sábado, 12 de julho de 2008

QUEEN - The Platinum Collection

The Platinum Collection CD
Greatest Hits I, II & III



DISCO 1: GREATEST HITS I


1.Bohemian Rhapsody
2.Another One Bites The Dust
3.Killer Queen
4.Fat Bottomed Girls
5.Bicycle Race
6.You're My Best Friend
7.Don't Stop Me Now
8.Save Me
9.Crazy Little Thing Called Love
10.Somebody To Love
11.Now I'm Here
12.Good Old-Fashioned Lover Boy
13.Play The Game
14.Flash
15.Seven Seas Of Rhye
16.We Will Rock You
17.We Are The Champions


DISCO 2: GREATEST HITS II

1.Kind Of Magic, A
2.Under Pressure
3.Radio Ga Ga
4.I Want It All
5.I Want To Break Free
6.Innuendo
7.It's A Hard Life
8.Breakthru
9.Who Wants To Live Forever
10.Headlong
11.Miracle, The
12.I'm Going Slightly Mad
13.Invisible Man, The
14.Hammer To Fall
15.Friends Will Be Friends
16.Show Must Go On, The
17.One Vision


DISCO 3: GREATEST HITS III

1.Show Must Go On, The - (with Elton John)
2.Under Pressure - (with David Bowie)
3.Barcelona - (with Montserrat Caballe)
4.Too Much Love Will Kill You
5.Somebody To Love - (with George Michael)
6.You Don't Fool Me
7.Heaven For Everyone
8.Las Palabras De Amor
9.Driven By You - (with Brian May)
10.Living On My Own - (with Freddie Mercury)
11.Let Me Live
12.Great Pretender, The - (with Freddie Mercury)
13.Princes Of The Universe
14.Another One Bites The Dust - (with Wyclef Jean)
15.No One But You
16.These Are The Days Of Our Lives
17.Thank God It's Christmas


http://www.8notes.com/images/artists/queen.jpg

Alimentos para o cérebro


Rogério Tuma

Uma revisão de 160 artigos comprova que não só as experiências do dia-a-dia ajudam o cérebro a se desenvolver e se aperfeiçoar. Também o tipo de substrato orgânico da nossa dieta é crucial para a nossa inteligência aumentar.

A Nature Reviews Neuroscience de 9 de julho publicou uma revisão de estudos de Fernando Gómez-Pinilla, da Universidade da Califórnia (Ucla), em Los Angeles, sobre a influência dos alimentos que ingerimos e a sua interferência na formação de sinapses entre os neurônios. Também avalia se diferentes dietas produzem padrões diferentes na função cerebral e mental.

Muitas das substâncias produzidas no trato gastrointestinal, durante a digestão e absorção dos alimentos, penetram no sistema nervoso e interferem na sua atividade. Também muitas substâncias que modulam a interação dos neurônios – os neurotransmissores – atuam interferindo nos processos metabólicos em outras partes do organismo. “O conhecimento dessa interação pode criar uma nova dieta, que poderá promover um melhor desempenho de nosso cérebro ou de algumas funções específicas dele”, escreve Pinilla.

De acordo com o autor, “a comida funciona como um químico que afeta o cérebro”. Ele analisou 160 artigos publicados em revistas científicas que relacionam a função cerebral com alimentos, sono e exercício, para entender se uma dieta pode turbinar a nossa capacidade mental.

Descobriu que os ácidos graxos do tipo Ômega 3, encontrados no salmão, castanhas e kiwi, por exemplo, podem interferir positivamente na memória e auxiliam na melhora da depressão, esquizofrenia e demência. Eles auxiliam também na reparação de sinapses existentes e na formação de novas ligações entre os neurônios. As sinapses são ricas em ácido docosahexaenóico, um dos ácidos graxos tipo Ômega 3, que o organismo não consegue produzir em quantidade suficiente, devendo vir essencialmente na dieta. O autor selecionou um estudo australiano relativo a 396 crianças, cujo resultado mostrou uma melhor performance na escola entre as que recebiam diariamente um aporte extra de Ômega 3, ferro, zinco, ácido fólico e vitaminas. Essas crianças também foram melhor nos testes neuropsíquicos em inteligência verbal, memória e capacidade de aprender.

Um estudo de longa duração avaliou a saúde de indivíduos que vivem em uma vila isolada na Suíça, do seu nascimento à sua morte e toda a sua árvore genealógica, em um período superior a cem anos. Demonstrou que o tipo de alimento ingerido pode interferir até no funcionamento do cérebro de nossos descendentes, pois o número de indivíduos diabéticos e os casos de morte precoce aumentam nas gerações cujos avós paternos viveram em tempos de abundância.

Dietas ricas em gorduras trans, como frituras, salgadinhos e lanches com carne gorda e frita, atrapalham todas as funções intelectuais, portanto, deveriam ser evitadas principalmente entre os mais jovens.

Não sabemos se existe um efeito dos alimentos apenas como substrato na construção das sinapses, ou se há também uma ação de neuroproteção pelo efeito antioxidante de alguns deles. Provavelmente, os alimentos de maior destaque protegem o neurônio por um somatório de fatores. Faça uma lista. Nesse estudo surgiram alguns campeões: castanha, espinafre, kiwi, salmão e blueberry – mirtilo no Brasil – são alguns dos alimentos que devem fazer parte da dieta de um pretenso gênio.

Vários estudos comprovam a eficiência de suplementos vitamínicos como o acido fólico e a vitamina E, capazes de atrasar o processo de declínio da função intelectual decorrente da idade e trauma cerebral, assim como o tempero indiano curry e o mesmo Ômega 3. O curry é uma das explicações de a Índia ter um número proporcionalmente menor de doentes com demência do tipo Alzheimer.

Utilizar multivitamínicos pode não ter o mesmo resultado que a ingestão de alimentos ricos nesses elementos. A oferta in natura por uma dieta rica e variada é a melhor e a primeira escolha. Faça uma boa dieta, por você e até pela saúde dos seus netos.

QUE PIADA!!!

Presidente do STF manda soltar Dantas de novo!

Créditos: André Lux

Não há o que dizer. Faltam-me palavras.

Bastou o banqueiro mafioso ameaçar contar tudo que sabe sobre a corrupção que impera no país, que o presidente do STF, um tal Gilmar Mendes, mandou soltar Daniel Dantas de novo, correndo.

Confiram o texto de Bob Fernandes, no Terra Magazine, com exclusividade:

"Vou detonar! Vou contar tudo. Tudo sobre a corrupção no Judiciário, no Congresso, na imprensa!"

O ato absurdo do "ministro" provocou uma crise institucional imediata, com a divulgação de uma carta de protesto de Juízes e Procuradores. Confiram no site do jornalista Paulo Henrique Amorim:

MENDES É O GOLPE: JUÍZES E PROCURADORES PROTESTAM

Os agentes de Dantas infiltrados no PiG (Partido da Imprensa Golpista) ficaram em polvorosa com a segunda prisão de Dantas e trataram de aumentar a carga. O jornal-esgoto Folha de S.Paulo publicou matéria falsa afirmando que o Juíz De Sanctis, que havia expedido a segunda ordem de prisão contra o banqueiro, havia feito escutas na sala do "ministro" Gilmar Mendes.

Esse é o nível do "jornalismo" que se pratica na mídia corporativa, que visa o lucro acima de tudo e de todos. E o que dá mais lucro do que se associar a um notório mafioso que tem entrada em todos os círculos do poder e conta com a proteção de ninguém menos que o presidente do Superior Tribunal Federal?

Grostesco, simplesmente. Intolerável. Meu nojo me impede de continuar escrevendo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O princípio de uma crise devastadora


Desde 2000, temos assistido, nos EUA e no mundo capitalista desenvolvido, ao mais lento crescimento econômico real desde a Segunda Guerra Mundial e à maior expansão da esfera financeira da economia da história dos EUA. Não é preciso ser marxista para argumentar que esta realidade não é sustentável. A análise é do historiador Robert Brenner, professor da Universidade da Califórnia e um dos maiores estudiosos da economia global e suas bolhas.

A atual crise pode tonar-se a mais devastadora desde a Grande Depressão dos anos trinta. Ela exprime os profundos e não resolvidos problemas da economia real, escondidos pelo recurso à dívida das últimas décadas, bem como um racionamento do crédito de curto prazo cuja gravidade é inédita desde a Segunda Guerra Mundial. A combinação da fragilidade da acumulação de capital com a crise do sistema bancário transformou o presente declínio econômico numa crise de difícil resolução pelo poder político e que potencialmente se pode tornar num desastre. A praga das falências domésticas e das casas agora abandonadas – muitas vezes pilhadas de tudo o que nelas tem valor, como a cablagem de cobre – atinge com particular intensidade Detroit e outras cidades do Midwest norte americano.

O desastre humano que a crise representa para centenas de milhares de famílias e para as suas comunidades pode, no entanto, ser só um primeiro sinal do impacto da atual crise. O crescimento histórico dos mercados financeiros nos anos 80, 90 e 2000 – com a contínua transferência de rendimento para os 1% mais ricos da população– desviou as atenções das fragilidades de longo prazo das principais economias capitalistas. O desempenho econômico nos EUA, Europa Ocidental e Japão, deteriorou-se em todos os indicadores relevantes (crescimento econômico, investimento, salários) década após década, ciclo econômico após ciclo econômico, desde 1973.

Os anos correspondentes ao presente ciclo econômico, cujo início recua a 2001, foram os piores. O crescimento do PIB (Produto Interior Bruto) nos EUA foi o mais lento, em comparação com qualquer outro intervalo temporal desde o fim dos anos 40, com o crescimento do investimento físico (fábricas e equipamento) e a criação de emprego a corresponderem a um e dois terços, respectivamente, da média do pós guerra. Os salários reais horários dos trabalhadores industriais e do pessoal que não exerce tarefas de supervisão, 80% da força de trabalho, permaneceram estagnados em torno dos níveis alcançados em 1979.

A expansão econômica também não foi particularmente mais robusta na Europa Ocidental e no Japão. O declínio do dinamismo do mundo capitalista desenvolvido está enraizado numa forte queda das taxas de lucro, causada sobretudo pela crônica tendência para a a criação de sobrecapacidade no setor industrial mundial que recua ao período do final dos anos 60 e início dos anos 70. Em 2000, nos EUA, Japão e Alemanha, as taxas de lucro na economia privada ainda não tinham recuperado os níveis anteriores. O seu crescimento no ciclo econômico dos anos 90 não chegou a ultrapassar os níveis dos anos 70.

Com sofríveis taxas de lucro, as empresas passaram a dispor de menos recursos que pudessem investir nas suas fábricas e equipamento e menores incentivos para se expandirem. A perpetuação de baixas taxas de lucro desde os anos 70 conduziu não só a uma constante queda do investimento, medido enquanto percentagem do PIB, nas principais economias capitalistas, como também a uma progressiva redução do crescimento econômico, dos meios de produção e do emprego.

A longa desaceleração da acumulação de capital, somada à repressão salarial por parte das empresas e aos cortes nas despesas sociais por parte dos governos (na tentativa de restaurarem as taxas de lucro) resultou numa quebra do crescimento do investimento, da procura dos consumidores e da despesa pública, e assim num decréscimo da procura como um todo. A fragilidade da procura agregada, em última análise, causa da redução das taxas de lucro, é o principal entrave ao crescimento das principais economias capitalistas.

De forma a contrabalançar a persistente fragilidade da procura agregada, os governos viram se forçados a endividarem se de forma crescente, através de canais cada vez mais variados e complexos, para assim conseguirem manter o dinamismo económico. Inicialmente, durante os anos 70 e 80, os Estados foram forçados a incorrer em crescentes déficits orçamentários de forma a sustentar o crescimento econômico. Mas, ao manterem a economia razoavelmente estável, estes déficits tornaram-na cada vez mais estagnada: os governos estavam progressivamente a conseguir menos efeitos na economia por cada dólar gasto, menos crescimento do PIB para um dado aumento da dívida.

Da luta contra os déficits à economia especulativa
No início dos anos 90, nos EUA e na Europa, liderados por Bill Clinton, Robert Rubin e Alan Greenspan, os governos, guiados pelo pensamento neoliberal (privatização e e cortes nos programas sociais), procuram ultrapassar a estagnação econômica através de políticas orçamentais restritivas. Mas, embora este fato não seja realçado nas análises deste período, esta dramática mudança de política foi altamente contraproducente. Dado que as taxas de lucro ainda não tinham recuperado os seus anteriores valores, as reduções dos déficits públicos impostas pelas políticas de equilíbrio orçamentário tiveram um forte impacto na procura agregada. Os EUA e o Japão sofreram profundas recessões, as piores do período do pós guerra, com os EUA a viver uma subseqüente recuperação econômica sem criação de emprego.

Desde meados dos anos 90, os EUA foram assim forçados a recorrer a mais poderosas e arriscadas formas de estímulo econômico para contrariar a tendência para a estagnação econômica. Os tradicionais déficits públicos keynesianos foram substituídos pelo endividamento privado e por uma inflação do preço de ativos ou o que podemos intitular de “keynesianismo pelo preço de ativos”, ou, simplesmente, “bubblenomics”.

Na grande corrida aos mercados bolsistas dos anos 90, as empresas e famílias abastadas assistiram a uma forte expansão da sua riqueza nominal. Foram, por isso, incentivadas a embarcar em empréstimos de montantes nunca antes vistos, que sustentaram uma poderosa expansão do investimento e do consumo. A chamada “nova economia” foi a expressão direta da histórica bolha dos preços das ações dos anos 1995 2000. No entanto, visto que os preços das ações cresceram paralelamente a uma quebra das taxas de lucro e que os novos investimentos exacerbavam o problema de sobrecapacidade industrial, o “crash” bolsista foi a consequência natural, com a correspondente recessão em 2001, reduzindo os lucros dos sector não financeiro para os níveis mais baixos desde 1980.

No entanto, o Federal Reserve norte-americano, ajudado por outros grandes bancos centrais, contrariou o novo declínio econômico com mais uma promoção da inflação de outros ativos que, entretanto, nos conduziram à situação presente. Através de reduções das taxas de juro de curto prazo até o 0% durante três anos, estas instituições facilitaram uma explosão, sem precedentes históricos, dos empréstimos às famílias, o que contribuiu e alimentou o aumento dos preços da habitação e o correspondente incremento da riqueza familiar.

De acordo com a The Economist, a bolha imobiliária mundial entre 2000 e 2005 foi a maior da história, ultrapassando mesmo a de 1929. Ela tornou possível um crescimento constante das despesas de consumo e do investimento residencial, os dois grandes motores da expansão econômica. Entre 90 a 100% do crescimento econômico nos EUA durante os cinco primeiros anos deste ciclo econômico, foi contabilizado como devendo-se ao consumo doméstico e à construção residencial. Durante o mesmo período, o setor imobiliário, segundo a Moody’s Economy.com, foi responsável por uma subida do crescimento econômico 50% acima do que seria sem a sua contribuição – 2,3% em vez de 1,6%.

Assim, acompanhando os déficits orçamentários de George W. Bush, o endividamento recorde das famílias conseguiu esconder as reais fragilidades da recuperação econômica. O crescimento da procura com origem no consumo apoiada no endividamento e, mais genericamente, no crédito de fácil acesso, não só revitalizou a economia norte americana como, através de um aumento nas importações e de um aumento recordista do déficit das balanças comercial e de pagamentos, promoveu o que pareceu ser uma expansão econômica mundial notável.

Se os consumidores fizeram a sua parte, o mesmo não pode ser dito do setor empresarial privado, conquanto este tenha se beneficiado de um estímulo econômico sem precedentes. Greenspan e o Federal Reserve insuflaram a bolha do setor imobiliário de forma a dar tempo às empresas para lidarem com o seu excesso de capital e retomarem o investimento. No entanto, em alternativa, as empresas organizaram uma ofensiva brutal contra os trabalhadores para assim restaurarem suas taxas de lucro. As empresas aumentaram o crescimento da produtividade, não tanto através de mais investimento em tecnologia e equipamento, mas sobretudo cortando radicalmente o emprego e obrigando os trabalhadores que permaneceram a redobrarem os seus esforços nas tarefas agora libertadas. Ao reprimirem os salários, ao mesmo tempo que aumentavam a intensidade do trabalho, as empresas apropriaram-se de uma proporção, sem precedentes históricos, do crescimento do produto no setor não financeiro.

As empresas não financeiras, durante esta expansão, aumentaram significativamente as suas taxas de lucro, mas não o suficiente para recuperar os níveis, já por si reduzidos, dos anos 90. Assim, tendo em conta a forma como o crescimento dos lucros se deveu simplesmente a um aumento da taxa de exploração (obrigar os trabalhadores a trabalhar mais, pagando-lhes menos por hora), havia poucas dúvidas de que esta expansão não iria durar muito. Mas, acima de tudo, ao melhorarem as suas taxas de lucro através da repressão do emprego, investimento e salários, as empresas norte-americanas reduziram o crescimento da procura agregada, minando assim os seus próprios incentivos para a expansão.

Simultaneamente, em vez de aumentarem o investimento, a produtividade e o emprego para aumentar os seus lucros, as empresas tentaram explorar os baixíssimos custos do crédito para melhorar a sua posição e a dos seus acionistas através da manipulação financeira – saldando as dívidas, pagando dividendos e comprando as suas próprias acções de forma a que estas se valorizassem, sobretudo através de uma enorme onda de fusões e aquisições. Nos EUA, durante os últimos 4/5 anos, a proporção do valor do rendimento retido pelas empresas em dividendos e compras de ações próprias explodiu para os maiores níveis do pós guerra. O mesmo tipo de fenômeno aconteceu no resto da economia mundial (Europa, Japão e Coréia).

Arrebentando bolhas
A ideia central é a de que, desde 2000, temos assistido, nos EUA e no mundo capitalista desenvolvido, ao mais lento crescimento econômico real desde a Segunda Guerra Mundial e à maior expansão da esfera financeira da economia da história dos EUA. Não é preciso ser marxista para argumentar que esta realidade não é sustentável.

Claro está que, tal como o bolha especulativa nos mercados accionistas dos anos 90 terminou, também a bolha no setor imobiliário acabou por arrebentar. Como conseqüência, o filme da expansão econômica baseada no setor imobiliário, a que assistimos durante a fase ascendente do ciclo econômico, está agora sendo exibido ao contrário. Hoje os preços da habitação já caíram por volta de 5% em relação ao pico de 2005, mas este fenômeno só agora começou. A Moody’s estima, que quando a bolha estiver totalmente deflacionada, previsto para o início de 2009, os preços terão caído 20% em termos nominais (ainda mais em termos reais), de longe a maior queda na história norte americana do pós-guerra.

Tal como o efeito de riqueza positivo, que conduziu a economia na sua expansão graças à bolha especulativa imobiliária, também o correspondente efeito negativo está a atrofiando o crescimento. Com o valor das suas habitações caindo, as familias já não podem tratar as suas casas como caixas eletrônicos. Os empréstimos domésticos estão colapsando, obrigando-as a consumir menos.

O perigo iminente está no fato de, ao não poderem “poupar” através do aumento do valor dos seus imóveis, as famílias norte americanas estarem obrigadas a subitamente começar a poupar realmente, conduzindo a um crescimento das taxas de poupança e ao correspondente decréscimo do consumo. Ao anteciparem as implicações do fim da bolha especulativa no comportamento dos consumidores, as empresas começam a contratar menos, o que já resultou numa queda significativa do crescimento do emprego desde o início de 2007.

Graças à emergente crise do setor imobiliário e à desaceleração do emprego já no segundo trimestre de 2007, os fluxos totais reais de rendimento das famílias, que tinham crescido a uma taxa à volta de 4,4% em 2005 e 2006 quase caíram para zero. Ou seja, se somarmos o rendimento real disponível das famílias à queda dos valor das suas casas, aos seus empréstimos ao consumo e aos seus ganhos de capital, chegaremos a um resultado onde o dinheiro que as famílias realmente dispõem para gastar parou de crescer. A expansão econômica já estava no seu último fôlego ainda antes da crise financeira do último Verão.

A crise do subprime, resultado da extensão da bolha imobiliária, está obviamente complicando e tornando particularmente perigoso a presente fase descendente do ciclo econômico. Os mecanismos que ligam os empréstimos sem escrúpulos neste setor às falências domésticas maciças, ao colapso dos mercados de títulos suportados por hipotecas subprime, e à crise dos grandes bancos que lidaram com gigantescas quantidades destes títulos, necessitam de uma discussão à parte.

Podemos simplesmente argumentar, a título de conclusão, que graças às enormes perdas do setor bancário, cujo tamanho deve continuar a crescer ao longo da atual crise, a economia enfrenta o cenário, sem precedentes no pós guerra, do congelamento do crédito no exato momento em que entra num período recessivo. Os governos pouco ou nada podem fazer para prevenir este resultado.

(1) Artigo publicado na revista "Vírus", do portal Esquerda.net (Portugal)

(2) O texto foi originalmente publicado na revista Against The Current (Janeiro/Fevereiro 2008).

(3) Robert Brenner é professor na Universidade da Califórnia, historiador econômico marxista, autor de “The Economics of Global Turbulence” e “The Boom and Bubble” ("O Boom e a Bolha. Os Estados Unidos na Economia Mundial", publicado no Brasil pela Record)

Duo Assad - Natsu No Niwa (1994)








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Carta em defesa da ética na mídia II







A percepção da importância do papel da mídia na sociedade atual, até pouco tempo atrás, estava circunscrita ao meio jornalístico e a alguns setores do mundo acadêmico. Apesar da grande produção teórica a respeito desse tema, essa discussão não mobilizava grande parte da sociedade. Era um assunto de "especialistas".

De uns tempos para cá, começa a se notar uma mudança em relação a esse tema. Em várias partes do mundo, estão começando a surgir grupos dentro da sociedade civil que começam a questionar o poder midiático. A discussão sobre o monopólio da mídia é um fenômeno global.

Trazendo esta questão para próximo de nós, ou mais especificamente para o âmbito do estado do Rio Grande do Sul, deparamo-nos com um episódio recente que, pode-se afirmar, foi um marco no embate entre os interesses da mídia hegemônica e a sociedade. O episódio, ao qual estamos nos referindo, foi a grosseira manipulação da pesquisa eleitoral pelo Grupo RBS na última eleição para Governador do Estado. Este fato desencadeou, espontaneamente, uma reação entre os leitores do jornal Zero Hora, que culminou com o expressivo cancelamento de assinaturas. Pode-se dizer que essa reação foi inesperada e inédita. Era a população indignada, tomando uma atitude frente a falta de ética de um monopólio da comunicação.

Foi nesse contexto que surgiu o Mídi@ética. Usando a Internet como canal de articulação, um grupo de pessoas de diversos segmentos convergiu para o mesmo objetivo de aprofundar a discussão em torno do fenômeno mídia e suas relações com a sociedade e o poder público. No rastro dessas discussões, foram organizadas página na Internet, manifestações, panfletagens, reuniões, palestras, culminando com a participação do Mídi@ética no III Fórum Social Mundial na oficina "Liderança ou monopólio: questões relativas à ética no caso RBS".

Passado esse primeiro momento, o Mídi@ética ficou como uma espécie de referencial para esse tipo de luta, mantendo a memória de um fato que não pode ser esquecido. Além disso, mantém a sua página com diversos assuntos que dizem respeito ao tema mídia.

Com a alteração do quadro político estadual e nacional após as últimas eleições, não se nota nenhuma mudança na relação governo/mídia/sociedade. Se na esfera governo/mídia as coisas estão no mesmo pé, no âmbito da sociedade, observa-se uma certa inquietação. Essa inquietação começa a traduzir-se na
forma de uma percepção, por parte de vários movimentos sociais, de que a mídia precisa ser confrontada.

Esse parece ser o segundo momento desse embate. Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, ongs e movimentos diversos estão começando a perceber a mídia como um articulador político hostil aos seus interesses, deturpando e criminalizando os movimentos sociais. Como reação a isso, podemos citar a Marcha dos Sem, que recentemente entregou uma Carta Aberta (linkar) à Direção do Grupo RBS, exigindo um tratamento digno aos movimentos sociais. E tudo isso ocorrendo à revelia dos partidos políticos, que parecem não responder aos anseios da sociedade, ou seja, os movimentos sociais estão
tomando as rédeas dessa discussão.

O Mídi@ética , pela sua própria natureza, solidariza-se e se associa a essa nova etapa de uma luta que parece estar começando.

Pela ética na mídia.

Pela democratização da comunição.

Uma outra comunicação é possível!

créditos: ZeroFora

quinta-feira, 10 de julho de 2008

aTube Catcher


aTube é um programa para Windows que nos permite descarregar vídeos do Youtube, Dailymotion, Pornotube, além muitos de outros. Pode ver no programa a lista dos 105 sites onde pode utilizá-lo para descarregar.
A melhor parte é que não se limita a descarregar o vídeo mas dá-nos a opção de o converter em vários formatos, inclusive em áudio (imagine o bom que é, por exemplo, converter o videoclip da sua banda preferida em Mp3 para ouvir). Pode converter em:

* VCD
* SVCD
* DVD
* 3GP
* MP4 para iPod
* MP4 para PSP
* MP3 (só audio)
* XVID

Além disso pode mudar os codecs, tanto os de áudio como os de vídeo, e assim obter um resultado óptimo em função das suas necessidades.

Sem dúvida alguma um programa muito completo e bastante útil…

créditos: piratatuga

Pedofilia mapeada

Assim que o Congresso Nacional voltar do recesso, no início de agosto, o senador Magno Malta (PR-ES) deverá fazer uma visita à Embaixada da Índia, em Brasília, com uma lista incômoda nas mãos: 42 contas do site de relacionamento Orkut, localizados em cidades específicas, suspeitos de conter e distribuir pornografia infantil naquele país. Há três anos, o governo indiano luta para quebrar o sigilo das contas do Google Inc., provedor de internet no qual o Orkut está hospedado, sem sucesso. A descoberta dos perfis com álbuns de pedofilia só foi possível graças a um software desenvolvido pela SaferNet, uma associação civil da Bahia que trabalha, de forma voluntária, para a CPI da Pedofilia, presidida por Malta.

Instalado numa sala da 4ª Secretaria do Senado, o grupo da SaferNet tem trabalhado uma média de 14 horas por dia, por no mínimo quatro dias por semana, para municiar a CPI da Pedofilia, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal com informações relativas às atividades de pornografia infantil na internet. Há pouco mais de dois meses, o diretor de tecnologia da entidade, Tiago Vaz, conseguiu finalizar o programa de buscas de pedófilos e, ao projetar o rastreamento sobre um mapa-múndi virtual, teve uma surpresa. Além de detectar 805 registros de pedofilia em território nacional, pegou 42 outros pontos na Índia distribuídos em grandes cidades como Nova Délhi, Mumbai, Calcutá, Calicute e Madras.

O mapa baseou-se em informações conseguidas a partir da quebra de sigilo de 3.261 contas do Google, em abril, solicitadas à Justiça Federal pela CPI, a partir de denúncias coletadas pela SaferNet. O software faz o rastreamento por meio de coordenadas geográficas de longitude e latitude. No final, determina as cidades onde os perfis e comunidades do Orkut foram criados (pontos vermelhos), e de onde eles foram acessados remotamente (pontos roxos). Há ao menos um caso de conta aberta em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos, mas sistematicamente acessada em cidades brasileiras. Esse expediente pode significar que os álbuns com pedofilia têm sido abertos mediante venda de senhas pela internet.

Além da Índia e dos Estados Unidos, o software criado pela SaferNet detectou dois pontos na Espanha (Madri e Málaga), onde o governo briga há mais de dez anos para quebrar o sigilo de provedores de internet acusados de abrigar sites de pedofilia. Há, ainda, um registro em Portugal (Sintra), um na Alemanha (Colônia), dois no Reino Unido (Londres e Rotherham), um no Paraguai (Assunção), um no Chile (Santiago), um na Rússia (Moscou), um no Japão (Toyokawa) e diversos espalhados pelo norte da Itália. A idéia de Tiago Vaz é aperfeiçoar o programa para fazer um registro mais preciso da localização dos pedófilos por bairro, rua e residência. “Vamos documentar melhor o software e criar uma interface mais amigável”, explica.

Enquanto isso, o senador Malta ainda comemora a vitória da comissão sobre o maior provedor de internet do mundo, o Google, obrigado a abrir, desde a quarta-feira 2, mais de 18 mil perfis do Orkut suspeitos de conter material de pornografia infantil. “Por causa disso, devemos pegar de 3 mil a 4 mil pedófilos”, prevê o presidente da CPI da Pedofilia. Assim, depois de dois anos de disputas judiciais, o Ministério Público Federal e o Google, mediados pela CPI e com base nas informações da SaferNet, assinaram um termo de ajustamento de conduta para combater o crime na internet.

Esse resultado é fruto, também, de uma luta direta da ONG baiana, iniciada em 2005, quando a entidade foi criada, em Salvador. Desde então, o Google mantinha uma atitude de esquiva em relação ao tema, sob a alegação de que não podia atender às ordens da Justiça Federal porque os dados do Orkut nada tinham a ver com a filial brasileira do provedor, haja vista estarem concentrados na sede americana, localizada na Califórnia. Assim, a empresa dizia estar submetida somente à legislação dos Estados Unidos.

A assinatura do acordo previu o compromisso do Ministério Público de suspender as ações em curso contra o Google. A empresa se comprometeu a criar filtros tecnológicos para impedir a ação de pedófilos nas páginas do Orkut e pôr em prática uma série de medidas de controle no sistema. Caso descumpra qualquer das 13 cláusulas do acordo, o Google poderá ser punido com o pagamento de multa no valor de 25 mil reais por dia. As medidas deverão ser implementadas de imediato.

O principal ponto do acordo é uma conquista do Estado brasileiro: o Google se compromete a cumprir de forma “integral” a legislação brasileira referente a crimes cibernéticos praticados por brasileiros ou por meio de conexões de internet efetuadas no Brasil. “Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, essa conquista vai influenciar o modelo de governança global da internet”, aposta Thiago Tavares, presidente da SaferNet.

Também de acordo com o termo de conduta, caberá ao provedor de internet desenvolver campanhas de educação para o uso seguro e não criminoso da rede, além de financiar a confecção de 100 mil cartilhas a serem distribuídas a crianças e adolescentes de escolas públicas. O material dará orientações específicas sobre os riscos da exposição causada dentro de sites de relacionamentos como o Orkut, em que há 27 milhões de brasileiros registrados – recorde em todo o planeta. A Google Inc. também se comprometeu a manter os registros de acessos e os números de IP (protocolo de internet) dos usuários do Orkut por 180 dias e disponibilizar rapidamente evidências relacionadas a crimes contra crianças e adolescentes para as autoridades brasileiras, mediante ordens judiciais.

Por trás do desfecho judicial entre a CPI da Pedofilia e o Google está o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Ele foi contratado para atuar no caso quando o presidente da empresa no Brasil, Alexandre Hohagen, foi convocado a depor na CPI da Pedofilia, em 9 de abril. Bastos costurou o termo de ajustamento de conduta a partir das informações da comissão, do Ministério Público e da Polícia Federal, com quem mantém, até hoje, uma relação privilegiada. Contou com o auxílio dos senadores Romeu Tuma (PTB-SP), vice-presidente da CPI, e do relator Demóstenes Torres (ex-PFL-GO). “Conseguimos equilibrar as demandas de direito de expressão e liberdade com a necessidade de perseguir o crime”, disse o ex-ministro.

Vencida a resistência do Google, a CPI da Pedofilia partiu para outros fronts. No fim da semana passada, representantes da comissão foram a Roraima acompanhar o desenrolar da Operação Arcanjo, da PF. Em 6 de junho, foram presos oito envolvidos numa rede de exploração sexual de mais de 20 crianças e adolescentes. Uma delas, a menina de 13 anos N.J.R., prestou depoimento no mesmo dia ao Conselho Tutelar de Boa Vista. A adolescente deu detalhes das relações sexuais mantidas com alguns dos clientes da rede, em especial com o então procurador-geral de Roraima, Luciano Queiroz, preso pelos federais. N.J.R também afirmou ter feito um único programa com o deputado federal Luciano Castro, líder do PR na Câmara dos Deputados e candidato à prefeitura de Boa Vista. O deputado nega a história e credita a acusação a adversários políticos.

Carta Capital

(Crédito da foto: Márcia Kalume/Agência Senado)

Paul Desmond & Gerry Mulligan - Two Of A Mind (1962)

http://i37.tinypic.com/11091lk.jpg


Paul Desmond & Gerry Mulligan - Two Of A Mind (1962)
MP3 / 320kbps / Covers + Scans / RS.com: 103mb / 5% File Recovery


Músicos:
Paul Desmond (alto sax)
Gerry Mulligan (bass sax)
John Beal and Wendell Marshall (bass)
Connie Kay and Mel Lewis (drums)

Faixas:
1. All The Things You Are
2. Stardust
3. Two Of A Mind
4. Blight Of The Fumble Bee
5. The Way You Look Tonight
6. Out Of Nowhere

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Criminalizar movimentos sociais é atentado contra democracia


Marcia Xavier


Os movimentos sociais são pilares da democracia e qualquer tentativa de criminalizá-los é um atentado contra a própria democracia e um retrocesso nas conquistas garantidas pela Constituição de 1988. Esse foi o cerne dos discursos na audiência pública sobre criminalização dos movimentos sociais, realizada pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (9).



A Comissão de Legislação Participativa reuniu representantes da CNBB, OAB, Via Campesina, Quilombolas, Indígenas e do Movimento Nacional de Direitos Humanos, que se revezaram em palavras de defesa dos movimentos sociais.

O secretário Especial de Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, mandou representante para acompanhar toda a audiência, mas foi ele mesmo dizer que se associa ''a todo alerta e preocupação com a implantação de onda contra os movimentos sociais'', acrescentando que a Secretaria de Direitos Humanos tem completa identidade com os episódios ocorridos no Rio Grande do Sul, ''que exigem respostas fortes e urgentes''.

O ministro se referia ao caso que provocou a audiência pública: no último dia 24 de junho, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Passo Fundo (RS), Leandro Scalabrin – que também participou da audiência - divulgou documentos que comprovam a tentativa do Ministério Público daquele estado de ''dissolver'' o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O documento, comprovado por uma ata da sessão ordinária do Conselho do MP/RS, ocorrida em 3 de dezembro de 2007, defende medidas para declarar a ilegalidade do MST, como proibir qualquer deslocamento de trabalhadores sem-terras, incluindo marchas e caminhadas, intervir em escolas de assentamentos, criminalizar lideranças e integrantes, cassar os títulos eleitorais de todos os membros do movimento e ''desativar'' todos os acampamentos do Rio Grande do Sul.

Crise tucana

O ministro Paulo Vannuchi ressaltou que nem todo o Ministério Público do Rio Grande do Sul é ''sectário'' e sugeriu que o caso fosse levado ao Conselho Nacional de Justiça. Ele atribui ''o desviamento democrático'' do Ministério Público do Rio Grande do Sul à crise institucional do governo estadual da tucana Yeda Crusius, acusado de fraudes.

Para a ex-ministra e senadora Marina Silva, que esteve presente à audiência, ''a sociedade tem o direito de se organizar e se manifestar para reparar as injustiças históricas que são cometidas contra segmentos sociais como os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores sem terra''.

Ela alertou para a importância do Poder Legislativo mediar esses conflitos, ''sob o risco de validar essas injustiças'', destacou. Lembrando o exemplo do líder seringueiro Chico Mendes, que foi morto na luta contra o desmatamento da floresta amazônica, ela disse que ''não se pode inviabilizar o direito de protestar, se manifestar e reivindicar direitos''.

Desqualificação pública

O representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Gilson Cardoso, denunciou que ''movimentos como um todo estão respondendo a processos judiciais e ainda são desqualificados publicamente. Pode-se dizer que houve uma agudização dos conflitos, se antes as manifestações públicas, ocupações de terra, e de moradia, a luta contra violência policial geravam repressão, hoje setores do Estado respondem com a utilização da judicialização indevida e buscam institucionalizar e dar legitimidade a esta criminalização'', afirmou.

Para ele, ''esse conjunto de situações trouxe para dentro dos poderes públicos a versão de que movimentos e suas lideranças cometem crimes, colocando a sociedade contra os movimentos sociais'', anunciando que a decisão é de ''radicalizar a luta por democracia e direitos humanos''. E, para isso, disse que contava com a unidade de todo o movimento.

Outros estados

Para o presidente da comissão, deputado Adão Pretto (PT-RS), o problema não atinge apenas os gaúchos, tendo reflexos em todo o país e na própria noção de democracia e participação popular.

Ele contou que no dia 12 de junho, o juiz da Justiça Federal de Marabá (PA), Carlos Henrique Haddad, condenou o advogado da Comissão Pastoral da Terra, José Batista Gonçalves a uma pena de dois anos e cinco meses de prisão por assessorar movimentos camponeses durante uma negociação com o Incra daquela região, logo após um protesto de agricultores sem terra organizados pela Contag, MST e Fetragri.