Este texto,
do professor Ricardo Antunes, foi publicado em 1993, na revista
Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo. Foi escrito em meio à
arrancada neoliberal no Brasil. Assim como o texto do teórico Ernest Mandel,
precisa ser avaliado dentro de um contexto histórico, no entanto, será
que muitas críticas contidas no artigo não poderiam ser perfeitamente
aplicáveis à CUT e ao movimento sindical nos dias de hoje?
Boa leitura:
A crise e os sindicatos
Por Ricardo Antunes
As perspectivas generosas de emancipação
humana, tão caras a Marx, foram ou estão sendo pouco a pouco trocadas
pelos valores da acomodação social-democrata. Ao movimento sindical
impõe-se a decisão: vamos elaborar um programa de emergência para gerir a crise do capital sob sua ótica ou avançar na elaboração de uma alternativa?
A crise que atinge o mundo do trabalho, seus
organismos sindicais e partidários é de proporções ainda não de todo
assimiladas. Sua intensidade e agudeza devem-se ao fato de que,
simultaneamente, atingiu a materialidade e a objetividade do
ser-que-vive-do-trabalho. Não foram poucas as transformações vivenciadas
nesta última década, atingindo centralmente os países capitalistas
desenvolvidos, mas com repercussões fortes, decorrentes da mundialização
e globalização do capital, no conjunto de países do Terceiro Mundo,
especialmente aqueles intermediários, com um significativo parque
industrial, como é o caso do Brasil.
Indico, a seguir, alguns elementos que, no seu
conjunto, compõem a causalidade deste quadro agudamente crítico: a
automação, a robótica e a microeletrônica possibilitaram uma revolução
tecnológica de enorme intensidade. O taylorismo e o fordismo já não são
únicos, convivendo, no processo
produtivo do capital, com o “toyotismo”, o “modelo sueco”, entre
outros. Tais mudanças têm consequências diretas no mundo do trabalho,
especialmente na classe operária. A flexibilização da unidade fabril, a
desconcentração da produção, a arrasadora desregulamentação dos direitos
do trabalho, os novos padrões de gestão e “envolvimento” da força de
trabalho, como os Círculos de Controle de Qualidade (CCQ),
experimentados no Japão – em realidade uma apropriação do fazer e saber
do trabalho, sob o comando manipulatório do capital dos nossos dias,
levando o estranhamento do trabalho (no sentido marxiano) ao seu limite –
tudo isso, feito sob um “inquestionável domínio” da “produtividade” e
da “modernidade social”, acabou afetando a forma de ser do proletariado
fabril, tradicional. A classe-que-vive-do-trabalho metamorfoseou-se.
Se já não bastassem estas transformações, a crise
atingiu diretamente a subjetividade do trabalho, sua consciência de
classe, afetando seus organismos de representação, dos quais os
sindicatos e os partidos são expressão. Os primeiros, os sindicatos,
foram forçados a assumir uma ação cada vez mais defensiva, cada vez mais
atada ao imediatismo, à contingência, regredindo em sua já limitada
ação de defesa de classe no universo do capital. Gradativamente foram
abandonando seus traços anticapitalistas visando preservar a jornada de
trabalho regulamentada, os demais direitos sociais já conquistados e,
quanto mais a “revolução técnica” do capital avançava, mais lutavam para
manter o mais elementar e defensivo dos direitos da classe
trabalhadora, sem o qual sua sobrevivência está ameaçada: o direito ao
trabalho. ao emprego.
É nesta contextualidade adversa que se desenvolve o sindicalismo de
participação em substituição ao sindicalismo de classe. Participar de
tudo …. desde que não se questione o mercado,
a legitimidade do lucro, o que e para quem se produz, a lógica da
produtividade, a sacra propriedade privada, enfim, os elementos básicos
do complexo movente do capital. As perspectivas generosas da emancipação
humana, tão caras a Marx, foram ou estão sendo pouco a pouco trocadas
pelos valores da acomodação social-democrata. Entre o estrago neoliberal
e a bancarrota do Leste Europeu (equivocadamente assimilada por enormes
contingentes da esquerda como o “fim do socialismo e do marxismo”), o
universo político e ideológico do mundo sindical de esquerda, incapaz de
buscar novas alternativas socialistas, refundidas, redescobertas e
radicais, se insere cada vez mais na preservação do chamado welfare state,
no universo da ação social-democrata. A luta pelo controle social da
produção, presente com intensidade nos anos 60/70 e em tantos outros
momentos da luta dos trabalhadores, parece cada vez mais distante. O
moderno é o mercado, a produtividade, a integração, a negociação, o
acordo, a conciliação, a concertação.
Incapaz de apreender a amplitude e a dimensão da
crise do capitalismo, postado numa situação desfavorável que lhe obsta a
possibilidade de visualizar e agir para além do capital, o
sindicalismo, em seus traços e tendências dominantes, conduzido pelo
ideário que tem conformado suas lideranças, a cada passo dado recua a um
patamar anterior, assemelhando-se a um indivíduo que, embora pareça
caminhar para frente, desce uma escada de costas, sem visualizar o
último degrau e menos ainda o tamanho do tombo. Cada vez mais atuando
sob o prisma institucional, distanciando-se dos movimentos sociais
autônomos, o sindicalismo, vive uma brutal crise de identidade. Penso
que se trata mesmo da mais aguda crise no universo do trabalho, com
repercussões fortes no movimento dos trabalhadores. A simultaneidade da
crise, tanto na materialidade quanto na subjetividade da
classe-que-vive-do-trabalho, a torna muito mais intensa. Quais foram as
consequências mais visíveis destas transformações?
No que diz respeito ao mundo do trabalho, as
respostas são complexas e envolvem múltiplas processualidades que aqui
somente podemos indicar, de modo a tentar configurar um esboço
explicativo para a crise que assola a classe trabalhadora e em
particular o movimento sindical. É visível a redução do operariado
fabril, industrial, gerado pela grande, indústria comandada pelo binômio
taylorismo-fordismo, especialmente nos países capitalistas avançados.
Porém, paralelamente a este processo, verifica-se uma crescente,
subproletarização do trabalho, através da incorporação do trabalho
precário, temporário, parcial etc. A presença imigrante no Primeiro
Mundo cobre fatias dessa subproletarização. Ora se confundindo, ora se
diferenciando desta tendência. há um fortíssimo processo de
terceirização do trabalho, que tanto qualifica como desqualifica e com
certeza desemprega e torna muito menos estável a condição operária.
Deslancha o assalariamento dos setores médios, incorpora-se o trabalho
das mulheres no processo produtivo. Há qualificação em vários setores,
como no ramo siderúrgico, acarretando, enquanto tendência, um processo
de intelectualização do trabalho industrial (o trabalhador como
“supervisor e regulador do processo de produção”, conforme a antecipação
genial de Marx nos Grundrisse), e desqualificação em outros, como no
mineiro. A processualidade é complexa e multiforme e tem como resultado
uma classe trabalhadora mais heterogeneizada,fragmentada e
complexificada.
O sindicalismo não permaneceu inume a estas tendências: diminuíram as
taxas de sindicalização, na(s) últimas) década(s) nos EUA, Japão,
França, Itália, Alemanha, Holanda, Suíça, Reino Unido, entre outros
países. Com o aumento do fosso entre operários estáveis e precários,
reduz-se fortemente o poder dos sindicatos, historicamente vinculados
aos primeiros e incapazes, até o presente, de incorporar os segmentos
não estáveis da força de trabalho. Houve, na década de 80, redução do
número de greves em vários países do centro. Aumentaram os casos de
corporativismo, xenofobia, racismo, no interior da própria classe
trabalhadora. Tudo isso permite constatar que o movimento sindical
encontra-se numa crise de proporções nunca vistas. Que atingiu com
intensidade, na década de 80, o sindicalismo nos países avançados e que,
na virada de 80 para 90, tocou diretamente os países subordinados,
especialmente aqueles dotados de um parque produtivo relevante, como o
Brasil. Quando se reflete sobre as transformações vivenciadas no
sindicalismo nos países centrais e seus paralelos com aquele praticado
no Brasil, é preciso fazer as devidas mediações. Participamos de um
contexto econômico, social, político e cultural que tem traços
universais do capitalismo globalizado e mundializado, mas que tem
singularidades que, uma vez apreendidas, possibilitam resgatar aquilo
que é típico deste canto do mundo e, desse modo, reter a sua
particularidade. Trata-se, portanto, de uma globalidade desigualmente
combinada, que não deve permitir uma identificação acrítica ou
epifenomênica entre o que ocorre no centro e nos países subordinados.
O nosso sindicalismo viveu, na década de 80, ora no
fluxo, ora no contrafluxo das tendências acima descritas. Diria que, na
contabilização da década, seu saldo foi muito positivo. Houve um enorme
movimento grevista; ocorreu uma expressiva expansão do sindicalismo dos
assalariados médios e do setor de serviços; houve continuidade no avanço
do sindicalismo rural, em ascenso desde os anos 70; surgiram centrais
sindicais, como a CUT; procurou-se, ainda que de maneira muito
insuficiente, avançar nas tentativas de organização nos locais de
trabalho, debilidade crônica do nosso movimento sindical; efetivou-se um
avanço na luta pela autonomia e liberdade dos sindicatos, onde
sobressai a presença organizacional dos funcionários públicos; houve
aumento nos níveis de sindicalização, configurando-se um quadro
nitidamente favorável para o novo sindicalismo ao longo da última
década.
Porém, paralelamente a este processo, nos últimos
anos da década de 80 acentuaram-se as tendências econômicas, políticas e
ideológicas que inseriam o nosso sindicalismo na onda regressiva. A
automação, a robótica e a microeletônica, desenvolvidas dentro de um
quadro recessivo intensificado, desencadearam um processo de
desproletarização de importantes contingentes operários, de que a
indústria automobilística é um exemplo forte. As propostas de
desregulamentação, de flexibilização, de privatização acelerada, de
desindustrialização, tiveram no neoliberalismo do projeto Collor forte
impulso.
Esta nova realidade arrefeceu e acuou o novo sindicalismo que se encontrava, de um lado, frente à emergência de um sindicalismo neoliberal, expressão da nova direita, sintonizada com a onda mundial conservadora, (dê que a Força Sindical é o melhor exemplo) e de outro, frente às próprias lacunas teóricas, políticas e ideológicas no interior da CUT. Estas lacunas lhe dificultavam enormemente o avanço qualitativo, capaz de transitar de um período de resistência, como nos anos iniciais do novo sindicalismo, para um momento superior, de elaboração de propostas econômicas alternativas, contrárias ao padrão de desenvolvimento capitalista aqui existente, que pudessem contemplar prioritariamente o amplo conjunto de nossa classe trabalhadora. Neste caso, além da combatividade anterior, era necessária a articulação de uma análise aguda da realidade brasileira com uma perspectiva crítica e anticapitalista, de nítidos contornos socialistas, de modo a dotar o novo sindicalismo dos elementos necessários para resistir aos influxos externos, à avalanche do capital, ao ideário neoliberal, no lado mais nefasto e, ainda, à acomodação social-democrática, que apesar de sua crise no centro, aumentou fortemente seus laços políticos e ideológicos com o nosso movimento sindical, apresentando-se cada vez mais como a única alternativa possível para se combater o neoliberalismo.
Esta nova realidade arrefeceu e acuou o novo sindicalismo que se encontrava, de um lado, frente à emergência de um sindicalismo neoliberal, expressão da nova direita, sintonizada com a onda mundial conservadora, (dê que a Força Sindical é o melhor exemplo) e de outro, frente às próprias lacunas teóricas, políticas e ideológicas no interior da CUT. Estas lacunas lhe dificultavam enormemente o avanço qualitativo, capaz de transitar de um período de resistência, como nos anos iniciais do novo sindicalismo, para um momento superior, de elaboração de propostas econômicas alternativas, contrárias ao padrão de desenvolvimento capitalista aqui existente, que pudessem contemplar prioritariamente o amplo conjunto de nossa classe trabalhadora. Neste caso, além da combatividade anterior, era necessária a articulação de uma análise aguda da realidade brasileira com uma perspectiva crítica e anticapitalista, de nítidos contornos socialistas, de modo a dotar o novo sindicalismo dos elementos necessários para resistir aos influxos externos, à avalanche do capital, ao ideário neoliberal, no lado mais nefasto e, ainda, à acomodação social-democrática, que apesar de sua crise no centro, aumentou fortemente seus laços políticos e ideológicos com o nosso movimento sindical, apresentando-se cada vez mais como a única alternativa possível para se combater o neoliberalismo.
Não é preciso dizer que o quadro hoje é agudamente
crítico. O sindicalismo da Força Sindical, com forte dimensão política e
ideológica, preenche o campo sindical da nova direita, da preservação
da ordem, da sintonia com o desenho do capital globalizado, que nos
reserva o papel de país montador, sem tecnologia própria, sem
capacitação científica, dependente totalmente dos recursos externos.
Na CUT o quadro também é de grande apreensão. Ganha
cada vez mais força, dentro da Articulação Sindical, a postura de
abandono de concepções socialistas e anticapitalistas, em nome de uma
acomodação dentro da ordem, daquilo que, dizem, é o possível. O culto à
negociação, às câmaras setoriais, ao programa econômico para gerir pelo
capital a sua crise, está inserido num projeto de maior fôlego, cujo
oxigênio é dado pelo ideário e pela prática social-democrática. Trata-se
de uma crescente definição política e ideológica no interior do
movimento sindical. É uma postura cada vez menos respaldada numa
política de classe. E cada vez mais apoiada numa política para o
conjunto do país, o país integrado do capital e do trabalho.
No campo que se reconhece como socialista e anticapitalista no interior da CUT, as dificuldades também são de grande monta. Como é possível resistir a uma onda tão intensa? Como é possível elaborar um programa econômico alternativo que incorpore os milhões de trabalhadores que não participam do mercado e que vivem da miséria da economia informal? Como é possível gestar um novo modelo econômico que elimine definitivamente a superexploração do trabalho? Quais são os contornos básicos desse modelo econômico alternativo, cuja lógica deverá iniciar o desmonte do padrão de acumulação vigente no país? Como é possível pensar numa ação que não impeça o avanço tecnológico, mas o faça em bases reais, com ciência e tecnologia de ponta desenvolvida em nosso país? Como é possível um caminho alternativo que recupere valores socialistas originais, verdadeiramente emancipadores? Que não aceite uma globalização e uma integração impostas pela lógica do capital, integradora para fora e desintegradora para dentro? Como é possível, hoje, articular valores inspirados num projeto que olha para uma sociedade para além do capital, mas que tem que dar respostas imediatas para a barbárie que assola o cotidiano do ser que vive do trabalho? Em outras palavras, como superar um caminho meramente doutrinário e buscar a difícil e imprescindível articulação entre os interesses imediatos e uma ação estratégica, de longo prazo, de clara conformação anticapitalista? São, como se pode perceber, desafios enormes.
No campo que se reconhece como socialista e anticapitalista no interior da CUT, as dificuldades também são de grande monta. Como é possível resistir a uma onda tão intensa? Como é possível elaborar um programa econômico alternativo que incorpore os milhões de trabalhadores que não participam do mercado e que vivem da miséria da economia informal? Como é possível gestar um novo modelo econômico que elimine definitivamente a superexploração do trabalho? Quais são os contornos básicos desse modelo econômico alternativo, cuja lógica deverá iniciar o desmonte do padrão de acumulação vigente no país? Como é possível pensar numa ação que não impeça o avanço tecnológico, mas o faça em bases reais, com ciência e tecnologia de ponta desenvolvida em nosso país? Como é possível um caminho alternativo que recupere valores socialistas originais, verdadeiramente emancipadores? Que não aceite uma globalização e uma integração impostas pela lógica do capital, integradora para fora e desintegradora para dentro? Como é possível, hoje, articular valores inspirados num projeto que olha para uma sociedade para além do capital, mas que tem que dar respostas imediatas para a barbárie que assola o cotidiano do ser que vive do trabalho? Em outras palavras, como superar um caminho meramente doutrinário e buscar a difícil e imprescindível articulação entre os interesses imediatos e uma ação estratégica, de longo prazo, de clara conformação anticapitalista? São, como se pode perceber, desafios enormes.
Se, entretanto, consegui traçar um quadro crítico
aproximado, o desafio mais urgente do nosso sindicalismo pode ser assim
sintetizado: como se efetiva, no contexto de uma situação defensiva, uma
ação sindical que dê respostas às necessidades imediatas do mundo do
trabalho, preservando elementos de uma estratégia anticapitalista e
socialista?
Recorro a uma síntese que me parece feliz, para expor o “espírito” da resposta que me parece possível indicar:
“Sob pena de divisão, desmoralização e derrotas
certas, o movimento operário não pode se contentar em opor à crise a
simples proclamação da necessidade de uma luta anticapitalista de
conjunto. A crise confronta os trabalhadores com problemas concretos
angustiantes: dispensas, perdas de empregos, fechamento de empresas,
ataques aos salários e à assistência social, aceleração dos ritmos,
ataques aos direitos sindicais e políticos conquistados. Recusar o
combate defensivo, através de reivindicações imediatas, sob pretexto de
que não há saída no quadro do capitalismo, é condenar toda a classe
operária à impotência… Não há melhor meio para desencadear um combate
geral do que alguns combates parciais plenamente coroados de sucesso,
que demonstrem na prática, aos trabalhadores, que eles podem defender o
emprego, os salários e os direitos conquistados.
Mas é verdade que todo sucesso em um combate defensivo será frágil e
provisório. É verdade que a longo prazo a lógica do capital se imporá,
na medida em que continuamos no regime capitalista. Essa lógica do
capital coloca-se de forma especial contra a classe operária em um
período de desemprego massivo e de depressão econômica. Por isso, todo
combate defensivo deve se integrar em uma estratégia anticapitalista de
conjunto, que procure efetivamente favorecer a mobilização do operariado
por reivindicações transitórias, que sejam contrárias às causas
fundamentais do mal que o atinge”. (Ernest Mandel, “O movimento operário
diante da crise”, A crise do capital, Editora da Unicamp).
Que caminho vamos adotar: negociar dentro da ordem ou
contra a ordem? Elaborar um programa de emergência para gerir a crise
do capital sob sua ótica ou vamos avançar na elaboração de um programa
econômico alternativo, formulado sob a ótica dos trabalhadores, capaz de
responder às reivindicações imediatas do mundo do trabalho, mas tendo
como horizonte uma organização societária fundada nos valores
socialistas e efetivamente emancipadores? Pode-se responder que para
tanto é preciso muito mais que a ação sindical. É verdade. Mas pode-se
responder que a ação sindical no Brasil dos nossos dias seguramente
auxiliará, numa ou noutra direção, o que lhe confere uma enorme
responsabilidade. E que não se pode permitir a omissão de todos aqueles
que estão envolvidos na luta dos trabalhadores.
Ricardo Antunes é professor de Sociologia do Trabalho na Unicamp.
Original em: Teoria e Debate