Músicos:
Bobby Timmons (piano);
Blue Mitchell (trumpet);
Sam Jones (bass);
Art Blakey (drums)
Gravado em Agosto de 1960.
Musicas:
1. Soul Time
2. So Tired
3. The Touch Of Your Lips
4. S'posin'
5. Stella B.
6. You Don't Know What Love Is
7. One Mo'
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
Acirra-se o conflito entre capital e trabalho | | | |
Escrito por Waldemar Rossi | |
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Os trabalhadores da GM de São José dos Campos vêm resistindo às investidas da empresa para que abram mão dos seus direitos. Surge, então, uma convocação para um amplo movimento de solidariedade da classe e do movimento social com seus companheiros da GM. As notas abaixo falam mais que meus comentários.
Em defesa dos direitos e da livre organização da classe trabalhadora Nas últimas semanas os operários que trabalham na General Motors do Brasil em São José dos Campos/SP têm resistido bravamente a mais uma ação do Capital que, para aprofundar a exploração contra a classe trabalhadora, lançou um pacote contra os trabalhadores.
A empresa, em meados de janeiro, anuncia para a cidade a contratação de 600 trabalhadores, condicionado a proposta à implementação do banco de horas, redução do piso salarial, congelamento de salários de um setor da produção e turno de 6x2. Além disso, oculta as demissões de 980 trabalhadores que efetuou no final de 2006 e que as contratações serão por prazo determinado de 1 ano.
O governo do PSDB na cidade chama a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos para "mediar um acordo" e oferece para empresa isenção de IPTU e redução de ISS. A empresa agradece, mas diz que depende da implementação das medidas contra os trabalhadores, para trazer "os empregos" para São José.
O debate sobre a GM toma conta da região e os trabalhadores dentro da fábrica sofrem a pressão das chefias diretas e da direção da empresa e mesmo assim resistem e enfrentam quatro assembléias, onde em todas elas a maioria dos operários votou contra a proposta de redução de direitos.
Importante dizer que há mais de 10 anos os metalúrgicos de Campinas, Limeira e São José dos Campos lutam contra a implementação do banco de horas que coloca a vida dos/as trabalhadores/as a mercê da empresa e aumenta o número de acidentes e doenças provocadas pelo trabalho. Lutam contra os patrões e por inúmeras vezes contra sindicatos da CUT, Força Sindical, que não só assinaram acordos como esse que a GM em São José apresentou, mas também entregaram direitos como estabilidade aos/às trabalhadores vítimas de acidentes e doenças provocadas pelo trabalho, além da redução de direitos nos acordos coletivos.
Basta olhar a situação dos trabalhadores nas outras plantas da GM e demais montadoras onde o banco de horas e a redução de direitos foram implementados. As empresas seguiram com as demissões e conseguiram o que mais buscavam, diminuir o valor da força de trabalho.
Bem perto de São José, na cidade de Taubaté, os trabalhadores na Volks sofreram com as demissões em 2006, tiveram salários reduzidos e a imposição do banco de horas e, nos últimos dias, mais um acordo foi assinado entre a empresa e o Sindicato, que inclui pagamento da PLR condicionado a trabalharem 33 sábados em 2008. No 2◦ semestre do ano passado, os metalúrgicos trabalharam todos os sábados.
É ação do Capital para superar suas crises cíclicas: expandir e aprofundar a exploração contra a classe trabalhadora: flexibilizar a jornada, diminuir salários e direitos. Contra isso é preciso avançar na unidade da classe para manter e ampliar direitos.
Intersindical construindo a unidade para enfrentar mais essa ação do capital
Essa investida da GM contra os/as trabalhadores/as na empresa não é um problema exclusivo dos operários que lá trabalham, mas sim um ataque ao conjunto da classe trabalhadora. Por isso a Intersindical tomou a iniciativa de chamar uma discussão com o movimento sindical e popular e construir uma campanha nacional em defesa dos direitos e da livre organização da classe.
Em defesa da livre organização sindical também, pois a Embraer, indústria do setor aeroespacial, impõe uma multa da ordem de 5 milhões de reais contra o Sindicato dos Metalúrgicos de SJC. A multa é por conta de uma ação movida em 99 pela empresa contra o Sindicato, que garante um interdito proibitório impondo multa a cada panfletagem, assembléia e mobilização realizadas na empresa. Essa é uma prática das empresas que conta com o apoio do Estado nas mais diversas categorias pelo país afora.
É por tudo isso que fazemos um chamado ao conjunto do movimento sindical e popular que não se renderam ao pacto entre o Capital e o Estado a se somarem em mais essa luta.
Uma Campanha Nacional que se inicia no ato que realizaremos no dia 21 de fevereiro em São José dos Campos no Sindicato dos Metalúrgicos a partir das 16:00 horas.
Os/as companheiros/s que estão em regiões mais distantes podem se somar a essa campanha denunciando esse ataque e apoiando a luta dos/as trabalhadores, nos seus jornais, mobilizações e enviando mensagens de solidariedade ativa a essa luta.
Juntos em mais essa batalha da classe!
Mais informações: Ana Paula 12-9762 7849
Mensagens podem ser enviadas ao Sindicato dos Metalúrgicos de SJC pelo e-mail: |
A última fronteira
La frontera infinita”, transforma a migração de centro-americanos para os Estados Unidos através do México numa metáfora da condição humana universal nos tempos da globalização conservadora.
No sábado, 9 de fevereiro, entre as duas centenas de filmes ou mais apresentados
No Festival de Cinema de Berlim, filme do mexicano Juan Manuel Sepúlveda, “
na 58ª edição de Festival de Cinema de Berlim – a Berlinale – deu-se a estréia internacional do documentário “La Frontera Infinita”, do cineasta mexicano Juan Manuel Sepúlveda. Sepúlveda, nascido em 1980, é um dos diretores e produtores da nova geracäo mexicana, tendo em seu currículo alguns documentários e filmes produzidos ou dirigidos de 2005 para cá.
O foco do documentário é a migração de centro-americanos para os Estados Unidos através do México, vindos muitos de Honduras e da Guatemala, mas também de outros países. Inclusive o filme foca também a migração dos próprios mexicanos, no caso, de crianças e adolescentes que fogem de seus pais e de suas cidades.
Além de apontar para o grave problema social que está por trás, no meio e adiante dessa migração, o olhar do cineasta mexicano a transforma numa metáfora da contemporaneidade: junto da tragédia social, o filme adquire uma tonalidade épica, exibindo a férrea determinação daqueles que, sem nada ter, e tendo tudo a perder, se arriscam numa aventura em busca do futuro – de algum futuro, cada vez mais distante.
A divisão das perdas nessa dramática corrida em busca de alguma forma de sobrevivência é desigual. O filme começa mostrando os mais frágeis, divididos em dois grupos: as crianças e adolescentes que fogem de suas famílias mas são capturados e conduzidos a um abrigo que tenta devolve-los a seus pais; e os mutilados, aqueles que, tentando como muitos embarcar clandestinamente nos trens de carga acabam caindo, seja de sono ou por outra razão, e tem seus membros decepados pelas rodas da composição. Também comparece, nas primeiras cenas, a visão dos mortos pela polícia da imigração, além de tomadas patéticas da construção da nova cortina de ferro na fronteira dos Estados Unidos.
A linguagem cinematográfica de Sepúlveda é peculiar. Lenta, usando muito as tomadas com câmera fixa numa realidade tão “semovente”, ela prolonga os depoimentos, dando tempo a que as pessoas se expliquem, contem suas histórias, suas decepções e também sua determinação de continuar nas tentativas de atravessar a mirífica fronteira, que deixa de ser uma realidade concreta e passa a ser uma visão onírica.
Na segunda parte o filme se concentra nas viagens migratórias, onde se sucedem as caminhadas extenuantes e as invasões dos trens que passam pelos grupos fatigados. Num flash back muito interessante Sepúlveda exibe tomadas de trens invadidos por camponeses revoltados durante a revolução de 1910, que projetou o México em escala mundial na era das grandes revoluções, tanto no plano real quanto no cinema.
A viagem é fantástica. Premidos pela repressão do próprio México, estes viajantes devem atravessar milhares de quilômetros a pé e nessas caronas ferroviárias improvisadas e perigosas. Provocativamente, o filme se detém ainda a 4 mil quilômetros da fronteira dos Estados Unidos. A fronteira é um sonho distante; todos entregam sua causa “a Deus”, e prometem prosseguir depois se forem apanhados pelos “Migras”, a polícia aduaneira dos dois países, México e Estados Unidos; assim a viagem se torna o objetivo de si mesma. Ela se torna uma motivação, um estilo de vida, e muitos daqueles que ficam pelo caminho, mutilados ou detidos, se não morrem, constroem vidas para eles provisórias, pois a última fronteira guardam para si, aquela que eles decidiram atravessar ao se jogar nessa aventura tão precária quanto grandiosa.
Sepúlveda não aborda no filme o jogo perverso da verdadeira indústria de viagens que existe dentro e em torno desse drama, embora suas marcas estejam presentes, nas viagens arranjadas, nos ônibus semiclandestinos. Seu objetivo é mesmo ressaltar o caréter sobre-humano dessas opções tomadas in extremis, nas condições da falta de rumo a que a cena econômica condena milhões de pessoas. Todos os anos são 500 mil centro-americanos, sem contar os de outros países, como o Brasil, que navegam nessas trilhas dos novos “descobridores”. Muitos deles perecem. Alguns, como os meninos que dizem que seu sonho agora é voltar para casa, talvez se redescubram. Enfim, o filme é um depoimento pungente a vigoroso sobre a condição contemporânea.
Em pesquisas publicadas, cerca de 60% das pessoas que tomavam as drogas informaram ter tido alívio significativo dos sintomas da depressão, comparados com cerca de 40% daqueles que tomaram placebo (comprimido inócuo usado em testes científicos). Mas, quando os estudos menos positivos, que não foram publicados, são incluídos, a vantagem encolhe: as drogas são mais eficazes que os placebos, mas por uma margem modesta, de acordo com um estudo publicado quinta-feira pelo The New England Journal of Medicine.
Pesquisas anteriores haviam descoberto o mesmo tipo de distorção para uma variedade de medicações; e muitos pesquisadores questionam a eficácia dos antidepressivos. Mas a nova análise, revisando informações de 74 pesquisas envolvendo 12 drogas, é a mais completa até hoje. E documenta uma grande diferença: enquanto 94% dos estudos positivos (para as drogas) foram publicados, somente 14% daqueles com resultados decepcionantes ou incertos foram publicados.
A descoberta provavelmente vai inflamar o contínuo debate sobre como as pesquisas devem ser divulgadas. Em 2004, depois da revelação de que estudos negativos não haviam sido divulgados, um grupo de publicações concordou em não publicar os dados de pesquisas que não sejam primeiro registradas em um banco de dados público. Representantes das maiores empresas farmacêuticas anunciaram que as companhias começariam a divulgar mais informação, mais rapidamente, em seus próprios endereços eletrônicos.
E no ano passado o Congresso aprovou legislação que expande os tipos de estudos e a profundidade de informações que devem ser submetidos ao banco de dados operado pela Biblioteca Nacional de Medicina. A agência do governo que regulamenta o setor, FDA, dá acesso limitado aos dados de testes clínicos recentes, mas críticos dizem que o banco de dados é difícil de navegar.
"Isso é muito importante por duas razões", diz o dr. Jeffrey M. Drazen, editor-chefe do The New England Journal. "Um é que, quando você receita drogas, quer ter certeza de que está trabalhando com a melhor informação possível; você não compraria ações de uma empresa se soubesse apenas um terço da verdade sobre ela." Segundo, continuou o dr. Drazen, "devemos mostrar respeito às pessoas que participam de testes clínicos."
"Elas correm algum risco ao participar do teste e depois as companhias escondem as informações?", perguntou. "Esse tipo de coisa nos deixa realmente interessados na questão."
Alan Goldhammer, sub-vice presidente para assuntos regulatórios dos Fabricantes e Pesquisadores Farmacêuticos da América, disse que o novo levantamento deixou de mencionar que a indústria e o governo já tinham dado passos para tornar a informação sobre testes clínicos mais transparente. "Isso tudo é baseado em informação de antes de 2004 e desde então nós acabamos com o mito de que as companhias têm qualquer coisa a esconder", ele disse.
No estudo, uma equipe de pesquisadores identificou todos os testes de antidepressivos entregues ao FDA para conseguir a aprovação de drogas de 1987 a 2004. Os estudos envolveram mais de 12.564 adultos testando drogas como o Prozac da Eli Lilly, o Zoloft da Pfizer e o Effexor da Wyeth.
Os pesquisadores obtiveram dados não publicados das drogas mais recentemente aprovadas no site da FDA. Para drogas mais antigas, eles foram atrás de cópias de estudos através de colegas e usando o Freedom of Information Act (lei americana que, através de ações na Justiça, pode garantir acesso a informações consideradas confidenciais). Os autores do levantamento pesquisaram em bancos de dados de pesquisas publicadas e também escreveram para as companhias que conduziram testes pedindo confirmação de publiação de pesquisas específicas.
Descobriram que 37 dos 38 testes clínicos que a FDA considerou com resultados positivos foram publicados. A agência considerou fracassados ou não-convincentes 36 dos testes, dos quais 14 foram publicados.
Mas 11 destes 14 artigos "indicaram resultado positivo", que não encontrava embasamento na revisão da FDA, segundo o principal autor, dr. Erick H. Turner, um psiquiatra e ex-funcionário da FDA que agora trabalha na Universidade de Saúde e Ciências de Oregon e no Centro Médico dos Veteranos de Guerra de Portland. Os co-autores foram pesquisadores da Kent State University e da Universidade da Califórnia em Riverside.
O dr. Turner disse que a divulgação seletiva de estudos favoráveis causa frustração nos pacientes. "Para aqueles que consideram tomar um antidepressivo, eu acho que a conclusão é de que devem ser mais cautelosos", ele afirmou, "e não devem ficar chocados se não houver efeito; nem pensar que há algum problema com eles".
Já os médicos, diz ele, "acabam perguntando, 'como é que essas drogas funcionam nos testes clínicos mas não respondem aqui no consultório?'"
O dr. Thomas P. Laughren, diretor da divisão de produtos de psiquiatria da FDA disse que faz tempo que a agência sabia que estudos favoráveis têm maior chance de serem publicados. "É um problema que enfrentamos há anos", ele disse numa entrevista. "Apóio acesso completo a todas as informações; a questão para nós é como fazer caber na bula" que acompanha a maior parte das drogas.
O dr. Donald F. Klein, um professor emérito de psiquiatria da Columbia, disse que os fabricantes de drogas não são os únicos relutantes a publicar resultados não convincentes. As próprias publicações e os autores também contribuem. "Se é informação privada e você não gosta do resultado, bem, nós não deveríamos ficar surpresos que alguns médicos nem submetem esses estudos para publicação", ele afirmou.
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O jornal Recomeço impresso foi lançado em Leopoldina, MG, em junho de 2001, sendo o principal objetivo do jornal defender os que "tem sede de justiça".
De tamanho pequeno e feição gráfica modesta, a tiragem é de 200 jornais e a distribuição é feita apenas em alguns locais que tem ligação com a finalidade descrita.
Em 2006, o então juiz da Execução Penal da comarca moveu uma ação contra a editora do jornal, acusando-a de difamação, alegando ter sido ofendido por um editorial, no qual se fazia um apelo às autoridades e operadores do Direito no sentido de corrigir ou, pelo menos, amenizar as condições desumanas da cadeia local.
Os presos chegaram a ficar quase um ano, dentro das celas, sem sair nem para um banho de sol, o mínimo a que um organismo humano tem direito.
Nenhuma atividade, nenhum atendimento à saúde (grassam doenças de todo tipo: tuberculose, aids, escabiose, etc), nem mesmo distribuição de material de limpeza e higiene. Mantém-se uma média de mais de 100 presos confinados em cinco "jaulas", que não podemos nem chamar de cela. Uma verdadeira barbárie que por comparação faz a famosa Guantánamo parecer um hotel 5 estrelas.
Lembro aos leitores que nessas cadeias do interior estão presos provisórios, em sua maioria jovens negros e pobres que praticaram pequenos delitos como furtos, brigas, uso de drogas; não há nenhum criminoso cruel como esses descritos pela imprensa alarmista.
Lembro também que no país vigora a LEP, lei de Execução Penal, pela qual o condenado perde a liberdade, mas não os direitos da sua condição humana. E pela lei, de acordo com o art. 66, "compete ao juiz da execução inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade".
Os juízes não admitem serem cobrados por suas obrigações, consideram-se deuses e em nenhum momento de lucidez se lembram de que são servidores públicos, pagos por nós, contribuintes brasileiros, para cumprirem com seus deveres, para fazer justiça e deveriam ser os primeiros a dar o exemplo de respeito à lei.
Eu ousei cobrar isso de um juiz. Ele me processou. Fui condenada pela sua colega, outra juíza, para a qual só contou o corporativismo da classe, chegando a dizer na última audiência que nem lera o processo, mas que eu já estava condenada.
O Brasil é um dos países com maior número de jornalistas denunciados e condenados, e essa excrecência vem se mantendo porque não reagimos e não protestamos em nome das vítimas.
Sofri o processo e esta condenação injusta e humilhante porque não aceitei uma transação penal, na qual estava implícito concordar que denunciar autoridade é crime. Não sou mais primária, sou uma sentenciada. Pelo "crime" de fazer uma denúncia. Isso é tudo que nossas autoridades querem: cidadãos calados e acovardados. Assim podem continuar na cômoda posição de não darem satisfação dos seus atos ao povo brasileiro, capacho da empáfia e dos prívilégios dessa classe dominante que tanto mal faz ao nosso país.
Detalhes aqui: