segunda-feira, 2 de março de 2009

Genocídio em Gaza

A procura da unidade anti-imperialista e anti-sionista entre forças políticas árabes
Nesta profunda e muito bem documentada análise, Angeles Maestro, debruça-se sobre o caminho seguido pelos diversos movimentos árabes e palestinos que conduziu à criação de uma Resistência em vários países, cada vez mais fortes e a colherem os primeiros sucessos. Por isso, nas recentes e criminosas invasões da Faixa de Gaza e do Líbano em 2006, “se a destruição de edifícios foi um dos fins da guerra contra o Líbano ou a Faixa de Gaza, o inimigo teria vencido arrasando casas. Se a finalidade era matar civis, também terá ganho a guerra. Mas se o objectivo central era erradicar a Resistência do ponto de vista estrutural, nesse caso foi derrotado.”
Angeles Maestro*

O Fórum Internacional pela Resistência, o Anti-imperialismo, a Solidariedade entre os Povos e as Alternativas reuniu em Beirute nos dias 16, 17 e 18 de Janeiro. Participaram 450 delegados de organizações políticas, sociais, sindicais, etc. de 66 países de todo o mundo, mas sobretudo do mundo árabe e islâmico. A sua presença pôs em relevo um complexo processo de abordagem entre diferentes organizações que, a médio prazo, poderá mudar o panorama político do Médio Oriente.

Ao mesmo tempo, a 100 km de distância perpetrava-se a enésima e mais brutal matança contra o povo de Gaza, escassamente armado por parte da entidade sionista, primeira potência militar da região e uma das primeiras do mundo, que ocupa o seu território há 60 anos.

Uma vez mais, o criminosos massacre, que fazia sair às ruas milhões de pessoas, sobretudo árabes, indignadas contra o Estado sionista, era passivamente comtemplado quando não explicitamente apoiado pelos EUA, a EU e a grande maioria dos governos árabes, incluindo o de Mahmud Abbas.

O seu cinismo situa-se no habitual nível dos que falam do direito do ocupante se «defender», dos que pedem o embargo de armas ao povo atacado de Gaza, dos que falam da reconstrução pensando chorudos lucros que terão as suas empresas – como no Iraque –, e que pretendem concretizar sem entrar em linha de conta com o governo do Hamas, ou dos que discutem a «ajuda humanitária» para as vítimas dos governos dos EUA, da UE (incluindo de forma especial o Estado espanhol) ou a NATO, que são quem arma Israel até aos dentes.

A Resistência fortaleceu-se

No Fórum de Beirute apontava-se no mesmo sentido que depois se estendeu à «rua árabe», às organizações populares e à grande maioria dos meios de comunicação do Médio Oriente. Por todo o lado se falava da vitória em Gaza. Como é possível apoiar isso depois de 22 dias de bombardeamentos massivos e indiscriminados com armamento proibido internacionalmente que provocaram uma carnificina de 1.500 mortos e 5.000 feridos, frente a pouco mais de duas dezenas de mortos do lado israelita feitos em combate corpo a corpo nas ruas de Gaza e pelo lançamento de alguns mísseis sobre os assentamentos?

Israel não formulou publicamente os objectivos que perseguia no seu ataque a Gaza, diferentemente do que fez em 2006 em relação ao Líbano. A derrota ali sofrida fê-lo mais cauto. Não obstante, destacados membros do governo sionista como a sua ministra dos Estrangeiros, Tipzi Livni, não ocultava o evidete: tratava-se de dessotar o governo do Hamas e de o substituir pelo da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Dois dias antes do começo do ataque a Gaza, Livni teve uma entrevista com Mubarak no Cairo para o informar pessoalmente disso e assegurar-lhe que seria «rápido e cirúrgico», com uma duração aproximada de três dias. A imprensa árabe, citada por Alberto Cruz num seu recente artigo [1], refere que entre 27 e 30 de Dezembro se instalaram no Sinai (Egipto) 400 elementos das forças de segurança de Mahmud Abbas, sob o comando de Mohammad Dahlan, preparados para se instalaram em Gaza depois da iminente queda do governo do Hamas.

O critério mais justo para fazer o balanço dá-o o presidente sírio Bachar el – Assad na entrevista feita pela televisão libanesa [2]: «Se a destruição de edifícios foi um dos fins da guerra contra o Líbano ou a Faixa de Gaza, o inimigo teria vencido arrasando casas. Se a finalidade era matar civis, também terá ganho a guerra. Mas se o objectivo central era erradicar a Resistência do ponto de vista estrutural, nesse caso foi derrotado.»

«Israel move-se com uma ideia: não me importa que não me amem, é preciso que me temam. Hoje essa ideia, em si mesma, foi derrotada. Hoje ninguém ama Israel e ninguém o teme. A partir destes critérios podemos julgar se houve ou não uma vitória.»

Tal como sucedeu no Líbano, vozes críticas começam a levantar-se nos meios oficiais israelitas: não pelas dimensões do crime, mas porque os objectivos – a destruição estratégica do Hams e a recomposição da sua imagem depois da derrota no Líbano – não foram cumpridos. Numerosos dirigentes israelitas já se expressaram qualificando o resultado de «match nulo» [3] acusam Olmert de ter acabado prematuramente as operações.

Mudança de estratégia e recomposição política no mundo árabe.

O fortalecimento da Resistência inscreve-se num processo complexo de mudança de estratégia das principais organizações políticas árabes e de configuração de uma frente unificada da Resistência, da qual fazem parte os acontecimentos do Líbano em 2006 e o de Gaza em 2009, mas que tem um carácter geral no mundo árabe e islâmico.

Depois do primeiro ataque ao Iraque em 1991, a subsequente conferência de Madrid no mesmo ano, os acordos de Oslo e a unificação do Iémen inicia-se um período marcado pelo sentimento de derrota, de impotência e de capitulações que só começa a mudar com a Intifada do ano 2000.

O renascimento da Resistência não é apenas uma mudança da atitude popular perante o Estado sionista, os seus aliados externos (EUA, UE) e o seu projecto estratégico «O grande Médio oriente» [4]. A vontade de luta também se vai articulando contra os governos árabes e a ANP, cada vez mais considerados como aliados dos primeiros e cujo grau de corrupção e vulnerabilidade dos princípios democráticos mais elementares é progressivamente compreendido pela «rua árabe», contra a qual lançam crescente repressão. Mesmo assim, estes regimes são peças chave, e assim são identificados pelos seus cidadãos, com um discurso ideológico e mediático baseado no «terrorismo» e no «fundamentalismo», com grande aceitação na opinião pública da UE e dos EUA, mas de escassa credibilidade entre o seus povos que demonstram cada dia ao mundo – no meio do horror – a sua inquebrantável vontade de luta.

O ressurgimento da Resistência vai associado a complexos processos políticos inéditos no mundo árabe que afectam as suas três principais correntes ideológicas: o islamismo político, o comunismo e o nacionalismo democrático baazista-nasserista. O ponto de partida é a dupla percepção:

• Da inapelável derrota de cada uma das posições se actuar não só isolada das outras duas, mas também se tiver como estratégia o seu aniquilamento.
• O carácter integral e demolidor do projecto de dominação euro- estadunidense-sionista no Médio Oriente e a sua vontade evidente de impô-lo a ferro e fogo.

Nicolas Dot Pouillard [5] fez uma importante análise [6] destes processos denunciando o interesse da «comunidade internacional» de falsear e confundir as dinâmicas árabes e de as apresenta como confrontos entre «laicos» e «religiosos» e «Islão moderado« e «fundamentalismo». Não é difícil deduzir com que termos qualificam os aliados e quais os que utilizam para a Resistência.

O processo político de fundo é a construção de uma Resistência popular anti-sionista e anti-imperialista unificada, tendo por base acordos políticos, de diálogo e de estreitamento de laços no decorrer da mesma luta.

O processo na Palestina

A pesar do abandono da OLP por parte da FPLP e da FDLP se ter dado com consequência da recua do «processo de paz» apoiado pela OLP de Arafat, é com o ressurgimento da Intifada do ano 2000 que começam a tecer-se os laços de ambas as organizações com o Hamas e com a Jihad.

Os primeiros passos da nova aliança são manifestos na resistência armada. Desde 2001 que funciona um comando unificado que integra as Brigadas Ezzedine al Quasem do Hamas, as Brigadas Abou Ali Mustapha da FPLP, as Brigadas de Resistência Nacional da FDLP e as Brigadas Al Quds da Jihad Islâmica.

As eleições municipais de 2004 foram as primeiras que se realizaram desde 1967 [7]. Então, Israel pretendeu através de eleições debilitar a OLP potenciando personalidades «controladas». O resultado foi exactamente o contrário: o povo palestino votou massivamente nos candidatos da OLP. O Estado sionista optou pelo desterro, a prisão ou o atentado contra os eleitos. Vinte e oito anos depois o principal acontecimento era a participação do Hamas, expoente máximo da rejeição dos acordos de paz. Precisamente para evitar a presença de candidatos pelo Hamas à frente dos municípios foi a razão principal por que Arafat adiou, uma e outra vez, a realização de eleições [8].

A grande novidade destas eleições não foi só o importante resultado eleitoral tido pelo Hamas, mas a concretização da aliança política entre o Hamas, a FPLP, A FDLP, a Jihad e o PPP (Partido do Povo da Palestina, antigo Partido Comunista), contra a Fatah. Esta aliança articulada politicamente pela rejeição dos acordos de Oslo em geral e contra o entreguismo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), também inclui sectores dissidentes da Fatah, agrupados nos Comités Populares da Resistência (CPR). Este acordo sobre o papel central da Resistência, a luta contra a corrupção e a defesa dos direitos sócio-económicos permitiu às forças coligadas conquistar muitas e importantes municípios, como Belém ou Ramalah, fosse em listas conjuntas ou votando no candidato melhor colocado, pondo assim de lado a ANP e preparando a vitória nas legislativas do Hamas em 2006.

Estas alianzas representam a ponta de um grande iceberg e não estão isentas de contradições, de aproximações progressivas e conflitos, de subtis redes de diálogo e de confiança mútua – se se tiver em conta a enorme distância ideológica de partida - e só são possíveis entre os lutam duramente do mesmo lado da trincheira.

Dot Pouillard refere um facto no artigo citado que bem pode resumir e ilustrar a complexidade dos acontecimentos: «o Hamas depois da sua vitória nas eleições legislativas de Janeiro de 2006, nomeou drector dos novos serviços de segurança palestinos formados pelo governo Hamas um dos principais activistas dos CPR, Jamal Samhadana, antigo militante da Fatah. Tratava-se de enfrentar, sobretudo na Faixa de Gaza, as forças de segurança dirigidas por Mohammad Dahlan, dirigente da Fatah. (…) Deste modo Saed Siyyam, o novo ministro do Interior palestino, membro do Hamas, escolhe um antigo membro da Fatah , isto é um elemento político do nacionalismo palestino, para dirigir uns serviços de segurança que tinham como objectivo fundamental disputar no terreno o predomínio armado da segurança preventiva, que estava ligada à direcção da Fatah.» O quadro completar-se-ia poucos meses depois quando Samhadana, em Junho de 2006, morreu vítima de assassínio selectivo de Israel.

A «Frente de Resistência» do Líbano

Um processo semelhante está a desenvolver-se há anos no Líbano, onde os avanços eleitorais, acordos políticos e colaboração armada se foram consolidando e se tornaram evidentes durante o ataque de Israel no Verão de 2006 e sua posterior derrota. A liderança política e militar do Hezbollah é indiscutível, mas dentro do que se conhece como «Frente da Resistência», coligação que integra, para além do Amal, o Partido Comunista do Líbano (PCL), movimentos pró-sirios, como Marada a que pertence o deputado Sleiman Frangié, a Corrente Patriótica Livre do general Michel Aoun, maioritária na comunidade cristã, e toda uma série de forças nacionalistas e progressistas, como o Movimento do povo de Najah Wakim ou a Terceira Força, do anterior primeiro-ministro Selim Hoss.

No Líbano diz-se que se uma família tem sete filhos, quatro serão militantes do Hezbollah, dois do PCL, um do Amal e todos serão da Resistência.

A opinião popular predominante pensa que esta unidade, num país assolado por guerras civis, foi o factor determinante para a vitória sobre Israel, e por sua vez contribuiu para ampliar e fortalecer essa mesma unidade. Uma das expressões dessa unidade foi o aparecimento do jornal Al-Akbar, considerado como de esquerda, próximo do Hezbollah e que assume como objectivo é a procura e desenvolvimento de linhas políticas e ideológicas coincidentes entre a esquerda, o nacionalismo e o islamismo. Outro facto de enorme transcendência, entre muitos outros ocorridos em diferentes campos, foi a Conferência Geral de Apoio à Resistência, realizado em Março de 2006 em Beirute e organizado pelo Centro de Estudos pela Unidade Árabe, fundado em 1994. Os Fóruns Internacionais de Beirute de Dezembro de 2006 e o que acaba de se realizar em meados de Janeiro de 2009 são expressões do mesmo tipo de processo de reconstrução da Resistência, que não está livre de escolhos e de contradições.

Os confrontos à volta de diversos problemas, como a crítica feita conjuntamente pela FPLP e a Jihad ao Hamas sobre o confronto armado directo e permanente entre o Hamas e a ANP ou as diferenças entre o Hezbollah e o PCL sobre a reforma da Lei eleitoral e as características do projecto nacional alternativo, são discussões entre aliados e não parecem ameaçar o processo de unidade. Em todo o caso, as dificuldades são evidentes quando, como no caso do Líbano, se fala não apenas da unidade táctica frente ao inimigo mas também das alternativas ao sistema político e económico e quando, além disso, as possibilidades de a maioria real se materializar no governo são cada dia mais.

O que é uma realidade é que o processo de recomposição política que se está dar no Líbano e na palestina existe, com diferentes níveis de desenvolvimento em todo o mundo árabe e de forma particular no Egipto [9]. Este país é provavelmente, depois da Palestina, do Líbano e do Iraque [10], aquele em que o processo de desestabilização do regime é mais intenso, com uma ascensão muito importante da luta do movimento operário e estudantil. É também aquele em que possíveis mudanças políticas teriam maior transcendência regional, como mostra a sua convulsa história, oseu constante papel de mediador político e o facto concludente de ser, depois de Israel, o maior receptor de ajuda militar dos EUA, o que diz bem da sua importância estratégica para os interesses do sio-imperialismo na zona.

O saldo dos acontecimentos mais significativos destes últimos dois anos:
• o golpe de Estado de Abbas rompendo a legalidade palestina e formando um governo apoiado por Israel, Os EUA e a UE, o criminoso bloqueio de Gaza com a tenteativa – falhada uma vez mais – de vergar o seu povo pela fome na esperança de derrubar o seu governo legítimo, o ataque ao Líbano no Verão de 2006 e os 22 dias de massacre iniciados em 27 de Dezembro de 2008.
• Ficou demonstrado, apesar da descomunal desigualdade militar no líbano e em Gaza, que a Entdade sionista não é invencível, que é possível resistir, resistir e ganhar.
• Constactou-se que a trama de leis e de instancias internacionais são, no melhor dos casos, papel de embrulho e que todos os governos do mundo – com excepção dos da Venezuela, Bolívia e Cuba que não tem relações com Israel – assistem impassíveis à matança e destruição. Consequentemente, os povos árabes sabem que apenas podem contar com os seus recursos.
• O Estado de Israel mostrou o seu rosto mais selvagem no Líbano e em Gaza, tal como os EUA no Iraque, mas ambos actuam em representação e seguindo o guião do plano integral de dominação da zona do «Grande Médio Oriente», que também integra a UE e a Turquia e os regimes árabes, e que tem a NATO como seu instrumento político-militar privilegiado.
• O desenvolvimento deste plano e o fortalecimento da luta da Resistência põem cada vez mais em evidência o enorme grau de corrupção e o alinhamento da maior parte dos governos árabes, e de forma muito particular da ANP, com os interesses do sio-imperialismo, por sua vez em crescente crise económica que se abate intensamente sobre as classes populares, Embora por diferentes razões, o Líbano, a Síria e o Qatar são casos à parte.
• As vitórias da Resistência no Líbano e em Gaza são o resultado directo da vontade decidida de luta dos seus povos e do efeito multiplicador da unidade de acção, política e militar, das suas organizações, gérmen de caminhos mais difíceis de proposta política alternativa comum ensinam ao povo árabe – como à classe operária e aos demais povos do mundo – o único caminho possível: a unidade e a luta.


Notas:
[1] Cruz, A. (2009) CEPRID. “La matanza de Gaza pone al régimen de Mubarak en graves apuros”. Ver el artículo en: www.nodo50.org
[2] Entrevista exclusiva concedida por el presidente Bachar el-Asad a la televisión libanesa Al-Manar (www.almanar.com.lb) el día 26 de enero de 2009.
[3] http://www.jpost.com/servlet/
[4] Para lo relacionado con este macroproyecto de dominación militar, económica y cultural de EE.UU., la U.E. e Israel sobre Oriente puede verse Maestro, A.(2007) “La OTAN en Oriente Medio, el puño de hierro de la dominación económica” en www.lahaine.org
[5] Nicolas Dot Pouillard es doctor en Ciencias Políticas en LA Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales- EHESS (París) y en la Universidad Libanesa (Beirut)
[6] Dot Pouillard, Nicolas (2009) “Un islamismo ouvert sur sa gauche: l´emergence d´un nouveau tires-mondisme arabe?. www.cetri.be
[7] Un interesante análisis sobre los cambios ocurridos el las elecciones municipales de 2004, puede verse en Balawi, Hassan (2006) “Elecciones municipales en Palestina: un cambio progresivo” www.iemed.org
[8] Ibid. Pág, 130
[9] Un análisis reciente de las repercusiones de la masacre de Gaza sobre el proceso político Egipcio, en el que se dan acercamientos entre los Hermanos Mulsumanes, fuerzas de izquierda y el movimiento obrero, en medio de una feroz represión por parte del gobierno del 2º país receptor – tras Israel – de ayuda militar de EE.UU. puede verse en Cruz, Alberto (2009) “La matanza de Gaza pone al régimen de Mubarak en grandes apuros” www.nodo50.org , Cruz, Alberto (2008) “Egipto y Líbano: dos huelgas, una estrategia y una realidad” www.nodo50.org
y en Hossam El-Hamalawy (2008) “La resistencia en Egipto” www.nodo50.org
[10] En Iraq se están dando desde la ocupación procesos de gran complejidad en la recomposición del escenario político y militar que no son analizados en este artículo. Documentos recientes sobre este tema pueden consultarse en: www.nodo50.org


*Ángeles Maestro é dirigente de Corriente Roja e amiga e colaboradora de odiario.info


Tradução de José Paulo Gascão

150 links comprometidos...

Energia

  • http://www.aspo-portugal.net/ . Sítio da secção portuguesa da Association for the Study of Peak Oil (ASPO).
  • http://www.asponews.org/ . A Associação para o Estudo do Pico Petrolífero (ASPO, Association for the Study of Peak Oil) é uma organização séria, dirigida pelo Dr. Collin Campbell, que reúne os melhores geólogos e geofísicos do mundo. Com base na Curva de Hubbert eles tentam determinar o momento em que a humanidade atingirá/atingiu o "pico" da sua produção petrolífera, ou seja, quanto de petróleo ainda resta no planeta Terra. O sítio contem a colecção dos boletins mensais da ASPO.
  • http://www.peakoil.net/ . Outro sítio da ASPO (este é o oficial). A ASPO anunciou que o seu próximo "International Workshop on Oil and Gas Depletion" será realizado em Lisboa, em 19 e 20 de Maio de 2005, nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian.
  • http://wolfatthedoor.org.uk/ . O guia do principiante acerca do esgotamento petrolífero (The Beginner's Guide to Oil Depletion) , elaborado por um jovem investigador britânico, é uma excelente exposição geral acerca do assunto. Ela deveria ser lida por todos os políticos do planeta Terra. O autor conseguiu um bom compromisso entre a clareza da análise e o nível científico.
  • http://www.crisisenergetica.org/ . A crise energética que a humanidade atravessará nas próximas décadas, com o fim da era do petróleo, é o tema central deste sítio web. Os seus coordenadores participam também da ASPO (ver link acima).
  • http://www.copad.org/ . O Citizens Committee on Oil Peak And Decline (COPAD) acaba de emitir uma importante declaração acerca do pico petrolífero global.
  • http://www.oilempire.us/ . A interface entre o petróleo, a política e o 11 de Setembro. Um sítio estimulante.
  • http://www.oilcrisis.com/ . Sítio com uma vasta quantidade de informação sobre petróleo e energia. A crise global que assoma (The Coming Global Oil Crisis) é o seu subtítulo.
  • http://www.energybulletin.net/ . O Energy Bulletin contem notícias e artigos constantemente actualizados.
  • http://www.oilcrash.com/ . Sítio neozelandês sobre o crash petrolífero que se avizinha.
  • http://www.unicamp.br/fea/ortega/agroecol/emergy.htm . A "Emergy" (grafado com "m"), conceito desenvolvido pelo prof. H. Odum, avalia o trabalho feito anteriormente para fabricar um produto ou serviço. A emergia é uma medida da energia usada no passado e portanto uma forma diferente de medir a energia agora. A unidade de emergia (uso da energia disponível no passado) é em 'emjoule' a fim de distinguí-la dos joules utilizados para a energia disponível agora remanescente.
  • http://www.uqac.uquebec.ca/ . Sítio dedicado a Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), um dos economistas fundamentais do século XX. Pode-se ali descarregar o texto integral do seu livro de 1979, "La decroissance. Entropie - Écologie - Économie" — leitura indispensável para quem quiser entender o mundo de hoje.
  • http://www.peakoilandhumanity.com/ . Uma série de dez apresentações Power Point (em francês ou em inglês), elaboradas pelo canadiano Robert Bériault. Desespero e lucidez combinam-se neste trabalho. É particularmente impressionante a história do povo da Ilha da Páscoa (ficheiros 5 e 6), o qual pode ser tomado como um microcosmo da humanidade actual.
  • http://www.lifeaftertheoilcrash.net/ . O sítio "A vida após o crash petrolífero" tenta analisar as consequências económicas, sociais e políticas do colapso que se avizinha.
  • http://www.ieer.org/index.html . Institute for Energy and Environmental Research, "Onde a ciência e a democracia se reunem.
  • http://en.wikipedia.org/wiki/Hubbert_peak . Verbete da enciclopédia Wikepedia acerca da Teoria do Pico de Hubbert.
  • http://www.eroei.com/eroei/index.html . O conceito de EROEI (Energy Returned on Energy Invested) é importante para entender os problemas energéticos de hoje.
  • http://mitos-climaticos.blogspot.com/ . O mito do aquecimento global explicado em pormenor.
  • http://www.oildepletionprotocol.org . Protocolo do Esgotamento Petrolífero (Oil Depletion Protocol), um plano para facilitar a transição para o mundo pós-petróleo.
  • http://dieoff.org/ . "O caminho para o melhor começa por um pleno olhar ao pior", diz a epígrafe deste sítio. Die-off é indispensável.
  • http://countercurrents.org/peakoil.htm . Sítio indiano com uma importante colecção de artigos acerca do pico petrolífero.
  • http://www.peak-oil-crisis.com/ . Contem uma grande colecção de links para sítios sobre o pico petrolífero.
  • http://graphoilogy.blogspot.com/ . Contem análises do declínio da produção petrolífera através de gráficos.

    Portugal

  • http://www.pcp.pt/ . Sítio principal do Partido Comunista Português.
  • http://www.avante.pt/ . O semanário do PCP. Desde Abril de 2003 todas as edições estão disponíveis on line.
  • http://www.porto.pcp.pt/ Sítio da Organização Regional do Porto do PCP
  • http://www.jcp-pt.org/ Sítio web da Juventude Comunista Portuguesa.
  • http://www.cgtp.pt/ A CGTP-IN é a central sindical dos trabalhadores portugueses. A sua fundação, em pleno regime fascista, foi por si própria um acto de resistência.
  • http://aguapublica.no.sapo.pt/inicio.htm Os monopólios e o capital financeiro gostariam de privatizar até o ar que se respira. No caso da água, a Associação Água Pública luta contra as privatizações selvagens e pela manutenção nas empresas públicas dos serviços de captação, transporte e distribuição de água.
  • http://www.ansol.org/ A Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL) é uma associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como fim a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas.
  • http://www.movimentopelapaz.org/ Movimento pela Paz, no Porto.
  • http://www.portocomcuba.org/index.htm Sítio da Comissão Regional do Porto contra o bloqueio e de solidariedade com o povo de Cuba.
  • www.carapau.pt.vu "O Carapau - Fórum Subversivo", é um grupo de discussão português sobre questões de actualidade.
  • http://tribunaliraque.no.sapo.pt/lol.htm Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque.
  • http://www.infoalternativa.org/ Sítio web progressista com actualizações diárias.
  • http://www.odiario.info/ Novo sítio web progressista destinado a combater a perfídia desinformativa dos media empresariais. Lançado em 15/Outubro/2006, terá inserções diárias.
  • http://leidassesmarias.blogspot.com/ . "Sesmarias" é realmente um sítio original: é de esquerda e é... monárquico!
  • http://www.urap.pt/ . União de Resistentes Antifascistas Portugueses.
  • http://delta02.blog.simplesnet.pt/ . Zeca Afonso, música e letras.
  • http://aspalavrassaoarmas.blogspot.com/ . Blog combativo de Cid Simões.

    Europa

  • http://solidnet.org/redlink.html Solid Net (Solidarity Network) informa as actividades dos Partidos Comunistas e Operários do mundo todo. A redacção do Solid Net fica na Grécia.
  • http://www.lahaine.org/ , projecto de desobediência informativa
  • http//www.rebelion.org/ , actualizado diariamente
  • http://www.cadtm.org/rubrique.php3?id_rubrique=1 , Comité pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (em espanhol, francês e inglês).
  • http://www.reseauvoltaire.net/ , sítio francês dirigido por Thierry Meissan, autor de L'Effroyable imposture (uma investigação que mostra as incongruências da história oficial do 11 de Setembro) e de Pentagate, livro acerca das mentiras do governo americano. A edição em papel é divulgado em simultâneo na internet. Pode descarregá-la aqui (em francês): clique com o botão direito do rato e faça "Save as..." pentagate (2651 kB). Formato PDF (necessita Acrobat Reader para leitura).
    Também há uma versão em castelhano deste sítio: http://www.redvoltaire.net/
  • http://www.asile.org/ . Este sítio francês afirma que o objecto que perfurou o Pentágono em 11/Set/01 não foi um Boeing 757. Tudo indica ter sido um míssil.
  • http://www.icdsm.org/ . Em Haia, no tribunal pago pela NATO, com dignidade e coragem Milosevic desmontava a enxurrada de difamações e calúnias inventadas pelo imperialismo. O acusado tornava-se acusador. Até que foi assassinado, em 11 de Março de 2006, pela recusa do tribunal a prestar-lhe a assistência médica de que necessitava.
  • http://initiativecommmuniste.fr/ Sítio de coordenação dos militantes comunistas franceses que combatem "a deriva social-democrata dos dirigentes 'mutantes' do PCF que viram as costas ao marxismo, aos objectivos revolucionários e à luta contra a Europa capitalista".
  • http://le.manifeste.free.fr , sítio de "Le Manifeste", novo jornal revolucionário francês.
  • http://site.voila.fr/coordination69 , sítio francês da Coordination Communiste du Rhône.
  • http://www.primeiralinha.org/ Sítio web oficial de "Primeira Linha", organização comunista galega.
  • http://obeco.planetaclix.pt/ A Krisis é uma revista estimulante, com análises poderosas e originais, dirigida pelo filósofo alemão Robert Kurz (de que resistir.info já publicou vários ensaios). O seu sítio em português, com traduções de boa qualidade, contem um vasto e rico conjunto de ideias (algumas delas de apreensão um tanto difícil devido ao seu nível de abstração e ao facto de se referirem a temas da realidade intelectual e política alemãs).
  • http://www.comms.dcu.ie/sheehanh/sheehan.htm . Sítio da dra. Helena Sheean, investigadora irlandesa no campo da história das ideias e da comunicação.
  • http://www.worldtribunal.org/ . As sessões do World Tribunal on Iraq começaram em 14/Abr/2004 em Bruxelas, as próximas decorrerão em várias cidades europeias e a sessão final está marcada para Istambul em 20/Mar/2005 (segundo aniversário da invasão do Iraque).
  • http://www.encyclopedie-marxiste.com/ . Um projecto francófono ambicioso que pretende constituir uma enciclopédia marxista on line.
  • http://www.marxmail.org/mark_jones_archive.htm . Alguns dos textos mais importantes de Mark Jones foram reunidos aqui. A maior parte deles refere-se a petróleo, acumulação de capital e crise económica. Clique aqui para saber quem foi Mark Jones.
  • http://www.cadtm.org/ Comité pela Anulação da Dívida Externa do Terceiro Mundo (em espanhol, francês e inglês).
  • http://www.legrandsoir.info/ Jornal alternativo de informação militante (em francês).
  • http://www.statewatch.org/ Observatório do Estado e das liberdades civis na União Europeia.
  • http://www.ciudadanosporlarepublica.info/ . Combate à constituição monárquica imposta em 1978 pelo moribundo ditador Franco.
  • http://www.lariposte.com/ . Sítio francês com muito interesse.
  • http://laberinto.uma.es/ . Filosofia, economia e política neste Laberinto produzido em Espanha. Contem trabalhos de investigação de grande qualidade.
  • http://www.courtfool.info/pt_home.htm . Em tempos antigos os bobos da corte eram os únicos que tinham liberdade para dizerem certas verdades aos poderosos. Este sítio, do investigador holandês Rudo de Ruijter, diz algumas verdades importantes sobre política monetária, energia e outros assuntos.
  • http://www.chemarx.org/ Sítio suíço (em francês) com cursos de marxismo. O famoso manual de Politzer pode ser descarregado em Chemarx.
  • http://www.domenicolosurdo.blogspot.com/ Blog do filósofo italiano Domenico Losurdo, da Universidade de Urbino.

    América do Norte

  • http//www.globalresearch.ca/ . Centro de Investigação sobre a Globalização, no Canadá, dirigido pelo Prof. Michel Chossudovsky.
  • http://www.monthlyreview.org/ . A Monthly Review , fundada pelos economistas Paul Sweezy, Paul Baran e Harry Magdof, é uma das melhores e mais prestigiadas revistas marxistas do mundo. O seu primeiro número (publicado em 1948) contem um artigo de Albert Einstein em defesa do socialismo.
  • http://www.marxmail.org/ , arquivo da mailing list Marxmail.org
  • http//emperors-clothes.com/ . Sítio bem informado acerca dos países balcânicos e acerca do 11 de Setembro.
  • http://www.cpusa.org/ , sítio principal do Partido Comunista dos EUA
  • http//www.iacenter.org/ . O International Action Center foi fundado pelo Dr. Ramsey Clark, antigo Procurador Geral dos EUA. Foi uma das primeiras personalidades do mundo a denunciar a criminosa utilização de urânio empobrecido (depleted uranium) em munições convencionais das forças armadas ianques. Este sítio trata de informação, activismo e resistência ao militarismo norte-americano.
  • O link para http://www.geocities.com/malcontentx/ foi inexplicavelmente desconectado. Felizmente, resistir.info efectuara previamente o descarregamento do seu conteúdo e pode agora oferecê-lo aos seus leitores. O autor deste estudo afirma que a sua intenção é "ajudar a descobrir a verdade acerca do que ocorreu em 11 de Setembro de 2001". A investigação que apresenta, em centenas de páginas, é minuciosa. Ela desvenda a teia de mentiras, omissões e meias verdades contadas pelo governo Bush. Com o 11 de Setembro deu-se um golpe de Estado.
    Para descarregar os ficheiros clique nestes links (com o botão direito do mouse) e faça "Save As":
    1) Introduçao: malcontentx.html , 4 kB
    2) Questões não respondidas: questions.html , 390 kB
    3) Ideias: thoughts.html , 39 kB
    4) Novas questões: further.html , 41 kB
  • http://www.internationalanswer.org/index.html Cresce nos EUA a resistência ao avanço do fascismo, promovido pelo governo Bush. A ANSWER (Act Now to Stop War & End Racism) é uma frente unitária de várias organizações americanas.
  • http://www.iacenter.org/ O International Action Center, com sede Nova York, foi fundado por Ramsey Clark, antigo ministro da Justiça dos EUA. O IAC conduz uma batalha tenaz contra o militarismo e a agressividade do governo Bush.
  • http://www.scienceofsociety.org "The Institute for the Study of the Science of Society" é uma instituição marxista de ensino e investigação da sociedade. Tem sede nos Estados Unidos. O sítio contem uma série de cursos, documentos de investigação, resumos das discussões que decorrem nos seus grupos de estudo, etc. É muito estimulante o ensaio "O fim do valor", de Jim Davis, que analisa a electronização da sociedade à luz da teoria do valor-trabalho.
  • http://911research.wtc7.net/index.html , este sítio norte-americano assevera — simplesmente — que em 11/Set/2001 os edifícios do World Trade Center não foram destruídos devido a choques de aviões e sim por terem sido demolidos.
  • http://physics911.org/net/index.php . A física do 11 de Setembro. Um sítio em que cientistas e técnicos dissecam as mentiras que nos foram contadas acerca do 11/Set/2001 e tentam romper a muralha de silêncio imposta pela grande imprensa empresarial.
  • http://www.thememoryhole.org/ . "O buraco da memória -- resgatar o conhecimento, libertar a informação" é um trabalho meritório. Trata-se de revelar publicamente os factos e documentos que o governo americano esconde do público. Com o governo de Bush aumentou extraordinariamente a quantidade de coisas censuradas.
  • http://www.warprofiteers.com/ . Um baralho de cartas com os aproveitadores da guerra. Ele mostra alguns dos criminosos de guerra reais na chamada "guerra ao terror" promovida pelo governo Bush. A guerra é um grande negócio para o capital monopolista. Pode descarregar o baralho aqui clicando em war_profiteer_card_deck.pdf com o botão direito do rato e fazendo Save As... O ficheiro tem 1,02 MB (carregamento lento) e precisa do Acrobat Reader para leitura.
  • http://www.blackcommentator.com/ . Vale a pena visitar este sítio da comunidade negra norte-americana. O Black Commentator nada tem a ver com a desinformação dos media corporativos.
  • http://www.cia-on-campus.org/ . A actuação da CIA no mundo académico.
  • http://www.nyu.edu/projects/ollman/index.php . Estudos de Bertell Ollman, professor da Universidade de N. York que inventou o "Jogo da lutas de classes".
  • http://www.umrc.net/default.aspx . O Uranium Medical Research Centre dispõe de serviços de análise para os que foram contaminados pelo urânio, como os envolvidos em guerras nos Balcãs, no Afeganistão e no Iraque. Há um questionário preliminar de auto-avaliação para os que suspeitam terem sido vítimas.
  • http://www.oligopolywatch.com/ . O observador dos oligopólios proporciona uma vasta colecção de dados empíricos acerca da oligopolização geral da economia americana, tendência intensificada nos últimos anos com a onda de fusões.
  • http://www.sunshine-project.org/ . O Sunshine Project procura trazer à luz factos acerca das armas biológicas que estão a ser desenvolvidas em universidades americanas por encomenda do governo dos EUA.
  • http://www.redcritique.org/ . Sítio de ensaios na óptica do marxismo.
  • http://www.chss.montclair.edu/english/furr/ . Página do Prof. Grover Furr, especialista em História Medieval e em História da União Soviética.
  • http://webusers.physics.umn.edu/~marquit/ . A MEP edita a Nature, Society, and Thought , uma revista de alto nível.
  • http://www.scienceandsociety.com/ . Publicada trimestralmente desde 1936, Science & Society é a mais antiga revista académica marxista do mundo com publicação contínua.

    Brasil

  • http://www.mst.org.br/ Em condições difíceis, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra luta com tenacidade pela Reforma Agrária no Brasil.
  • http//www.correiocidadania.com.br/ , semanário brasileiro de inspiração católica dirigido pelo Dr. Plínio de Arruda Sampaio
  • http://www.conlutas.org.br/ , A Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) do Brasil é uma entidade coordenadora de entidades sindicais, organizações populares e movimentos sociais. O seu objetivo é organizar a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula (Sindical/Trabalhista, Universitária, Tributária e Judiciária) e contra o modelo econômico que este impõe ao Brasil, de acordo com as diretrizes do FMI.
  • http://www.redmarx.net/ A Rede Marx Latinoamericana foi criada em 1999 no V Encontro de Revistas Marxistas do Continente. Sítio em português e em espanhol.
  • http://www.brasildefato.com.br "Brasil de Fato", novo semanário lançado em 2003.
  • http://www.portoalegre2003.org/publique/index01P.htm Rumo ao 3º Forum Social Mundial. Porto Alegre, 2003.
  • http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/ "Crítica marxista" é uma revista editada pelo Centro de Estudos Marxista (Cemarx) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Brasil).
  • http://lusomarx.cjb.net/ "Marx em português" contem uma colecção de textos económicos contemporâneos com orientação marxista.
  • http://www.guevarahome.org , um sítio brasileiro de informação e análise.
  • http://www.lpp-uerj.net/outrobrasil/ , sítio brasileiro do Laboratório de Políticas Públicas.
  • http://www.marini-escritos.unam.mx/ . Reunem-se aqui os principais escritos do economista brasileiro Rui Mauro Marini (1932-1997).
  • http://www.inverta.com.br/ . O "Inverta" é um semanário comunista brasileiro que combate a política neoliberal do governo Lula.
  • http://www.anovademocracia.com.br/ . "A Nova Democracia" é um combativo jornal apartidário editado no Rio de Janeiro.
  • http://www.vermelho.org.br/ . Sítio web do PC do B (apoiante do governo Lula).
  • http://www.cecac.org.br/ . Centro Cultural Antônio Carlos Carvalho, que funciona no Rio de Janeiro.
  • http://www.pcb.org.br/ . Sítio web do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
  • http://www.acepusp.org.br/apalavralatina/ . A Palavra Latina, jornal progressista e apartidário publicado em S. Paulo. Há também uma edição em papel, com tiragem de 12 mil exemplares.
  • http://www.expressaopopular.com.br/ . Uma excelente editora brasileira que pratica uma política de preços acessíveis.
  • http://www.nep2000.ecn.br/ . A "Nova Economia Política do III Milénio" é um sítio estimulante de dois economistas, com novas ideias sobre a emissão e distribuição da moeda.

    América Central e do Sul

  • http://www.anncol.org/ . Agência de Notícias Nueva Colombia. URL alternativa: http://www.anncol.nu/ ou http://anncol.eu/index.php
  • http://www.granma.cubaweb.cu/ . Edição diária do Granma.
  • http://www.nodo50.org/cubasigloXXI/ , Cuba Siglo XXI contem trabalhos científicos acerca de temas económicos, políticos e institucionais cubanos e latino-americanos.
  • http://www.lajiribilla.cu/ . Revista Digital de Cultura Cubana.
  • http://www.cubarte.cult.cu/ . Portal da cultura cubana.
  • http://www.rrojasdatabank.org/ Vasta colecção de documentos sobre problemas económicos e sociais organizada pelo professor chileno Robinson Rojas. Sítio trilingue (espanhol, francês e inglês).
  • http://pacocol.org/ Sítio do Partido Comunista Colombiano.
  • http://www.resistencianacional.net/ Resistência nacional, a revista das FARC-EP.
  • http://www.pcv-venezuela.org/index.php Sítio oficial do Partido Comunista da Venezuela e do seu jornal, "Tribuna Popular".
  • http://www.ppt.org.ve Sítio oficial do Pátria Para Todos, partido progressista da Venezuela.
  • http://www.espacioautogestionario.com Sítio da Venezuela que apoia o Movimento Bolivariano.
  • http://www.antiterroristas.cu/ Um sítio web cubano destinado a revelar, denunciar e combater o terrorismo em geral e, em particular, o terrorismo de Estado praticado pelo governo dos EUA.
  • http://www.yachay.com.pe/especiales/mariategui/ Casa Museu José Carlos Mariátegui, um dos maiores pensadores marxistas da América Latina. Os seus "7 ensayos de interpretación de la realidad peruana" encontram-se em http://www.yachay.com.pe/especiales/7ensayos/
  • http://laventana.casa.cult.cu "La Ventana" é o portal informativo da Casa de las Americas, uma importante instituição de Cuba e de toda a América Latina. A Casa de las Americas, criada no início da Revolução Cubana, desenvolve um vasto trabalho no campo da literatura e das artes (cinema, teatro, artes plásticas, etc). Vale a pena visitá-la.
  • http://www.chile-esmeralda.com/ A história negra de La Esmeralda, o navio-escola chileno da tortura e da morte.
  • http://www.webpcu.org/ , novo sítio do Partido Comunista do Uruguai, lançado em Outubro de 2003, com actualização semanal.
  • http://www.econoticiasbolivia.com/ , excelente sítio boliviano de análise económica e social, lúcido e combativo.
  • http://www.fundacionarismendi.org/ . Sítio da Fundación Rodney Arismendi, do Uruguai. Arismendi, juntamente com Mariátegui, foi um dos grandes marxistas criadores da América Latina. A fundação que leva o seu nome desenvolve um extenso trabalho de investigação científica.
  • http://www.comunistas-mexicanos.org/ . Partido de los Comunistas de México.
  • http://www.noidb.org/ . Campanha contra o Banco Interamericano de Desenvolvimento, pela vida, justiça & diversidade (em castelhano e inglês).
  • http://www.terrorfileonline.com/es/index.php/Inicio . Enciclopédia on line acerca do terrorismo made in USA nas Américas, iniciativa aprovada Encontro Internacional em Defesa da Humanidade.
  • http://www.refundacioncomunistapr.com/ . Refundação Comunista de Porto Rico.
  • http://www.batayouvriye.org/ . Órgão de sindicatos e comissões de trabalhadores do Haiti. Em francês, inglês, castelhano e crioulo.
  • http://www.altercom.org/ . Altercom, agência de notícas do Equador.

    Ásia/Médio Oriente

  • http://www.nodo50.org/csca/ , sítio do Comité de Solidariedade com a Causa Árabe, em espanhol.
  • http://www.freearabvoice.org/index.htm . "The Free Arab Voice, a sua voz num mundo em que o sionismo, o aço e o fogo tornaram a justiça muda" é o título deste sítio produzido por intelectuais jordanianos. Contem análises e noticiário dos acontecimentos no Iraque (em inglês e em árabe).
  • http://www.mundoarabe.org/ , sítio em espanhol com informação sempre actualizada acerca do mundo árabe.
  • http://www.fdlpalestina.org/ , sítio em espanhol da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, uma organização de esquerda e a principal dentro da OLP, da Resistência e da Intifada palestina.
  • http://electronicintifada.net/new.shtml , Notícias da Palestina.
  • http://electroniciraq.net/news/ , Notícias do Iraque.
  • http://www.iraqsnuclearmirage.com/ , um livro sério escrito por um cientista iraquiano, o Dr. Imad Kadduri, que desmistifica as mentiras inventadas e apregoadas pelo governo Bush acerca das capacidades nucleares do Iraque. O seu blog chama-se Free Iraq .
  • http://riverbendblog.blogspot.com/ . O quotidiano de Bagdad visto por uma jovem iraquiana.
  • http://www.korea-np.co.jp/pk/ A agressividade do imperialismo contra a RDPC (Coreia do Norte) intensifica-se, ameaçando-a com nova guerra logo após a do Iraque. O governo Bush iniciou uma campanha de mentiras acerca do programa nuclear norte-coreano. Mas o que diz o outro lado nunca é contado pelos medias empresariais que desinformam o mundo. Pode ver aqui a história do lado coreano.
  • http://www.rupe-india.org/ , O Research Unit for Political Economy (RUPE), em Mumbai (Bombaim), Índia, efectua análises, tanto ao nível teórico como empírico, da economia indiana.
  • http://www.wsfindia.org/index.php , Fórum Social Mundial, em Mumbai, Índia, de 16-24/Jan/2004.
  • http://www.korea-dpr.com/ , sítio oficial da RDP da Coreia.
  • http://henryckliu.com/ . Sítio web de Henry C. L. Liu, especialista em problemas monetários e financeiros.
  • http://www.aloufok.net/sommaire.php3 . Sítio libanês, do Movimento Democrático Árabe (em francês).
  • http://bdsmovement.net/ . Boycott, Divestment and Sanctions for Palestine.

    África

  • http://www.forumtiersmonde.net/fren/index.htm Forum du Tiers Monde. Contem o Apelo de Bamako.
  • http://www.penserpouragir.org/ . Um sítio dedicado aos actores do desenvolvimento local no Mali e em África. Em francês.
  • http://www.macua.org/miacouto/index.html . Página que reune escritos de Mia Couto, até então dispersos.
  • http://www.mathaba.net/menu.htm . Mathaba.Net é uma rede de notícias alternativas sobre África.

  • Fonte: www.resistir.info

    domingo, 1 de março de 2009

    Ganhamos mais uma.....


    Os campeões do primeiro turno posam para foto antes do jogo decisivo. De pé: Lauro, Bolívar, Magrão, Índio, Sandro e Álvaro; Agachados: Guiñazu, Nilmar, Kleber, Andrezinho e Taison


    Num jogo brilhante, onde se destacaram Andrezinho e Guinazú pelo excelente desempenho no meio campo colorado, tendo Taison na frente dando um cansaço na defesa gremista, o Internacional obteve mais uma vitória no clássico grenal( a sete jogos não perde), conquistando assim o primeiro turno do campeonato gaúcho e a Taça Fernando Carvalho.
    No primeiro tempo a equipe vermelha obteve duas situações claras de gol, onde na primeira delas o goleiro Vitor, do gremio fez duas defesas sensacionais e uma outra, por um cruzamento de Kleber, hoje sim jogando bem melhor, que Andrezinho cabeçou a queima roupa e Vitor defendeu novamente. No segundo tempo através de duas bolas levantadas na área aconteceram os dois gols colorados e num chute bem colocado de Alex mineiro que pegou o goleiro do Inter, Lauro, adiantado, o gremio fez seu gol.
    Essa vitória demonstrou duas coisas: Celso Roth, treinador gremista é realmente um retranqueiro, pois iniciou o jogo com apenas um atacante, tentando reproduzir o desempenho do grenal anterior, e esquecendo que naquele jogo o inter estava com seu meio campo exposto tendo apenas dois marcadores, mudando no segundo tempo inteiramente a partida ao colocar mais marcadores; e que Tite está finalmente encontrando um equilíbrio no meio campo e na defesa, embora Laura esteja com dificuldades nas saídas de bola, o que é uma característica dos goleiros brasileiros. O inter dominou toda a partida, com excessão de alguns minutos após levar o gol de empate onde a equipe de abalou um pouco.Vitória merecida e o RS continua vermelho, pelo menos no futebol.

    Artigo muito interessante...

    Quem escolhe o afogamento?

    Marcos Rolim

    Quando Virgínia Woolf entrou no Rio Ouse para se matar, sabia que a loucura a cercava. Mesmo assim, deixou dois bilhetes de amor e teve o cuidado de encher com pesadas pedras os bolsos de seu casaco. Ela ouvia vozes, mas sabia que o suicídio por afogamento não é um método simples. Por instinto, todos os mamíferos reagem à asfixia e emergem mesmo os que desejam a morte. Sabe-se que os suicidas escolhem a forma de morrer, privilegiando métodos que lhes assegurem rapidez e que eliminem ou reduzam sofrimento. Não por acaso, estima-se que 64% dos homens e 40% das mulheres que se matam em todo o mundo usam armas de fogo. Pela mesma razão, a escolha pelo afogamento é incomum sendo, por exemplo, apenas 1,3% dos suicídios nos EUA (os suicídios na Golden Gate Bridge, a propósito, raramente são afogamentos, porque as vítimas morrem pelo impacto na água queda de 75 metros a uma velocidade de 138 km/h no momento do impacto).

    A facilidade de acesso aos meios letais faz muita diferença (Marzuk et al, 1992) e a maior parte das pessoas com ideação suicida só a consuma mediante acesso a determinados métodos, desistindo da ideia na ausência deles. Na Inglaterra, a introdução de uma nova composição de gás de cozinha – muito menos tóxica – fez com que os suicídios com este meio fossem reduzidos de 2.368 casos em 1963 para 11 em 1978 (Colt, 1991) enquanto na então Alemanha Ocidental aquela mudança fez com que as taxas para este evento despencassem de 11,6% para 0,3% no mesmo período (Wiedenmann A., Weyerer S., 1993); em nenhum caso houve migração considerável para outros métodos de suicídio.

    A morte por afogamento envolve uma das mais aterrorizantes experiências. Escolhê-la é, por isso mesmo, um gesto de loucura, não de desespero ou depressão aguda. A autópsia que conclua pela morte por afogamento, por seu turno, jamais será prova de suicídio ou de homicídio. No caso do homicídio, por exemplo, seria preciso constatar ferimentos ou hematomas no cadáver ou vestígios (por exemplo, sob as unhas) que indiquem luta corporal prévia. Na ausência destes elementos, pode-se chegar à causa da morte, mas não às condições em que ela se deu (o que torna o homicídio por afogamento um crime de difícil solução).

    Digo isto apenas porque no caso da morte do ex-assessor do Governo do Estado, Marcelo Cavalcante, fiquei com a impressão de que a hipótese do suicídio foi muito rapidamente sacramentada pelo discurso oficial. Ele tinha um depoimento marcado no Ministério Público e procurou informações sobre o programa de proteção a testemunhas. Quem busca este tipo de informação está preocupado em manter sua vida, não em abreviá-la. Segundo consta, Marcelo teria dito a sua esposa que estaria indo “para outra vida”. A frase parece definitiva, mas não é. Não se cogitou que o eventual ingresso no programa de proteção a testemunhas pode significar, precisamente, outra vida, inclusive outro nome conferido legalmente ao protegido. Muitas outras hipóteses, além desta, são perfeitamente plausíveis. O que parece faltar aqui são evidências e, ao que tudo indica, a vontade de encontrá-las.

    * Jornalista

    sábado, 28 de fevereiro de 2009

    Email de Heitor Reis - Brasil

    Brasil envia 19 mil toneladas de solidariedade a Cuba........ .por quién merece amor!

    Beto Almeida, jornalista

    O Governo Lula doou a Cuba 19 mil toneladas de arroz para enfrentar os graves problemas causados pela passagem de três furacões que devastaram a ilha em outubro passado, o Ike, o Gustav e o Hannah. Uma expressão de solidariedade deste porte não pode passar sem merecer reflexões amplas, especialmente num momento em que o mundo registra principalmente é movimentação de armas. Enquanto Brasil doa arroz, os EUA seguem com o contínuo abastecimento de armas para Israel.

    O carregamento de arroz - o equivalente a 718 caminhões - saiu do porto gaúcho de Rio Grande no dia 10 de Fevereiro e está por aportar em Havana por estes dias, levado por 3 navios cedidos pela Espanha, que, com isto, também participa desta operação de solidariedade a Cuba.

    Os furacões também arrasaram o Haiti e Honduras, países que também receberão doações brasileiras, logo a seguir. Houve escassa divulgação sobre esta doação do governo brasileiro, apenas discretos registros na imprensa do sul, mas, no total ela representará 44,4 mil toneladas de arroz. Além disso, serão enviadas aos três países, em um terceiro carregamento ainda sem data prevista, 1.105 toneladas de leite em pó e 4,5 toneladas de sementes de frutas, verduras e legumes, produzidos pela agricultura familiar.

    Fidel: como um ataque nuclear

    Segundo o Itamaraty , somente no Haiti, as tempestades deixaram pelo menos 800 mortos e 800 mil desabrigados. Em Cuba, foram sete mortes e perdas calculadas em US$ 10 bilhões, com meio milhão de casas danificadas ou destruídas e centenas de milhares de hectares de plantações arrasados. O ex-líder cubano Fidel Castro chegou a comparar as imagens de destruição na ilha às que testemunhou na cidade japonesa de Hiroshima após a detonação da bomba nuclear.

    É aqui exatamente onde se faz mais necessária uma reflexão bem atenta sobre o significado desta ajuda, retirada dos estoques públicos geridos pela Companhia Brasileira de Abastecimento e que conta com expressiva produção de responsabilidade da agricultura familiar.

    Os jornalistas que acompanham há mais tempo as passagens constantes de furacões sobre o Caribe, podem observar uma diferença sobre o comportamento da sociedade cubana, de sua defesa civil, a unitária e disciplinada mobilização de seu povo. Com toda a lamentável destruição que ocorre, sobretudo em habitações, na agricultura e também no setor elétrico, é possível verificar que o caráter socialista da sociedade cubana permite sim minimização das perdas humanas. Pode-se alegar que em se tratando de furacões é difícil comparar as perdas cubanas, as 7 mortes em Cuba, com os mais de 800 que morreram no Haiti, país que vive um crise humanitária, uma tragédia social densa, além de estar sob a presença de Tropas da ONU, cuja permanência foi solicitada pelo presidente René Preval logo após sua eleição com expressivo apoio popular, superior a 73 por cento dos votos.

    O que vale registrar é que em Cuba, diante da ameaça de uma catástrofe natural, todos os instrumentos do estado e da sociedade se mobilizam de modo integrado, sobretudo os meios de comunicação, atuando em sintonia completa com a Defesa Civil, com o intuito de salvar vidas. Lá não há mídia privada que não pode suspender sua programação para difundir diretrizes de evacuação de regiões que serão mais afetadas pelos furacões. Aqui só mudam a programação para explorar o sensacionalismo mórbido como na tragédia da adolescente Eloá, sempre na linha do vale-tudo pela audiência. Quem manda na programação é o departamento comercial. Em Cuba não há mídia privada, salvar vidas é obrigação, é a pauta fundamental.

    Assim, com este esforço unitário que inclui órgãos do Estado, as Forças Armadas Revolucionárias, a Defesa Civil, os sindicatos, os meios de comunicação, os Comitês de Defesa da Revolução, o sistema de saúde, é possível em poucas horas evacuar contingentes de um milhão e meio de cubanos. Só isto já é uma façanha, pois estamos falando de mais de 10 por cento da população cubana aproximadamente, que hoje alcança pouco mais de 11 milhões de habitantes. Imaginemos o esforço que deveria ser feito, a magnitude da logística requerida se necessário fosse evacuar, em poucas horas, diante de uma ameaça climática, a 10 por cento do povo brasileiro, ou seja, algo como 19 milhões de seres humanos. Sabemos que sequer conseguimos resolver a contento ainda operações muito mais simples como a da documentação dos cidadãos, a do registro das crianças recém-nascidas, estamos sendo obrigados a dispensar boa parte dos recrutas pela impossibilidade de oferecer-lhe a refeição adequada nos quartéis.

    Jornalismo de desintegração

    Sim, o Brasil ainda não resolveu muitos problemas de séculos atrás, como diz o próprio presidente Lula, mas foi capaz de ter a sensibilidade social de enviar 19 mil toneladas de solidariedade para a Cuba que tanto merece amor. Seria necessário divulgar muito mais o que está ocorrendo de fato junto com o envio dessas toneladas de arroz-solidário. Era até mesmo necessário que a TV Brasil estivesse nos navios espanhóis que fazem o transporte para contar esta história de integração que caminha, mas que nem é compreendida adequadamente, seja porque a comunicação não opera, seja porque há a atuação do jornalismo da desintegração. Refiro-me aquela certa mídia que afirma que integração é pura retórica itamarateca.

    Antes das 19 mil toneladas de arroz solidário, já haviam ido para a Ilha rebelde o braço da Emprapa, da Petrobrás. Multiplicam- se os acordos de cooperação, os volumes de comércio, os laços culturais. Há quem não queira ver.

    Sangue brasileiro em solo cubano

    Mas, entre Cuba e Brasil os laços de solidariedade - ternura entre os povos - são muito mais antigos, sempre mal divulgados. Lutaram no Exército de Libertação Nacional de José Marti dois brasileiros, dois cariocas. Essas 19 mil toneladas de arroz aportam em solo irrigado pelo sangue de dois brasileiros que atenderam ao chamado revolucionário de Marti para a luta de libertação de Nuestra América. Solo fértil. Lá ficaram, junto com José Marti, também abatido em combate. Já havíamos doado sangue ao povo cubano.

    Em outros momentos, brasileiros e cubanos também estiveram de alguma forma juntos, como, por exemplo, na luta de libertação de Angola. Trezentos e cinqüenta mil cidadãos cubanos, homens e mulheres, incluindo a filha do Che, tomaram em armas e foram para Angola lutar contra o exército sul-africano que invadia a terra do poeta Agostinho Neto, que pessoalmente solicitou ajuda a Fidel Castro. A sanguinária democracia dos EUA apoiando o exército do Apartheid de um lado e Cuba lutando ombro a ombro com os angolanos do outro. O Movimento Negro brasileiro não mandou uma aspirina em solidariedade aos angolanos. Na Batalha de Cuito Cuanavale, 1988, os nazis do apartheid da África do Sul foram finalmente derrotados, levando Mandela a declarar: “ a Batalha de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do Apartheid!!!” O Brasil tinha sido o primeiro país a reconhecer a independência da República Popular de Angola, o que levou Henry Kissinger, então secretário de estado dos EUA, a vir ao Brasil para reclamar de Ernesto Geisel , afirmando que o Brasil estava fazendo o jogo dos comunistas, estava junto com Cuba, etc. Geisel respondeu apenas: “a política externa brasileira não está em discussão com o senhor!” Houve um tempo em que chanceleres brasileiros tiravam o sapato diante de ordens desaforadas de qualquer guardinha de alfândega....

    Furando bloqueios

    Hoje o Brasil envia 19 mil toneladas de arroz para Cuba e dá uma banana para a tal lei Helms-Burton, fura o bloqueio com solidariedade, para lá envia a Embrapa e a Petrobrás. Com o apoio da Espanha de Zapatero. Antes, a Espanha de Aznar, mandava tropas para o Iraque, operava no Golpe de Abril de 2002 contra Chávez...

    Por quem merece amor....

    Solidariedade não se discute a quem, mas esta é matéria que Cuba pode dar aulas de sobra. Existem hoje profissionais de saúde cubanos em mais de 70 país. Apenas na Venezuela trabalham 23 mil médicos cubanos. No Timor Leste também encontram-se 350 médicos cubanos em missão de solidariedade. O presidente timorense, o jornalista e poeta Ramos-Horta, contou-me que o Embaixador dos EUA tentou pressionar para que Timor rejeitasse a ajuda cubana. Ramos, com a sabedoria humilde dos timorenses, apenas perguntou ao embaixador norte-americano quantos médicos seu país havia enviado para aquela ilha que antes foi um Vietnã Silencioso, dado seu heroísmo e dignidade, escondidos de modo vil pela mídia controlada pela indústria bélica e pela ditadura petroleira internacionais. O gringo vestiu a carapuça. Há mais médicos e professores cubanos em todos os continentes do que profissionais de todos os países ricos de idêntica especialização , somados. Mas, se a continha fosse de soldados.... ....

    A Venezuela já foi declarada pela Unesco “Território Livre de Analfabetismo” , e lá estavam os professores e pedagogos cubanos para assegurar esta conquista. Ser livre é ser culto, diz Marti. Da mesma maneira, quando em dezembro último a mesma Unesco - mais acostumada nos últimos tempos a contabilizar a devastação da educação pública no mundo - declarou oficialmente a Bolívia como “Território Livre do Analfabetismo” , lá estavam os professores cubanos, com o seu método de alfabetização “Yo si puedo”, prestando sua solidariedade para tirar o povo boliviano das trevas da ignorância neoliberal.

    Doando médicos, professores, pedagogia

    Aliás, este método de alfabetização também foi adaptado por pedagogos cubanos para aplicação via rádio no Haiti, em dialeto creolo. A observação é simples: um país que já extirpou a praga do analfabetismo há mais de 48 anos coloca agora seus profissionais a serviço de outros povos buscando soluções para problemas sociais que já não existem mais ali entre cubanos. De certo modo, lá no Haiti brasileiros e cubanos também encontram-se novamente juntos. Seus esforços de algum modo coordenam-se favoravelmente. A integração se dá. Os 500 médicos cubanos que estão no Haiti são, na prática, a espinha dorsal do que resta do serviço de saúde pública daquele país em colapso e o Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro lá está a construir fossas, pavimentar ruas e estradas, obras de saneamento. O tema é provoca polêmicas, inclusive por vários movimentos sociais, mesmo assim é central considerar declaração do Comandante Fidel Castro em 2006: “eu prefiro tropas brasileiras do que mariners dos EUA no Haiti. Revelando a com quê concepção geopolítica, portanto com quê visão estratégica ampla avalia a questão.

    Do mesmo modo, cabe registrar que este mesmo método de alfabetização cubano está sendo adaptado e aplicado entre indígenas na nova Zelândia e em inúmeros Assentamentos da Reforma Agrária do MST aqui no Brasil sempre combinando o uso do livro e da televisão, incluindo a participação, no caso brasileiro, de alguns artistas de telenovela, igualmente solidários com os mais necessitados.

    Cuba, Katrina e Tusinami

    O desastre do furacão Katrina nos Eua foi duplo: a catástrofe natural ceifou muitas vidas, mas foi agravada pela catástrofe da criminosa negligência dos administradores públicos que deixaram a população de Nova Orleans no deus-dará e dizendo-lhes apenas, “virem-se”. Quê diferença da mobilização disciplinada para evacuação de milhões de cidadãos em Cuba em poucas horas!!! Citemos os números: em Cuba, mais de 500 mil residências destruídas, porém, apenas 7 mortes. Uma vida perdida é sempre uma vida perdia, mas o aqui o valor da consciência, da solidariedade, do sentimento coletivo é o eixo central pois nestas evacuações, os médicos de família acompanham seus pacientes, cuidando inclusive que os animais domésticos também sejam evacuados coordenadamente, especialmente pelo efeito emocional positivo que têm sobre as crianças. É o modo como uma sociedade socialista trata seus animais. A solidariedade , por meio de políticas públicas, chega até estes.

    Cuba imediatamente ofereceu aos EUA um total de 1200 médicos para cuidar da população flagelada pelo Katrina, ajuda prontamente rejeitada pelo então presidente Bush, mais preocupado em enviar soldados para o Iraque que em receber médicos cubanos. Como é possível que a poucas horas da passagem devastadora do furacão em Nova Orleans haja a oferta de 1200 médicos prontos para embarcar para os EUA? Já estão sempre preparados para ajudar outros povos! E como é possível que o país mais rico do mundo não tenha tido a capacidade, até hoje, de reconstruir o que foi destruído pelo furacão, deixando patente, sobretudo, o desprezo pelas populações negras que perderam suas casas, seus móveis etc.?

    Eis aí um aspecto que diferencia fundamentalmente as sociedades: algumas são capazes de cuidar dos seus, mas também cuidar dos mais necessitados, mesmo que estejam em outro país, a civilizada capacidade de oferecer solidariedade. Por isso, é também importante registrar que a Venezuela continua doando para as populações pobres dos EUA óleo combustível a ser usado para a calefação neste período de frio. Sim, é comum a morte por frio entre os pobres nos EUA. E lembrando que em Cuba encontram-se hoje 500 jovens dos EUA, pobres e negros moradores do Harlen, a estudar gratuitamente na Escola Latino-Americana de Medicina.

    Até os elefantes se salvaram...

    Da mesma forma que no Katrina, também no Tsunami também ficou demonstrado o desprezo pelo salvamento de vidas. Quando os aparelhos eletrônicos dos EUA detectaram os tremores no fundo do mar, imediatamente foi possível calcular seus possíveis efeitos, o maremoto arrasador. Tanto é assim que rapidamente as embaixadas dos EUA na região foram orientadas sobre o que poderia vir. As aeronaves da base naval norte-americana da Ilha de Diego Garcia foram colocadas em área protegida. Sabia-se o que estava por vir em algumas horas. Horas suficientes para serem utilizadas na informação preventiva, mobilizadora, para organizar um operação de evacuação gigantesca. Tanto é que elefantes que percebem os tremores subterrâneos captaram a mensagem da natureza e fugiram para lugar seguro. Os elefantes escaparam!

    Mas, a magnífica parafernália de comunicação hoje em mãos da humanidade para integrar bancos, bolsas de valores, esquadras navais, satélites, internet, para operações com capitais especulativos, não foi usada para salvar vidas! Se fosse um colapso bancário, em segundos todos os países do mundo estariam informados. Mas, era um maremoto que estava se formando a partir das súbitas mudanças das placas tectônicas no fundo do mar, não era mudança de capital. Havia o espaço de tempo necessário para salvar vidas se todos os meios de comunicação, os satélites, as rádios e televisões, trabalhassem com o sentido humanitário, com o espírito de missão pública, com a consciência de que se pode sim salvar vidas, como se faz em Cuba quando vêm chegando os furacões. A tecnologia, sem consciência solidária, de nada vale quando se trata de salvar vidas, apenas isto.

    Assim, aprendamos todos com esta página de solidariedade que está sendo escrita agora pelo Brasil, coerente com uma política de integração. Militares brasileiros da Aeronautica participaram de operações de salvamento de flagelados quando das devastadoras inundações na Bolívia há alguns meses. Participaram também, recentemente, indicados pelas Farc, mas com a concordância do governo da Colômbia, da operação de resgate humanitário dos reféns coordenada pela Cruz Vermelha nas selvas do país vizinho. Mas, esta página tem muitos antecedentes, sobretudo inúmeras páginas nobres que Cuba já escreveu na história da solidariedade internacional dividindo generosamente seus escassos meios com outros povos mais necessitados.

    Assim, o arroz solidário brasileiro vai para quem merece amor, como na canção de Silvio Rodriguez.

    Beto Almeida

    Diretor de Telesur

    Mafiosos da Mídia mostram a cara:


    Para eles, a Ditadura foi mesmo branda...

    André Lux


    Como todo mundo já deve saber, um desses asnos de terno e gravata que se prostituem para o PiG em troca de uns trocados e tapinhas nas costas, chamou na Folha de S. Paulo (panfleto neoliberal do PSDB) de "ditabranda" a Ditadura que destruiu o Brasil por 21 anos e prendeu, torturou e/ou matou centenas de brasileiros - inclusive velhos, mulheres e crianças.

    O que dizer de alguém que escreve uma asneira dessas, exceto que se trata de um asno? Humano é que não é. Se bem que chamá-lo de asno é uma ofensa a esse animal irracional, porém pacato e inofensivo.

    Tudo bem o sujeito não gostar do regime cubano ou dos presidentes eleitos democraticamente Hugo Chávez e Evo Morales, agora precisa tentar reescrever a história e ofender qualquer pessoa de bom senso inventando um termo grotesco só para agradar o playboy ridículo que lhe paga o salário?

    Acho que todo mundo está careca de saber que TODA a imprensa tupiniquim não apenas apoiou, como clamou pelo Golpe Cívico-Militar que derrubou o presidente João Goulart, democraticamente eleito, colocando em seu lugar um bando de milicos babões que, entre outras aberrações, transformaram o Brasil no país mais desigual e corrupto do mundo.

    Sim, existiram exceções e muitos jornalistas que trabalhavam para essa imprensa golpista e anti-democrática certamente eram contra o apoio dado à Ditadura pelos donos da mídia. Jornalistas que pagaram caro pela sua rebeldia contra o arbítrio e a covardia, como Vladmir Herzog, morto depois de ser barbaramente torturado pelos cães de guarda do regime apoiado pelos Frias, Mesquitas, Marinhos e outros mafiosos que vendem mentiras que visam atender seus interesses financeiros ou políticos travestidas de "informações".

    Hoje, posam de vestais da defesa da democracia e da ética, porém ficaram milionários mamando nas tetas daquele governo de exceção, enquanto centenas de pessoas eram barbaramente torturadas e assassinadas covardemente.

    Alguns, mais caras-de-pau, exibem provas de que foram censurados para dizer que nunca foram favoráveis ao regime. Mentira! A Folha, por exemplo, nunca sofreu qualquer tipo de censura. O Estadão, jornal cujos ex-donos lamentam o fim da escravidão até hoje, chegou a ser censurado, mas não por defender a volta da democracia e sim por ter apoiado a ala dos milicos que foi derrotada no golpe-dentro-do-golpe que aconteceu em 1968.

    A rede Globo então, nem se fala. Funcionava como porta-voz oficioso da Ditadura e assim permanece até hoje - não ficaria chocado se soubesse que Ali Kamel, o torquemada da central de "jornalismo" da Globo, tem uma foto do general Garrastazu Médici, o carrasco, pendurada em cima da sua cama.

    O meu amigo blogueiro Eduardo Guimarães, do Cidadania.com, está organizando mais um protesto em frente ao feudo dos Frias. Eu estarei lá. Confira abaixo a programação e compareça! Precisamos mostrar a esses canalhas desumanos que eles não detém mais o monopólio da palavra e da opinião.

    PROTESTO CONTRA A "DITABRANDA" DA FOLHA
    DIA: Sábado, 7 de março,
    HORÁRIO: às 10 horas da manhã.
    LOCAL: Folha de São Paulo, Rua Barão de Limeira, no centro de São Paulo.