Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quinta-feira, 20 de março de 2008
O consumo supérfluo | | | |
Rogério Grassetto Teixeira da Cunha | |
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Um dos dois pilares da crise ambiental atual é o consumismo desenfreado. O outro é a quantidade de gente por aqui (não estou com isto querendo justificar ou sugerir medidas extremistas, apenas constato um fato: o excesso de gente somado ao consumismo são as causas principais da crise ambiental que presenciamos). Atualmente, criam-se falsas necessidades, tudo para estimular o consumo, este deus supremo da sociedade atual. Repare o leitor, por exemplo, que já há muito tempo criou-se a obrigação de beber sucos com canudinho. Por que isto? Se pensarmos bem, não há razão, é só uma falsa necessidade criada, que já virou hábito cultural. Se em nossa casa tomamos direto no copo, por que precisamos então do bendito canudinho em público? Se for por questão de higiene, ele não resolve nada, pois, se o estabelecimento não produz os sucos de maneira higiênica ou se não lava direito os copos, não é o canudo que irá resolver o problema. Para piorar, em alguns locais os canudos vêm agora embalados um a um. É um absurdo completo. Já ouvi falar também de guardanapos de papel individualmente acondicionados, mas felizmente ainda não tive o desprazer de ser apresentado a eles. Infelizmente, porém, já me deparei com pequenos pedaços de fio dental para uso único, embalados em envelopinhos tipo "band-aid". Cúmulo dos cúmulos.
Uma idéia simples e efetiva (portanto boa) no sentido de resolver este problema (e chamar a atenção para o consumismo sem causa) é a campanha, proposta pelo prefeito londrino Ken Livingstone em fevereiro, para que a população consuma água "torneiral" em vez de água mineral. Na verdade, a idéia não é nova e diversos prefeitos já lançaram campanhas similares (entre eles os de Nova Iorque, Veneza e Chicago). A idéia seria boa para o bolso e para o meio ambiente.
Mas o que a pobre e inocente água mineral fez de errado? Pensem comigo. O problema começa na extração. Em alguns locais do Brasil, por exemplo, há denúncias de sobre-exploração das reservas, o que pode acarretar problemas futuros. O processo de extração consome ainda alguma energia e demanda recursos, instalação de fábricas etc.
No entanto, o pior está na embalagem e no transporte. Para engarrafarmos a água, consumimos uma quantidade enorme de plástico (ou vidro em alguns poucos casos), substâncias que não se degradam rapidamente na natureza. Mesmo imaginando um percentual alto de reciclagem, haverá sempre uma quantidade considerável de produção de PET virgem. E, de qualquer jeito, tanto a produção quanto a reciclagem são processos industriais, que consomem energia e recursos naturais. No caso da produção pura e simples, pior ainda. Considerando que dados oficiais apontam que apenas cerca de 1% do lixo da cidade de São Paulo é reciclado, podemos concluir que, pelo menos no Brasil, a maior parte das garrafas escapa à reciclagem e/ou descarte adequado e irão enfeitar rios e lagos boiando alegremente ou entupir lixões e aterros sanitários.
Tem mais. Depois de engarrafada, a água precisa ser transportada. Aqui, novamente consumimos energia, com os caminhões e, em alguns casos, até navios. Isto porque em diversas partes do mundo tornou-se chique consumir água importada. Melhor ainda se vier de um país tradicional (como a famosa Perrier francesa) ou de algum local aparentemente exótico (imagine o impacto marqueteiro de uma água das rochas das ilhas Seychelles ou "a pureza da água de degelo das geleiras da Patagônia").
Para termos uma idéia do custo, as matérias reproduzidas pelos jornais brasileiros sobre a campanha em Londres citam um estudo segundo o qual se emite o equivalente a 0,3 gramas de CO2 para a produção de um copo de água "torneiral" de Londres, enquanto que, se a água fosse mineral das marcas Volvic ou Evian, o valor seria a bagatela de 185 gramas do gás, 616 vezes mais.
O interessante disto tudo é que consumir água mineral tornou-se mania, lá e cá. Consome-se a toda hora e sem necessidade. Em cidades dotadas de um eficiente tratamento de água (coisa que infelizmente não ocorre em todo o Brasil), a mania é não só inútil, como perdulária em termos de recursos pessoais e, principalmente, do planeta.
Eu, mesmo sem saber destas contas, já havia reduzido muito meu consumo de água mineral, levando garrafinhas do tipo "squeeze" para diversos locais, ou reutilizando garrafinhas PET já usadas. Agora vou reduzir ainda mais. De preferência a quase zero.
Podemos ver a mania do consumo de água mineral em pessoas comprando garrafinhas para levar ao trabalho, para consumir nas academias, para servir visitas em suas casas. Neste campo, também vemos ainda outra necessidade criada: os garrafões de 20 litros, sempre com a indefectível pilha de copinhos descartáveis do lado. E por aí vai.
Gostei da idéia do prefeito não porque ache que ela vai resolver todos os problemas. O impacto geral certamente é pequeno (porém, se a ajuda não é muita, ela certamente colabora em não aumentar ainda mais a crise). Seu maior valor está em tornar evidentes os efeitos ambientais deletérios do consumismo sem causa e, espero, em fazer-nos refletir, um pouco que seja, sobre as conseqüências de nossos atos e da estrutura social insana que criamos para viver. Proponho até que se lance uma nova música de axé como marketing da campanha:
"Bebeu água? Não! Tá com sede? Tô! Olha, olha, olha, olha a água torneiral Água torneiral Água torneiral Água torneiral Do Candeal Pro ambiente ficar legal"
Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo, é doutor em Comportamento Animal pela Universidade de Saint Andrews. E-mail: rogcunha@hotmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
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Hiroshima - Urban World Music (1996)
Faixas:
1 Unspoken Love (6:00)
2 Passion & Pain (4:55)
3 Let Me Be Your Baby (4:26)
4 Heiwa (Peace) (4:03)
5 Through My Eyes (5:23)
6 Ripples in Our Waterfall (4:31)
7 Timekeeper (4:37)
8 Love How You Love Me (4:57)
9 Urban World (4:48)
10 None of Us Are Free (5:00)
11 Koto Blues (4:52)
12 Hipnotic (4:51)
13 Walking With Angels (2:50)
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Fernando Lugo, a novidade paraguaia | | | |
Gilberto Maringoni | |
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O Paraguai vai voltar com força às manchetes nas próximas semanas. Os assuntos não serão os sacoleiros de Ciudad del Este ou a enxurrada de produtos vendidos por boa parte dos camelôs de todo o Brasil. É algo muito mais sério. Dia 20 de abril acontecem as mais disputadas eleições paraguaias em várias décadas. Há muitas novidades em jogo.
A primeira é que, pela primeira vez em 65 anos, o velho Partido Colorado pode ser afastado do poder. A segunda é a possibilidade de esta longa hegemonia ser quebrada por uma amplíssima coalizão de centro-esquerda, que abriga de comunistas ao tradicional Partido Liberal Radical Autêntico, agremiação formada por setores nacionalistas. Na cabeça de tudo, o ex-bispo Fernando Lugo, um adepto da Teologia da Libertação. O religioso apresenta uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado na disputa, o ex-general Lino Oviedo, um dissidente colorado, seguido da ex-ministra da Educação Blanca Ovelar, a candidata do partido governista.
Os programas de todos os candidatos propõem algum tipo de revisão ao Tratado de Itaipu, firmado em abril de 1973 entre as ditaduras de Emílio Garrastazu Médici, do Brasil, e de Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai com mão de ferro entre 1954 e 1989. Através do documento, ficou acertada a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, até então, na fronteira dos dois países. Com validade de 50 anos, o acordo baliza a repartição da energia por ela gerada. Metade fica com o Brasil e metade com o Paraguai. Como o país utiliza apenas 12% do total produzido, pelos termos do documento, é obrigado a vender a eletricidade sobrante ao Brasil, a preços que oscilam de U$S 22 a U$ 44 o KwH. A média de preços da energia hidrelétrica no mercado brasileiro passa dos U$S 80 o KwH.
Soberania hidrelétrica
A construção de Itaipu, entre 1974 e 1981, consumiu cerca de US$ 16 bilhões em valores da época, pagos em sua maior parte pelo Brasil, e representou um marco decisivo no desenvolvimento dos dois países. A usina é responsável por 19% do PIB paraguaio, com ingressos para os cofres públicos locais de cerca de US$ 1,5 bilhão ao ano.
A revisão pretendida pode dobrar o montante arrecadado. A medida tornou-se quase um fator de unidade nacional, sendo chamada de "recuperação da soberania hidrelétrica".
Nenhum candidato em campanha defende o tratado tal como está, sob pena de perder votos. O mais radical é o ex-bispo Fernando Lugo. O engenheiro elétrico Ricardo Canese, um dos coordenadores de sua campanha, diz objetivamente o que pretendem, em um livro recém lançado: "Para chegar a uma eqüidade em Itaipu e transformar este ente binacional no principal instrumento de desenvolvimento do Paraguai (...) se requer: 1. Poder vender livremente nossos excedentes elétricos; 2. Receber um preço de mercado pela exportação de tal excedente (que é da ordem de US$ 3 bilhões ao ano)".
A meta de Canese é real. A Argentina, outro vizinho paraguaio, enfrenta uma estrutural crise energética, após anos de falta de investimento das empresas privatizadas nos governos de Carlos Menem (1989-1999). A Casa Rosada buscou, em vão, comprar, a preços de mercado, energia de Itaipu. O Tratado impede tal negociação.
Os interesses de brasileiros também serão afetados pela proposta de reforma agrária de Lugo. A maior parte das grandes propriedades é de brasileiros, que foram para o outro lado da fronteira entre os anos 1970 e 1980. Tomadas pelas culturas de soja – e agora de cana -, essas terras voltam-se para a agricultura de exportação.
Fraude
A maior ameaça à vitória do ex-bispo é a possível fraude patrocinada pelos colorados. Praticamente tudo no país é controlado por este partido de direita, fundado em 1887, que historicamente defende os interesses da classe dominante. Dominando o Executivo nacional, o Legislativo e o Judiciário, a influência da agremiação espalha-se por todas as localidades paraguaias. É voz corrente que ninguém consegue emprego, matrículas em escolas públicas, atendimento em postos de saúde ou prestar queixas em delegacias policiais se não apresentar sua ficha de filiação no partido. Os integrantes das forças armadas também devem se filiar para ascender na carreira. Dos seis milhões de paraguaios, quase um terço formalmente é membro da agremiação. É uma máquina poderosíssima, para ninguém botar defeito.
O governo brasileiro quer a vitória de qualquer candidato, menos de Fernando Lugo. Um dos partidos governistas, o PT, não tem posição a respeito. Há petistas que preferem Lino Oviedo, há outros sem posição e uma minoria quer o ex-membro da Igreja Católica.
Um possível governo Lugo não será revolucionário. Mas representará a chegada de setores populares ao comando de um dos países mais pobres do continente.
Gilberto Maringoni é jornalista.
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Não adianta sou torcedor....eheheheheh
A atuação não foi das melhores, mas valeu o esforço do time de Abel Braga. Dois gols no segundo tempo, com Alex e Adriano, garantiram o resultado para a equipe de Porto Alegre, que agora ganha uma folga na tabela para se concentrar no Gauchão. Copa do Brasil, só em abril.
Correria no primeiro tempo
O Inter sabia que não seria nada fácil. E não foi. O Chapecoense fez frente ao time gaúcho no primeiro tempo. O equilíbrio nasceu de um jogo muito corrido. A bola não parou. Viajou de um lado para o outro, pererecou por todos os cantos. O duelo foi particularmente forte na meia-cancha, recheada por cinco jogadores do Inter e seis do Verdão.
Na prática, houve uma grande chance para cada lado. Com cinco minutos, Andrezinho (o substituto de Magrão, afastado junto com Iarley por problemas estomacais) recebeu livre pela direita, na entrada da área, e chutou por cima. Perdeu gol claro. A resposta efetiva só aconteceu aos 41, em lance parecido, mas pelo meio. Everton César mandou uma bomba, defendida com qualidade por Renan.
Antes de terminar o primeiro tempo, dois incidentes chamaram a atenção. Em um único minuto, o Chapecoense perdeu o centroavante Cadu (que conseguiu quebrar um dedo da mão e machucar o nariz no mesmo lance) e o goleiro Nivaldo. Em um dos últimos lances do período, o zagueiro Téio espalmou a bola dentro da área. Pênalti claro, daqueles que todos no estádio vêem, menos o árbitro. Abel Braga ficou na bronca.
- Pô, ele não viu, mas o pênalti foi escandaloso - reclamou o treinador, enquanto marchava para o vestiário.
Inter mata o jogo
O Inter não ia lá muito bem das pernas no primeiro tempo. Pois conseguiu voltar ainda pior no segundo. Além de continuar com a rotina de errar tudo que era cruzamento, dos espaços mais variados do campo, o time do Abelão perdeu articulação e ficou menos agudo na frente. Chances de gol viraram artigo raro para os vermelhos.
Mas não para os verdes. O Chapecoense só não abriu o placar aos 18 porque Renan fez defesa espantosa em chute de Dalmo. O jogo parecia totalmente sem perspectivas para o Inter até a expulsão de Marcelo Guerreiro, pouco depois da metade do período. E mudou radicalmente a ártir daí. O Colorado ganhou espaço e, de quebra, o jogo. Aos 29, Marcão cruzou da esquerda e Alex, de cabeça, fez 1 a 0.
Na seqüência, Fernandão, em nova atuação apagada, perdeu chance clara. Ele recebeu livre na pequena área, mas foi vencido pelo goleiro Ricardo, com ótima defesa na conclusão do capitão. O gol desperdiçado pelo camisa 9 foi aproveitado por Adriano, e no apagar das luzes. Aos 47, Adriano recebeu pela direita, dentro da área, e bateu em diagonal, para o fundo da rede.
Ficha do jogo
CHAPECOENSE 0 x 2 INTERNACIONAL
Nivaldo (Ricardo)
Augusto
Téio
Marcelo Guerreiro
Tiago
Maurício
Dino
Everton César
Eder (Fábio)
Santos
Cadu
(Dalmo)
T: Luiz Carlos Cruz Renan
Índio
Orozco
Marcão
Wellington Monteiro (Jonas)
Edinho
Andrezinho
Alex (Guto)
Guiñazu
Gil (Adriano)
Fernandão
T: Abel Braga Gols: Alex, aos 29, e Adriano, aos 47 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Augusto, Marcelo Guerreiro, Dino, Maurício (Chapecoense); Índio (Inter)
Cartão vermelho: Marcelo Guerreiro (Chapecoense)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Márcio Eustáquio S. Santiago (MG) e Helberth Costa Andrade (MG)
Data: 19/03/2008
Estádio: Índio Condá, em Chapecó (SC)
quarta-feira, 19 de março de 2008
Os estragos causados pelo derrame deplásticos tornaram o consumidor um colaboradorde um desastre ambiental de grandes proporções.
André Trigueiro
Os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalamem saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foiincorporado na nossa rotina como algo normal,como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico.
Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa: a caixinha com as lâminas cabiaperfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa desta forma prática. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinhanum saco onde caberiam seguramente outras vinte. Pelas razões que explicarei abaixo,recusei gentilmente a embalagem.
Os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornaram oconsumidor um colaborador passivo de um desastreambiental de grandes proporções. Feitosde resinas sintéticas originadas do petróleo,esses sacos não são biodegradáveis e levamséculos para se decompor na natureza.
Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisãoquanto tempo levam para desaparecerno meio natural. No caso das sacolas de supermercado,a matéria-prima é o plástico filme,produzido a partir de uma resina chamadapolietileno de baixa densidade (PEBD).
No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, impedem a passagem da água, retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis, e dificultam a compactação dos detritos. Quando seguem pelos rios e chegam ao mar provocam a morte de inúmeros peixes e tartarugas,que os confundem com algas.
Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania (cada um levando sua própria sacola). Quem não anda com sua sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos nos supermercados(o equivalente a R$ 0,60 cada).
Na Europa, a guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi aprovadauma lei que obriga os produtores e distribuidoresde embalagens a aceitar de volta e a reciclarseus produtos após o uso. E o que fizeram osempresários? Repassaram imediatamente oscustos para o consumidor. Além de antiecológico,ficou bem mais caro usar sacos plásticos naAlemanha. Na Irlanda, desde 1997 paga-se umimposto de nove centavos de libra irlandesa porcada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicaro número de irlandeses indo às comprascom suas próprias sacolas.
Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP lançou uma campanha original e ecológica: todas as lojas terão seus produtos embalados em sacos plásticos 100% biodegradáveis. Até dezembro deste ano, pelomenos 2/3 de todos os saquinhos usados narede serão feitos de um material que, segundotestes em laboratório, se decompõe 18 mesesdepois de descartado. Com um detalhe interessante:se por acaso não houver contato coma água, o "plástico degradável" se dissolve assimmesmo, porque serve de alimento paramicroorganismos encontrados na natureza.
Não há desculpas para não estarmos igualmente preocupados com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos. O Brasil tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta(como em tudo, pouco usada e respeitada),mas ainda não acordou para o problema dodescarte de embalagens em geral, e dos sacosplásticos em particular.
A única iniciativa de regulamentar o que acontece de forma aleatória e caótica foi rechaçadapelo Congresso na legislatura passada.O então deputado Emerson Kapaz foi orelator da comissão criada para elaborar a"Política Nacional de Resíduos Sólidos". Entreoutros objetivos, o projeto apresentavapropostas para a destinação inteligente dosresíduos, a redução do volume de lixo no país,e definia regras para que produtores e comerciantesassumissem responsabilidades emrelação aos resíduos que descartam na natureza,assumindo o ônus pela coleta e processamentodesses resíduos.
O projeto não chegou a ser votado. Mais uma omissão dos nossos parlamentares que não pode ser atribuída ao mero esquecimento: há um lobby poderoso no Congresso para esvaziar propostas que atingem setores da indústria e do comércio. É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos. É necessário pressionar os congressistas para que votem esta matéria. Enviar e-mails aos deputados é uma forma de ajudar.
André Trigueiro é jornalista e pós-graduado em meio ambiente.
IG demite Paulo Henrique Amorim e tira site do ar
O jornalista Paulo Henrique Amorim foi demitido por fax pelo portal IG, no final da tarde desta terça-feira. O site Conversa Afiada foi retirado do ar. Amorim promete colocar novo site no ar ainda hoje.
Redação - Carta Maior
Paulo Henrique Amorim disse também que não poderia gravar entrevista por não ter consultado seu advogado. O jornalista disse que não foi informado do motivo que levou à decisão do IG.
"Paulo Henrique Amorim, que também é repórter da TV Record, é crítico tanto de José Serra quanto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", lembrou Vi o Mundo, que também informa:
Dentro de duas horas vai entrar no ar um novo site de Paulo Henrique Amorim. O endereço será http://www.paulohenriqueamorim.com.br.
Daniel Santos - Legends Of Cuban Music @ 320
Daniel Santos - Legends Of Cuban Music @ 320
01. Recordando A Cuba
02. Cuidadito Compay Gallo
03. Son De La Loma
04. El Que Siembra Su Maiz
05. Sabor A Mi
06. Suavecito
07. Buey Viejo
08. La Loma De Belen
09. Ay Que Bueno
10. Piruli
11. Masabi
12. Recordando A Cuba (Medley)
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