
et consilium meum est cum bibulis,
et in secta Decii voluntas mea est,
et qui mane me quesierit in taberna,
post vesperam nudus egredietur,
et sic denudatus veste clamabit:

Wafna, wafna!
quid fecisti sors turpissima?
Nostre vite gaudia
abstulisti omnia!

Eu sou o abade de (Cockaigne?)
e o meu conselho é com os bêbados,
e minha filiação é à seita de Décio,
e quem me vier procurar na taberna de manhã
sairá nu à noite
e assim despido de suas roupas clamará:

Wafna, wafna!
Que fizeste, sorte maléfica?
As alegrias de nossa vida
roubaste todas!

Carl Orff (Munique, 10 de Julho de 1895 — Munique, 29 de Março de 1982) foi um compositor alemão. Sendo um dos mais destacados compositores do século XX, a sua maior contribuição deve-se, contudo à sua influência na pedagogia da música, ao criar o instrumental Orff, um método de ensino musical baseado na percussão. Criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até à data do seu falecimento. Entre suas obras destaca-se a cantata Carmina Burana.
Orff se recusava a falar publicamente sobre seu futuro . É sabido entretanto que Orff nasceu em Munique, e veio de uma família da Baviera muito ativa na vida militar alemã. A banda de regimento de seu pai supostamente tocava muitas vezes as composições do então jovem Orff.
Orff estudou na Academia de Música de Munique até 1914. Serviu então as forças armadas durante a Primeira Guerra Mundial. Posteriormente, ele se tornou membro de várias posições nas óperas de Mannheim e Darmstadt, retornando depois para Munique para continuar seus estudos musicais.
Em 1925, e pelo resto de sua vida, Orff foi o chefe de um departamento e co-fundador do Guenther School, para atividades físicas, músicas e dança em Munique, no qual ele trabalhou com iniciantes em música. Pelo constante contato com crianças, desenvolveu suas teorias na educação musical neste período.
Enquanto a associação de Orff com o nazismo nunca foi comprovada, Carmina Burana era muito popular na Alemanha nazista depois de sua apresentação em Frankfurt em 1937. Orff era amigo de Kurt Huber, um dos fundadores do movimento de resistência Die Weiße Rose (ou A rosa branca em alemão), que foi condenado à morte pelo Volksgerichtshof e executado pelos nazistas em 1943. Depois da Segunda Guerra Mundial, Orff alegou ter sido membro do grupo, tendo se envolvido na resistência, mas não havia evidências exceto por suas próprias palavras.
Orff foi enterrado na igreja barroca do Mosteiro de Andechs, no priorado de Andechs, sul de Munique. (Wikipedia)


Carmina Burana – Carl Orff
(conductor Andre Previn)
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Fortuna Imperatrix Mundi
01. I: O Fortuna 02:48
02. II: Fortune piango vulnera 02:49
I. Primo vere
03. III: Veris leta facies 04:17
04. IV: Omnia Sol temperat 02:07
05. V: Ecce gratum 02:49
Uf dem Anger
06. VI: Tanz 01:40
07. VII: Floret silva 03:26
08. VIII: Chramer, gip die varwe mir 03:18
09. IX: Reie - Swaz hie gat umbe -Chume, chum, geselle min - Swaz hie gat umbe 04:44
10. X: Were diu werlt alle min 00:59
II. In taberna
11. XI: Estuans interius 02:25
12. XII: Olim lacus colueram 03:46
13. XIII: Ego sum abbas 01:22
14. XIV: In taberna quando sumus 03:24
III. Cours d'amour
15. XV: Amor volat undique 03:28
16. XVI: Dies, nox et omnia 02:17
17. XVII: Stetit puella 02:14
18. XVIII: Circa mea pectora 02:11
19. XIX: Si puer cum puellula 01:05
20. XX: Veni, veni, venias 01:03
21. XXI: In trutina 02:30
22. XXII: Tempus est iocundum 02:22
23. XXIII: Dulcissime 00:41
Blanziflor et Helena
24. XXIV: Ave formosissima 01:59
Fortuna Imperatrix Mundi
25. XXV: O Fortuna 02:48

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Fundador da Attac propõe distribuição da riqueza

Adital


Dentro da programação do simpósio Pobre Mundo Rico, o diretor geral do Le Monde Diplomatique e Fundador da Attac (Associação por uma Taxação das Transnacionais financeiras de Apoio à Cidadania), Bernard Cassen, abordou em Ferrol, na Espanha, a oligarquia e concentração da riqueza, o desperdício da sociedade do consumo e o papel dos meios de comunicação como veículos da ideologia neoliberal.

Cassen abordou, assim, as características de uma classe social de "super ricos", que são cada vez mais ricos e mais numerosos, uma riqueza que, por outro lado, fica concentrada nos países do Norte. Ressaltou o patrimônio desorbitado dessa capa superior, que aglutina a 9,5 milhões de ricos, no que apenas das 1.000 pessoas mais ricas do mundo se corresponde com a dívida pública de todos os páises em desenvolvimento.

O fundador da Attac quis indicar que estes ‘super ricos’ não são outros: os dirigentes das grandes corporações, que ganham 15.000 euros diários na França, e 430 vezes o salário médio dos trabalhadores de suas empresas nos Estados Unidos. Hoje em dia, afirmou, "o planeta está governado por una oligarquia que acumula lucros com uma voracidade digna dos ladrões do final do século XIX, a época do capitalismo selvagem dos Estados Unidos".

Desta forma, propôs a respeito uma nova divisão da riqueza: "diminuir os lucros da camada superior da sociedade e repartir o benefício para causas e problemas urgentes e imediatos."

Outro benefício que se deriva desta medida de repartição seria o que se limitaria aos efeitos da "rivalidade", explicou. Trouxe como exemplo a definição dos pobres disposta pelo Conselho da Europa, em 1984, segundo a qual são "pobres as pessoas com menos recursos (materiais, econômicos, sociais), que são debilitados, que estão excluídos dos modos de vida mínimos aceitáveis das sociedades".

Fonte: Clube Internacional de Prensa
www.clubinternacionaldeprensa.org