sábado, 5 de abril de 2008

Escolas não garantem a segurança de suas alunas

Adital

O relatório "Escolas seguras: o direito de cada menina", apresentado pela Anistia Internacional, revelou que os governos estão falhando com as meninas no mais básico: o direito de ir à escola de forma segura. Em todo o mundo, meninas enfrentam perigo no caminho para o colégio, ao chegarem lá e, até mesmo, dentro das salas de aula.

"O fato de que (os governos) não resolvem o problema da violência contra elas nas escolas é inaceitável", disse Widney Brown, diretora geral da Anistia. As escolas são espaços em que o governo tem responsabilidade direta, pois estão sob sua direção. Por isso, a Anistia pede que os Estados deixem de ficar apenas no discurso e partam para ações concretas.

A violência está onipresente nas instituições educativas e no entorno delas, as meninas têm que conviver com ameaças, intimidações e o real perigo de serem agredidas sexualmente. Segundo o documento, as meninas que pertencem a determinados grupos, como minorias étnicas, lésbicas ou portadoras de necessidades especiais, correm mais perigo que as outras.

"Nas escolas, muitas meninas sofrem violência psicológica, perseguição escolar e humilhação. Algumas recebem agressões ou golpes em nome da disciplina. As meninas sofrem ameaças de agressão sexual de outros estudantes, escutam como professores lhes oferecem notas mais altas em troca de favores sexuais, e inclusive são violadas na sala de professores", disse o Informe.

No Haiti, a população foi quase unânime em opinar que a violência nas escolas é um fenômeno generalizado, mas que raramente se tem informação sobre ele. As crianças do país - incluído os meninos - enfrentam castigos corporais, castigos com varas e cabos elétricos; são obrigados a ficar de joelho no sol; não recebem alimentação. As meninas sofrem ainda abusos sexuais e maus tratos psicológicos. Esse problema afeta especialmente as escolas em conflito.

Nos Estados Unidos, 83% das meninas entre 12 e 16 anos sofreram algum tipo de intimidação sexual. Em 2006, em Malawi, 50% das estudantes disseram já terem sido tocadas sem permissão por professores, ou colegas de sala de aula, com alguma intenção.

"As meninas não só sofrem com o efeito da violência em sua saúde física e mental. No âmbito do ensino, a violência pode fazer que abandonem os estudos e percam toda a esperança de escapar da pobreza e da marginalização política", disse o Informe.

Para Brown, a garantia do acesso à educação é a chave para o empoderamento das mulheres. E são elas também que mais sofrem com a as taxas cobradas por escolas públicas - irregulares, pois o direito internacional determina que o ensino primário seja gratuito -, já que os pais tiram-nas da aula antes dos meninos quando falta dinheiro.

A Anistia chama os países a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - um deles determina a redução do número de crianças fora da escola -, mas lembra que para conquistar a igualdade entre os gêneros no âmbito da educação exige um maior compromisso e um esforço imediato.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O USO RACIONAL DOS RESTOS DO ÓLEO DE COZINHA...

VAI COMEÇAR A FESTA





Para tornar as festividades ainda mais vibrantes, a torcida colorada está convocada para pintar o Rio Grande de vermelho nesta sexta-feira. Todos estão convidados para virem ao Beira-Rio a partir das 7h da manhã para prestigiar a Alvorada Colorada. Este será o primeiro evento da grande celebração que o Inter realizará até o Centenário, em 2009.

Durante a festa no Centro de Eventos, marcada para as 20h30min, será divulgado o calendário oficial das festividades dos 100 anos. Os ingressos para o jantar seguem à venda na Central de Atendimento ao Sócio (CAS), das 9h às 12h e das 14h às 18h, tanto para sócios como torcedores em geral ao preço de R$ 100.

Transmissão on line

Mesmo quem não puder vir à festa terá a oportunidade de acompanhar todos os detalhes através da TV Inter, no site colorado. A transmissão on line começa às 20h30seg. Serão sete câmeras, inclusive uma externa instalada em uma grua no pátio do Beira-Rio, espalhadas pelo evento. Os internautas poderão acompanhar entrevistas exclusivas e todas as atrações do jantar de gala.

Dia 4 de abril é aniversário do Inter. Comemore, torcedor colorado. Você merece!

Internacional, 99 anos de glórias e conquistas!


Rompimento na esquerda uruguaia


O Movimento 26 de Março foi embora.


O Movimento 26 de Março (26M) oficializou sua desvinculação da estrutura orgânica e política da Frente Ampla (FA) por considerar que a coalizão abandonou o projeto histórico da esquerda uruguaia.

O fato é avaliado hoje (pelo 31/03/08) pelos jornais nacionais como a primeira quebra da Frente desde sua chegada ao governo em 2005 e como uma redução significativa, em termos de votos e projeção política, até as eleições gerais de outubro de 2009.

Co-fundador da FA em fevereiro de 1971, o 26M celebrou na véspera (29/03) um Encontro Nacional no qual decidiu fortalecer sua já existente Assembléia Popular como uma nova opção eleitoral da esquerda uruguaia.

“O acordo com o FMI, a privatização das empresas públicas, o alargamento da brecha entre ricos e pobres, a instalação de plantas de celulose no Uruguai, por tudo isso vamos embora”, disse no ato Eduardo Rubio, líder do 26M.

Em uma declaração na que expôs as razões da ruptura, o movimento acusou à FA de seguir um rumo que significa “o abandono do projeto histórico da esquerda” e de “deixar no caminho a definição antiimperialista que identificou desde sua origem ao FA”.

Trás cumprimentar “aos milhares de frenteamplistas verdadeiros que olham com dor como se dilapida desde o governo o triunfo popular, o 26M chamo à esquerda uruguaia “a reconstruir desde abaixo (...) o projeto artiguista, antiimperialista e popular que historicamente nos identificou”.

Ao encontro também assistiram dirigentes da Corrente de Esquerda, outro setor da FA que em maio decidirá se vai se separar da Frente.

Versão em português: Raul Fitipaldi de América Latina Palavra Viva.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

E AINDA FALAM MAL DE CUBA...

Cuba estenderá colaboração
médica a 81 países

"CUBA estenderá os serviços de seu pessoal médico a 81 países no decurso deste ano", anunciou o diretor da Unidade Central de Coperação do Ministério da Saúde Pública, Alberto González.


Atualmente, 36.578 médicos e outros trabalhadores da saúde cubanos trabalham em 73 países

González informou que se está trabalhando na preparação dos novos grupos de colaboradores, que viajarão a países como Ilhas Salomão, no oceano Pacífico.

Segundo Cubavisión Internacional, irão a essa região geográfica várias brigadas médicas cubanas, fundamentalmente a Vanuatu, Tuvalu, Nauru, Papua Nova Guiné, Laos e Benin.

"Atualmente, 36.578 médicos cubanos e outros profissionais da saúde trabalham em 73 países", indicou González.

É especialmente significativo o trabalho realizado pelos colaboradores cubanos da saúde no Timor-Leste, donde o primeiro grupo saiu recentemente após cumprir sua missão.

Neste 2008 se completam 45 anos do início da solidariedade médica de Cuba, iniciada na Argélia.

Desde 1961, a Ilha cooperou com 154 países do mundo e 270.743 colaboradores prestaram serviços em seus programas, dos quais, 124.112 profissionais e técnicos da saúde em 103 países.

CHICO BUARQUE CARIOCA - 2007



créditos: F.A.R.R.A - leoni

"Este DVD apresenta o show que trouxe Chico Buarque de volta aos palcos depois de sete anos. Com direção musical e arranjos de Luiz Cláudio Ramos e produção de Vinícius França. O DVD deve mostrar ao público um pouco do que é Chico sob os palcos. Balbucia pouquíssimas palavras, um ou outro "boa noite" e "obrigado" e muitos - muitos mesmo! - gritos incansáveis (e incômodos) de mulheres quase à beira de um ataque de nervos. Presença rara dos palcos, o "menino dos olhos verdes" inicia o show com a simbólica "Voltei a Cantar", de Lamartine Babo, por detrás de um painel que desenha pontos da cidade carioca. Entre uma canção e outra, seu sorriso "tímido" funciona como resposta e até mesmo diálogo com aqueles que o veneram."

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Reforma agrária contra a escravidão

Dalmo Dallari


De acordo com o que está expressamente estabelecido no artigo 184 da Constituição brasileira, o presidente da República tem o direito e o dever de desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social. Essa é uma determinação constitucional, não podendo o presidente decidir arbitrariamente se é conveniente ou não aplicar o que manda a Constituição. Havendo constatação suficiente de que um imóvel rural não está cumprindo sua função social a desapropriação por interesse social torna-se uma obrigação do presidente, que ele não pode deixar de cumprir.

Quanto à caracterização do descumprimento da função social, a Constituição dá os critérios, bastando a simples leitura do artigo 186 para que se encontre claramente definida uma das hipóteses que vem ocorrendo no Brasil, amplamente noticiada pela imprensa e já comprovada por setores da administração pública federal.

Segundo o artigo 186, a função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos : "observância das disposições que regulam as relações de trabalho".

Assim, pois, só estará sendo cumprida a função social se estiverem sendo atendidos todos os requisitos ali enumerados, pois todos devem ser atendidos simultaneamente. No tocante às disposições que regulam as relações de trabalho existe farta legislação, sendo já longamente consagradas as exigências legais relativas às condições dignas de trabalho, à sua duração e remuneração, aos cuidados preventivos de higiene e segurança, às férias, ao repouso semanal remunerado, e outras exigências legais para que as relações de trabalho se estabeleçam e se desenvolvam em termos compatíveis com as normas básicas do Estado democrático de direito e as que regulam as relações humanas na sociedade civilizada.

Tudo isso vem a propósito de matéria amplamente divulgada pela imprensa, informando que as autoridades federais acabam de libertar 421 pessoas que trabalhavam no corte de cana, numa fazenda do Estado de Goiás, "em condições degradantes". Como é óbvio, aquele imóvel rural não está cumprindo sua função social, nos termos exigidos pela Constituição. Assim sendo, é dever do presidente da República promover sua desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária.

Em primeiro lugar, já foi constatado pelas autoridades públicas o descumprimento da função social. Em segundo lugar, não há limitações orçamentárias nesse caso, pois o artigo 184 da Constituição, já referido, diz que nesse caso a desapropriação será efetuada "mediante prévia e justa remuneração em títulos da dívida agrária". Quanto ao valor justo da indenização não será necessário qualquer procedimento especial, bastando verificar o valor dado àquelas terras por seu proprietário, para efeito do pagamento do Imposto Territorial Rural.

A desapropriação dessas terras, além de ter clara e indiscutível base legal, será um ato de justiça e, além disso, deverá ter efeito exemplar. Os proprietários rurais honestos, que respeitam as leis e a ética na relação com os seus trabalhadores, deverão dar apoio firme e irrestrito ao presidente da República.

Fatos como esse de Goiás, somados à vergonhosa interferência de senadores da República para impedir a fiscalização de trabalho escravo no Estado do Pará, ocorrida no final de 2007, e mais o noticiário freqüente de violências praticadas contra comunidades indígenas por pessoas sem escrúpulos que querem apossar-se de suas terras, tudo isso vem transmitindo à opinião pública uma imagem tremendamente negativa dos empresários rurais, que correm o risco de se verem, todos, identificados como escravocratas.

Artigo do professor e jurista Dalmo Dallari, publicado no Jornal do Brasil, de 29/03/2008.


Isto a mídia(brasileira) não mostra


28 milhões de cidadãos, nos EUA, dependem de "bônus de caridade", para comer.
Esta foto está no The Independent, UK. Clique
AQUI para ler a notícia em inglês.

BlogDoBourdoukan

A Amazônia está indo embora, mugindo nos porões de navios


Blog do Sakamoto

Recife
- O rebanho bovino não pára de crescer na Amazônia. Se por um lado, isso resulta em crescimento da economia regional, por outro significa aumento na grilagem de terras para a implantação de novas fazendas de gado, no desmatamento ilegal para a ampliação de pastagens, na expulsão de populações tradicionais e camponeses de suas terras e no uso de trabalhadores em situação de escravidão ou superexploração nas frentes de trabalho para derrubar a floresta, fazer cercas e limpar o pasto.

Parte do gado é abatido em indústrias da região e segue para consumo interno ou externo (lembrando que o Sul do Pará é área livre de febre aftosa mediante vacinação desde o ano passado, o que aumentou o número de mercados estrangeiros para esse produto). Parte segue vivo, por navio, para ser abatido em outros países. É, provavelmente você não sabia, mas o Brasil envia bois vivos dentro de navios para o exterior.

Milhares de rezes são embarcadas mensalmente no porto de Belém em operações que chegam a levar vários dias devido ao tamanho imenso de manadas de alguns criadores. Há denúncias de péssimas condições de higiene nesse transporte, além de falta de alimentação e água para os animais. Os bois são molhados para diminuir o calor, o que é insuficiente. Más condições sanitárias aliada à crueldade com os animais.

Segundo, há pecuaristas que utilizaram mão-de-obra escrava e estão exportando essa produção. Como existe unidades frigoríficas que negam comercialização com esses produtores, gado negado tem sido vendido a empresas estrangeiras que não se importam muito com a situação na qual o boi foi produzido. Essas empresas estão, principalmente, no Oriente Médio, com destaque para o Líbano e o Egito. Ao contrário da Europa e Estados Unidos, que possuem em suas sociedades grupos que pressionam ativamente pelo comércio responsável (ou pelo protecionismo travestido de defesa dos direitos humanos), nessas localidades isso não faz muito diferença. Muitos desses países compradores têm problemas maiores do que os nossos no que diz respeito às questões sociais.

Reclamar com eles é difícil. Semelhante a tentar discutir com a China qualquer iniciativa bilateral para combater o trabalho escravo em ambos os países, uma vez que o gigante asiático deve uma fatia considerável do seu crescimento espetacular à superexploração de seus trabalhadores.

Não estou falando de pequenos sitiantes, mas de grandes produtores rurais, donos de grandes plantéis, com dezenas de milhares de cabeças. Ou seja, não são pessoas desinformadas e sim ignorantes, no pior sentido da palavra.

Estados como o Maranhão e o Tocantins aprovaram leis que proíbem os governos estaduais a comprar mercadorias produzidas com mão-de-obra escrava. Projetos semelhantes tramitam em outras unidades da federação, unindo-se ao boicote de agências financeiras públicas e de parte do setor privado contra produtos manchados com a exploração alheia.

Faz-se importante avançar mais um passo e garantir que a esfera administrativa pública competente adote medidas de restrição de embarque para o exterior de produtos oriundos de trabalho escravo, desmatamento ilegal, grilagem de terras ou violência contra populações tradicionais. Em outras palavras, não dar autorização para a mercadoria sair do país. Isso seria um importante golpe em quem insiste em cometer esses crimes. Além de uma bela propaganda aos produtos brasileiros no exterior, que sairiam daqui mais “limpos” que outros países concorrentes. Não precisaria ficar restrito a Belém. Essa política também poderia ser implantada nos portos de São Luís, Recife, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá e Rio Grande, de onde sai grande parte da produção nacional.

Instrumentos para isso nós temos, falta vontade política. Ou econômica. Pois muitos dos grandes exportadores já flagrados com problemas contribuem religiosamente para campanhas eleitorais do Norte a Sul do país. Sob a justificativa de que seria “prejudicial” aos interesses do povo muitos representantes políticos têm mantido tudo como está. Hehe, esse pessoal é demais! Dão sempre esse tipo de justificativa, como se o “povo” em questão não fosse meia dúzia de abonados.

Um amigo, pesquisador das realidades do Brasil rural, é mais cético. É dele a dúvida: "mas se barrar quem desmata, polui, escraviza, grila, expulsa, me diz uma coisa: vai sobrar produto para exportar?"

Daniel Santos - Legends Of Cuban Music

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Daniel Santos - Legends Of Cuban Music @ 320

01. Recordando A Cuba
02. Cuidadito Compay Gallo
03. Son De La Loma
04. El Que Siembra Su Maiz
05. Sabor A Mi
06. Suavecito
07. Buey Viejo
08. La Loma De Belen
09. Ay Que Bueno
10. Piruli
11. Masabi
12. Recordando A Cuba (Medley)

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