Desejos
Se soubesse como começou,
talvez entendesse onde estou...
Não sei!
E, também, não importam motivos,
se valem as emoções...
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
A recente cobertura da grande mídia sobre as favelas cariocas têm me chamado atenção. Pauta obrigatória e diária, as favelas aparecem ora como ameaça ecológica, ora como alvo de políticas públicas que são consideradas bem sucedidas e, nesta semana, como focos da violência que se expande pelo asfalto e assusta os moradores de bairros tradicionais da Zona Sul. Em todas as notícias, muitas mentiras são continuamente reiteradas, demonstrando, ao mesmo tempo, uma intenção ideológica clara de criminalizar a população favelada e defender soluções coercitivas para seu controle (vide as ocupações policiais do Dona Marta e da Cidade de Deus), bem como um olhar de classe média que informa a cobertura jornalística. Os repórteres e editores possuem um estranhamento tão profundo em relação ao mundo dessas populações que raramente aguçam ouvidos e olhos para perceber essas realidades sob outros ângulos. Desse modo, vários clichês são repetidos como verdades inquestionáveis.
A própria idéia de crime organizado deve ser vista com cuidado. Se existe crime organizado, certamente ele não está nas favelas. As facções são baseadas em alianças frágeis, muito dependentes do perfil dos “donos do morro”, autoridades sempre mais ou menos efêmeras que ditam as regras e definem o ambiente das comunidades. De acordo com isso, uma mesma favela pode ter um clima mais neurótico ou mais tranqüilo. Outros fatores também entram aí, como a ameaça de invasão policial ou miliciana ou mesmo de outra facção. Mesmo dentro de um mesmo comando, há rivalidades e invasões por grupos rivais em geral são gestados dentro do próprio grupo que está no comando da favela invadida, por aqueles que são considerados “traíras”. Estes são movidos pela ambição de tomar o lugar do chefe. Essa instabilidade demonstra que o crime dentro das favelas está longe de ser organizado, ainda que existam hierarquias, regras, condutas que estruturam esses coletivos.
Organizada é a chegada da droga nas favelas. Recentemente, foi veiculado na imprensa que uma mesma oranização vende a droga para facções rivais do Rio. Essas drogas chegam em fluxo contínuo e mesmo em períodos de “guerra” continuam a ser vendidas. Ao argumento de que o crime realmente organizado está fora das favelas, já que nelas não se produzem entorpecentes e nem armas, se responde com a denúncia da existência de um suposto laboratório de refino de cocaína na Rocinha, o que os moradores da localidade negam, e que na própria mídia aparece como sendo um local onde se mistura cocaína pura a farinha ou outras substâncias para ampliar os lucros de quem a vende. “Malhar” cocaína é bem diferente de refiná-la, processo complicado que, ao que parece, não é a especialidade brasileira na divisão do trabalho que apóia o comércio internacional da substância.
Organizada é a venda das armas que vão parar nas mãos daqueles que são responsáveis pelo varejo da droga. O arsenal que qualquer um que entra nas favelas onde há venda de drogas pode ver chega em parte pelas mãos das próprias forças estatais. Não são poucas as histórias de seqüestro de fuzis, com pedido de resgate para devolvê-los, feitos por aqueles que se dizem ao lado da lei. Organizada também é a produção dessas armas e a sua distribuição pelo mundo. Nenhuma das grandes armas que se vêm nas favelas: AR-15s, AKs, G3, etc são produzidas no Brasil. São empresas multinacionais, totalmente legalizadas, que fabricam essas armas massivamente, independentemente de seus países estarem ou não em guerra. Essas armas são fabricadas sem controle, em uma quantidade que, para tornar sua comercialização lucrativa, precisa de grandes e pequenas guerras sendo fomentadas cotidianamente no mundo. Nossa “guerra particular” é fundamental nisso e o proibicionismo em relação à venda e consumo de drogas é um combustível essencial. Mais armas pros comerciantes, mais armas para o Estado combater os comerciantes. Dinheiro que poderia ser investido na saúde, educação, cultura, emprego para de fato combater as causas da violência. Hoje o que se gasta para combater o comércio e o consumo das substâncias proibidas é mais do que se gastaria em saúde pública para tratar os drogadictos caso seu uso fosse liberado.
Organizada também é a entrada do dinheiro ilegal do tráfico internacional de drogas e armas no sistema financeiro. Os bancos, instituições financeiras do mundo “legal”, recebem esse dinheiro e ajudam assim a limpá-lo, permitindo que ele vá alimentar legalidades e ilegalidades que são parte de uma mesma coisa sob o capitalismo financeirizado. Dito de outra maneira, não é possível existir tráfico de drogas, seja o grande tráfico internacional seja o varejo das favelas, sem a conivência das instituições financeiras.
Isso demonstra o quanto é falsa e mistificadora a culpabilização dos usuários de drogas pela violência gerada pela presença e uso de armas de grosso calibre por toda a cidade. O consumo de maconha, por exemplo, é histórico entre as camadas populares de nossa cidade, compondo estilos de vida e assumindo sentidos culturais negados pelo proibicionismo. Quanto à classe média, tal consumo se difundiu sobretudo no esteio da contracultura, a princípio como contestação à sociedade de consumo e depois adquirindo novos significados, mas sempre com algum resquício de rebeldia. No caso dos chamados viciados, sobretudo em pó e crack, são pessoas que merecem tratamento, pois são portadores de uma doença que deve ser vista como problema de saúde pública e não como resultado de falhas de caráter. Dizer que esses são os vilões que estão por trás dos muitos tiros que foram trocados na esquina da Toneleiros com Santa Clara é uma maneira confortável de simplificar as coisas, desresponsabilizar o Estado e sua fracassada política de combate ao crime e obscurecer a importância daqueles que verdadeiramente lucram com essas “guerras” que aumentam a venda de armas e jornais.
Algumas perguntas ficam sem respostas. Por que, por exemplo se elegem as favelas como o palco do combate ao comércio de drogas? Todos sabem que o comércio e consumo de substâncias ilegais correm soltos em boates freqüentados pela classe média e classe média alta carioca e no entanto não existem registros de “operações” realizadas nessas localidades. Nem em condomínios de luxo onde se consomem drogas e que também invadem áreas de mata atlântica, poluem lagoas e mares numa escala muito mais ameaçadora do que os barracos das favelas. Por que os inimigos da sociedade foram eleitos entre aqueles para quem o comércio varejista de drogas é emprego, é alternativa de uma vida sem muitas alternativas? A grande maioria dos jovens que hoje empunham as armas nas favelas não têm acesso à educação de qualidade, à saúde, ao emprego digno, à equipamentos culturais públicos ou privados ( muitos jamais foram ao cinema, por exemplo). São esses os inimigos da sociedade?
Em meio a essas reflexões, lembrei de uma frase de Bertolt Brecht: “Aquele que desconhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e a chama de mentira é um criminoso.” Brechtianamente, cabe perguntar: De quantos crimes cotidianos é feito o combate ao crime no Rio de Janeiro?
Uma Escolha a fazer
Acredito que chegamos ao fundo do poço da atuação da mídia brasileira, a menos que alguém sugira que ela pode fazer por aqui o que fez sua congênere venezuelana em 2002, o que, por enquanto, ainda me parece improvável, porque um golpe de Estado não se faz só com jornais e televisões e a oposição de direita ainda parece achar que pode retomar o poder pelo voto, por mais que essa disposição pareça estar diminuindo.
Mas, de uma coisa, ninguém duvida: a direita está radicalizando sua oposição ao governo Lula com vistas a retomar o poder em 2010, e a estratégia insana escolhida por Fernando Henrique Cardoso, José Serra e as famílias Marinho, Civita, Frias e Mesquita parece ter sido a de um bombardeio de saturação daquele tipo que promovem os exércitos norte-americanos em guerras como a do Iraque, nas quais despedaçar mulheres e crianças é considerado “efeito colateral”.
Como numa guerra, vale tudo. Parece que não há mais custo a ser considerado inaceitável pela oposição político-midiática. Nem para o país, nem para a ética, nem para o futuro. Vale sabotar a economia – no momento em que ela enfrenta a maior ameaça externa em um século –, as instituições, a Saúde Pública ou a ordem econômica, tudo isso visando tirar a esperança dos brasileiros numa melhora do país, a fim de que mudem o comando do Estado no ano que vem.
Há um prêmio que tornou ainda mais desejável o controle do Estado brasileiro e que poderá construir fortunas impressionantes à custa do roubo daquele prêmio por um eventual novo governo do PSDB, o qual entregará o produto do roubo a grupos empresariais nacionais e estrangeiros ligados às empresas de comunicação das famílias supra mencionadas.
Para quem não adivinhou ainda, refiro-me ao pré-sal. Esse é o objetivo da luta virulenta a que se entregou a oposição político-midiática. Com as novas e vastas reservas de petróleo do país se farão fortunas, caso o PSDB e o PFL consigam retomar o controle do Estado. Farão a privataria da era FHC parecer pinto. Entregarão tudo a preço de banana e aumentarão o próprio poder econômico de maneira inimaginável.
Isso sem falar do “arroz com feijão” que poderão “privatizar” governando um país como o Brasil, pois é para isso que estão na política, para ajudar o estreito setor da sociedade que concentra quase toda a renda no Brasil a manter o que concentrou e a ampliar essa concentração de renda, invertendo o processo de distribuição ora em curso.
Eu e vocês, leitores, não perderemos muito com isso. A maioria de nós já se estabilizou na vida – uns mais, outros menos. Pode-se dizer, assim, que todos os que aqui estamos temos conseguido sobreviver com dignidade e com mais ou menos conforto, de maneira que muitos estarão tentados a empurrar com a barriga essa situação e a se conformarem se ela agraciar com a vitória esses pretensos saqueadores do Brasil que tentarão governá-lo a partir de 2011.
Não direi que não sofro essa tentação de me acomodar. Tem sido muito desgastante viver esse embate contra um poder imenso diante do qual um mero cidadão sente-se muito mais do que impotente, chegando a sentir-se insano por desafiar uma máquina que é preciso muito mais do que palavras para desarticular.
A gente tem que conviver o tempo todo com elogios agradáveis, mas também com ataques terríveis. A caixa de comentários deste blog, em sua gaveta de comentários bloqueados, constitui material para um livro que aos poucos vou escrevendo e que pretendo publicar um dia, que em certo capítulo abordará o lado negro, imoral, impiedoso, mesquinho e até assustador do ser humano.
Só os insultos já fariam qualquer um desistir, mas há ameaças também. Há gente escrevendo aqui que “pagarei” em algum lugar “no futuro” pela luta que tenho travado contra esse poder discricionário. Está tudo registrado. Se algum dia me acontecer alguma coisa, todos saberão onde procurar os culpados. Seus comentários estão registrados aqui com número de IP, dia, hora e tudo mais.
A vontade de desistir, portanto, é atraente – e quase compulsória. Os elogios são bons, claro, mas os ataques são ferinos e assustadores. Com efeito, uma carícia produz muito menos efeito do que uma facada.
Minha mulher, por exemplo, é contrária ao meu ativismo político e ao jornalismo cidadão no qual invisto meu tempo. E posso entender seus motivos. Temos a questão da criança dependente da qual teremos que cuidar e sustentar para o resto de nossas vidas e ganhar a vida anda dificílimo, sobretudo num momento de crise.
Por outro lado, temos a situação política no Brasil que descrevi acima. O país está sob uma ameaça poucas vezes vista em mais de cem anos de história republicana. Está, pois, em nossas mãos ajudar este país a dar um salto imenso e a se tornar uma potência, um país de Primeiro Mundo em não mais do que uma década, se nos dispusermos a enfrentar aquele setor minúsculo da sociedade que impediu até hoje que esta pátria fosse o que já deveria ser há muito tempo.
Eu e vocês temos que fazer uma escolha. Todos os cidadãos responsáveis e lúcidos deste país têm que fazer essa mesma escolha. Estão dispensados apenas os que usufruem deste status quo iníquo, imoral, cruel que vige no Brasil, pois não se pedirá ao câncer que se auto-extirpe. E a escolha é entre nossas questões pessoais e mundanas e o interesse maior da nação.
De minha parte, sinto-me sempre inclinado a lutar pelo que é mais alto e relevante para todos, pois, em meu ideário de vida, o benefício generalizado é o melhor e mais justo para o interesse individual, pois quando se pensa na coletividade o lucro individual é generalizado, extensível a todos, sem deixar ninguém de fora. Já o interesse individual, trabalha para retirar de seu principal interessado o benefício que viria para todos.
Contudo, minha escolha individual dependerá das escolhas de todos aqueles para os quais faço esta pregação diária independentemente de ser fim de semana, feriado e de ser horário comercial ou não, sempre de forma absolutamente voluntária e sem qualquer interesse econômico ou profissional.
Estou engendrando um plano de ação. Eles radicalizaram, então nós também temos que radicalizar. E, mais uma vez, estou disposto a assumir os riscos de promover uma ação concreta e de visibilidade contra essa hidra político-midiática que ameaça o Brasil. Só que terá que ser uma ação inédita, a maior de todas, não importando quanto tempo leve para ser organizada, mas que chame com força a atenção da sociedade para o plano da direita golpista de saquear as riquezas nacionais.
Ainda não tenho o plano engendrado, ainda que tenha um embrião de idéia em gestação. Em algumas semanas deverei fazer um comunicado aqui que irá surpreendê-los, e isto é só o que posso lhes dizer neste momento. Mas também estou refletindo e analisando outras opções. Quem quiser fazer sugestões corajosas, ponderadas e sobretudo viáveis, contará com meu agradecimento e minha admiração.
Mas o fato é um só: todos os que têm um mínimo de amor por este país temos uma escolha muito séria a fazer – eu, inclusive. Ou lutamos com a mesma disposição dos saqueadores privatistas ou nos convertemos em cínicos que só trabalham com a retórica ao exigirem de outros o que não se dispõem a fazer. As reações que se vier a colher às propostas que serão feitas aqui proximamente determinarão se agiremos ou se penduraremos nossas chuteiras cívicas.
Os filminhos são velhos, mas o problema ainda é o mesmo. As animações "The Meatrix" (uma mistura de carne - meat, em inglês - com o nome do filme Matrix) mostram a verdade por trás dos produtos industrializados de origem animal que compramos no supermercado.
Consegui encontrar versões em português. Vale a pena perder cinco minutos, tomar a pílula vermelha e conhecer o mundo de Meatrix. Mas cuidado: você nunca mais verá as coisas como antes.
The Meatrix (dublado em português)
The Meatrix 2 (legendas em português)
The Meatrix 2 e meio (legendas em espanhol)
Fonte: Atitude Verde
O governo da Venezuela lançou o Plano Revolucionário de Leitura (PRL), no qual distribuirá milhares de livros com o objetivo de "construir o socialismo bolivariano do século XXI".
Para a iniciativa foram selecionadas 100 obras consideradas instrutivas, entre elas "As veias abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano, livro com o qual o presidente Hugo Chávez presenteou o norte-americano Barack Obama durante a Cúpula das Américas, realizada no mês passado em Trinidad e Tobago.
"Vamos pedir uma autorização a Galeano para publicar na Venezuela uma edição de massa do livro", afirmou Chávez, acrescentando que o material historiográfico atualmente disponível não informa de maneira satisfatória, por exemplo, sobre a resistência indígena à colonização europeia.
Outra obra selecionada foi "O desafio e o fardo do tempo histórico", do húngaro István Meszaros, que segundo Chávez demonstra "como o capitalismo decapita a existência humana".
Também fazem parte do acervo clássicos como o "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels, e livros escritos por membros do governo, como "O socialismo venezuelano", do ministro das Finanças, Ali Rodríguez.
Hugo Chávez afirma que o PRL foi criado para gerar "um ato coletivo orientado a fomentar o socialismo". "Ler, ler e ler, slogan de todos os dias. Leitura para a consciência", disse Chávez ao anunciar o lançamento do projeto na nova sede da Galeria de Arte Nacional e diante de um auditório de crianças. " Temos que introduzir à contrarevolução todos os dias uma dose de liberação através da leitura", afirmou o presidente.
Já estão presentes nas bibliotecas os exemplares do "O Socialismo Venezuelano e o Partido que o Impulsionará", escrito pelo ministro das Finanças, Ali Rodríguez, e o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Alberto Müller Rojas. Também entre os títulos está a obra do ex-ministro do Poder Popular para a Cultura Farruco Sesto, "Por que sou chavista?", e "Idéias Cristãs e outros Aportes Socialistas", que reúne trechos dos discursos do presidente Chávez sobre a condição socialista de Jesus Cristo.
A seleção inclui livros sobre Ernesto Che Guevara e o "Manifesto Comunista". "Houve uma declaração pública do comandante-presidente na própria ocasião do lançamento (do PRL), quando advertiu que se trata de um plano de formação, e todo plano de leitura é um projeto de formação ideológica" sustentou Edgar Páez, em uma entrevista publicada em uma revista editada pelo ministério da Cultura venezuelano.
Páez diz que uma das preocupações é que as crianças estariam "sendo formadas com livros que ainda chamam de descobrimento a invasão do império espanhol ou outros eufemismos que buscam adoçar o genocídio dos povos originários", acrescentando que, como parte do plano, o governo da Venezuela quer "começar as coisas por seus nomes".
Além dos livros mencionados para reforçar o chamado "socialismo do século XXI" bolivariano, a Venezuela promoverá a leitura de diversas obras de autores do país e estrangeiros editadas no país e distribuídas gratuitamente. Até o momento, não foram divulgados todos os títulos escolhidos por Chávez. Entre eles estão "Inventamos ou erramos", obra escrita no século XIX por Simon Rodríguez, mestre de Simon Bolívar, e alguns textos que foram objeto de culto da esquerda venezuelana dos anos 60 e 70, como "Venezuela Violenta", de Orlando Araújo, e "Teoria da Ideologia", de Ludovico Silva. Outros livros menos famosos e mais recentes estão na lista como "Ditadura mediática", de Luis Britto García; "Discursos de Chávez", de Leonardo Ruiz; "Che, comandante do Alba", de Modaira Rubio, e "O código Chávez", de Eva Golinger.
Analfabestismo
Em outubro de 2005, o governo da Venezuela declarou o país "território livre do analfabetismo", com base em resultados da Missão Robinson, programa de alfabetização implementado em 2003.
Até 2001, a média nacional de analfabetismo era de 9% entre os venezuelanos com mais de 15 anos. Entre 2003 e 2005, esta porcentagem diminuiu para 6%, segundo dados oficiais.
(Com informações de agências)