Antes do 11 de setembro os
neoconservadores norte-americanos foram explícitos quanto afirmaram que
as guerras de agressão que pretendiam desencadear no Oriente Médio
exigiam "um novo Pearl Harbour". Para seu próprio bem e para o bem de
todo o mundo, é preciso que os norte-americanos prestem atenção ao
número cada vez maior de especialistas que estão dizendo que o relato do
governo sobre o 11 de Setembro não condiz com as suas próprias
investigações. O 11 de Setembro desencadeou o plano neoconservador para a
hegemonia mundial dos EUA. O artigo é de Paul Craig Roberts,
ex-secretário assistente do tesouro no governo Reagan.
O
Washington Times é um jornal que encara com bons
olhos as guerras de agressão de Bush/Cheney/Obama/ neoconservadores no
Médio Oriente e defende que se obrigue os terroristas a pagar pelo
11/Setembro. Por isso, fiquei admirado ao saber que, em 24 de fevereiro,
a notícia mais apreciada no sítio web do jornal durante os últimos três
dias era a reportagem
"Explosive News" , do
"Inside the Beltway",
sobre as 31 conferências de imprensa em cidades dos EUA e no estrangeiro
realizadas a 19 de Fevereiro pelos Arquitetos e Engenheiros para a
Verdade do 11/Setembro, uma organização de profissionais que já tem 1
000 membros.
E ainda fiquei mais admirado por a reportagem do
jornal tratar a conferência de imprensa muito a sério.
Como é
que três arranha-céus do World Trade Center se desintegram subitamente
em poeira fina? Como é que sólidas vigas de aço em três arranha-céus
cedem subitamente em consequência de incêndios de curta duração,
isolados e de baixa temperatura? "Mil arquitetos e engenheiros querem
saber, e apelam ao Congresso que promova uma nova investigação sobre a
destruição das Torres Gêmeas e do Edifício 7", noticia o
Washington
Times.
O jornal noticia que os arquitetos e engenheiros
chegaram à conclusão de que a
Federal Emergency Management Agency
(FEMA) e o
National Institute of Standards and Technology (NIST)
forneceram "relatos insuficientes, contraditórios e fraudulentos das
circunstâncias da destruição das torres" e "exigem uma investigação de
um grande júri aos funcionários do NIST".
O jornal relata que
Richard Gage, o porta-voz dos arquitetos e engenheiros disse: "Deverão
ser notificados funcionários do governo de que a 'Conivência com a
Traição', Código 18 (Sec. 2382) dos EUA é um grave crime federal, que
exige a ação dos que possuem indícios de traição. As implicações são
enormes e podem ter um impacto profundo no próximo julgamento de Khalid
Sheik Mohammed".
Agora há uma outra organização, os Bombeiros
pela Verdade do 11/Setembro. Na principal conferência de imprensa em São
Francisco, Eric Lawyer, o líder desta organização, anunciou o apoio dos
bombeiros às exigências dos arquitetos e engenheiros. Denunciou que não
houve qualquer investigação forense aos incêndios que supostamente
destruíram os três edifícios e que esta omissão constitui um crime.
Não
foram seguidos os procedimentos obrigatórios e, em vez de ser
preservada e investigada, a cena do crime foi destruída. Também
denunciou que há mais de cem testemunhas de primeira-mão que ouviram e
sentiram explosões e há provas de explosões através da rádio, de
gravações de som e de vídeos.
Também na conferência de imprensa,
o físico Steven Jones apresentou provas da existência de nano-termite
em resíduos dos edifícios do WTC encontrada por um painel internacional
de cientistas, chefiado pelo Professor Niels Harrit, da Universidade de
Copenhaga. A nano-termite é um explosivo/pirotécnico de alta tecnologia
capaz de derreter instantaneamente vigas mestras de aço.
Antes
de gritarmos "teoria da conspiração", temos que ter presente que os
arquitetos, engenheiros, bombeiros e cientistas não apresentam qualquer
teoria. Apresentam provas que contestam a teoria oficial. Estas provas
não vão desaparecer.
Se o fato de exprimir dúvidas ou reservas
quanto à versão oficial do Relatório da Comissão do 11/Setembro torna
uma pessoa num idiota da teoria da conspiração, então também temos que
incluir o co-presidente da Comissão do 11/Setembro e o conselheiro legal
da Comissão, que escreveram livros em que declaram abertamente que
foram enganados por funcionários do governo quando dirigiam a
investigação, ou, melhor, quando presidiam à investigação dirigida pelo
director executivo Philip Zelikow, membro da equipa de transição do
Presidente George W. Bush e do
Foreign Intelligence Advisory Board e
um co-autor com a secretária de Estado de Bush, Condi
"Mushroom
Cloud" Rice.
Há-de haver sempre americanos que acreditam em
tudo o que o governo lhes diz apesar de saberem que o governo lhes tem
mentido muitas vezes. Apesar das dispendiosas guerras que ameaçam a
Segurança Social e os Cuidados de Saúde, guerras essas baseadas em
inexistentes armas de destruição maciça iraquianas, em inexistentes
ligações de Saddam Hussein à al Qaida, em inexistente participação afegã
nos ataques de 11/Setembro, e em inexistentes armas nucleares
iranianas, que estão a ser invocadas como razão para a próxima guerra
americana de agressão no Médio Oriente, mais de metade da população dos
EUA continua a acreditar na história fantástica que o governo lhes
contou sobre o 11/Setembro, uma conspiração muçulmana que ludibriou todo
o mundo ocidental.
Mais ainda, esses americanos não se
preocupam com a quantidade de vezes que o governo altera a sua versão.
Por exemplo, os americanos ouviram falar pela primeira vez de Osama bin
Laden porque o regime Bush lhe atribuiu os ataques do 11/Setembro. Ano
após ano foram apresentados vídeos ao público crédulo americano com
declarações de bin Laden. Os especialistas consideraram que esses vídeos
eram falsificações, mas os americanos mantiveram-se crédulos. Depois,
subitamente no ano passado, surgiu um novo "cérebro" do 11/Setembro que
ocupou o lugar de Bin Laden, o preso Khalid Sheik Mohammed, o detido que
foi mergulhado em água 183 vezes até confessar ter sido o cérebro dos
ataques do 11/Setembro.
Na Idade Média, as confissões arrancadas
sob tortura constituíam prova, mas o sistema legal dos EUA sempre
recusou a auto-incriminação desde a sua fundação. Mas com o regime Bush e
os juízes federais Republicanos, que nos juraram defender a
Constituição dos EUA, a auto-incriminação de Sheik Mohammed consiste
hoje na única prova que o governo americano tem de que foram terroristas
muçulmanos que provocaram o 11/Setembro.
Se uma pessoa analisar
as acções atribuídas a Khalid Sheik Mohammed, estas são simplesmente
incríveis. Sheik Mohammed é um super-herói mais brilhante, com mais
capacidades do que V no filme de ficção,
"V de Vingança" (V for
Vendetta). Sheik Mohammed ludibriou todas as 16 agências de
informações americanas e as de todos os aliados ou fantoches dos EUA,
incluindo o Mossad de Israel. Não há nenhum serviço de informações na
terra nem mesmo todos eles juntos que cheguem aos calcanhares de Sheik
Mohammed.
Sheik Mohammed ludibriou o Conselho de Segurança
Nacional dos EUA, Dick Cheney, o Pentágono, o Departamento de Estado, o
NORAD, a Força Aérea americana, e o Controlo de Tráfego Aéreo.
Fez
com que a Segurança dos Aeroportos falhasse quatro vezes na mesma
manhã. Provocou a falha das modernas defesas aéreas do Pentágono, o que
permitiu que se jogasse no Pentágono um avião comercial pirateado, que
andou fora da rota durante toda a manhã enquanto a Força Aérea
americana, pela primeira vez na história, foi incapaz de o interceptar,
Sheik
Mohammed conseguiu realizar estas façanhas com pilotos não
qualificados.
Sheik Mohammed, apesar de ser um prisioneiro
mergulhado em água, conseguiu impedir que o FBI divulgasse os muitos
vídeos confiscados que, segundo a versão oficial, mostrariam o avião
pirateado a bater no Pentágono.
Até que ponto temos que ser
ingênuos para acreditar que qualquer ser humano, qual personagem de
ficção de Hollywood, tem este poder e capacidades?
Se Sheik
Mohammed tem estas capacidades super humanas, como é que os
incompetentes americanos o apanharam? Este tipo é um bode expiatório
torturado até à confissão, a fim de que os americanos ingênuos continuem
a acreditar na teoria da conspiração governamental.
O que está
havendo é que o governo americano tem que pôr fim ao mistério do
11/Setembro. O governo tem que levar a julgamento e condenar um réu para
poder encerrar o caso antes que ele rebente. Qualquer pessoa que foi
mergulhada em água 183 vezes confessa o que quer que seja.
O
governo americano tem respondido às provas, que têm sido apresentadas
contra a sua extraordinária teoria da conspiração do 11/Setembro,
redefinindo a guerra contra o terrorismo de inimigos externos para
inimigos internos. Janet Napolitano, secretária da Segurança Nacional,
disse em 21 de Fevereiro que atualmente os extremistas americanos são
motivo de preocupação tão grande como os terroristas internacionais. Os
extremistas, claro, são pessoas que interferem na agenda do governo,
como os 1 000 Arquitectos e Engenheiros pela Verdade do 11/Setembro.
Este grupo era de 100, agora já são 1 000. E se vierem a ser 10 000?
Cass
Sunstein, um funcionário do regime Obama, tem uma solução para os
céticos do 11/Setembro: infiltrar-se dentro deles e levá-los a fazerem
declarações e ações que possam ser usadas para os desacreditar ou para
os prender. Mas livrar-se deles a todo o custo.
Por quê utilizar
estas medidas extremas contra supostos idiotas se eles apenas provocam
divertimento e risadas? Estará o governo preocupado que eles farejem
alguma coisa?
Em vez disso, por que é que o governo americano
não confronta pura e simplesmente as provas que são apresentadas e as
contesta?
Se os arquitetos, engenheiros, bombeiros e cientistas
são uns idiotas chapados, seria fácil analisar as suas provas e
refutá-las. Porque é que é necessário infiltrar-se neles com agentes
secretos e armar-lhes ratoeiras?
Muitos norte-americanos
responderiam que o "seu" governo nunca sequer pensaria em matar seus
próprios cidadãos, roubando aviões e destruindo edifícios só para
promover a agenda do governo. Mas em 3 de Fevereiro, Dennis Blair,
diretor do
National Intelligence, disse à Comissão de Informações
da Câmara que o governo dos EUA pode assassinar os seus próprios
cidadãos quando eles estão além-mar. Não é necessário nenhuma detenção,
nenhum julgamento, nenhuma condenação por um crime capital. Apenas um
assassínio impune.
Obviamente, se o governo dos EUA pode
assassinar os seus cidadãos no estrangeiro, também pode assassiná-los
internamente, e é o que tem feito. Por exemplo, foram assassinados 100
davidianos Branch [1] em Waco, Texas, por ordem da administração
Clinton, sem qualquer razão legítima. O governo decidiu apenas usar do
seu poder sabendo que o podia fazer, e foi o que fez.
Os
americanos que pensam que o "seu governo" é uma espécie de operação
moralmente pura, deviam familiarizar-se com a Operação Northwoods. A
Operação Northwoods foi uma conspiração organizada pelos chefes de
estado-maior conjuntos para que a CIA efetuasse atos de terrorismo em
cidades americanas e fabricasse provas culpando Castro a fim de os EUA
poderem conquistar o apoio interno e internacional para a mudança de
regime em Cuba. O plano secreto foi vetado pelo presidente John F.
Kennedy e foi revelado pelo
John F. Kennedy Assassination Records
Review Board. Está disponível online no
National Security Archive.
Há inúmeros relatos disponíveis online, incluindo na Wikipedia. O livro
de James Bamford,
Body of Secrets , também fala resumidamente na
conspiração.
"A Operação Northwoods, que teve a aprovação
por escrito do presidente [Gen. Lemnitzer] e de todos os membros dos
chefes de estado-maior, propunha que fossem alvejadas pessoas inocentes
nas ruas americanas; que fossem afundados no alto mar barcos que
transportassem refugiados fugidos de Cuba; que fosse desencadeada uma
onda de terrorismo violento em Washington, DC, Miami, e noutros lugares.
Seriam acusadas pessoas por explosões que não tinham feito, seriam
sequestrados aviões. Através de provas fabricadas, tudo isso seria
atribuído a Castro, dando a Lemnitzer e à sua pandilha a justificação e o
apoio público e internacional de que precisavam para desencadear a sua
guerra". Antes do 11 de Setembro os neoconservadores
americanos foram explícitos quanto afirmaram que as guerras de agressão
que pretendiam desencadear no Médio Oriente exigiam "um novo Pearl
Harbour".
Para seu próprio bem e para o bem de todo o mundo, é
preciso que os norte-americanos prestem atenção ao número cada vez maior
de especialistas que estão dizendo que o relato do governo sobre o 11
de Setembro não condiz com as suas próprias investigações. O 11 de
Setembro desencadeou o plano neoconservador para a hegemonia mundial dos
EUA. Enquanto escrevo, o governo dos EUA está a negociar o acordo de
governos estrangeiros que rodeiam a Rússia para aceitar bases americanas
de intercepção de mísseis. Os EUA pretendem cercar a Rússia com bases
americanas de mísseis desde a Polônia, passando pela Europa Central e
Kosovo, até à Geórgia, Azerbaijão e Ásia central [ver
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17709
]. O enviado especial americano Richard Holbrooke declarou a 20 de
Fevereiro que a Al Qaeda está infiltrando-se em regiões da antiga União
Soviética na Ásia central, como o Tajiquistão, o Quirguistão, o
Uzbequistão, o Turquemenistão e o Cazaquistão. Hollbrooke está pedindo
bases norte-americanas nestas repúblicas ex-soviéticas com a desculpa da
"guerra contra o terrorismo" sempre em expansão.
Os EUA já
cercaram o Irã com bases militares. O governo norte-americano pretende
neutralizar a China assumindo o controlo do Oriente Médio e isolando a
China do petróleo.
Este plano parte do princípio que a Rússia e a
China, países com armas nucleares, ficarão intimidados com as defesas
anti-mísseis americanas e cederão à hegemonia dos EUA e que a China
ficará sem petróleo para as suas indústrias e forças militares.
O
governo dos EUA está enganado. Os líderes militares e políticos russos
responderam a esta ameaça óbvia declarando que a OTAN é uma ameaça
direta para a segurança da Rússia e anunciando uma mudança na doutrina
russa da guerra quanto ao lançamento preventivo de armas nucleares. Os
chineses estão demasiado confiantes para serem intimidados por uma
"superpotência" americana enfraquecida.
Os retardados mentais de
Washington estão jogando a cartada da guerra nuclear. O impulso louco
para a hegemonia americana ameaça a vida sobre a terra. O povo
norte-americano, ao aceitar as mentiras e enganos do "seu" governo,
estão facilitando este resultado.
(*) Ex-secretário
assistente do Tesouro na administração Reagan, co-autor de The Tyranny
of Good Intentions. Foi editor associado da página editorial do Wall
Street Journal e editor colaborador na National Review.
[1] Davidianos Branch – seita religiosa
destrutiva com origem na igreja adventista; em 1993 agentes federais
dos EUA cercaram as suas instalações em Waco (Texas), tendo daí
resultado a morte de dezenas dos seus membros quando o complexo ardeu
completamente (N.T.).
O original encontra-se em http://globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17821
. Tradução de Margarida Ferreira.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .