Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Boa música cubana....
Ernesto Lecuona - La Música De Ernesto Lecuona I @ 320
01. La Comparsa
02. Malagueña
03. Maria La O
04. Rosa La China
05. En 3 X 4
06. Por Qué Te Vas
07. Andalucía
08. Aragon
09. A La Antigua
10. Ahí Viene El Chino
11. Siboney
12. Noche Azul
13. Danza Negra
14. Al Fin Te VI
15. Estás En Mi Corazón
16. Romántico
17. Danza Lucumi
18. Córdoba
19. Polichinela
20. Damisela Encantadora
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Ernesto Lecuona - La Música De Ernesto Lecuona II @ 320
01. Damisela Encantadora
02. Estás En Mi Corazón
03. Noche Azul
04. El Dulcero
05. Aquella Tarde
06. Mariposa
07. Mariposa
08. Siboney
09. Malagueña
10. Andalucía
11. Para Vigo Me Voy
12. Romanza De Maria La O
13. Muñeca De Cristal
14. Te Vas Juventud
15. Karabali - Esclavo Libre
16. La Chancletera
17. Danza Ñañiga
Total arquivo: 129,71MB
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Do blog do Azenha...
Ramzi Kysia é escritor e ativista árabe-norte-americano, um dos organizadores do Movimento "Gaza Livre". Para saber mais, visite www.FreeGaza.org.
FAIXA DE GAZA, Palestina — Num pequeno café na cidade de Gaza, Amjad Shawa, coordenador da Rede Palestinense de ONGs (PNGO), toma café e rumina sobre o bloqueio com que os israelenses castigam Gaza. “Esse bloqueio nada tem a ver com segurança, nem com o Hamás,” diz ele. "Israel só pensa em separar Gaza da Cisjordânia, para enterrar o projeto nacional palestino.”
Na Faixa de Gaza, estreita planície litorânea de 30 km de comprimento, apertada entre Israel e o Egito, vivem 1,5 milhão de palestinenses. Apesar da pequena extensão territorial, concentra-se ali, em vários sentidos, o núcleo duro de dois gigantescos conflitos: o crescimento político do islamismo e a idéia, ocidental, de que o islamismo político possa ser derrotado mediante algum castigo coletivo e um brutal bloqueio econômico.
Desde que o Hamás venceu eleições parlamentares, em janeiro de 2006, Israel vem submetendo Gaza a bloqueio cada vez mais severo. Em junho de 2007, depois de militantes do Hamás terem-se aliado ao presidente Máhmude Abbas e assumiram o controle de Gaza, Israel cerrou ainda mais o bloqueio, que passou a incluir praticamente tudo, apenas mitigado com a chegada, esporádica, de alguns produtos, todos de ajuda humanitária. A economia local foi destruída, o que fez subir todos os indicadores de desemprego, de miséria, de desnutrição infantil.
Enquanto Abbas e o partido Fatah ainda governam a Cisjordânia, com apoio de Israel, o futuro do Hamás é incerto. Apesar de o Hamás ainda ter massivo apoio popular, a população em Gaza começa a dar sinais de frustração, ante a economia moribunda.
Para Rawya Shawa, membro independente do Conselho Legislativo Palestino de Gaza, a Palestina está num limbo político. “Quando se chega ao poder, as coisas mudam", diz Shawa. “70% dos habitantes de Gaza são refugiados. A Fatah liderou os palestinos por 45, 50 anos, e fracassou. Nada fizeram do que prometeram. Agora, o Hamás está no poder. Estão tentando. A população está à espera de resultados.”
CRESCIMENTO DO HAMÁS
Em situação de declínio do nacionalismo pan-arabista, que esteve no auge nos anos 60 e 70 e que entrou em colapso a partir de 1993, depois dos acordos de Oslo, o Hamás encontrou terreno fértil na Palestina, combinando projetos bem-sucedidos de bem-estar e melhoria de condições de vida para a população, tradicionalismo religioso, anti-elitismo (o primeiro-ministro Ismail Haniyeh ainda vive na casa em que nasceu, em Beach Camp, uma das áreas mais pobres de Gaza) e oposição dura à presença de Israel na Região. Embora atualmente o Hamás esteja respeitando um cessar-fogo unilateral, os seus grupos armados são responsáveis pelos rojões Qassam lançados contra Israel e por ataques de homens-bomba, motivo pelo qual o grupo está classificado como "organização terrorista" por EUA e Israel.
Praticamente ninguém, em Gaza, aceita essa classificação. Para o grupo B’Tselem, de israelenses ativistas dos direitos humanos, 955 crianças palestinenses foram mortas pelo exército de Israel; e 123, nos ataques palestino, desde o início da II intifada em setembro de 2000. Por causa do bloqueio, cerraram as portas 3.500 das 3.900 fábricas que havia em Gaza, o que levou à demissão de mais de 100 mil empregados do setor privado. A renda per capita em Gaza é inferior a 2 dólares/dia; 80% das famílias dependem integralmente de auxílio internacional para comer.
O bloqueio levou a racionamentos cada vez mais terríveis, que abalaram todas as estruturas da economia e da sociedade. A falta de combustível, elevou os preços da gasolina para mais de $50/galão no início do verão e levou, em seguida, à falta de energia elétrica. Hospitais, que dependem de geradores a diesel para funcionar, ficam paralisados regularmente por até 12 horas por dia. Sem combustível para as bombas de irrigação, as colheitas, já minguadas, desaparecem. Nas casas, só há água corrente durante menos de 6 horas por dia, e um terço das casas não tem água encanada.
Sem diesel, as bombas de escoamentos dos esgotos não funcionam, e os detritos já começam a ser lançados diretamente no Mediterrâneo, o que faz das praias latrina a céu aberto. Em 2008, foram lançados no Mediterrâneo mais de 15 bilhões de litros de esgotos não tratados, o que já dizima a flora e a fauna marinha nas regiões costeiras.
Em comparação a dezembro de 2005, menos de 20% dos produtos que Israel normalmente exporta para Gaza ainda são entregues, mas os números encolhem diariamente. Tanto o Banco Mundial quanto várias organizações israelenses de direitos humanos já exigiram o fim do bloqueio, sem sucesso.
“Não é um desastre natural", diz John Ging, diretor da Agência da ONU para Auxílio Humanitário em Gaza. “É desastre construído e planejado pelas políticas desumanas de Israel."
AÇÃO DIRETA
As pessoas, em Gaza não esperam que o fim do bloqueio porá fim à crise. Em janeiro, centenas de milhares de pessoas passaram pela fronteira, em direção ao Egito, quando o Hamás demoliu parte do muro de fronteira que Israel construiu em 2003. Em fevereiro, o Comitê Popular contra o Bloqueio organizou uma "corrente humana", de milhares de palestinenses, ao longo de toda a fronteira da Faixa de Gaza.
“Meu telefone não parou de tocar, porque eles [os israelenses] pensam que vamos demolir a fronteira", diz Sameh Habeeb, um dos organizadores do evento. "Israel não acredita que milhares de árabes sejam capazes de organizar um protesto pacífico. Quando há resistência armada, Israel manda seus mísseis e F-16s, mas eles ficam sem saber o que fazer nos movimentos de resistência civil. A não-violência enlouquece os israelenses.”
O mais impressionante ato de resistência não-violenta em Gaza é sobreviver.
Várias famílias aprenderam a caçar e criar coelhos e pássaros selvagens, para suplementar a dieta. Há uma precária mas eficiente rede de túneis que atravessam a fronteira do Egito, cuja construção custou muitas vidas, mas que é importante via pela qual chegam suprimentos e remédios. Nas últimas semanas, começou a operar uma rede de tubulações, subterrânea, que aliviou consideravelmente a falta de combustível. Alguns carros rodam movidos a gás de cozinha, vendido a 300 dólares o botijão. A falta de gás para cozinhar fez muitas famílias reverter aos fogões à lenha. Não havendo concreto, começam a reaparecer em Gaza construções feitas de tijolos de barro queimado.
O colapso da economia em Gaza é mostra do imperialismo de guerra em estágios extremos: economia obrigada a operar sem matérias-primas, esfacelamento de todas as indústrias locais mediante a violência militar e o bloqueio, acesso permitido só a produtos manufaturados importados exclusivamente da potência ocupante, pressão para forçar os habitantes a consumir todas e quaisquer reservas ou poupanças que tenham armazenado. Quando o bloqueio terminar, algum dia, a população ainda demorará muito para recuperar-se, mesmo com extensa ajuda humanitária.
Amjad Shawa, diretor da Rede Palestinense de ONGs, lembra que o bloqueio é instrumento da ocupação israelense. "O estatuto legal de Gaza é "território ocupado". O bloqueio é um instrumento da mesma agressão. Por isso os ataques a Gaza, por Israel, configuram crime de guerra. De fato, por mais que precisemos de ajuda humanitária, a solução não virá daí. Precisamos pôr fim à ocupação".
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
TV Globo quer confundir espectador
Do blog Diario Gauche
Ontem à noite no Jornal Nacional da tevê Globo, o seu correspondente baseado em Israel se superou.
O repórter e tordilho amestrado chegou a simular estar sofrendo – ele próprio – um bombardeio de foguete palestino Kassan, sabidamente um artefato caseiro. Mostrou imagens instáveis arremedando uma câmera em movimento e abrigando-se junto a um muro, enquanto ruídos davam o tom de perigo à cena visivelmente montada em estúdio.
Anotem o nome do bufão: Alberto Gaspar. O tipo cumpre (em absoluta segurança e circulando somente no lado israelense) a linha editorial da Globo que opta por deliberadamente confundir o espectador de senso comum, fazendo crer que há uma equivalência perfeita na violência entre o Hamas e Israel. Uma fórmula tácita - disfarçada - de apoiar o genocídio do Estado de Israel contra o povo palestino da Faixa de Gaza.
Redator: Cristóvão Feil
Fim da era Bush e eleição em Israel:
uma das faces obscenas do massacre
O ataque a Gaza é uma tentativa de última hora de mudar as relações de forças no Médio Oriente, antes do fim da era Bush, nos EUA. E tem uma dimensão obscena: as centenas de vítimas dos bombardeios são vítimas colaterais da campanha eleitoral em Israel.Para aumentar o seu apoio popular antes das eleições, todos os líderes israelenses estão competindo para ver quem é o mais duro e quem está disposto a matar mais. A análise é de Michael Warschawski.
Michael Warschawski, Centro de Informação Alternativa (*)
John Berger
Enquanto o mundo inteiro está em choque diante das terríveis imagens emitidas de Gaza, a opinião pública israelense apóia maciçamente a sangrenta ofensiva de Barak-Olmert. Isto inclui o Meretz, a oposição de esquerda parlamentar. Apesar de ter manifestado preocupação pelas mortes de civis, o líder do Meretz, Haim Oron, numa entrevista à televisão israelense, aderiu aos argumentos da propaganda oficial, responsabilizando o Hamas pelo banho de sangue. Um discurso mistificador como este está sendo copiado pela maioria dos líderes do mundo ocidental, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de França superando até a Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. Vamos colocar os fatos em sua devida ordem:
Gaza está sendo alvejada pelo exército israelense desde a vitória do Hamas, e o cerco imposto sobre mais de 1,5 milhão de civis - por Israel, mas também pela chamada comunidade internacional - é em si um aco de violência e um crime de guerra;
O ataque israelense é uma agressão planeada: de acordo com as notícias vindas de Israel, Ehud Barak planeou o ataque a Gaza já em agosto;
Os foguetes lançados sobre cidades de Israel foram uma retaliação a agressões militares israelitas anteriores, e não foram lançados pelo Hamas, mas sim pela pequena organização Jihad Islâmica;
O ataque a Gaza é parte integral da guerra santa neo-conservadora contra o mundo islâmico, e a administração neo-conservadora cessante dos EUA, assim como o Egipto e outros regimes reaccionários árabes, instaram as autoridades israelenses a desencadear a ofensiva antes de Obama entrar na Casa Branca;
A intenção declarada de Barack Obama de abrir conversações com a República Islâmica do Irã é uma das principais preocupações das administrações cessantes em Tel Aviv e Washington, e a ofensiva contra Gaza é uma tentativa de provocar uma reação iraniana que permita a retaliação israelense e dos EUA. Nos últimos dias, o vice-ministro da Defesa israelense, Ephraim Sneh, bem conhecido pela sua obsessão anti-iraniana, vinculou sistematicamente os foguetes do Hamas (sic) ao Irã, sem, evidentemente, apresentar quaisquer provas.
Esta estratégia geral, baseada na mistificação do "choque de civilizações" e na guerra global contra o Islã, é partilhada por todos os partidos políticos sionistas de Israel e explica o apoio do Meretz à actual agressão.
Apesar de não ser de esperar uma mudança rápida da política norte-americana no Ocidente asiático, os líderes israelitas e os seus patrocinadores neo-cons em Washington estão preocupados pela mudança na administração norte-americana, e temem que uma nova estratégia possa quebrar a guerra global "preventiva". O ataque a Gaza é uma tentativa de última hora de mudar as relações de forças no Médio Oriente, antes do fim da era neo-conservadora.
E, antes de concluir, não esqueçamos a dimensão obscena: as centenas de vítimas dos bombardeios sobre Gaza são vítimas colaterais da campanha eleitoral israelense. Para aumentar o seu apoio popular antes das eleições, todos os líderes israelenses estão competindo para ver quem é o mais duro e quem está disposto a matar mais. Ehud Barak, contudo, tem uma memória muito curta, e Shimon Peres pode recordar-lhe que este cálculo cínico não é necessariamente o melhor: o massacre de Qana, que, supostamente, deu a vitória a Shimon Peres, teve como consequência que centenas de milhares de cidadãos palestinos virassem as costas ao Partido Trabalhista.
Apesar da sua brutalidade, contudo, Ehud Barak permanece um dos mais populares líderes na arena israelense, e os milhares de manifestantes que saíram às ruas ontem, quase sem convocação, protestando contra o massacre, podem indicar que todos os que estão por trás dele, incluindo o Meretz, não vão receber os seus votos. É previsível que o repúdio internacional e o relativamente amplo sentimento anti-guerra entre os eleitores force o Meretz, uma vez mais, a mudar de posição. Deviam, porém, lembrar-se da antiga verdade que os eleitores preferem sempre o original: quando o Meretz sanciona a estratégia de guerra e as mentiras de Netanyahu, os eleitores vão preferir votar em Netanyahu em vez de na sua pálida e sensaborona cópia.
(*) Ativista de esquerda israelense, diretor do Centro de Informação Alternativa de Jerusalém.
Tradução de Luís Leiria - Esquerda.Net
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Um exemplo de soberania....
Cuba, Revolução, 50
Emir SaderAquela ilha tropical começava a surpreender-nos, a falar de revolução em um continente em que essa palavra era reservada para um fenômeno longínquo – a revolução mexicana – e de que desconhecíamos a revolução boliviana de 1952. Revolução, na verdade, para nós, eram a soviética e a chinesa. De repente, começa a se esboçar uma no nosso próprio continente, no nosso tempo político de vida.
Primeiro, a revolução nos chegava como luta contra o analfabetismo – que passou a representar um elemento essencial da luta emancipatória, a que a Venezuela e a Bolivia viriam a se somar recentemente, como se fossem carimbos de que se trata de processos revolucionários. Depois, as reformas urbana e agrária, as nacionalizações de empresas estrangeiras, mas sobretudo o discurso antimperialista.
Diante das reações da maior potência imperial da historia da humanidade, Cuba passou logo a identificar-se para nós com revolução – nascia a expressão Revolução Cubana, que nos acompanha a 50 anos. Tudo começado em um primeiro de janeiro, o que passou a dar a essa data uma conotação nova – de tempos novos, de que a pomba no ombro do Fidel quando discursava, era um prenuncio seguro.
Desde então, revolução, emancipação, dignidade, justiça, exemplo, solidariedade, internacionalismo – e tantas outras palavras, gestos, comportamentos, passaram a se incorporar a nosso mundo, a servir de norte, de referência e a identificar-se com Cuba. Nada foi igual desde que Cuba passou a expressar diante de nós a todos esses valores. Já não podíamos dizer que não eram possíveis, remetê-los para a utopia, como se não fosse possível a um pais ser pobre e ainda assim justo, ainda assim solidário, ainda assim internacionalista.
Cuba nos trouxe a revolução e o socialismo. O fato de que uma sociedade possa viver não em função do lucro, da ganância, do valor de troca, do mercado, mas das necessidades das pessoas, possa colocar em primeiro lugar a educação, a saúde, a habitação, a cultura – nos aponta o que contrapõe o socialismo ao capitalismo.
50 anos em que Cuba enfrentou as mais difíceis condições – do bloqueio dos EUA às duas tentativas de invasão do país por parte do governo estadunidense, pelo fim do campo socialista, pelas agressões reiteradas do imperialismo, pelo bloqueio e pelas mentiras – do que diz e do que cala – da imprensa monopolista mundial, pelo período especial e pelas catástrofes naturais. Cuba chega a seus 50 anos de Revolução desmentindo os que diziam que não sobreviveria sem o apoio da URSS, aos que se deslocaram para a Ilha para cobrir a suposta queda do regime cubano depois do fim dos regimes do leste europeu, aos que creiam que o país seria afetado pelas maiores convulsões se Fidel deixasse de estar à cabeça do governo.
Cuba chega aos 50 anos soberana, decidindo seu futuro a partir de suas próprias experiências, sem nunca ter deixado de ser solidária e internacionalista, nem nos seus momentos de maiores dificuldades. Ao contrário, a Escola Latinoamericana de Medicina expande a quantidade de alunos que formam as primeiras gerações de médicos pobres da América Latina. Mantêm e reforça a Operação Milagre, que já devolveu a visão a mais de um milhão de pessoas. Estende seu trabalho CE combate ao analfabetismo, que possibilitou que a Venezuela e a Bolívia fossem o segundo e o terceiro territórios livres de analfabetismo, como apoio direto e sistemático de Cuba.
São 50 anos de luta, de dignidade, de busca incessante da construção de uma sociedade justa, de apoio aos que precisam de apoio, de solidariedade com todos os povos do mundo. São 50 anos em que Cuba aponta o caminho da sociedade desmercantilizada, humanista, internacionalista – da sociedade socialista, de José Martí, de Fidel e do Che.
Tariq Ali: Estados Unidos e União Européia são cúmplices do novo massacre em Gaza
Washington, como sempre faz, culpa os palestinos favoráveis ao Hamas, com Obama e Bush cantando pela partitura do sempre mesmo AIPAC (American Israel Public Affairs Committee). Os políticos da União Européia souberam dos planos, assistem aos ataques, ao sítio, ao bloqueio, ao castigo coletivo imposto à população em Gaza, aos assassinatos de civis etc.. Apesar de ver e saberem de tudo isso, foram facilmente convencidos de que alguns rojões de quintal teriam "provocado" a reação de Israel. E puseram-se a 'exigir' o fim da violência dos dois lados. Efeito? Zero.
A ditadura-come-mosca de Mubarak no Egito e os islâmicos preferidos da Otan em Ancara não se deram o trabalho, nem isso, de registrar algum tipo de protesto simbólico; sequer retiraram seus embaixadores de Israel. A China e a Rússia não convocararm reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a crise. Para discutir. Que fosse. Resultado da apatia oficial, um dos resultados das mais recentes agressões de Israel será incendiar as paixões nas comunidades muçulmanas em todo o mudo e fazer crescer a influência e o prestígio até das organizações terroristas que, no ocidente, apresentam-se como líderes de uma "guerra contra o terror".
Clique AQUI para ler mais.
Creditos: Marco Aurélio Weissheimer
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
O Genocidio em Gaza continua....
Pelo Dr. Akram Habeeb, da Faixa de Gaza ocupada, da Palestina.
(original em: http://electronicintifada.net/v2/article10069.shtml)
Mas o ataque massivo de Israel contra a Faixa de Gaza obriga-me a manifestar-me.
Ontem à noite, durante a segunda noite de ataques de Israel a Gaza, os mais violentos de que há notícia por aqui, fui acordado pelo ruído ensurdecedor de bombardeio continuado, cerrado. Quando me dei conta de que Israel bombardeava a minha universidade, com F-16s fabricados nos EUA, vi que os “ataques seletivos” já nada tinham de seletivos.
Políticos e generais israelenses têm dito que a Universidade Islâmica de Gaza seria ‘aparelho’ do Hamás e que forma terroristas. É mentira.
Como professor independente, não filiado a partido político, afirmo que a Universidade Islâmica de Gaza – como as Universidades Católicas e as Universidades Pontifícias, que há no Brasil e em todo o mundo – é instituição acadêmica que abarca um larguíssimo espectro de tendências políticas. Conheço-a bem, como universidade de prestígio em todo o mundo, que estimula o liberalismo e a livre exposição e circulação de idéias.
Se meu depoimento parecer excessivamente pessoal e comprometido, convido todos a visitarem a página da UIG, na Internet (ing. Islamic University of Gaza website, em http://www.iugaza.edu.ps/eng/), e pesquisarem sua história, seus departamentos, os estudos que se desenvolvem ali.
Lá se informarão sobre a participação da Universidade Islâmica de Gaza em inúmeras instituições acadêmicas em todo o mundo, o trabalho de pesquisa de seus professores, prêmios e bolsas de estudo e pesquisa que recebem de instituições de todo o mundo.
Por que Israel bombardearia uma universidade? Não sei.
Mas Israel ontem não bombardeou apenas minha universidade: bombardeou mesquitas, farmácias e casas de família. No campo de refugiados em Jabaliya, o bombardeio matou quatro meninas pequenas, todas da família Balousha. Em Rafah, mataram três irmãos, de 6, 12 e 14 anos. Também mataram mãe e filho, um menino de um ano, da família Kishko, na cidade de Gaza.
São atos que nada justifica, em nenhum caso. Penso no que Deus ordenou ao Povo Eleito: Não matarás. Não invadirás a casa de teu vizinho. Deus não elegeria seu povo, nem povo algum, para matar os vizinhos e roubar a terra em que todos plantam o que todos comem. As escolhas que Israel está fazendo são escolhas do governo de Israel. O governo de Israel escolheu matar palestinenses. Pratica aqui genocídio semelhante ao que outros impérios invasores e ocupantes praticaram em outras partes do mundo, contra populações autóctones. Nenhum genocídio é admissível.
O Dr. Akram Habeeb é professor assistente de Literatura Norte-americana na Universidade Islâmica em Gaza.
Tradução: Milton Ribeiro
Clássico russo...imperdível...repostado....
(Bronenosets Potyomkin, 1925)
Gênero: Drama/Clássico
Tempo de Duração: 74 minutos
Ano de Lançamento (Rússia): 1925
Estúdio: Goskino / Mosfilm
Direção: Sergei Eisenstein
Roteiro: Nina Agadzhanova e Sergei Eisenstein
Produção: Jacob Bliokh
Música: Edmund Meisel
Fotografia: Vladimir Popov e Eduard Tisse
Direção de Arte: Vasili Rakhals
Edição: Sergei Eisenstein
RMVB Legendado
P/B
Créditos: F.A.R.R.A.-Eudes Honorato
Elenco:
Aleksandr Antonov (Vakulinchuk)
Vladimir Barsky (Comandante Golikov)
Grigori Aleksandrov (Oficial Giliarovsky)
Mikhail Gomorov (Marujo)
Ivan Bobrov (Marujo)
Sergei Eisenstein (Cidadão de Odessa)
Julia Eisenstein (Cidadã de Odessa)
Sinopse:
Alguns marinheiros se recusam em comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles. A tensão aumenta e, gradativamente, a situação sai cada vez mais do controle. Logo depois dos gatilhos serem apertados Vakulinchuk (Aleksandr Antonov), um marinheiro, grita para os soldados e pede para eles pensarem e decidirem se estão com os oficiais ou com os marinheiros. Os soldados hesitam e então abaixam suas armas. Louco de ódio, um oficial tenta agarrar um dos rifles e provoca uma revolta no navio, na qual o marinheiro é morto. Mas isto seria apenas o início de uma grande tragédia.
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Genocidio em Gaza...
Verdadeira história não é a contada por Israel
O mundo não está assistindo apenas aos crimes que Israel está cometendo em Gaza; estamos também assistindo à autodestruição de Israel.
Por Johann Hari, no The Independent
Esta manhã (29), amanhã de manhã e todas as manhãs, até que termine essa matança de palestinos, o ódio a Israel só aumentará, cada dia haverá mais ódio e mais os palestinos lutarão, com pedras, com coletes explosivos, com foguetes, com palavras. Os líderes israelenses crêem que quanto mais massacrem os palestinos, mais os amansarão. Já se foram esses tempos de medo, entre os palestinos. O ódio a Israel, hoje, lá, é duro, impenetrável. E os sentimentos mais primitivos, mais basais, de quem só aprendeu que viver é sobreviver em guerra, lá estarão esperando sempre, à beira da história, brutais.
Para entender o quanto é terrível ser palestino na manhã de hoje, é preciso ter estado lá, numa estreita faixa de terra à beira do Mediterrâneo, e ter experimentado na pele aquela claustrofobia quase insuportável. A Faixa de Gaza é menor que a ilha Wight. Mas lá vivem 1,5 milhão de pessoas que jamais podem sair de lá. Vivem amontoados uns sobre os outros, sem trabalho e com fome, em imensos prédios de quartos muito pequenos. Da laje superior dos prédios, vêem-se todos os limites daquele mundo: o Mediterrâneo e a cerca de arame farpado dos israelenses. Quando começam os bombardeios – como hoje, mais violentos do que nunca, desde 1967 –, não há onde se abrigar.
Começa agora outra guerra, em que se disputa o significado desses ataques de Israel, em 2008. O governo israelense diz: "Nos retiramos de Gaza em 2005 e, em troca, ganhamos o Hamás e os foguetes Qassam que destroem nossas cidades. 16 civis israelenses morreram. Quantos mais serão sacrificados?" É uma narrativa plausível, com vestígios de verdade. Mas com muitos buracos. Para entender o que realmente está acontecendo e conseguir que os foguetes parem, é preciso voltar um pouco, alguns anos, e analisar melhor os prolegômenos da guerra de hoje.
É verdade que Israel retirou-se da Faixa de Gaza em 2005 – para intensificar o controle sobre a Cisjordânia. O principal conselheiro de Ariel Sharon, Dov Weisglass, disse claramente: "A retirada [de Gaza] é o anestésico. Anestesiará a situação, o suficiente para que não haja processo político ou discussão política com os palestinos. Apagamos da agenda, por longo tempo, toda e qualquer discussão sobre o pacote chamado "Estado da Palestina"."
Os palestinenses comuns ficaram horrorizados. Mais horrorizados ainda, pela fétida corrupção dos líderes de sua própria Fatah. E então votaram no Hamás. Eu não votaria no Hamás – jamais votaria em partido político com fundamento religioso –, mas... não sejamos hipócritas. As eleições foram democráticas, livres e perfeitas e não implicaram rejeição à Solução dos Dois Estados. A melhor pesquisa que se conhece, sobre tendências de opinião entre os palestinenses, feita pela University of Maryland, constatou que 72% dos palestinenses são favoráveis à Solução dos Dois Estados, conforme às fronteiras de 1967; e apenas 20% votariam pelo fim de Israel. Então, parcialmente por efeito dessa pressão popular, o Hamás ofereceu a Israel um longo cessar-fogo e aceitou, na prática, a Solução dos Dois Estados. Bastaria que Israel cumprisse o seu dever legal de manter-se dentro de suas fronteiras legais.
Em vez de colher essa oportunidade e de testar as reais intenções do Hamás, o governo de Israel reagiu brutalmente – e puniu, com genocídio, toda a população civil de Gaza. Anunciou o bloqueio da Faixa de Gaza, para "pressionar" os palestinos a revogar o resultado das urnas. Sitiaram os palestinenses dentro da Faixa de Gaza. Vedaram completamente qualquer possibilidade de contato com o mundo exterior. Racionaram comida, combustível, remédios – para impedir que sobrevivessem. Nas palavras de Weisglass, os palestinenses de Gaza estavam sendo postos "em dieta". A Oxfam denunciou que só foram autorizados a entrar em Gaza 137 caminhões com alimentos, em dezembro. Para alimentar 1,5 milhão de pessoas. A ONU e já declarou repetidas vezes, que a miséria em Gaza já alcançou "níveis sem precedentes".
Na última vez que estive em Gaza, já sob sítio dos israelenses, vi hospitais mandando doentes de volta para casa, porque não havia nem remédios nem aparelhos para atendê-los. Vi crianças revirando o lixo, pelas ruas, à procura de comida.
Nesse contexto – sob sentença de morte coletiva, sob ataque genocida, urdido para gerar efeitos de golpe de Estado e derrubar um governo democraticamente eleito –, então, alguns grupos dentro de Gaza adotaram solução imoral: puseram-se a bombardear, com foguetes Qassam, de quintal, indiscriminadamente, cidades israelenses. Nesses ataques, mataram 16 cidadãos israelenses. É crime. Matar sempre é crime. Mas é hipocrisia que, hoje, o governo israelense fale de defender a segurança de seus cidadãos, depois de ter passado anos assassinando civis. Depois de ter feito, do assassinato, a única política de Estado, em Israel.
Os governos dos EUA e alguns governos europeus têm fingido que não sabem disso. Dizem que não se pode exigir que Israel negocie com o Hamás, enquanto o Hamás não suspender os ataques com foguetes Qassam. Mas exigem que a Palestina negocie, apesar do sítio, apesar do bloqueio, apesar da brutal ocupação militar na Cisjordânia.
Antes de que tudo se apague no abismo dos esquecimentos construídos, lembremos que, semana passada, o Hamás propôs um cessar-fogo, em troca de alguns compromissos básicos e aceitáveis para Israel. Não precisam acreditar só em mim.
A imprensa em Israel noticiou que Yuval Diskin, atual chefe do Shin Bet, serviço interno de segurança de Israel, "informou ao governo israelense [dia 23/12] que o Hamás está interessado em manter a trégua, com apenas pequenas modificações nos termos do acordo." Diskin explicou que o Hamás desejava duas coisas: o fim do bloqueio de Gaza e que Israel parasse com os ataques na Cisjordânia. O gabinete – acometido de febre eleitoral e interessado em mostrar-se 'durão' aos eleitores – rejeitou tudo.
O núcleo duro da situação foi bem claramente exposto por Ephraim Halevy, ex-chefe do Mossad. Diz que, embora os militantes do Hamás – como boa parte da direita israelense – sonhem com varrer do mundo os adversários políticos, "eles já perceberam que esse objetivo ideológico não é viável e não será viável no futuro próximo." Então, "estão prontos a aceitar um Estado da Palestina, nos limites das fronteiras de 1967." Os militantes do Hamás sabem que isso significa "que terão de adotar um caminho que provavelmente os afastará de seus objetivos iniciais" – e levará a uma paz estável, sob acordo difícil de romper por qualquer dos dois lados.
Os 'do contra", dos dois lados – de Máhmude Ahmadinejad do Iran, a Bibi Netanyahu, de Israel – ficariam marginalizados. É a única via possível que ainda pode levar a paz. E é a única via que não interessa ao atual governo de Israel. Halevy explica bem: "Por razões que só interessam ao atual governo de Israel, não interessaria a Israel aceitar o cessar-fogo e convertê-lo em início de um processo de negociação diplomática com o Hamás."
Por quê? O governo de Israel quer a paz, mas só se for a paz imposta por Israel, nas condições que Israel determine e que sempre implicarão que os palestinos sejam definidos como derrotados. Assim, Israel poderá manter, do "seu" lado do muro, os cadeados que fecham a Cisjordânia. Assim, Israel poderá controlar as maiores colônias e o suprimento de água. Assim, a Palestina será dividida (e caberá ao Egito a responsabilidade sobre Gaza) e a Cisjordânia, com a espinha dorsal partida, ficará isolada. Qualquer tipo de negociação cria riscos para o sucesso desse 'plano': Israel sempre terá de ceder mais do que deseja ceder.
Ao mesmo tempo, qualquer paz imposta deixará de ser confiável: e continuarão a chover sobre Israel os foguetes da fome que gera ódio.
Se quer obter real segurança para os israelenses, o governo de Israel, mais dia menos dia, será obrigado a negociar com os palestinos que hoje Israel está matando; terá de obter deles alguma solidariedade e alguma compreensão. E Israel dependerá disso, para continuar existindo.
O som dos incêndios de Gaza pode ser silenciado pelas palavras de um escritor israelense, Larry Derfner. Diz ele: "A guerra entre Israel e Gaza é guerra inventada por Israel. A decisão de pôr fim à guerra não cabe ao Hamás. Cabe a nós. Cabe a Israel."
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
ZERO HORA: BONS TEMPOS AQUELES DA DITADURA!
Do blog Cloaca News
Como sabemos, os editoriais representam o pensamento dos proprietários, a opinião dos donos. Nada mais legítimo, desde que essa mesma opinião não contamine o noticiário a ponto de distorcê-lo e, mais ainda, não permeie a narrativa factual a ponto de fraudá-la. Que lindo! Pena que seja assim apenas na teoria.
Salvo honrosas e raríssimas exceções, a chamada "grande imprensa" brasileira - ou, se preferir, a mídia corporativa - editorializou até a previsão do tempo. Desde que Lula assumiu a Presidência da República, em 2002, essa oligarquia midiática (Máfia mesmo!) mal disfarça seu ressentimento por não ter conseguido emplacar o vampiro Serra no Planalto. A coisa piorou a partir de 2006, com a reeleição do "sapo barbudo". Você que nos lê sabe exatamente do que estamos falando. Julgamos que não há necessidade de recordar cada um dos "cases" com que tentaram "sangrar" o presidente Lula. Sobre a previsão do tempo a que nos referimos há pouco, relembre as insistentes pautas do "apagão" levantadas diariamente por Miriam Leitão, SarDEMberg, Joelmir Betting...e mais um punhado de mequetrefes da mesma casta.
No Rio Grande do Sul, onde o editor desta Cloaca tem o prazer de viver há mais de 10 anos, a encrenca é mais antiga. Começou quando o PT conquistou a Prefeitura de Porto Alegre, em 1989, com Olívio Dutra. Como todos sabem, foram quatro administrações petistas consecutivas na capital gaúcha. Acredite: os veículos da RBS fizeram o diabo para que os resultados dessas eleições fossem outros. Mas o bicho pegou de verdade, mesmo, quando Olívio Dutra (ele, de novo!) derrotou Antônio Britto (funcionário da RBS) e conquistou o Governo do Estado. Foi demais para os coronéis de bombacha. Só quem vive no Rio Grande do Sul, e conhece a índole perniciosa dos barões da mídia local, sabe das barbaridades cometidas por eles no afã de derrubar o Galo Missioneiro. O jogo foi pesado, sujo e, claro, desigual. Não foi à toa que um dos próceres do "jornalismo" da RBS, um certo Lasier Martins (provavelmente, o maior sabujo da história da imprensa mundial), comemorou com espumante, ao vivo, na TV, a "derrubada" do PT do governo estadual, em 2002. Em 2004, ao "retomarem" também a prefeitura, parece que sossegaram o facho (ou seria o fascio?).
Hoje, 2008, o grupo RBS toma a bênção a tucana fascista Yeda Crusius, que lhes repassa cerca de 70% das verbas publicitárias estaduais. Hoje, 2008, segundo a máfia midiática local, o Rio Grande do Sul tem rumo, tem projetos, tem determinação, tem eficiência administrativa. Mas, veja você, cara leitora, caro leitor: hoje, há também um "antagonismo que atrapalha"!!!
Segundo o editorial do tablóide, as coisas neste Estado sempre foram na base do GRENAL, com uma "bipolaridade nascida da história de lutas e revoluções rio-grandenses". MAS: "Ultimamente, este dualismo extremado, aliado a um ranço de natureza ideológica de parte de alguns segmentos político-sociais, vem entravando o desenvolvimento do Estado. Quase todos os projetos são boicotados, as tentativas de mudança esbarram na oposição sistemática e organizada de corporações interessadas em manter suas prerrogativas, a convergência política em torno de interesses do Estado tornou-se uma utopia."
Não é lindo o exercício da liberdade de expressão, queridos leitores? Não pense, porém, que acabou! A melhor parte vem agora, com um certo viés nostálgico: "Já faz tempo que o Rio Grande não repete uma mobilização coletiva e suprapartidária como a que garantiu ao Estado a implantação do Terceiro Pólo Petroquímico do país, na década de 70. Naquela ocasião, o Executivo e o Legislativo criaram comissões conjuntas, as indústrias privadas engajaram-se no esforço cívico, a imprensa divulgou intensamente o movimento, as posições políticas e opiniões antagônicas foram deixadas de lado, possibilitando uma ação integrada das duas frentes partidárias então existentes, a Arena e o MDB. Foi um momento edificante da história moderna do Estado".
Não é comovente a pregação de Zero Hora pela união, pelo diálogo e pela tolerância? Principalmente neste momento em que a pobre governadora tucana não conseguiu levar adiante a mutreta de prorrogar contratos de pedágio sem licitação? Que oposição malvada, não é mesmo?