segunda-feira, 26 de novembro de 2007

No Paraná, produção agroecológica abastece entidades carentes


Em parceria com programa do governo federal, assentamento do MST no Paraná envia mais de 30 alimentos diferentes para organizações filantrópicas da região metropolitana de Curitiba

Em parceria com programa do governo federal, assentamento do MST no Paraná envia mais de 30 alimentos diferentes para organizações filantrópicas da região metropolitana de Curitiba


Solange Engelmann


A produção agroecológica dos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está abastecendo entidades filantrópicas e carentes, que atendem populações de baixa renda. No município de Lapa (à 70 km de Curitiba), por exemplo, 32 famílias que moram no assentamento Contestado entregam alimentos para entidades de Campo Largo e Lapa, na região metropolitana de Curitiba, Paraná.

Os trabalhadores doam a cada mês cerca de 7 mil quilos de alimentos, entre verduras, legumes, frutas, pão, geléias, feijão, arroz, mandioca, batata doce, milho verde, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal.

Todas as terças-feiras, um veículo do Provopar de Campo Largo recolhe mais de 30 tipos de produtos que são distribuídos à Fundação João XXIII, Lar Sagrada Família, Associação dos Deficientes Físicos, Ação Social Santa Cecília, Associação Bibi Meiréles, Lar Escola Odila Portugal Castagnoli, de Campo Largo, e o Instituto Contestado de Agroecologia, na Lapa.

A coordenadora do Lar Escola Odila Portugal Castagnoli, Maria de Lourdes Norberto, conta que a iniciativa dos assentados está sendo fundamental para manter a entidade. “Recebemos apenas R$ 17,00 por criança, por mês, então a ajuda do assentamento é muito bem-vinda. Estamos torcendo para que o projeto continue, porque se não tivéssemos esse tipo de doação não tinha como alimentar as crianças”, afirma.

O Lar Escola recebe os produtos do assentamento Contestado há 9 meses. A entidade atende cerca de 70 crianças de baixa renda, de três meses a cinco anos de idade, oferecendo quatro refeições por dia.

Sustentabilidade

As entidades recebem alimentos produzidos de forma agroecológica, respeitando o meio ambiente, sem o uso de agrotóxicos. No assentamento, 28 famílias possuem certificação agroecológica da Rede Ecovida de Certificação Participativa. O assentamento Contestato conta com 108 famílias assentadas e foi criado em 1999.

Com a participação no PAA, os assentados estão fortalecendo o grupo agroecológico de 35 famílias, criado no assentamento, com o nome de Terra Livre, profissionalizando os agricultores na produção de verduras e legumes, e obtendo um aumento significativo na renda. “Ao mesmo tempo que estamos doando para entidades que necessitam de uma diversidade de alimentos, foi importante, porque ajudou as pessoas a acreditar no seu potencial de produção e organização”, destaca o assentado e coordenador do grupo agroecológico, Paulo Rodrigues Brizola.

Continuidade

Atualmente 70% da renda dos agricultores vem do PAA. Com o projeto, os trabalhadores obtêm uma média mensal de R$ 280, por família. O assentado Celso José Chagas comemora a parceira com a Conab. “Deu uma segurança a mais, porque tudo que nós vamos produzindo já tem uma venda garantida na cidade e é um orgulho saber que a produção vai direto para entidades e escolas”, afirma.

Além do programa do governo federal, as famílias produzem para o auto sustento e comercialização no mercado local. Segundo Brizola, estão sendo discutidas outras alternativas para a venda da produção, em feiras livres e direto ao consumidor.

O segundo ano do programa termina neste mês. Os trabalhadores já apresentaram uma proposta de renovação, que está sendo analisada pela Conab. A participação do assentamento Contestado no PAA, começou em 2005, com o envolvimento de 15 famílias. No ano seguinte, o número foi ampliado para 32 famílias e, se for aprovado, em 2008, 34 famílias participarão do programa.

Avaliação

Para avaliar os dois anos de funcionamento do projeto, os assentados que participam do programa e representantes de entidades benefíciadas se reuniram nesta quarta-feira (14), no assentamento Contestado. O objetivo é aproximar agricultores e entidades que vêm sendo beneficiadas e discutir a continuidade da parceria.

Sarkozy e Lula: tão longe, tão perto



Fernando Silva


A França voltou a ser sacudida neste mês de novembro por uma série de greves de trabalhadores do setor de transportes, do serviço público e dos estudantes.

Reforma da Previdência, ataques a universidade pública, restrições a direitos salariais e sociais, precarização do emprego na juventude. O reacionário Sarkozy, com o aval da burguesia e da pequena burguesia francesa e dos governos da comunidade européia, tenta impor a agenda do Estado neoliberal, da hegemonia de um capitalismo financeirizado ao extremo e que continua dando as cartas.

Uma agenda de medidas e reformas iguais àquelas que nos atormentam aqui, do lado de cá do Oceano Atlântico, desde os idos dos anos 90, da era FHC, e que se manteve impávida sob o governo Lula.

Ainda não deixa de ser um pouco chocante observar que um governo oriundo do movimento operário e popular, de um país dependente e tão espoliado na sua história, tenha os mesmos pilares de política econômica e de agenda de contra-reformas neoliberais de um governo de um país capitalista central, como a França, liderado por um representante de uma burguesia profundamente anti-popular, cada vez mais racista, cada vez mais divorciada e avessa a qualquer vestígio de um distante passado iluminista.

Mas cá como lá, o ano que deu início ao 2º mandato do governo Lula vai se encerrando com os mesmos traços dessa política econômica e com desdobramentos perversos para 2008.

Exceção feita, grosso modo, ao tema da CPMF que envolve a questão tributária, uma reforma cuja negociação não está resolvida na classe dominante e na sua relação com o Estado e os governos, o tom do grande capital é de apoio à política econômica global do governo federal e sua agenda de contra-reformas.

É preciso destacar que a retomada de emprego formal na economia brasileira não foge a essa lógica de uma política global neoliberal e anti-popular. Pois há uma ampla extensão da terceirização e precarização de salários e direitos, mesmo nos novos empregos de carteira assinada, que em geral já surgem sob grande patamar de arrocho salarial. As amplas terceirizações em setores de ponta da economia, como, por exemplo, telecomunicações, reduziram em até dois terços os salários dos trabalhadores (as) deste setor em relação às mesmas funções quando estes serviços eram controlados pelo Estado.

E assim como Sarkozy, o governo brasileiro não mostra qualquer disposição em recuar dessa agenda. A insensibilidade do governo Lula diante de qualquer pressão ou debate do movimento popular é estarrecedora. Vejamos alguns exemplos:

Em relação ao impasse da reforma agrária que não veio e das legítimas e desesperadas ocupações de terra, o governo e o grande capital respondem com o etanol, com o aumento da super-exploração do trabalho na indústria de cana, e, por fim, para não ficar dúvidas nesse terreno, com a promoção de um usineiro como novo ministro das Relações Institucionais.

Diante do esmagador rechaço dos 4 mil participantes da Conferência Nacional da Saúde ao Projeto das Fundações na Saúde, o ministro José Gomes Temporão disse, com todas as letras em jornais e TVs, que “é zero a chance de o governo recuar deste projeto”.

Os estudantes fazem greves, ocupam reitorias contra o REUNI; docentes, servidores e renomados intelectuais ligados à comunidade universitária fazem inúmeros apelos, alertas e manifestações contra o desmonte e a mercantilização da universidade pública; o governo responde com aprovações sumárias do seu projeto, com o aval de reitorias comprometidas, sem debates, quase que na calada da noite.

E diante das dificuldades do Fórum Nacional da Previdência Social em apresentar um projeto de consenso para a nova reforma previdenciária, o governo já sinaliza que não vai passar vontade: vai apresentar diretamente o seu projeto ao Congresso Nacional.

Lula e seu governo não têm nada a aprender com Sarkozy.

Para os trabalhadores e movimentos sociais brasileiros, que não se dobram a essa agenda - tal como fazem os milhares e milhares de companheiros (as) da classe trabalhadora do lado de lá do Oceano -, será importante continuar tentando construir as condições para uma forte resistência unificada, capaz de deter essa ofensiva do Capital, que ainda não está concluída no nosso país.

Fernando Silva é jornalista, membro do Diretório Nacional do PSOL e do conselho editorial da revista Debate Socialista.


Morales acusa opositores por distúrbios e mortes na Bolívia

Após aprovação do “texto geral” da nova Constituição, onda de violência toma conta de Sucre, sede da Assembléia. Pelo menos três pessoas morreram. Presidente Evo Morales aponta ação de grupos opositores e pede investigação.

SUCRE - O presidente boliviano, Evo Morales, pediu neste domingo (25) uma investigação independente para averiguar a onda de violência deste final de semana, que resultou na morte de pelo menos três pessoas durante manifestações contrárias à nova Constituição, cujo “texto geral” foi aprovado no sábado (24). Durante os confrontos nas ruas da cidade, um advogado, um policial e outra pessoa ainda não identificada foram assassinados.

A nova Carta Magna, cujos artigos serão discutidos e aprovados individualmente, é considerada essencial pelo atual governo para democratizar o país e consolidar a retomada dos recursos minerais junto às companhias transnacionais. No entanto, grupos políticos e econômicos de Sucre, apoiados por parte da população local, buscam travar o processo, com a exigência de que a cidade seja a capital plena boliviana.

Desde uma guerra civil ocorrida no fim do século XIX, La Paz abriga os poderes Executivo e Legislativo da Bolívia, enquanto Sucre é sede dos poderes Judicial e Constitucional. Nos últimos meses, o Conselho Político Suprapartidário, formado pelas 16 forças políticas que compõem a Assembléia Constituinte, e dirigentes do Comitê Interinstitucional de Chuquisaca, nome do departamento cuja capital é Sucre, vinham debatendo uma solução para a demanda.

Segundo Morales, o acordo já havia sido costurado, mas opositores contrários aos princípios da Constituição se aproveitaram da divergência para manchar o processo de aprovação. “Pelo menos três vezes acordos foram feitos com o Comitê Interinstitucional (...), já estavam resolvido e acertado com os dirigentes, mas chegou um Branko Marinkovic [presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz] e então não serve nenhum acordo”, reclamou o presidente.

Distúrbios
Após os conflitos deste domingo, a polícia de Sucre se retirou para a cidade vizinha de Potosí, situada 200 quilômetros a oeste de Sucre. A ordem de retirada foi cumprida ao meio dia, depois que os manifestantes tomaram e incendiaram os prédios da polícia e dos bombeiros. A multidão queimou documentos, destruiu móveis e incendiou edifícios, em pleno centro da cidade.

"Decidimos sair de Sucre por falta de garantias", declarou em La Paz o comandante-geral da Polícia, coronel Miguel Vásquez. "Fomos agredidos por uma turba ensandecida e movida por interesses obscuros. O policial morto foi praticamente linchado pelos manifestantes, e outros dois policiais estão em condições graves na UTI”, acrescentou.

Nos hospitais, foram atendidas mais de 200 pessoas, muitas delas intoxicadas pelos gases utilizados pela polícia para controlar os manifestantes. À tarde, após a saída dos policiais, o Comitê Interinstitucional pediu aos manifestantes que suspendessem suas mobilizações e solicitou ajuda à população para garantir a segurança urbana na ausência da polícia.

Paralisada desde agosto diante dos protestos em Sucre, os membros da Assembléia Constituinte haviam se mudado na sexta-feira (23) para um colégio militar. Essa medida não foi aceita pela oposição, que boicotou as deliberações e facilitou a aprovação pelo governo da nova Carta. Evo Morales crê que os opositores já vinham planejamento há tempos as manifestações violentas em Sucre e pediu ampla investigação do Ministério Público boliviano.

*Com informações das agências Bolpress, Ansa, Brasil de Fato e AFP.

domingo, 25 de novembro de 2007

LAURA PAUSINI - Io Canto (2006)

http://ec1.images-amazon.com/images/G/01/ciu/62/8b/5bf2793509a0486d70bf0110._AA240_.L.jpg


PLAYLIST:
1. Io canto
2. Due
3. Scrivimi
4. Come il sole all 'imporovviso
5. Destinazione paradiso
6. Stella gemella
7. Il mio canto libero
8. Cinque giorni
9. La mia banda suona il rock
10. Spaccacuore
11. Anima fragile
12. Non me lo spiegare
13. Nei giardini che nessuno sa
14. Una stanza quasi rosa
15. Quando
16. Strada Facendo

LINK (Zshare.net)
http://www.zshare.net/download/laura-pausini-by-tmd-web-radio-rar.html

sábado, 24 de novembro de 2007

Três obras-primas do cinema...imperdíveis



Formato: RMVB
Áudio: Inglês
Legendas: Português-BR (embutidas)
Duração: 1:30
Tamanho: 300MB (03 partes)
Servidor: Rapidshare



http://rapidshare.com/files/71425474/La_Belle_et_la_b_te__1947_.part1.rar
http://rapidshare.com/files/71428128/La_Belle_et_la_b_te__1947_.part2.rar
http://rapidshare.com/files/71431246/La_Belle_et_la_b_te__1947_.part3.rar


Sinopse:

Um comerciante quase falido vive com seu filho Ludovic (Michel Auclair) e com suas três filhas. Duas delas, Felicie (Mila Paréli) e Adelaide (Nane Germon) são muito perversas, egoístas e pretensiosas. Elas se aproveitam da caçula, Bela (Josette Day), fazendo-a de empregada delas. Um dia, o comerciante perde-se na floresta e entra em um estranho castelo. Ele pega uma rosa para entregar à Bela e com isso, o dono do castelo, um monstro meio humano, meio fera, surge para ver quem está lá. A fera sentencia o comerciante à morte, a não ser que uma das filhas dele o substitua na prisão. Bela se sacrifica pelo pai e vai ao castelo, onde descobre que a fera não é tão selvagem e desumana.

Obra-Prima do cinema francês que recria a magia do famoso conto de fadas de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont.







Elenco:

Jean Marais ... A Fera / O Príncipe
Josette Day ... Bela
Mila Parély ... Felicie
Nane Germon ... Adelaide
Michel Auclair ... Ludovic
Marcel André ... Pai de Bela


Detalhes Técnicos:

Título no Brasil: A Bela e a Fera
Título Original: La Belle et la Bête
País de Origem: França / Luxemburgo
Direção: Jean Cocteau / René Clément

Créditos: RapaduraAzucarada - Welck


Formato: RMVB
Áudio: Inglês
Legendas: Português-BR (embutidas)
Duração: 1:28
Tamanho: 315MB (04 partes)
Servidor: Rapidshare



http://rapidshare.com/files/71652629/A_Night_at_the_Opera__1935_.part1.rar
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Sinopse:

A mais endiabrada comédia dos irmãos Marx e uma das mais geniais. Nesta história maluca, os rapazes invadem o mundo da ópera e os resultados são devastadores. Ao som de 11 Trovatore (de Verdi) e Pagliacci de Leoncavallo), o trio apronta e não deixa pedra sobre pedra ao boicotar uma apresentação pública para permitir o triunfo de um casal a quem protegem.







Elenco:

Groucho Marx (Otis B. Driftwood)
Chico Marx (Fiorello)
Harpo Marx (Tomasso)
Kitty Carlisle (Rosa Castaldi)
Allan Jones (Riccardo Baroni)
Walter King (Rodolfo Lassparri)
Sig Ruman (Herman Gottlieb)
Margaret Dumont (Sra. Claypool)
Edward Keane (Capitão)
Robert Emmett O'Connor (Detetive Henderson)
Harry Allen (Porteiro)
Edna Bennett (Empregada)
Stanley Blystone (Oficial do navio)
Al Bridge (Inspetor da Imigração)
Lorraine Bridges (Louisa)
Gino Corrado (Tripulante)
Otto Fries (Ascensorista)
William Gould (Capitão de Polícia)


Detalhes Técnicos:

Direção: Sam Wood
Roteiro: George S. Kaufman, Morrie Ryskind
Produção: Irving Thalberg
Música Original: Nacio Herb Brown, Walter Jurmann, Bronislau Kaper, Herbert Stothart
Fotografia: Merritt B. Gerstad
Edição: William LeVanway
Design de Produção: Ben Carré
Direção de Arte: Cedric Gibbons
País: USA

Créditos: RapaduraAzucarada - Welck


Formato: RMVB
Áudio: Português
Legendas: S/L
Duração: 1:43
Tamanho: 470MB (05 partes)
Servidor: Rapidshare



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Sinopse:

Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum
caráter. De pura preguiça, só começou a falar aos seis anos
de idade. Nasceu negro (Grande Otelo) e virou branco
(Paulo José). Depois de adulto, deixa o sertão em companhia
dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade,
conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas,
enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de
todos os tipos. Depois dessa longa e tumultuada aventura
urbana, ele volta à selva, onde desaparecerá como
viveu - antropofagicamente. Um compêndio de mitos,
lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance
de Mário de Andrade.







Elenco:

Grande Otelo .... Macunaíma negro
Paulo José .... Macunaíma branco
Jardel Filho .... Venceslau Pietro Pietra
Dina Sfat .... Ci
Milton Gonçalves .... Jigue
Rodolfo Arena .... Maanape
Joana Fomm .... Sofara
Wilza Carla
Hugo Carvana
Leovegildo Cordeiro
Maria Lúcia Dahl .... Iara
Rafael de Carvalho
Tito de Lemos
Maria Do Rosario .... Iquiri
Maria Letícia
Zezé Macedo
Myrian Muniz
Nazareth Ohana
Waldir Onofre
Carmem Palhares
Maria Clara Pelegrino
Guará Rodrigues
Edy Siqueira
Márcia Tânia
Maria Carolina Withaker


Detalhes Técnicos:

Título Original: Macunaíma
País de Origem: Brasil
Gênero: Comédia
Ano de Lançamento: 1969
Estúdio/Distrib.: Embrafilme
Direção: Joaquim Pedro de Andrade

Créditos:RapaduraAzucarada - Welck
EM DEFESA DO REI

Por Koldo Campos Sagaseta

Rebelión

Parece mentira que alguns meios de comunicação e jornalistas, que se passam a vida criticando do monarca espanhol seus cochilos reais e furtivos bocejos ante qualquer discurso que se estenda além de cinco minutos, que têm censurado ao rei da Espanha suas supostas carências intelectuais para sobreviver ileso a um pensamento sequer, ou que debocham, até, de suas alegadas dificuldades para alinhavar uma frase sem ter o auxílio de um roteiro, coincidam agora em criticar o monarca, precisamente, por todo o contrario.

Tem que ser mesquinho para, de saída, não reconhecer o sacrifício do rei, forçado a abandonar por uns dias suas régias obrigações em regatas baleares ou em pistas de esqui alpinas, pela exigência duma dessas soporíferas cúpulas cheias de percentuais e discursos que reclamava sua augusta presença.

Para atender semelhante solicitação o monarca espanhol também teve que alterar sua própria agenda familiar, remarcando a data dos nobres batizados e três festas de debutante, além de suspender suas tradicionais caçadas de ossos bêbados, seus públicos ânimos a seleções esportivas e a entrega de um que outro principesco prêmio, ocupações todas elas, junto aos sortidos brindes, nas que o rei investe seus melhores afãs.

Ao monarca espanhol esperava em Santiago do Chile uma nova cúpula americana com a particularidade de que, cada vez mais, estes encontros continentais vão se enchendo paulatinamente de incontrolados populistas, de líderes rancorosos e indígenas ingratos, macacos todos. Nem sequer quando comparecia Fidel eram as cúpulas tão imprevisíveis, que, afinal, Fidel estava sozinho. Porém, de um tempo para cá, agora que já nem Fidel comparece, as cúpulas deixam ouvir outras vozes destemperadas e grosseiras que, de improviso, são capazes de interromper com suas injúrias a borbônica sonolência e, inclusive, provocar a abrupta saída do monarca.

Não foi fácil para Juan Carlos subtrair-se às suas obrigações reais e sentar-se a escutar impropérios e desqualificações em relação ao papel de José María Aznar, como se ser criminoso de guerra desabilitasse o ex-presidente de defesa alguma como espanhol.

E também não é necessário ser nacionalista para sair em defesa de um delinqüente como Aznar embora a única apelação possível em sua defesa se baseie, precisamente, na condição de “compatriota” de seus defensores, o rei e Rodríguez Zapatero.

Mas manteve o rei da Espanha a sua devida compostura, suas comedidas formas e habitual tolerância e respeito à opinião alheia até que Chávez voltou a repetir a ladainha e a repetir insultos e desqualificações.

E o que fez então o monarca espanhol?

Simplesmente inquirir qual era a razão que motivava a intervenção do presidente venezuelano levado, talvez, por sua curiosidade,. “Por que não te calas?” Frase que analisada à margem das paixões políticas, em seu sucinto esboço, é só a demanda de um espírito judicioso que não renuncia ao conhecimento, a sua sede de saber.

É verdade que se o monarca espanhol além de escutar tivesse ouvido, não teria tido necessidade de perguntar nada. E é que a Venezuela, como a Nicarágua, a Bolívia, o Equador ou Cuba, não mais são colônias, nem dependem da vênia de monarca algum, nem têm que confiar sua palavra à sentença de um rei. O problema consiste em que trás silêncios tão prolongados como os acontecidos, agora se amontoam os agravos, os velhos e os novos, e não há discurso por extenso e incisivo que seja que dê conta de tantas dívidas pendentes, contas a pagar e crimes impunes. Demasiada memória acumulada para um só rei e uma só cúpula.

E, no entanto, em sua fulgurante intervenção, o rei seguiu manifestando seu domínio da situação e sua egrégia compostura, porque bem pode o monarca ter feito a Chávez o gesto com que presenteara não faz nem um ano aos familiares de presos bascos que lhe cumprimentaram a família na rua, arvorando por todo argumento seu dedo médio com o punho fechado; bem que podia ter perguntado ao mandatário venezuelano “Por que não vá embora para os Cárpatos a matar ursos bêbados?...”, mas não, quis o rei apelar a uma pergunta breve e concisa, quase aristotélica, e formulá-la com inusual sobriedade, sem maiores trejeitos.

É claro que, até a paciência real tem seus limites e quando o seguinte orador a intervir na Cúpula, o presidente nicaragüense Ortega, arremeteu contra o papel que têm as multinacionais espanholas na América e se atreveu a definir a Unión Fenosa como uma companhia mafiosa, o rei, em seu real direito, se levantou por si só de seu assento e abandonou indignado o lugar.

Não é já que como espanhol se sinta o rei da Espanha no dever de defender a honorabilidade dessa companhia, é que, além do mais, e talvez Daniel Ortega o ignorasse, o próprio monarca é sócio dessa firma, e tem valores na “máfia” que controla o negócio da eletricidade em vários países latino-americanos, em todos, sem dúvida, com a mesma história, fama e conseqüências.

E é que, uma coisa é que ao rei lhe critiquem suas veleidades licoreiras, suas contribuições para a extinção de ursos ébrios ou se mencione a catadura fascista de seus presidentes de governo, e outra bem diferente que se censure a amplidão de seus negócios. Até aí podíamos chegar.

Versão em português e imagem: Tali Feld Gleiser de América Latina Palavra Viva.

Jornadas Bolivarianas serão em abril de 2008

Já está definido o mês de abril de 2008 para a realização das Jornadas Bolivarianas/quarta edição. Elas foram adiadas em função do processo eleitoral que a UFSC viveu no mês de novembro deste ano. As Jornadas são o evento anual mais importante do Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC e o tema geral que vai sulear todo o debate nesta quarta edição é “Nações e Nacionalismos na América Latina”, buscando refletir o novo que se expressa por toda Abya Yala.

A questão nacional é, sem dúvida, um tema “quente” por estas terras. Do México à Bolívia, passando pelo Equador, Guatemala, Peru, Nicarágua e Venezuela entre tantos outros países, os povos indígenas reclamam o caráter pluri-nacional do estado latino-americano. Além disso, o nacionalismo da região frente às estratégias dos países centrais retomou sua antiga vitalidade, ainda que com novos conteúdos políticos, econômicos e sociais. Entendendo isso, o IELA propõe que analisar o nacionalismo atual é uma tarefa intelectual de primeira importância para prever qual a capacidade deste movimento de idéias garantir um futuro melhor para os países da América Latina.

E é conectada com todas essas lutas e desejos que se expressam em Abya Yala que a IV Edição das Jornadas Bolivarianas buscará analisar, a partir de experiências concretas, a nova configuração do nacionalismo latino-americano. Para isso, contará com a presença de intelectuais latino-americanos e estadunidenses com ampla produção no campo da sociologia, economia, política e história do continente, garantindo um diagnóstico consistente sobre o tema. Além disso, permitirá a divulgação, no Brasil, das novas contribuições de outros países latino-americanos sobre a temática. Será, sem dúvida, um momento rico para comungar de todos esses desejos de transformação que caminham pelo sul do mundo.

Ainda nesta semana já estaremos disponibilizando novas informações sobre as Jornadas. Fique Ligado!

Créditos:Elaine Tavares

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pequenos produtores esfriam o planeta!

Via Campesina

As atuais formas globais de produção, consumo e mercado causaram uma destruição massiva do meio ambiente, incluindo o aquecimento global, que está colocando em risco os ecossistemas de nosso planeta e levando as comunidades humanas rumo aos desastres. O aquecimento global mostra o fracasso do modelo de desenvolvimento baseado no consumo de energia fóssil, na superprodução e no livre comércio.
Os camponeses e camponesas de todo o mundo unem suas mãos com outros movimentos sociais, organizações, pessoas e comunidades em defesa de transformações sociais, econômicas e políticas radicais para inverter a tendência atual. Os camponeses, especialmente os pequenos produtores, são os primeiros a sofrer os impactos das mudanças climáticas.
As mudanças nas estações trazem consigo secas pouco usuais, inundações e tormentas, destruindo terras de cultivo e casas dos camponeses. Ainda mais, as espécies animais e vegetais estão desaparecendo num ritmo sem precedentes.
Os camponeses têm que se adaptar aos novos padrões climáticos, adaptando suas sementes e seus sistemas de produção habituais a uma nova situação, que é imprevisível. As secas e inundações estão conduzindo ao fracasso as colheitas, aumentando o número de pessoas famintas no mundo.
Há estudos que prevêem um decrescimento da produção agrícola global numa escala que varia de 3 a 16% para o ano 2008. Nas regiões tropicais, o aquecimento global conduzirá, muito provavelmente, a um grave declínio da agricultura (mais de 50% em Senegal e mais de 40% em Índia), e à aceleração da desertificação de terras de cultivo. Por outro lado, enormes áreas na Rússia e Canadá se tornarão cultiváveis pela primeira vez na história humana, mas ainda se desconhece como estas regiões poderão ser cultivadas.
A produção e o consumo industrial de alimento estão contribuindo de forma significativa para o aquecimento e a destruição de comunidades rurais. O transporte intercontinental de alimento, a monocultura intensiva, a destruição de terras e bosques e o uso de insumos químicos na agricultura estão transformando a agricultura em consumidor de energia e contribuindo para a mudança climática.
Sob as políticas neoliberais impostas pela Organização Mundial do Comercio (OMC), bem como pelo Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os acordos de livre comércio bilaterais, a comida se produz com pesticidas derivados do petróleo e fertilizantes, e são transportadas para todo o mundo para a sua transformação e consumo.
A Via Campesina, um movimento que reúne milhões de camponeses e produtores de todo o mundo, declara que é tempo de mudar de forma radical a forma de produzir, transformar, comercializar e consumir alimentos e produtos agrícolas. Acreditamos que a agricultura sustentável em pequena escala e o consumo local de alimentos vai inverter a devastação atual e sustentar milhões de famílias camponesas. A agricultura também pode contribuir para o esfriamento da terra utilizando práticas agrícolas que reduzam a emissão de CO2 e o uso de energia por parte dos camponeses.
Por outro lado, os camponeses também podem contribuir na produção de energia renovável, especialmente por meio da energia solar e o biogás. A agricultura globalizada e a agricultura industrializada geram o aquecimento global pelos seguintes pontos:
1) Por transportar alimentos por todo o mundo
Transportam-se alimentos frescos e empacotados por todo o mundo e, atualmente, não é raro encontrar nos Estados Unidos ou na Europa, frutas, verduras, carne e vinho provenientes da África, América do Sul ou Oceania; também encontramos arroz asiático na América ou na África.
Os combustíveis fósseis usados para o transporte de alimento estão liberando toneladas de CO2 para a atmosfera. A organização de camponeses suíços, a UNITERRE, calculou que um quilo de aspargos importados do México necessita 5 litros de petróleo para viajar por via aérea (11.800 quilômetros) até a Suíça. No entanto, um quilo de aspargo produzido em Genebra necessita somente 0,3 litros de petróleo para chegar até o consumidor.
2) Pela imposição de meios industriais de produção (mecanização, intensificação do uso de agro-químicos, monocultivo)
A chamada agricultura moderna, especialmente a monocultura industrial, está destruindo os processos naturais do solo (o que conduz a uma presença de CO2 na matéria) e substitui por processos químicos baseados em fertilizantes e pesticidas.
Por conta, acima de tudo, do uso de fertilizantes químicos, da criação intensiva de gado e da monocultura, se produz um volume significativo de óxido nitroso (NO2), o terceiro gás de efeito invernadeiro com maior efeito sobre o aquecimento global. Na Europa, 40% da energia consumida nas explorações agrárias se deve à produção de fertilizantes nitrogenados.
Por sua vez, a produção agrária industrial consome muito mais energia (e libera mais CO2) para mover seus tratores gigantescos para cultivar a terra e processar a comida.
3) Por destruir a biodiversidade (e sumideiros de carbono)
O ciclo do carbono tem sido parte da estabilidade do clima durante milhões de anos. As empresas do agronegócio destruíram este equilíbrio pela imposição generalizada da agricultura química (com uso massivo de pesticidas e fertilizantes procedentes do petróleo), com a queima de bosques para plantações de monocultivo e destruindo as terras pantanosas e a biodiversidade.
4) Conversão da terra e os bosques em áreas não agrícolas
Bosques, pastagens e terras cultiváveis estão sendo convertidos rapidamente em áreas de produção agrícola industrial, em centros comerciais, complexos industriais, grandes casas e em grandes projetos de infra-estrutura ou em complexos turísticos. Estas mudanças causam a liberação massiva de carbono e reduzem a capacidade do meio ambiente absorver o carbono liberado na atmosfera.
5) Transformação da agricultura de produtora em consumidora de energia
Em termos energéticos, o primeiro papel das plantas e da agricultura é transformar a energia solar na energia contida nos açucares e celuloses que podem ser diretamente absorvidas na comida ou transformadas em produtos de origem animal. Esse processo é natural e gera energia na cadeia alimentar.
Não obstante, a industrialização do processo agrícola nos conduziu, nos últimos 200 anos, a uma agricultura que consome energia (usando tratores, agro-químicos derivados do petróleo, fertilizantes).
Falsas soluções
Os agrocombustíveis (combustíveis produzidos a partir de plantas e árvores) se apresentaram muitas vezes como uma solução para a atual crise energética. Segundo o protocolo de Kyoto, 20% do consumo global de energia deveriam provir de recursos renováveis até 2020 - e isto inclui os agrocombustíveis.
No entanto, deixando de lado a loucura de produzir comida para alimentar os automóveis enquanto muitos seres humanos estão morrendo de fome, a produção industrial de agrocombustíveis vai aumentar o aquecimento global, em vez de proporcionar a redução.
Em troca de uma pequena mudança ainda não comprovada (com exceção da cana-de-açúcar) de alguns gases de efeito invernadeiro comparado com os combustíveis fósseis, a produção da monocultura de palma, soja, milho ou cana-de-açúcar vai contribuir no desflorestamento e na destruição da biodiversidade. A produção intensiva de agrocombustíveis não é uma solução para o aquecimento global nem resolverá a crise global no setor agrícola.
O comércio de carbono
No protocolo de Kyoto e outros planos internacionais, o “comércio de carbono” tem se apresentado como uma solução para o aquecimento global. É uma privatização do carbono posterior à privatização da terra, ar, sementes, água e outros recursos.
Permite que governos assinem licenças com grandes contaminadores industriais de modo que possam comprar o “direito de contaminar” entre eles mesmos. Alguns outros programas fomentam que países industrializados financiem vertedouros baratos de carbono tais como plantações em grande escala no Sul, como uma forma de evitar a redução das suas próprias emissões.
Dessa maneira, estão sendo criadas grandes plantações ou áreas naturais de conservação na Ásia, África e América Latina, expulsando comunidades de suas terras e reduzindo o direito de acesso aos próprios bosques, campos e rios.
Cultivos e árvores transgênicas
Atualmente estão sendo desenvolvidas árvores e cultivos transgênicos para agrocombustíveis. Os organismos geneticamente modificados não resolverão nenhuma crise do meio ambiente sem que os mesmos coloquem em risco o meio ambiente, bem como a saúde e a segurança alimentar.
Essas árvores e cultivos transgênicos formam parte da “segunda geração” de agrocombustíveis baseados na celulose, enquanto que a primeira geração se baseia em diferentes formas de açúcar das plantas. Ainda, nos casos nos quais não se usam variedades transgênicas, a “segunda geração” apresenta os mesmos problemas que a geração anterior.
A Soberania Alimentar proporciona meios de subsistência a milhões de pessoas e protege a vida na terra
A Via Campesina acredita que as soluções para a atual crise têm que surgir de atores sociais organizados, que estão desenvolvendo modelos de produção, comércio e consumo baseados na justiça, na solidariedade e em comunidades saudáveis.
Nenhuma solução tecnológica vai resolver o desastre social e do meio ambiente. Somente uma mudança radical na forma como produzimos, comercializamos e consumimos pode dar terras para comunidades rurais e urbanas saudáveis. A agricultura sustentável em pequena escala, um trabalho intensivo e de pouco consumo de energia podem contribuir para o resfriamento da terra:
- Assumindo mais CO2 no solo, de maneira orgânica, através da produção sustentável (a produção extensiva de vacas e ovelhas em pastagens tem um balanço positivo de gás invernadeiro).
- Substituição dos fertilizantes nitrogenados pela agricultura ecológica e/ou cultivando proteaginosas que capturam nitrogênio diretamente do ar.
- Produção de biogás de resíduos animais e vegetais, com a condição de manter suficiente matéria orgânica no solo.
Em todo o mundo, praticamos e defendemos a agricultura familiar e sustentável e em pequena escala, e exigimos soberania alimentar. A soberania alimentar é o direito das pessoas aos alimentos saudáveis e culturalmente apropriados, produzidos através de métodos sustentáveis e saudáveis, e seu direito a definir seus próprios alimentos e sistemas de agricultura.
Colocamos no fundamento dos sistemas e das políticas alimentares as aspirações e necessidades daqueles que produzem, distribuem e consomem alimento, no lugar das demandas dos mercados e das transnacionais.
A soberania alimentar dá prioridade às economias e mercados locais e nacionais, dando poder a camponeses e pequenos agricultores, aos pescadores tradicionais, aos pastores e à produção, distribuição e consumo de alimentos baseados na sustentabilidade ambiental, social e econômica. Exigimos urgentemente aos encarregados de tomar decisões locais, nacionais e internacionais:
1) O desmantelamento completo das companhias de agrocombustíveis. Estão despojando aos pequenos produtores de suas terras, produzindo lixo e criando desastres ambientais.
2) A substituição da agricultura industrializada pela agricultura sustentável em pequena escala, apoiada por verdadeiros programas de reforma agrária.
3) A promoção de políticas energéticas sensatas e sustentáveis. Isto inclui o consumo de menor energia e a produção de energia solar e biogás pelos camponeses em lugar da promoção em grande escala da produção de agrocombustíveis, como é o caso atual.
4) A implementação de políticas de agricultura e comércio em nível local, nacional e internacional, dando suporte à agricultura sustentável e ao consumo de alimentos locais. Isto inclui a abolição total dos subsídios que levam ao dumping (competição desleal) de comida barata nos mercados de exportação e o dumping de comida barata em mercados nacionais.
Pelos meios de subsistência de milhões de pequenos produtores de todo o mundo, pela saúde das pessoas e pela sobrevivência do planeta: exigimos soberania alimentar e nos comprometemos a lutar de forma coletiva para consegui-la.
VIA CAMPESINA INTERNACIONAL
(Tradução do espanhol: Daniel S. Pereira – São Paulo/SP)