sexta-feira, 20 de julho de 2007

Raulzito e os Panteras(1968)

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CSC quer central sindical plural, democrática e combativa


Por Carla Santos
Com o tema “Perspectivas do Sindicalismo Classista” 150 lideranças das 50 principais entidades sindicais de mais de 30 cidades paulistas se reuniram na quarta-feira (18) no Sindicato dos Marceneiros, em São Paulo, para debater os rumos da Corrente Sindical Classista (CSC) no estado. Mais de 40 pessoas falaram no encontro e nenhuma delas, a exemplo do encontro realizado anteriormente pela CSC-BA, se opôs à construção de uma central sindical como alternativa plural, democrática e combativa aos trabalhadores.

Para as lideranças, após a reeleição do presidente Lula ocorreu um realinhamento de posições no movimento sindical gerando um novo cenário marcado pela “concentração e dispersão” das correntes que atuam no movimento. “Durante os governos de FHC, tínhamos uma polarização entre a Força Sindical e a CUT. Depois, com o governo Lula, essa polarização foi diminuindo e hoje vemos as duas centrais assumindo posições bem próximas em várias pautas do movimento sindical”, disse o servidor público e vereador de Registro, Otávio Dias da Rosa Shimoda (PCdoB).


“Essa nova realidade repercutiu no movimento sindical — e o que está acontecendo agora é uma dispersão entre as centrais. Hoje nosso país conta com mais de dez entidades nacionais. A mais recente é a União Geral dos Trabalhadores (UGT), mas nenhuma delas apresenta o socialismo como alternativa clara aos trabalhadores, podemos ajudar a construir isso”, concluiu.

Críticas

Os sindicalistas também rebateram notícias e opiniões que estão sendo veiculadas em alguns meios de comunicação sobre a decisão. Eles afirmam que a iniciativa não está ligada à medida provisória do governo que regulamentará as centrais, nem a estratégias eleitorais do PCdoB.


“Foi a CSC que propôs esse debate ao PCdoB — partido do qual ela guarda autonomia”, disse João Batista Lemos, coordenador nacional da CSC. “Até porque a base da corrente é bastante diversa, contando, inclusive, com companheiros e companheiras filiados a outros partidos e centrais sindicais que não são a CUT.”


Batista esclarece que a decisão em favor de uma nova central está ligada a outros fatores. “A dificuldade que passamos a ter de dialogar com a Articulação Sindical (Artisind-PT) na CUT, a exigência de uma ação mais combativa dos trabalhadores neste segundo governo Lula e a grande quantidade de sindicatos não-filiados a nenhuma central que passaram a nos procurar nos motivou a repensar nosso papel na construção da unidade dos trabalhadores”.


A iniciativa de sair da CUT e construir uma central “não é oportunista nem divisionista”, segundo o coordenador da CSC. “Essa decisão está sendo fruto de um amadurecido debate e de uma necessidade histórica”, afirma, contrapondo-se ao recente artigo do ex-presidente do PT José Dirceu, que foi criticado no encontro.

CSC e CUT

Os motivos que levam a CSC a construir uma alternativa às centrais existentes também foi tema de algumas falas no encontro. Um dos sindicalistas presentes chegou a interpretar que a decisão significaria uma ruptura com a CUT.


“Não estamos rompendo”, esclareceu Batista. “Reconhecemos que ela é a maior central sindical do Brasil e um patrimônio dos trabalhadores também por nós construído. A central que construiremos deverá contar com a CUT em inúmeros momentos, e acreditamos que ela será uma de nossas principais aliadas — senão a principal — em várias batalhas”, agregou.


Ele afirmou que a atuação da base da corrente poderá se dar com a participação em várias centrais. “Em muitos locais, os trabalhadores poderão decidir permanecer filiados à CUT, assim como também a outras centrais, e não vamos nos abster de participar desses sindicatos e de qualquer luta no movimento em função desta decisão.”


Os sindicalistas destacaram que reuniões ocorreram com as principais lideranças da Artisind no sentido de manter a CSC na CUT. Porém, as reivindicações por mais transparência nas finanças da entidade, o método de proporcionalidade qualificada para a composição das direções, e um maior diálogo entre as diferentes posições sobre o governo e o movimento, entre outras questões, não foram ouvidas pelos petistas.


Somado a isso, a CSC diz ter sido procurada por entidades importantes de vários estados do país – que não se enquadravam em nenhuma das centrais existentes – enquanto que a saída de outras correntes importantes da CUT – como a que hoje deu origem ao movimento da Intersindical, ligado ao PSOL – ocorreram. Diante destes e outros fatores, o encontro apontou que a unidade dos trabalhadores não passa mais necessariamente pela CUT, o que abre possibilidades para um novo caminho na busca desta unidade.

Possibilidades

Batista afirmou que a CSC está aberta para o debate com todas correntes do movimento, inclusive a Artisind. “Esse é um momento muito novo e estamos abertos para conversar com todos, seja com a Artisind sobre a CUT, seja com outras lideranças sobre as centrais que existem.”


Entretanto, o coordenador da CSC acha muito difícil que haja um recuo na decisão que está sendo debatida na corrente. Seria necessário uma grande reviravolta no comportamento do PT com relação a CUT para que um recuo se desse, o que dificilmente se dará, segundo a avaliação das lideranças.



Outra possibilidade que surgiu durante as discussões foi a de integrar alguma das centrais já existentes, “mas isso dependeria de um programa mais claro em direção ao socialismo e a perspectiva de luta classista a que a corrente está ligada”, afirmou. “O que não quer dizer que faremos uma central para caber só a CSC”, conclui.

A nova central

Algumas pistas do que poderá ser a nova central apareceram no encontro. “Queremos uma central ampla, com as mais diversas correntes do movimento sindical, mas amparada num programa político combativo e classista”, disse Marcelo Cardia, coordenador da CSC-SP.


A central que está por vir também abrigaria secretarias de juventude, negros e mulheres – entre outras – e, se possível, destinará recursos próprios para o trabalho destas secretarias.


A proporcionalidade qualificada é outro ponto já fechado entre as lideranças da CSC. “O método de composição da nova central deve aproveitar experiências positivas que existem nas entidades dos movimentos sociais. A proporcionalidade qualificada que é aplicada na UNE (União Nacional dos Estudantes) é um dos exemplos a serem seguidos na nova central”, completou Cardia.


O nome que a nova central terá ainda não está definido. “Estamos conversando com todas as correntes e entidades que querem conosco construir esta alternativa e vamos, democraticamente, definir com elas como poderá ser chamada à nova central”, informou.


Os próximos passos da corrente incluem uma agenda de encontro nos estados, o lançamento de um movimento pela nova central e, finalmente, um encontro nacional da corrente ainda neste ano. O encontro, que tem características de um congresso, deverá selar a construção da nova central.


Entre outros objetivos da CSC está à construção de um espaço nacional, inspirado nas experiências dos Conclat (Congresso da Classe Trabalhadora), que reúna todo o movimento sindical para debater ações conjuntas. Os sindicalistas reafirmaram que um 1º de Maio unitário entre todas as centrais poderia ser resultado de um espaço deste tipo.

Histórico

Fundada em 28 de agosto de 1.983, a Central Única dos Trabalhadores não nasceu com o apoio imediato dos sindicalistas ligados ao PCdoB. No período, o partido avaliou como divisionista a ação dos sindicalistas ligados ao PT de fundar a Central. O caminho apontado era pelo fortalecimento da unidade através do Congresso da Classe Trabalhadora, que havia recém realizado seu primeiro encontro em 1.981, e que depois fundaria em 1.986 a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT).


Porém, no calor das lutas pela Constituinte de 1.988, a CGT foi sendo tomada pelo sindicalismo de direita e a Corrente Sindical Classista, em um expressivo congresso no ano de 1.990, decide sair da CGT e ingressar na CUT. Desde então, passou a integrar as lideranças que constituíram a Central.


Para Mário Odereti, da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), que acompanhou o encontro da CSC, “a realidade nos nossos países [Brasil e Argentina] nos coloca a necessidade de termos uma central inspirada nos ideais classistas para ajudar a construir a unidade dos trabalhadores na América Latina”. Na sua avaliação a nova central poderá ser um instrumento importante neste sentido.


Fonte: Vermelho

SUPERTRAMP - 5 Álbuns

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quinta-feira, 19 de julho de 2007

Missão em Moscou - O filme!!


Mission_To_Moscow.wmv

Projeto Sevilla-Palestina, da Universidade de Sevilla(em espanhol)

Aumento na cesta básica familiar leva donas de casa às ruas

Em noite de Pato, Inter vence e afunda Corinthians




O Corinthians amargou mais uma derrota na noite desta quarta-feira e aumentou o jejum de vitórias para seis rodadas no Campeonato Brasileiro. Em noite inspirada de Alexandre Pato, que reassumiu sua vaga na equipe titular, o Internacional deu seqüência à sua reação no Nacional e venceu o Timão por 3 a 0, no Beira-Rio.

Os gols foram marcados no segundo tempo, sendo os dois primeiros anotados por Pato. No primeiro, o atacante converteu cobrança de pênalti. O segundo foi marcado pelo atleta depois de vacilo da defesa corintiana. Já Adriano, que substituiu Iarley no decorrer do jogo, fechou o placar, depois de jogada de Pato.

Com a derrota, o Corinthians se manteve estagnado com 14 pontos e caiu para a 16ª posição, apenas uma acima da zona de rebaixamento. Já o Colorado deu seqüência à reação no campeonato, subiu para 17 pontos e se distanciou da parte de baixo da tabela.

O time gaúcho tem novo compromisso no sábado, quando enfrenta o Juventude, no Alfredo Jaconi. Já o Corinthians buscará a reação no dia seguinte, em duelo no Morumbi com o Náutico. O Timão, por sinal, acumula agora seis rodadas sem triunfos no Brasileirão, sendo três empates (Paraná, Fluminense e São Paulo) e três derrotas (Palmeiras, Sport e Inter).

Antes do início da partida desta quarta, os atletas fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente de um avião em São Paulo, ocorrido na terça-feira. O ex-presidente do Internacional, Paulo Rogério Amoretty, que vinha trabalhando como advogado do Corinthians, foi uma das vítimas da tragédia.

Em campo, o técnico Alexandre Gallo apostou em uma equipe ofensiva para tentar surpreender o Corinthians. Para promover a volta de Alexandre Pato, o treinador recuou Christian e manteve também Iarley na equipe. Em alguns momentos, a equipe contava então com três atacantes na frente.

Desta forma, antes mesmo de o relógio completar o primeiro minuto de jogo, o Colorado ameaçou os visitantes. Pato fez o cruzamento da esquerda e Christian cabeceou com perigo, mas Felipe se esticou para efetuar grande defesa e salvar o Timão.

No lance seguinte, Pato driblou Fábio Ferreira na esquerda, mas chutou completamente errado e desperdiçou a oportunidade. Já o Corinthians respondeu em bobeada da defesa gaúcha. Clemer tocou errado na saída de bola e Everton Santos recebeu de presente. O atacante, então, invadiu a área e bateu forte, mas o goleiro defendeu. Willian, por sua vez, não conseguiu aproveitar o rebote.

Do outro lado, Iarley arriscou da intermediária e quase surpreendeu Felipe, que espalmou com dificuldade. O Internacional tentava concentrar o volume de jogo em seu sistema ofensivo, mas o Timão respondia em contragolpes. Aos 18, Finazzi recebeu cruzamento da direita e cabeceou para a pequena área, onde estava Marcelo Oliveira, livre. O volante, porém, concluiu por cima do travessão.

Em nova descida do Inter, Magal invadiu a área e caiu, com a torcida pedindo pênalti, mas o árbitro mandou o jogo seguir. Instantes depois, em outra tentativa aérea do Colorado, Christian subiu mais que a zaga e mandou de cabeça para fora.

No último lance da etapa, Willian passou por Magal na esquerda e bateu cruzado. Clemer espalmou pela linha de fundo, mas o árbitro anotou tiro de meta, considerando que o goleiro tocou na bola quando ela já estava fora de campo.

As duas equipes voltaram para a segunda etapa sem alterações em suas escalações, mas o ritmo do jogo diminuiu momentaneamente. No entanto, no primeiro lance de perigo do Colorado na etapa, o clube local conseguiu inaugurar a contagem. Aos 17, o árbitro Luís Antônio Silva Santos anotou pênalti de Zelão sobre Iarley. Alexandre Pato fez a cobrança e colocou o Inter na frente no placar.

Depois de sofrer o revés, o Timão quase igualou o placar. Willian cobrou escanteio e Clemer deixou a bola escapar, mas se recuperou e evitou o gol. Instantes depois, o arqueiro do time gaúcho não segurou outro escanteio, e Marcão afastou o perigo.

Aos 34, o Colorado ampliou a vantagem. A defesa corintiana não conseguiu segurar Alexandre Pato, que avançou e bateu forte para superar o goleiro Felipe. Nos minutos finais, Pato ainda mostrou inspiração para ajeitar para Adriano, que finalizou da entrada da área e deu números finais ao placar.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 3 X 0 CORINTHIANS

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Data: 18 de julho de 2007, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Luis Antônio Silva Santos (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés e Jorge Campos Luis Roxo (RJ)
Cartões amarelos: Edinho, Sidnei, Iarley e Diego (Internacional); Betão ( Corinthians)
GOLS: INTERNACIONAL: Alexandre Pato, aos 17 e aos 34, e Adriano, aos 44 minutos do segundo tempo

INTERNACIONAL: Clemer; Magal (Diego), Índio, Sidnei e Marcão; Edinho, Ji-Paraná, Pinga e Iarley (Adriano), Alexandre Pato e Christian (Roger)
Técnico: Alexandre Gallo

CORINTHIANS: Felipe; Edson (Dentinho), Fábio Ferreira, Zelão e Betão; Bruno Octávio, Marcelo Oliveira, Rosinei e Willian (Dinelson); Everton Santos (Clodoaldo) e Finazzi
Técnico: Paulo César Carpegiani

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tragédia Brasil

Laerte Braga


Quaisquer que venham a ser as conclusões sobre o acidente com o Airbus da TAM na noite de 17 de julho, vários aspectos têm que ser levados em conta sobre a aviação e o Brasil. A crise que explodiu com a queda do avião da GOL, em outubro do ano passado, abre um cenário trágico, deplorável, e transforma em vítimas pessoas inocentes, ao largo desse processo de transformação do Brasil numa imensa Roça de Cana.

O primeiro ponto a ser considerado é que todas as debilidades de infra-estrutura no País, crônicas, agravaram-se a partir do governo FHC. O Brasil foi deixado de lado na sanha privatista do governo tucano, na corrupção desmedida do governo tucano. Não foram só os aeroportos em todo o seu conjunto, mas também as rodovias, tudo.

O segundo é a absoluta incapacidade do presidente Lula de sair da camisa de força em que se colocou nesse amontoado de alianças que implicou em figuras como Carlos Wilson na presidência da INFRAERO. Estende-se a todo o governo e o episódio do mensalão foi apenas a grita de Roberto Jefferson que não se conformou em perder um cargo chave no controle dos "negócios", no caso uma diretoria de FURNAS.

Ou seja, por qualquer ângulo que se veja, por quantos pontos se levante, o modelo político e econômico está falido e não existe remédio capaz de dar jeito.

Fala-se muito nas vaias ao presidente Lula no Rio de Janeiro. Foram, evidente, armadas e orquestradas no esquema César Maia. Mas estenderam-se e pouco a mídia falou nisso, às delegações da Bolívia e da Venezuela. Excluo as vaias aos norte-americanos (acontecem em qualquer parte do mundo).

Um avião não derrapa no dia anterior ao desse grande acidente de terça-feira e outro cruza uma avenida de mais ou menos 40 metros e se espatifa/explode contra prédios comerciais e da própria companhia, a TAM, se algo não estiver errado.

A princípio as reformas das pistas não foram concluídas e a pressão da crise no setor fez com que a INFRAERO as liberasse sem os devidos cuidados.

O que isso tem a ver com Renan Calheiros, por exemplo? Com FHC? Com Lula? Com a falência do modelo?

Renan foi ministro da Justiça de FHC, votou a favor de todas as privatizações. FHC largou o Brasil como casa abandonada e vendeu o patrimônio público e Lula, malgrado um ou outro esforço aqui e ali, não faz nada que não seja o assistencialismo. O neoliberalismo populista.

Empresas como a INFRAERO foram e são tratadas como moeda de troca no jogo político. É por aí o pulo do gato. O negócio não é funcionar, é garantir o futuro.

As vaias às delegações da Bolívia e da Venezuela? A disputa pelos destroços do Estado brasileiro, onde as vítimas não se circunscrevem aos passageiros do avião da TAM, mas a todos os brasileiros no processo crescente de banalização e transformação do ser/cidadão/pessoa em mercadoria, foi montada, pacientemente pela GLOBO e grande mídia, exatamente porque Bolívia e Venezuela contrariam interesses de gente como Renan, como FHC, como Lula, porque presidentes como Evo Morales e Chávez cuidam dos interesses de seus países.

GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, tucanos, democratas, não são diferentes de nada que transforma o Estado brasileiro num grande e trágico acidente. São porta-vozes dos principais acionistas.

Vai ser um feito e tanto se Lula sair inteiro desse massacre. O que existe é briga por um botim e o acidente com o avião da TAM vai ser usado nessa briga. O loteamento de cargos como a INFRAERO, onde as denúncias de corrupção se estendem para todos os lados.

A tragédia é no Brasil inteiro. As chamas estão crepitando em todo o País. Os prédios estão desabando por todos os lados.


Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.

Ilustração: Táia Rocha

Sabujos e subservientes

Bourdoukan


Eis que os pilantras da mídia ameaçam colocar a cabeça fora do vaso sanitário para absorver os aromas expelidos pelos seus patrões em busca de inspiração. Odeiam a humanidade e desprezam a verdade. Adoram uma sabujice e não vivem sem a subserviência.

São tão preconceituosos esses pilantras que sequer informam que Pelé estará jogando amanhã na África do Sul em homenagem a Nelson Mandela.O craque em campo e eles cultivando um silêncio absoluto.

Também pudera, um negro eles podem suportar, mas dois? E ainda por cima que se recusam a reconhecer o lugar deles? Se já não bastassem Hugo Chávez e Evo Morales, dois mestiços que não sabem se comportar, dois mestiços que em outros tempos estariam na senzala!

Pobres pilantras midiáticos que vivem driblando as descargas para garantir o pão de cada dia!
A que nível chegou a mídia, a que nível...




O governador José Serra esteve ontem no local do acidente aéreo do avião da TAM e deu uma entrevista. Seu discurso do ponto de vista formal tinha um tom comedido. Mas o conteúdo foi deplorável. Ele fez de tudo para jogar a tragédia de ontem no colo do governo federal.

Disse, entre outras tantas patacoadas, que havia uma suspeita de que a pista de Congonhas tinha problemas e que isso precisava ser apurado. E que ali no local um promotor público já o acompanhava e que iria organizar uma investigação “independente” para o governo paulista. Também disse que o aeroporto só seria liberado depois que ele tivesse certeza de sua segurança.

Foi necessário que o seu secretário da Justiça entrasse em cena para fazer uma correção e jogar a culpa pelo mal-entendido na imprensa. “Como o aeroporto é administrado pelo governo Federal, o governo do Estado não pode decidir nada em relação a ele. E Serra não disse isso porque sabe que vivemos num sistema federativo”, disse Marrey. Por isso que é bom ter sempre um bom advogado por perto.

Uma parte da mídia já estava seguindo essa linha precipitada de acusação (e não de investigação) de que o acidente tinha relação com o que se convencionou chamar de “apagão aéreo”. Serra só fez reforçar esse tom editorial. Isso é uma demonstração de como não se deve proceder num momento como esses.

Aliás, Serra deveria ser um pouco mais comedido porque sabe bem o que é viver uma tragédia nas barbas do seu governo. Aliás, governador, só por curiosidade, como estão as investigações em relação à cratera do Metrô? Vossa excelência já poderia nos responder sobre qual a responsabilidade do Consórcio que fez as obras? Vossa excelência poderia nos dizer como andam as investigações sobre o tema na Assembléia Legislativa? Está instalada uma CPI para tratar do caso? Vossa excelência já pediu uma investigação “independente”, por exemplo, para a Polícia Federal ou pretende nomear o mesmo promotor que vai tratar do caso de Congonhas?

Pois então, é disso que se trata. Ontem à noite escrevi neste blog que o governo federal tem sua cota-parte de responsabilidade no acidente. E mantenho minha posição. Acho que de fato há um descalabro no setor e que é preciso fazer algo para que isso mude. A crise maior não está na administração do espaço aéreo ou ainda na situação dos aeroportos, que a bem da verdade melhoraram muito nos últimos anos, mas no que tange a atividade comercial em si. As duas maiores empresas que atuam na área têm feito o que bem entendem. E daqui da minha ignorância acho que elas podem estar colocando em risco a segurança dos seus clientes em nome de mais lucros e um maior mercado. É uma sensação de quem lê jornais e vê que a as aeronaves que antes faziam seis pontes-aéreas por dia, hoje fazem nove. E de quem olha para alguns comandantes de vôo e fica impressionado com a juventude que eles têm. Aliás, repito, muitos de nossos pilotos mais experientes estão indo trabalhar na China, na Índia, na África do Sul e em outras partes. Buscam salários justos e melhores condições de trabalho. Ou seja, para bom entendedor...

Acho que o governo federal e a Anac (aliás, que bela invenção essa história de agências reguladoras, hein Serra?, hein, FHC?) têm obrigação de impedir que isso continue acontecendo. Por isso, repito, não considero que o governo federal não tenha nada a ver com essa história. Tem sim e deve agir rapidamente para que o sistema de transportes aéreo no Brasil funcione de forma responsável e segura.

Agora, daí a querer responsabilizá-lo pela tragédia é algo podre. É esse nível de política que faz com que as pessoas sintam nojo dela. Aliás, transformar a política em algo nojento é o que certos setores sempre tentaram fazer. Quanto mais nojenta ela parecer, mais esses setores se locupletam fazendo política para si e para os seus.



PS1: No momento que atualizo o site com este post, leio que o MP paulista pede a interdição de Congonhas. Ou seja, está fazendo o que Serra disse que tentaria fazer na noite de ontem e que Marrey tentou dizer que ele não disse. E só comprova a minha linha de raciocínio, de que há uma exploração política do caso.

PS2: Um leitor também acaba de me enviar texto de um colunista tucano. Ele faz graça com a frase infeliz de Marta Suplicy. A piada do colunista é: “como esse governo, relaxa e morre”. É esse o nível da turma.
Copiado de: BlogDoRovai