quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Maria Creuza - Eu Disse Adeus (1973)




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A literatura que vem da Ásia

Que o leitor mais exigente não se engane: há, em tais best-sellers, algo que cativa e que aparece justificado num fazer literário que, não sendo fruto da mente de gênios da literatura, ainda assim, tem o seu lugar.

Isa Fonseca - LeMonde-Br

O cinema asiático tem estado cada vez mais presente em nossas telas, permitindo o acesso a uma cultura que não a nossa. Estamos também vivendo, ultimamente, uma fase de abundância de obras nas livrarias, especialmente romances, que relatam os pormenores quanto aos valores dessa cultura, antes tão obscuros para nós que vivemos no ocidente. Principalmente em foco, a questão da mulher e a evidente opressão na sociedade patriarcal por onde transitam.

O caçador de pipas (Editora Nova Fronteira), best-seller de Khaled Hosseini, vem nos dar a justa medida desse fenômeno, por assim dizer, literário, que vem suprir nossa curiosidade quanto aos costumes orientais. Excetuando-se os deslizes de tradução – como o problema de declinação de alguns tempos verbais, muito provavelmente ocasionados pela própria dificuldade que as transposições de linguagem oferecem (mas que poderia ser resolvida com uma adequada revisão do português), – a narrativa flui de maneira segura e precisa. Como a grande maioria dos best-sellers, não é uma leitura para os muito exigentes, que prefeririam ter em mãos, muito provavelmente, uma obra do indiano Naipaul, ganhador do Booker Prize na década de 70 e do Nobel, mais recentemente, em 2001.

Em seu segundo romance, A cidade do sol (Editora Nova Fronteira) – originalmente A thousand splendid suns, que, de acordo com o contexto da obra, parece fazer mais sentido e soa mais poético –, Khaled Hosseini permanece com seu estilo narrativo fluente e sem grandes surpresas (nenhuma inovação estilística), oferecendo-nos um recorte mais detalhado de como é o tratamento dado às mulheres no Afeganistão. E, novamente, os problemas com os tempos verbais se repetem, ocasionando um certo desconforto ao leitor.

Macetes do fazer literário

Uma questão bastante próxima — e que aparece, também, consecutivamente na obra da autora que citaremos a seguir —, é o uso inadequado do termo "agora", no lugar de "então", e mesmo a demarcação do tempo, quando se coloca "hoje...". Como novos acontecimentos vêm a seguir, os termos "agora" e "hoje", bastante determinados, acabam por não fazer sentido em meio a uma ação que o autor julga presente. E tais termos, colocados no momento, no calor da escritura da história, dão a entender que há um esquecimento ou uma ignorância da lógica própria do fio narrativo (que são os novos episódios que virão). Imaturidade do escritor quanto ao fazer literário? É bem possível, porque tais termos soam deslocados para o leitor, que vem seguindo o curso de uma série de eventos que não tiveram ainda o seu término — ou seja, há fatos que ainda estão por vir, fatos estes que se sucedem descritivamente, como é próprio de tais romances, de narrativa simples e, de certo modo, previsível —, causando deste modo um estranhamento ao leitor mais atento.

Eis um exemplo: a certa altura, diz o narrador de A cidade do sol: "Agora, naqueles olhos, via como tinha sido tola". E continua: "Tinha sido uma esposa infiel? Foi a pergunta que se fez". No contexto de uma narrativa inventiva e vertiginosa, como é a prosa de um João Gilberto Noll, por exemplo, em um texto como em seu romance Lorde, em que fatos e memória se misturam e tempos narrativos também, tais termos, lançados aqui e ali, fazem sentido — pela própria concepção de corpo do texto. Mas nestas obras que citamos acima e na que será citada a seguir, não. Uma simples troca de "agora", por "então" ou "naquele momento", resolveria a questão e traria menos desconforto ao leitor.

Mas estes são pequenos, por assim dizer, macetes do fazer literário, que são obtidos com o tempo e a maturidade de quem faz literatura, e que está atento ao o que é o fazer literário. Ou seja, mesmo nas narrativas mais simples, é preciso que o talento, fruto também da maturidade e experiência do autor, transpareça, esteja presente; para não embaraçar e confundir o leitor.

Os fios da fortuna

Em outro best-seller mais recente, Os fios da fortuna (Editora Nova Fronteira), de Anita Amirrezvani, iraniana criada na Califórnia, a história se passa no século 17, mas ao final da obra a escritora deixa claro que muita coisa ainda não mudou na região do Irã, antiga Pérsia, como o contrato de casamento temporário, o sigheh, que permite ao marido recusar ou prolongar a validade de tal contrato, a seu bel-prazer. Outros tipos de opressão vão sendo relatados no romance, como as humilhações por que passa a mulher que não pode ter filhos ou que, ao perder o marido, enfrenta dificuldades quanto à sobrevivência. Este, aliás, é o motivo que sustenta toda a narrativa da trama, pois mãe e filha adolescente são obrigadas a viverem sob o teto de parentes, ao perderem o chefe da casa, mas tratadas como escravas e sem o direito de decidirem sobre seus destinos.

Ao longo da obra, vê-se que não basta a mulher ser talentosa para ter direito a um trabalho que dê visibilidade a este predicado, o qual poderia ser o suporte de um sustento. Mãe e filha trabalham arduamente em tarefas domésticas em seu novo lar e já na metrópole, sendo que a garota é comprovadamente uma boa (que se tornará ótima) tecelã, desde os tempos em que vivia em sua aldeia. Mesmo ainda tendo muito a aprender e se esforçando para tal, lutar por um espaço na sociedade objetivando reconhecimento, na maneira como essa é configurada, revela-se praticamente impossível. E é por este caminho que o romance mais nos atrai, ou seja, a capacidade de luta e recuperação das quedas por que passa a personagem principal.

Que o leitor não espere do romance, como nos anteriores citados, algum arroubo de criatividade, ou escrita inventiva. Mas Os fios da fortuna não chega a ser uma obra medíocre, muito pelo contrário. A autora insere, de maneira habilidosa, contos folclóricos e histórias da tradição oral em meio à narrativa que é o fio condutor da trama – recurso que dá certa originalidade ao corpo do texto. No mais, Anita Amirrezvani sabe conduzir o leitor, instigando-o, como aliás é um dos ensinamentos proposto por muitas destas histórias, como encontramos em As mil e uma noites.

Mulheres sem voz

Os fios da fortuna mostra-se, portanto, uma obra agradável de ser lida e bastante reveladora dos costumes orientais. E, quanto a estes, é interessante notar os assuntos referentes à culinária, aos trajes típicos, ao mobiliário e à arquitetura, aos detalhes da feitura das tecelagens (cor, motivos, estrutura), assim como às particularidades dos espaços públicos (aliás, são estas referências que dão sentido a tais obras asiáticas e que se tornam best-sellers aqui). Mas o mais tocante é perceber a fragilidade da mulher em tal contexto, seus sentimentos de humilhação e rebaixamento, o desprezo que lhes lançam a sociedade e parentes quando são consideradas vítimas da “má sorte”. E esta tal má sorte, no tocante às mulheres, é algo que parece rondar suas vidas o tempo todo, pois de algum modo sempre aparecem como mal-ajustadas a uma cultura que privilegia os valores ditados pelo machismo. Triste saber que até hoje, ainda, muitos de tais costumes prevalecem.

Que o leitor mais exigente não se engane: há, em tais best-sellers, algo que cativa e que aparece justificado num fazer literário que, não sendo fruto da mente de gênios da literatura, ainda assim, tem o seu lugar e, a julgar pelo sucesso de tais romances, ao longo destes últimos anos, os seus fiéis leitores. Se tais obras, futuramente, serão descartadas e alijadas, ao menos fizeram sentido, ao desvelar, em forma de literatura, os costumes orientais. Nada desprezível nesse tempo em que vivemos – de ditaduras, massacres, refugiados e imagens televisivas misteriosas de mulheres guarnecidas por seus véus, suas burcas. Ao menos podemos perceber, um pouco, o que passa em suas mentes de oprimidas, de mulheres sem voz e de direitos escassos.

Sexo entre os mais velhos

por Drauzio Varella

“Para mim o sexo diminuiu, mas não morreu” – ouvi de um senhor de 85 anos. Na época, recém-formado, fiquei surpreso com a afirmação. Sexo na velhice era assunto proibido.

Ainda hoje, pela falta de inquéritos epidemiológicos, são precários os conhecimentos médicos a respeito da sexualidade depois dos 60 anos.

Daí a importância do estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Chicago, publicado no The New England Journal of Medicine, a revista médica de maior circulação.

No período de julho de 2005 a março de 2006, foram entrevistadas 3.005 pessoas de 57 a 85 anos, representativas de diferentes grupos étnicos e classes sociais, distribuídas por todo o território dos Estados Unidos.

Foram colhidos dados sobre condições de saúde, estado civil, as três parcerias sexuais mais recentes dos últimos cinco anos, práticas sexuais e sobre as dificuldades que prejudicam a atividade sexual. Considerou-se sexualmente ativo quem teve sexo com pelo menos uma pessoa, nos últimos 12 meses.

Atividade sexual foi definida como “qualquer atividade mutuamente voluntária que envolva contato sexual, com ou sem intercurso ou orgasmo”.

Os que viviam com alguém ou que se referiam a uma parceria “romântica, íntima ou sexual” foram classificados na categoria “casados ou outros relacionamentos íntimos”.

Os que negaram atividade sexual nos últimos três meses responderam um questionário em separado a respeito das possíveis explicações para o fato.

Como esperado, a probabilidade de preservar a atividade sexual diminuiu gradativamente com a idade. Nas mulheres a queda foi mais acentuada.

Homens que caracterizaram sua condição de saúde como excelente ou boa apresentaram probabilidade cinco vezes maior de preservar a vida sexual do que aqueles com saúde razoável ou pobre. Entre as mulheres essa probabilidade caiu para três vezes.

Em qualquer faixa etária as mulheres têm menos chance de estar casadas ou de ter “outras relações íntimas”. A diferença aumenta dramaticamente com a idade. Dos homens solitários, 22% estiveram sexualmente ativos no ano anterior; das mulheres solitárias, 4%

Entre mulheres e homens da mesma idade casados ou vivendo relacionamentos íntimos, o número de homens ativos foi maior. É possível que a explicação esteja na preferência masculina por parceiras mais jovens.

Dos que ainda mantinham atividade sexual na faixa de 75 a 85 anos, 54% relataram relações sexuais duas ou três vezes por mês, e 23% uma ou mais vezes por semana. Nesse grupo, 78% dos homens e 40% das mulheres viviam uma relação marital ou íntima.

No grupo de 57 a 64 anos, 62% dos homens e 52% das mulheres confessaram masturbar-se. Esses números caíram respectivamente para 28% e 16% nas pessoas de 75 a 85 anos.

Dos que ainda mantinham relacionamentos sexuais, 58% dos mais novos e 31% dos mais velhos haviam praticado sexo oral, no último ano.

Nos homens, as principais queixas de “problemas sexuais” foram: dificuldade de obter ereção (37%) e de mantê-la (90%), falta de interesse (28%); ejaculação precoce (28%), impossibilidade de atingir o orgasmo (20%). As dificuldades femininas foram: falta de interesse em sexo (43%), dificuldade de lubrificação (39%), impossibilidade de atingir o orgasmo (34%), ausência de prazer (23%) e dor à penetração (17%).

Tomaram medicações ou suplementos que prometem melhorar a performance 14% dos homens e 1% das mulheres.

Dos 1.198 homens e das 815 mulheres envolvidos em um relacionamento amoroso, apenas 3 homens e 5 mulheres se relacionavam com pessoas do mesmo sexo.

Curiosamente, a freqüência de relações sexuais dos participantes considerados ativos foi similar à dos adultos de 18 a 59 anos, encontrada no National Health and Social Life Survey, publicado em 1992, o único estudo sobre a sexualidade americana tão abrangente quanto o que acabamos de descrever.

Extrait de: CartaCapital



Onde está a notícia da moratória da pena de morte?

Mino Carta


Já disse que Putin mora longe e Chávez perto. Hoje faço questão de dizer que a cobertura internacional da mídia nativa consegue ser mais lamentável do que a nacional. Quer dizer, abaixo de zero. Ontem, por larga maioria, a Assembléia Geral da ONU aprovou a moratória da pena de morte em todo o mundo. Por 104 votos a favor, 54 contra e 29 abstenções. Trata-se de uma proposta formulada pela Itália e apoiada de saída pela União Européia, já faz meses. Entre os países que votaram contra, Singapura e Estados Unidos. O Brasil votou a favor. Esta manhã eu recebi a informação graças ao Corriere della Sera. Os jornalões silenciam. Devo acentuar que a lacuna é constante. A regra. Não basta ler veículos mal escritos, medíocres na análise, de obviedade lancinante, reacionarismo visceral e ausência abissal de imaginação e humor. Temos de engoli-los também pessimamente informados. A bem da sacrossanta verdade, não os leio, a não ser quando um amigo, ao tropeçar nas páginas dos jornalões, gargalha. Às vezes sinistramente: mergulhou em exemplos clamorosos de humorismo involuntário. Ocorre, porém, que esta manhã, depois de ler o Corriere, tive a certeza de que a notícia da moratória não figuraria no cardápio da mídia nativa. Quid demonstrandum est.

Muddy Waters - The London Sessions (1971) @320

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Muddy Waters - The London Muddy Waters Sessions (1971)
MP3
320Kbps
RS.com: 84mb
Genre: Blues


Tracks:

1. Blind Man Blues
2. Key To The Highway
3. Young Fashioned Ways
4. I'm Gonna Move To The Outskirts Of Town
5. Who's Gonna Be Your Sweet Man When I'm Gone
6. Walkin' Blues
7. I'm Ready
8. Sad Sad Day
9. I Don't Know Why
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VA - Descarga Pa'Gozar - Grandes del Latin Jazz Cubano

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VA - Descarga Pa'Gozar - Grandes del Latin Jazz Cubano - CD1 @ 320

01. Homenaje a Mongo Santamaria (Chucho Valdés).mp3
02. La Muela ( Ernan Lopez Nussa).mp3
03. La Rumba que no escucho mi abuelo (Rolando Luna y La Camerata Romeu).mp3
04. Son a Emiliano ( Gabriel Hernandez).mp3
05. Manteca ( Jorge Reyes y Orquesta Todos Estrellas).mp3
06. La Flauta Magica (Lazaro Valdés).mp3
07. Consuelate como yo (José Miguel Crego El Greco & Top Secret.mp3
08. La Comparsa ( Pucho Lopez).mp3
09. Pitacatacan (César Lopez y Habana Ensemble).mp3
10. Chachacha Cortés (José Luis Cortés y NG La Banda).mp3
11. Afrocuna (Arcoiris).mp3
12. Escriba y Lea con las Tubular Bells (Inter-Activo).mp3

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VA - Descarga Pa'Gozar - Grandes del Latin Jazz Cubano - CD2 @ 320

01. To remember Black Bird (Chucho Valdés y Gabriel Hernandez).mp3
02. Capullito de aleli (Ernan Lopez-Nussa).mp3
03. Scherezada (Alexis Bosch).mp3
04. Tin Tin Deo (Jorge Reyes y Orquesta Todos Estrellas).mp3
05. Greco's Shopping (José Miguel Crego El Greco & Top Secret.mp3
06. The Lion's Hunter (Pucho Lopez).mp3
07. Lamento desertico (Afrocuba).mp3
08. El Manicero (Gabriel Hernandez).mp3
09. Cuarto (José Luis Cortés y NG La Banda).mp3
10. Palabrara (Inter-Activo).mp3
11. Geishas en La Habana (César Lopez y Habana Ensemble).mp3
12. Pa'Gozar (Miguel Angel De Armas).mp3

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O ENCOURAÇADO POTEMKIN - 1925


O Encouraçado Potemkin
(Bronenosets Potyomkin, 1925)

Gênero: Drama/Clássico
Tempo de Duração: 74 minutos
Ano de Lançamento (Rússia): 1925
Estúdio: Goskino / Mosfilm
Direção: Sergei Eisenstein
Roteiro: Nina Agadzhanova e Sergei Eisenstein
Produção: Jacob Bliokh
Música: Edmund Meisel
Fotografia: Vladimir Popov e Eduard Tisse
Direção de Arte: Vasili Rakhals
Edição: Sergei Eisenstein
RMVB Legendado
P/B

Créditos: RapaduraAzucarada - Stirner



Elenco:
Aleksandr Antonov (Vakulinchuk)
Vladimir Barsky (Comandante Golikov)
Grigori Aleksandrov (Oficial Giliarovsky)
Mikhail Gomorov (Marujo)
Ivan Bobrov (Marujo)
Sergei Eisenstein (Cidadão de Odessa)
Julia Eisenstein (Cidadã de Odessa)



Sinopse:
Em 1905, na Rússia czarista, aconteceu um levante que pressagiou a Revolução de 1917. Tudo começou no navio de guerra Potemkin quando os marinheiros estavam cansados de serem maltratados, sendo que até carne estragada lhes era dada com o médico de bordo insistindo que ela era perfeitamente comestível.
Alguns marinheiros se recusam em comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles. A tensão aumenta e, gradativamente, a situação sai cada vez mais do controle. Logo depois dos gatilhos serem apertados Vakulinchuk (Aleksandr Antonov), um marinheiro, grita para os soldados e pede para eles pensarem e decidirem se estão com os oficiais ou com os marinheiros. Os soldados hesitam e então abaixam suas armas. Louco de ódio, um oficial tenta agarrar um dos rifles e provoca uma revolta no navio, na qual o marinheiro é morto. Mas isto seria apenas o início de uma grande tragédia.



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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Os brancos são mais iguais

Emir Sader - CorreioDaCidadania

O lema fundamental da dominação capitalista e imperialista continua sendo “Civilização ou barbárie”. Civilização para os dominantes e barbárie para todos os outros. Civilização para os brancos, ocidentais, protestantes ou católicos, europeus ocidentais ou estadunidenses. Mas é a cor da pele a bandeira da sua superioridade.

Não por acaso, Hollywood, a maior fábrica de racismo do mundo, promove a criminalização das outras “raças”, sejam índios dos EUA, os africanos, árabes, japoneses, chineses, coreanos, mexicanos ou qualquer outra variante dos não-brancos. O único filme produzido nos EUA contra a potência que promoveu a maior “limpeza étnica” da história da humanidade, a Alemanha, foi realizado por um não-estadunidense, Charles Chaplin, com “O grande ditador”. O clima contra ele ficou tão insuportável que precisou sair às pressas dos EUA, antes mesmo do lançamento do filme.

Hollywood narrou a história do massacre das populações indígenas nos EUA como uma saga da “civilização” resgatando palmo a palmo o território dominado por “peles vermelhas” “traiçoeiros”. Indômitos cowboys, chamados de “mocinhos”, enfrentando os “bandidos” das populações originárias.

Recorrentemente, renascem as teorias e as afirmações racistas sobre a suposta inferioridade intelectual dos negros. Bem antes das declarações do prêmio Nobel sobre o tema, surgiu a “teoria dos sinos”, que repetia a mesma ladainha de sempre. Os negros teriam características que os tornam excelentes para as atividades atléticas. Chega-se ao requinte de elaborar mapas da origem dos africanos, pois certas regiões estariam mais adaptadas para a produção de atletas para corridas de longas distâncias, pela resistência, enquanto, outras, produzem os de curta distância, pela rapidez. Este reconhecimento do desempenho atlético é uma espécie de “compensação” à inferioridade intelectual que se lhes quer impor. Um autor que vive recomendando as melhores leituras para todo o mundo, não hesitou em perguntar onde estaria o Shakespeare africano. Um modo de dizer que só está disposto a rever sua tese sobre a inferioridade intelectual e cultural dos africanos quando estes forem capazes de apresentar conquistas intelectuais similares às européias.

A colonização e a escravidão, que parecem fenômenos passageiros, que não deixaram marcas na trajetória nem dos que se enriqueceram, nem dos que se empobreceram com elas, nunca aparecem nos seus preciosos “cálculos” . Colonização e escravidão foram formas de recrutar uma raça inferior para trabalhar para a raça superior, em nome do “progresso” e do “desenvolvimento”. Colonização e escravidão transformam-se em categorias atemporais, que beneficiaram a “humanidade”, a “civilização”, apropriada pelos brancos ocidentais cristãos.

Esses raciocínios pseudo-científicos procuram desqualificar as outras etnias e combater algumas conquistas políticas, como é o caso especialmente das cotas. Afinal, de que adianta promover os negros, já que sua inferioridade é genética!

Quando esta concepção ganhou a Califórnia, o resultado foi arrasador para os negros, pois os brancos e os de origem asiática se repartiram entre si as vagas das universidades e os negros foram praticamente excluídos. É uma manobra intelectual para justificar a imposição da hegemonia das idéias dominantes na sociedade mercantilizada dos EUA: os pobres – entre eles os negros - não são produzidos pela estrutura econômica e social capitalista, eles são os “perdedores” de um jogo onde tiveram as mesmas oportunidades que os outros, mas foram vencidos no concurso meritocrático da excelência, da produtividade, do custo-benefício.

Todos são iguais, mas os brancos são os mais iguais, os mais “civilizados”, os mais inteligentes – e mais ricos, mais poderosos, mais beligerantes, os mais agressivos, os mais discriminadores, os mais exploradores.

Música - Hermeto Pascoal - Brasil Universo - 1986

1-Mentalizando a Cruz
(Hermeto Pascoal)
2-Surpresa
(Hermeto Pascoal)
3-Peixinho
(Hermeto Pascoal)
4-Era pra ser e não foi
(Hermeto Pascoal)
5-Crianças
(Hermeto Pascoal)
6-O tocador quer beber
(Hermeto Pascoal)
7-Arapuá
(Hermeto Pascoal)
8-Salve, Copinha
(Hermeto Pascoal)
9-E nem dá pra dizer
(Hermeto Pascoal)
10-Sempre feliz
(Hermeto Pascoal)
11-Calma de repente
(Hermeto Pascoal)


Créditos:CapsulasDaCultura

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Filme Completo: Cartola - Musica para os Olhos

SINOPSE:

Documentário sobre Cartola de Mangueira, ou simplesmente Cartola, um dos nomes mais importantes da música brasileira, responsável por clássicos como ‘’As rosas não falam'’, ‘’Tive Sim'’ e ‘’Quem me vê sorrindo'’, entre outras composições. O filme tem como base entrevistas com amigos, parceiros e pessoas que conviveram com o mestre Cartola.

Créditos: CápsulaDaCultura

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