Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Chávez e a mídia oligárquica
Ao não renovar a concessão da RCTV, Chávez ganhou tempo. Mas o problema maior continua, permanente, que é a vocação golpista da mídia latino-americana e o grande risco que isso representa para a democracia. Essa é nossa agenda.
Bernardo Kucinski
Será mesmo que Chávez cometeu um erro de cálculo ao não renovar a concessão da RTCV, como diz o jornalista Teodoro Petkoff, na sua entrevista a Gilberto Maringoni, nesta Carta Maior? Pode ser. Mas sugiro que se inverta a questão. Que se discuta em primeiro lugar a vocação golpista da mídia latino-americana. E por que isso? Porque não é normal grandes jornais ou emissoras de tevê promoverem golpes para derrubar governos. Já as recaídas autoritárias de governantes fazem parte da normalidade política, mesmo na democracia. Kennedy, por exemplo, impediu o New York Times de revelar os preparativos de invasão de Cuba. Um Chávez mandão é o normal na esfera política. Uma mídia golpista é o patológico na esfera da comunicação jornalística. Essa é a aberração que nos cabe discutir. Essa é a nossa agenda. A mídia golpista prefere, é claro, a agenda “Chávez, o autoritário”.
A grande mídia já foi colaboracionista, como se viu na França durante a ocupação nazista, é quase sempre chauvinista em momentos de guerra, fechou os olhos a violações de direitos humanos por necessidades do imperialismo, como fez o New York Times com as atrocidades dos militares em El Salvador, e como faz a CNN agora no Iraque. Foi leniente com as ditaduras latino-americanas na época da Guerra Fria, mesmo as mais atrozes.
A grande mídia levou Nixon à renúncia, no escândalo Watergate. Mas quem estava tramando um golpe ali era Nixon, e não a mídia. Nesse episódio, a mídia americana demonstrou uma notável vocação antigolpista, isso sim. Frustrou uma tentativa de golpe. A grande mídia Ocidental não articula a derrubada de seus próprios governos, democraticamente eleitos. A grande imprensa Ocidental pode ser em geral conservadora e sem dúvida se constitui no grande mecanismo de domínio pela persuasão. Mas desempenha esse papel de modo contraditório, com altos e baixos, também informa bastante, é critica, e freqüentemente se rebela, passando a exercer uma função contra-hegemônica, como na cobertura da guerra do Vietnã.
Isso de golpe pela mídia só mesmo na América Latina. O conceito nem se aplica à mídia européia ou americana. Mas aconteceu no Chile, em 1973, no Brasil, em 1954, e na Venezuela de Chávez, além de tentativas mal-sucedidas, como o golpe da Globo contra Brizola na eleição para o governo do Rio de Janeiro, e os episódios “paragolpistas” da edição de debate Collor-Lula pela Globo na nossa primeira eleição direta para presidente depois da ditadura.
E por que a grande imprensa latino-americana é golpista? Porque é uma mídia de grandes famílias, originalmente os grandes proprietários de terras. Eles e seus sucessores dominam o aparelho de Estado, definem as políticas públicas, ora repartindo o poder com os bancos, ora com uma incipiente burguesia industrial, mas são sempre eles. Não por acaso, a maior bancada do Congresso Nacional é a bancada ruralista.
Essa elite nutre uma visão de mundo composta por três elementos principais: subserviência ao poder maior, que é o poder dos norte-americanos na região, como forma até mesmo de auto-proteção; 2) resistência a todo e qualquer projeto nacional; 3) desprezo pelo povo. Essa é a burguesia que nos coube na divisão do mundo promovida pelos Europeus durante a expansão mercantil e colonização do Novo Mundo. É a burguesia de uma economia dependente. Atavicamente antinacional e elitista.
Sua imprensa tem função muito mais ideológica do que informativa. Quando surge um governo com propostas de desenvolvimento autônomo e distribuição de renda, faz de tudo para derrubá-lo. Instala-se uma guerra. Primeiro tenta evitar que seja eleito. Daí o forte engajamento nas campanhas eleitorais contra os candidatos nacionalistas ou portadores de propostas transformadoras. Depois parte para o pau em conluio com militares golpistas. Foi assim com Getúlio, Allende. Até Juscelino, que deu um chega-pra-lá no FMI e tinha um projeto de país, foi bombardeado pela grande imprensa. O que ela quer são governos que privatizam, desnacionalizam, entregam, são entreguistas. Não por caso, combate ferozmente a política externa de Lula. Preferem a Alca. Chama isso de realismo político, mas é apenas subserviência. Necessidade de ser dependente. Tem pavor de projetos de autonomia nacional e mais ainda de propostas de unidade latino-americana. Nem o Mercosul engoliram.
Nunca aceitaram o Estado que chamam pejorativamente de “populista”. Isso ficou muito claro na Revolução de 30. Mesmo no bojo dessa revolução que deveria marcar o fim da hegemonia agrário-exportadora, Getúlio aplicou a censura prévia, rígida e abrangente, sobre todos os meios de comunicação e produção artística e cultural, a ainda teve a precaução de cooptar a maior cadeia de rádio e de jornais da época, a dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Não foi o autoritarismo de Getúlio, assim como não é o de Chávez, que geram o antagonismo da mídia oligárquica. É o caráter nacional-desenvolvimentista de seus projetos políticos. Tanto é assim que, quando Getúlio voltou ao poder pelo voto, sofreu intenso bombardeio e, de novo, entendeu que o combate à mídia oligárquica era essencial á sua sobrevivência. Apenas mudou de tática. Estimulou Samuel Wainer a fundar a cadeia Última Hora. O fato é que a grande imprensa tem sido arma recorrente dos golpistas. Usa o pretexto principal da luta contra a corrupção, seduzindo com isso a classe média recalcada, mas seu verdadeiro objetivo tem sido sempre o de derrubar o estado nacional-desenvolvimentista.
Quando toda a região abandona o Consenso de Washington em busca de um novo modelo que alie desenvolvimento com redistribuição de renda, agora com o reforço da unidade continental, a vocação golpista da mídia latino-americana torna-se um dos problemas centrais da democracia.
Chávez deve ter feito esse diagnóstico. E partiu para a guerra. Com as armas que tinha, no contexto atual, dentro das regras do jogo. Dividiu a oligarquia da imprensa, cooptando Cisneros, dono do maior conglomerado de mídia e, não renovando a concessão da RCTV, como que sinalizou aos demais o que lhes pode acontecer se saíram da linha.
Resolveu o seu problema, ou talvez só tenha ganhado tempo. Nós continuamos com o problema maior, permanente, da vocação golpista da mídia latino-americana e o grande risco que isso representa para a democracia. Essa é nossa agenda.
Bernardo Kucinski, jornalista e professor da Universidade de São Paulo, é colaborador da Carta Maior e autor, entre outros, de “A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro” (1996) e “As Cartas Ácidas da campanha de Lula de 1998” (2000).
A mídia do ódio!!!
Chego a Caracas para participar de uma jornada sobre “O Direito cidadão de estar informado”, encontro organizado pela Telesur. Participam personalidades da envergadura de Tariq Ali, Danny Glover, Richard Gott, Fernando Solanas, Miguel Bonasso. O ambiente está marcado pelo assunto da não renovacäo da concessão da Radio Caracas Televisión (RCTV), expirada no dia 27 de maio próximo passado. Assisto a uma manifestação do Presidente Chávez, recentemente reeleito com 63% dos votos. Ele explica que a decisão está amparada no Direito, e que não significa nenhuma arbitrariedade, nem ilegalidade. Acrescenta que, na Venezuela, onde 80% das estações de televisão são usadas pelo setor privado, a absorção dos meios de comunicação por grandes empresas converteu o direito de informar mais num privilégio empresarial do que num legítimo direito cidadão.
Converso com Francisco Farruco Sesto, galego nascido em Vigo, que chegou a Caracas com 12 anos de idade e hoje é nada mais nada menos que o ministro da Cultura. De modo simples e tranqüilo, Farruco me explica que toda essa barulhada internacional é um pretexto para atacar o presidente Chávez. “Por que razäo”, me diz, “a Venezuela está hoje no olho do furacäo, quando governos anteriores aplicaram a censura a torto e a direito, e para cá nunca vieram Repórteres sem Fronteira, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), nem a Corte Interamericana de Direitos Humanos? Por que ninguém protestou quando essa mesma RCTV foi fechada durante vários dias em 1976, por "difusäo de notícias falsas", ou quando foi lacrada em 1980, por "sensacionalismo", ou quando de novo foi fechada em 1981, por "difusão de programas pornográficos", ou quando foi condenada em 1981,por ter ridicularizado o presidente da República?”.
Tudo isso aconteceu antes da primeira eleição do presidente Chávez, em 1998. E nenhuma organizacäo internacional condenou estes “abusos” naquela ocasiäo. “Assim como não condenaram o fechamento do Diário de Caracas, ou o desligamento massivo de jornalistas do Globo, ou de Nuevo País. Se hoje há condenacöes, é só para perseguir o presidente e desmerecer o programa da Revolucäo Bolivariana”.
O amigo Farruco tem razão. Abundam exemplos, em diversos países, de concessões não renovadas a canais de televisão, sem que provoquem protestos. Para não ir muito longe, em 2004 na Franca se suspendeu a concessäo da TV Al Manar, porque se considerou que este canal do Hezbolla libanês “pregava o ódio”. Na Inglaterra, Margaret Thatcher cancelou a concessão de uma das grandes cadeias de televisão por ter difundido notícias não gratas, ainda que verídicas. No mesmo Reino Unido as autoridades dispuseram, em marco de 1999, o fechamento temporário de Med-TV-Canal 22; em agosto de 2006 revogaram a licença da One TV; em novembro do mesmo ano, a da StarDate TV 24 e em dezembro a do canal de televendas Auction World.
Organizações independentes, como o Observatório Global de Mídia, denunciaram com provas cabais que a RCTV participou da conjuntura midiática que propiciou o golpe de estado de 11 de abril de 2002. Este canal, mediante manipulaçõöes e envenenamentos, difundiu falsidades e calúnias para fomentar a execração e a birra contra o presidente Chávez e seus partidários. Um comportamento semelhante foi condenado em outras latitudes. Por exemplo, o Tribunal Internacional sobre o Genocídio em Ruanda condenou, em 1994, os promotores da Rádio Mil Colinas por cumplicidade com o extermínio dos tutsis. Na ex-Iugoslávia, o informe do representante da ONU, Tadeusz Mazowiecki, condenou o papel das “mídias do ódio” nas operações de “limpeza étnica” levadas a cabo na Croácia e na Bósnia-Herzegovina.
Na Venezuela, a RCTV tem sido uma típica “mídia do ódio”, despertando na opinião pública instintos primários e promovendo uma violência tal que poderia desembocar numa guarra civil. A que então se deve todo esse barulho a seu favor? À solidariedade do poder midiático internacional, que vê na decisão do presidente Chávez uma ameaca contra sua atual dominação ideológica. Mas a aguerra näo acaba aqui.
A "Imortalidade tricolor", até parece.....
- Ser campeão do mundo em cima do glorioso Hamburgo, há 24 anos atrás, sob efeito de dopping.
- Empatar com o Internacional na final do Campeonato Gaúcho em pleno Beira-Rio.
- Desbancar o "grande" Náutico no Estádio dos Aflitos, conseguindo, assim, vaga na Primeira Divisão do futebol brasileiro.
- Golear o Caxias por 4x0, indo, assim, à final do Campeonato Gaúcho.
-Imortalidade é ser o único Campeão do Brasil de forma invicta.
-Imortalidade é vencer o Campeão do Mundo São Paulo no Morumbi numa final de Libertadores.
-Imortalidade é derrubar um dos mais fortes times da história e assim se sagrar Campeão do Mundo.
-Imortalidade é ser sempre o maior vitorioso frente ao seu rival.
-Imortalidade é vencer o chamado "gre-nal do século".
-Imortalidade é nunca ter disputado um escalão de mortais: a Segunda Divisão! DÁ-LHE BOCA!!!!!!!!!!!!!!!
COLORADO COLORADOOOOOOOOOOOOOO
Copiado do orkut da Aline Barbosa, grande colorada.....
quarta-feira, 20 de junho de 2007
BELCHIOR - Discografia
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em Sobral, CE, em 26 de Outubro de 1946. Durante a infância foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou musica coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de radio em Sobral, e em Fortaleza CE começou a dedicar-se a musica, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos – Fagner, Ednardo, Rodger, Teti, Cirino e outros – conhecidos como o Pessoal do Ceara. De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de musica no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro RJ, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a musica Na hora do almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles,(corrigindo:Quem cantou com Belchior no primeiro compacto foram dois Jorges: Jorginho Telles e Jorge Nery. Entretanto, nenhum desses dois xarás é Jorge Melo (com um "L" só), futuro parceiro e sócio de Belchior. Quem me passou a informação foi o próprio, que hoje tem escritório de advocacia em São Paulo e ainda faz shows pelo Brasil, informação enviada por Silvio Atanes). com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo SP, para onde se mudou, compôs musica para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e as vezes com o grupo do Ceara. Em 1972 Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciarias, fabricas e televisões, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. 0 segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa colorida, Como nossos pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino- americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa em 1975), Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues) e Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon). Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.
1974 - Mote e Glosa | 1974 -concerto a palo seco | 1976 - Alucinação |
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1977 - Coração Selvagem | 1978 - Todos os sentidos | 1979 - Era uma Vez um Homem e Seu Tempo |
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1980 - Objeto Direto | 1982 - Paraíso | 1984 - Cenas do Próximo Capítulo |
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1987 - Melodrama | 1988 - Elogio de Loucura | 1991 - Acústico |
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1992 - Carrero | 1993 - Baihuno | 1993 - Personalidade |
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1995 - Concerto Bárbaro | 1996 - Vicio Elegante | 1999 - Auto-Retrato cd1 |
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1999 - Auto-Retrato cd2 | 2002 - Pessoal do Ceará | |
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Copiado de:BrMidia |
terça-feira, 19 de junho de 2007
MARIA BETHÂNIA
Nascida em Santo Amaro da Purificação (BA), cantava desde pequena, com outros da família, e pensava em ser atriz. Em 1960 foi para Salvador terminar os estudos, e passou a freqüentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano Veloso.
Três anos depois estreou na peça "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, como cantora. Por essa época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes: Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros. Esse grupo montou, em 1964, os espetáculos "Nós Por Exemplo", "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova" e "Mora na Filosofia". Na ocasião, Bethânia foi ouvida pela musa da bossa nova, Nara Leão, que a convidou para substituí-la no espetáculo "Opinião", em cartaz no Rio de Janeiro.
Bethânia e Caetano foram para o Rio em 1965, e ela tornou-se conhecida por sua participação no "Opinião", interpretando "Carcará" (João do Vale/ José Cândido), que a marcou como cantora de protesto. Ainda no ano de 1965 gravou seus primeiros discos, um compacto e um LP, com sambas de Noel Rosa, Benedito Lacerda, e músicas de Caetano.
Depois de um breve retorno à Bahia, participou, em 1966 dos espetáculos "Arena Canta Bahia" e "Tempo de Guerra", ambos com direção de Augusto Boal. Também competiu em festivais e cantou em teatros e casas noturnas no Rio e São Paulo, tornando-se nacionalmente conhecida. Com mais de 30 discos gravados ao longo de sua carreira, dividiu shows e álbuns com Edu Lobo, Chico Buarque e participou do grupo Doces Bárbaros em 1976, ao lado de Caetano, Gil e Gal Costa.
Seu disco "Álibi", de 1978, foi o primeiro de uma cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias, alavancado pelos sucessos de "Negue" (Adelino Moreira/ Enzo Passos), "Explode Coração" (Gonzaguinha), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Sonho Meu" (Dona Ivone Lara/ Délcio Carvalho) e "Cálice" (Gil/ Chico Buarque). Em 86, lançou o LP "Dezembros", que destacava o bolero "Anos Dourados", de Tom Jobim e Chico Buarque.
Até meados dos anos 90, realizou discos mais intimistas, até que em 1994, voltou ao romantismo num disco só com músicas de Roberto e Erasmo Carlos ("As Canções que Você Fez pra Mim"). Em 96, lançou o CD "Âmbar", que se transformou no espetáculo "Âmbar - Imitação da Vida", no ano seguinte, um grande sucesso de público e virou álbum duplo. Em 1999 lançou o CD duplo "Diamante Verdadeiro", também ao vivo.
O ano de 2000 foi marcado por grandes concertos e encontros musicais; Bethânia apresentou-se ao lado do tenor italiano Luciano Pavarotti, em Salvador (Bahia); com Caetano Veloso no Pavilhão Atlântico em Lisboa (Portugal); e na noite de 31 de dezembro fez um show para mais de 200.000 pessoas com Gilberto Gil no Farol da Barra (Bahia/Salvador).
Maria Bethânia comemorou 35 anos de carreira em 2001, completados na verdade em 2000, (a data oficial de sua estréia profissional é 13 de Fevereiro de 1965, o dia exato em que subiu ao palco no show Opinião no Rio substituindo Nara Leão). E em dose dupla: o show de lançamento do novo álbum "Maricotinha" reuniria no dia 04 de Setembro no palco do Canecão, Rio de Janeiro, uma constelação de grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, e Gilberto Gil, prestando sua homenagem à diva. Em 2002, Maria Bethânia surpreendeu ao lançar "Maricotinha ao vivo" pela gravadora independente "Biscoito Fino". O sucesso alcançado pelo álbum duplo, que vendeu mais de 100 mil cópias, mostrou que ela não estava errada. Com 49 faixas, gravado no Directv Hall, em São Paulo, registra o show "Maricotinha", apresentado em inúmeras capitais brasileiras. Além do repertório do último disco, o show apresenta antigos sucessos na voz de Bethânia, como "Álibi" (Djavan), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Anos dourados" (Chico Buarque e Tom Jobim), "Festa" (Luiz Gonzaga Júnior) e "Opinião" (Zé Kéti), esta última, a música que lançou a cantora em 1965. Dirigido por Fauzi Arap, no espetáculo são recitados textos de Fernando Pessoa, Ferreira Goulart, José Vicente, Lya Luft, Sophia de Mello Breyner e Natália Correa. "Maricotinha ao vivo" foi lançado também em DVD, em 2003. Filmado na tradicional casa de espetáculos carioca, o Canecão, o DVD traz os videoclipes "A voz de uma pessoa vitoriosa", que mostra o Rio de Janeiro dos anos 60, e "Coração meu", vídeo composto por cenas fluviais e marinhas.
Antes do DVD "Maricotinha ao vivo", Maria Bethânia lançou o álbum "Cânticos, Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu", em que homenageia Nossa Senhora. Neste compacto, a cantora reafirma toda sua religiosidade, presente em quase toda sua obra. Bethânia reafirmou sua independência em 2003.
Inaugurando seu selo "Quitanda" dentro da "Biscoito Fino", a cantora lançou "Brasileirinho". "Brasileirinho" superou as expectativas, conquistando crítica e público. Com participações especiais de Miúcha, Nana Caymmi, do grupo Tira Poeira, formado por cariocas, gaúchos e catarinenses, na música "Padroeiro do Brasil" (Ary Monteiro e Irany de Oliveira), e do grupo experimental mineiro Uakti na faixa "Salve as Folhas", o disco viaja pelos diversos brasis do interior. As faixas são intercaladas com intervenções poéticas de Ferreira Gullar, recitando "O Descobrimento", de Mário de Andrade, e de Denise Stoklos, que interpreta "O poeta.
No ano seguinte foi lançado o registro do show do disco "Brasileirinho", gravado ao vivo no Canecão, em DVD. O repertório extrapola o álbum e conta com 36 faixas, retomando as parcerias com Miúcha, Nana Caymmi, e com os grupos Uakti e Tira Poeira, que participam mais do espetáculo. Estão presentes também as intervenções poéticas feitas tanto por Denise Stoklos e Ferreira Gullar, como pela própria Bethânia. Nos "extras", um making of do espetáculo com entrevistas, além da versão exclusiva de "Trenzinho Caipira" e de versões em close de "Cigarro de Paia" e "Motriz".
Quase como continuação de "Brasileirinho", Bethânia produziu a homenagem "Namorando a Rosa", para Rosinha de Valença. Violonista, Rosinha teve grande participação na carreira de sucesso de Bethânia. Dirigiu seu espetáculo "Comigo me Desavim", em 1967, e gravou "Cheiro de Mato", álbum de 1976 que influenciou a obra da cantora baiana. O disco tem 13 músicas, com uma gravação de Rosinha de Valença e faixas interpretadas por Chico Buarque, Bebel Gilberto, Maria Bethânia, Yvone Lara, Delcio Carvalho, Yamandú Costa, Alcione, Martinho da Vila, Turíbio Santos, Joanna, Miúcha, Hermeto Pascoal e Caetano Veloso.
Em 2005, outra homenagem, desta vez mais pessoal, ao poeta Vinicius de Moraes. São 15 faixas nas quais Bethânia interpreta parcerias do "poetinha" com Antonio Carlos Jobim, Garoto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Baden Powell, Toquinho, Adoniran Barbosa, Jards Macalé, além de uma versão de Caetano Veloso para "Nature Boy" (Eden Ahbez) e de um antigo registro de voz de Vinicius, recuperado por ela. O disco não deixa de ser uma retribuição de Bethânia à música "O mais-que-perfeito", de Vinicius e Macalé, que ratificou a generosidade visionária do poeta ante a geração de Bethânia, Caetano, Chico, Edu e do próprio Macalé.
Ainda em 2005, é lançado um DVD, “Tempo, tempo, tempo” (Biscoito fino), com imagens do show gravado em São Paulo, onde a cantora comemorou 40 anos de carreira. Além de canções imortais de Vinícius de Moraes, Bethânia recria os compositores mais marcantes de sua trajetória, como Chico Buarque e Caetano Veloso, num repertório definitivo na voz da mais influente intérprete da música brasileira.
Copiado de: BrMidia
ÁLBUNS DISPONÍVEIS
- 1965_-_Compacto__Carcará
- 1965_-_Compacto__Eu_vivo_num_tempo_de_guerra
- 1965_-_Maria_Beth_nia
- 1966_-_Beth_nia_canta_Noel
- 1967_-_Ed__Lobo___Maria_Beth_nia
- 1968_-_Recital_na_Boite_Barroco
- 1969_-_Maria_Beth_nia1970_-_Ao_Vivo
- 1971_-_A_Tua_Presença
- 1971_-_Rosa_Dos_Ventos
- 1971_-_Vinicius___Beth_nia___Toquinho_-_En_La_Fusa
- 1972_-_Drama
- 1973_-_Drama_3__Ato_Ao_Vivo
- 1974_-_A_Cena_Muda
- 1975_-_Chico_Buarque___Maria_Beth_nia_Ao_Vivo
- 1976_-_P_ssaro_Proibido
- 1977_-_P_ssaro_da_Manhã
- 1978_-_Álibi
- 1978_-_Caetano_Veloso___Maria_Beth_nia_Ao_Vivo
- 1979_-_Mel
- 1980_-_Talismã
- 1981_-_Alteza
- 1982_-_Nossos_Momentos
- 1983_-_Ciclo
- 1984_-_A_Beira_e_o_Mar
- 1986_-_Dezembros
- 1988_-_Maria
- 1989_-_Mem_ria_da_Pele
- 1990_-_25_Anos
- 1992_-_Olho_D_agua
- 1992_-_Sonho_Imposs_vel
- 1995_-_Ao_Vivo
- 1996_-_Âmbar_-_By_Brasilmidia.par1
- 1996_-_Âmbar_-_By_Brasilmidia.part2
- 1997_-_Imita__o_da_Vida
- 1998_-_Las_Canciones_Que_Hiciste_Para_Mi
- 1999_-_A_For_a_Que_Nunca_Seca
- 1999_-_Diamante_Verdadeiro
- 2001_-_Maricotinha__Est_dio
- 2002_-_Rom_ntica
- 2003_-_Brasileirinho
- 2003 - Maricotinha__Ao_Vivo
- 2005_-_Que_Falta_Voc__Me_Faz
- 2006_-_Mar_de_Sophia
- 2006_-_Pirata
Tomada dos serviços de segurança palestinos em Gaza. A dramática derrota em Gaza das milícias apoiadas pelos EUA e por Israel, infligida pela forças leais ao Hamas, representa um enorme revés para a doutrina Bush na Palestina.
Duas revelações recentes mostram a extensão da conspiração: em 7 de Junho, o jornal Haaretz relatou que "altos responsáveis do Fatah na Faixa de Gaza pediram a Israel que lhes permitisse receber grandes carregamentos de armas e munições de países árabes, incluindo o Egipto". Segundo aquele jornal israelense, o Fatah pediu a Israel "carros blindados, centenas de rockets RPG para furar blindagens, milhares de granadas de mão e milhares de balas de munições para armas de pequeno calibre", tudo para ser utilizado contra o Hamas.
Desde o momento da sua vitória eleitoral, o Hamas actuou pragmaticamente e com a intenção de integrar-se na estrutura política existente. Ele observou durante mais de um ano um cessar fogo unilateral em relação a Israel e parou com os ataques suicidas a civis israelenses que o haviam tornado notório. Num memorando confidencial escrito em Maio e publicado esta semana por The Guardian, o envio superior das Nações Unidas, Alvaro de Soto, confirmou que foi sob a pressão dos EUA que Abbas recusou ao Hamas o convite inicial para constituir um "governo de unidade nacional". De Soto pormenoriza que os conselheiros de Abbas ajudaram activamente a cortar a ajuda de Israel-EUA-União Europeia e o cerco dos palestinos sob ocupação, o que conduziu a um aumento maciço da pobreza para milhões de pessoas. Estes conselheiros empenharam-se junto aos Estados Unidos numa trama para "provocar a morte prematura do governo [Autoridade Palestina] liderado pelo Hamas", escreveu De Soto.
Apesar de uma sangrenta tentativa de golpe contra o Hamas por parte das forças lideradas por Dahlan, em Dezembro de Janeiro, o Hamas ainda concordou em aderir a um "Governo de Unidade Nacional" com o Fatah promovido pela Arábia Saudita na cimeira de Meca. Os conselheiros de Dahlan e de Abbas estavam determinados a sabotar isto, continuando a acumular armas e recusando-se a colocar as suas milícias sob o controle de um ministro do Interior neutro que, frustrado, acabou por demitir-se.
O núcleo da estratégia americana na Ásia Sudoeste e Central, particularmente no Afeganistão, Iraque, Palestina e Líbano, é estabelecer regimes fantoches que combatam inimigos da América em seu lugar. Esta estratégia parece estar a fracassar por toda a parte. Os Taliban estão a ressurgir no Afeganistão. Apesar do seu "acréscimo" ("surge") de tropas os EUA não estão mais próximos de subjugar a resistência no Iraque e não podem confiar nem mesmo no exército iraquiano que ajudaram a montar. O exército libanês, que os EUA esperavam reforçar como contrapeso ao Hizbollah, actuou fracamente contra umas poucas centenas de combatentes estrangeiros enfiados no campo de refugiados Nahr al-Bared (embora tenha provocado mortes e devastação entre muitos refugiados palestinos inocentes). Agora, em Gaza, deu-se o último fracasso.
A política de Israel é uma versão local da estratégia americana — ela também foi tentada e fracassou. Ao longo de mais de duas década Israel confiou numa milícia sua procuradora, o Exército Libanês do Sul, a fim de ajudá-lo a impor a ocupação no sul do Líbano. Em 2000, quando as forças israelenses retiraram-se precipitadamente, esta milícia entrou em colapso tão rapidamente quanto as forças de Dahlan e muitos dos seus membros fugiram para Israel. O Hamas agora está a referir-se à derrota das forças de Dahlan como uma "segunda libertação de Gaza".
Um elementos persistente da estratégia israelense tem sido tentar circunscrever a resistência palestina através da tentativa de criar lideranças traidoras. Na década de 1970 Israel ainda via a OLP como verdadeira representante da resistência. Assim, montou as "ligas de aldeia" colaboracionistas na Cisjordania como alternativa. Em 1976, permitiu eleições municipais na Cisjordania num esforço para dar alguma legitimidade a esta liderança alternativa. Quando candidatos filiados à OLP varreram o quadro, Israel começou a assassinar os presidentes de municipalidades OLP com carros bombas ou forçá-los ao exílio. Uma vez que alguns líderes exilados da OLP, nomeadamente Yasser Arafat, tornar-se subempreiteiros coniventes com a ocupação (uma acomodação formalizada pelos Acordos de Oslo), emergiu uma nova força de resistência na forma do Hamas. Os esforços israelenses para apoiar Dahlan e Abbas, o sucessor de Arafat, como alternativas de traição agora explodiram espectacularmente.
No rastro do colapso do Fatah em Gaza, o Haaretz relatou que o primeiro-ministro israelenses Ehud Olmert aconselhará o presidente Bush a manter Gaza isolada da Cisjordania. Isto pode ser encarado como uma tentativa de escorar Abbas, cuja sobrevivência Israel considera essencial para manter a ficção de que não domina directamente milhões de palestinos privados de direitos de cidadania. Um colapso total da Autoridade Palestina exporia a obrigação legal de Israel, como poder ocupante, de providenciar o bem estar dos palestinos que subjuga.
Abbas declarou um "estado de emergência" e demitiu Ismail Haniyeh, o primeiro-ministro do Hamas, assim como o "governo de unidade nacional". O "estado de emergência" é meramente retórico. Todo o controle que ele tinha em Gaza acabou-se e Israel, de qualquer forma, tem o controle completa da Cisjordania.
Haniyeh, num discurso transmitido esta noite ao vivo na Al-Jazeera, rejeitou os "apressados" movimentos de Abbas e alegou que eles resultavam de pressões do exterior. Ele emitiu uma declaração com 16 pontos, dentre eles que o "governo de unidade" representava a vontade de 96 por cento dos palestinos sob ocupação expressa nas urnas eleitorais. Reafirmou o compromisso do seu movimento para com a democracia e o sistema político existente e que o Hamas não imporia mudanças no modo de vida das pessoas. Haniyeh disse que o governo continuaria a funcionar, restauraria a lei e a ordem e reafirmou o compromisso do Hamas para com a unidade nacional e o acordo de Meca. Conclamou todos os membros do Hamas a observarem uma amnistia geral beneficiando quaisquer combatentes da sua segurança capturados (isto seguia-se a relatos dos media de um punhado de execuções sumárias de combatentes do Fatah). Enfatizou também que a luta do Hamas não era com o Fatah como todo, mas apenas contra aqueles elementos que estiveram a colaborar activamente — uma referência clara a Dahlan e outros conselheiros de Abbas. Ele retratou a tomada de controle do Hamas como um último recurso na sequência da escalada de ilegalidades e tentativas de golpe de colaboracionistas, listando muito alegados crimes que acabaram por esgotar a paciência do Hamas. Haniyeh enfatizou a unidade de Gaza e da Cisjordania como "partes inseparáveis da nação palestina" e reiterou um apelo aos sequestradores do correspondente da BBC Alan Johnston a libertarem-no imediatamente.
O contraste entre a acção de Abbas e a resposta do Hamas é gritante. Abbas, empurrado talvez pelo mesmo grupo de conselheiros, parece estar a escalar a confrontação e a fazer isso quando não há razão para acreditar que possa vencer. O Hamas, enquanto se mantém firme e a partir de uma posição de força, fala numa linguagem de conciliação, enfatizando novamente que o Hamas tem um problema apenas com um pequeno grupo dentro do Fatah, não com as suas bases. Abbas, Dahlan e seus apoiantes precisam manter uma atitude sóbria — eles podem ser tentados a dominar o Hamas na Cisjordania, mas a escala da sua derrota em Gaza teria de conte-los.
Ambas as lideranças estão confinadas. Abbas parece estar inteiramente dependente do apoio estrangeiro e israelense, e incapaz de tomar decisões independentes de uma clique corrompida e venal. O Hamas, quaisquer que tenham sido as suas intenções, é provável que se descubra em Gaza sob um cerco ainda mais duro.
Abbas, apoiado por Israel e pelos EUA, apelou a uma força multinacional em Gaza. O Hamas rejeitou-a, dizendo que esta seria considerada como uma "força de ocupação". Na verdade, eles têm razão em estarem suspeitosos: durante décadas Israel e os EUA bloquearam apelos a uma força internacional de protecção para os palestinos. A força multinacional, receia o Hamas, não estaria ali para proteger os palestinos dos seus ocupantes israelenses, mas para desempenhar o papel de procurador (proxy) na protecção dos interesses de Israel que as forças de Dahlan já não são capazes de executar e para conter a resistência — tal como a força multinacional era suposta fazer no Líbano após a guerra de Julho de 2006.
Líderes sábios em Israel e nos Estados Unidos reconheceriam que o Hamas não é um fenómeno passageiro, e que nunca poderão criar líderes fantoches que sejam capazes de competir contra um movimento de resistência popular. Mas não há sinais de sabedoria: os EUA pediram agora a Israel para "afrouxarem o seu domínio" na Cisjordania a fim de dar uma ajuda a Abbas. Embora a doutrina Bush tenha sofrido um golpe, o povo palestino não ganhou uma grande vitória. O jogo sórdido às suas custas continua.
[*] Cofundador da publicação online The Electronic Intifada e autor de One Country: A Bold Proposal to End the Israeli-Palestinian Impasse .
O original encontra-se em http://electronicintifada.net/v2/article7030.shtml
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Os três grupos poluidores | | | |
Danilo Pretti Di Giorgi | |
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As recentes propostas e declarações dos mais importantes líderes políticos mundiais sobre possíveis soluções para o aquecimento global têm mostrado que ainda há um longo caminho a ser trilhado para encontrarmos uma saída para o dilema. Como o assunto dominou as expectativas em torno das reuniões do G8 e do G5, realizadas na Alemanha no começo de junho, foi possível levantar dados para uma análise mais aprofundada com base nas declarações publicadas na mídia. Os maiores poluidores (os países que efetivamente têm poder para influenciar os rumos desta história) estão, grosso modo, divididos em três grandes grupos.
Danilo Pretti Di Giorgi é jornalista. Email: digiorgi@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
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