sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Os ricos dos EUA já tentaram derrocar seu Presidente


Nelson Lucena.

General Butler

Cada vez que se investiga em profundidade a história negada e oculta dos Estados Unidos qualquer um sente medo; definitivamente há dois Estados Unidos: o primeiro, um país de supostas liberdades onde todo o mundo é boa gente, onde há trabalho e onde tudo é meu amor, é bom lembrar “O American Dream”; e outro país – o verdadeiro- no qual as duzentas ou trezentas famílias ricas dominam e submetem não só ao seu povo senão ao orbe inteiro com a enorme ajuda que se emprestam assim mesmas devido à manipulação mediática das maiorias. Basta lembrar que faz poucos dias em meio da estrepitosa queda de Wall Street, a qual vinha sendo insistentemente anunciada, crack que arrastou a quase todas as bolsas do mundo, menos aquelas que sempre estão em baixa, situação que permitiu que o governo norte-americano, em cumplicidade com governos Europeus e os novos imperialistas Asiáticos como são os chineses, permearam aos donos e diretivos bancários e financeiros, ao auxiliar-lhes com uma soma hiper- super- multimilionária, inventada por Mister Poulson. De tal sorte que, quem sai perdendo por agora são os quem têm poupança e os pequenos devedores de todos esses bancos, quem já começaram a guindar-se da primeira corda que encontram porque estão perdendo suas casas e agora perderam os empregos e as famílias; caso contrário ao dos responsáveis da crise, que estão celebrando em hotéis cinco estrelas em piscinas de champanha sem limite, tal como o resenha a prensa estadunidense.

Mas, vamos um pouquinho atrás, sempre a resposta está na história, já Walter Graciano e outros apressados investigadores, nos provaram que um bom grupo de ricos empresários norte-americanos aliou-se com Hitler para inventar a segunda guerra mundial, pois aos gringos não lhes foi suficiente com a primeira; lá aparecem entre outros nomes os de Prescott Bush (avô de o atual mandatário gringo), fazendo negócios com os nazistas para acabar com a revolução russa; por isso Ingleses, Franceses e Americanos se contiveram tanto para declarar-lhe a guerra a Hitler, pois este lhes voltou, e o resto, ou a melhor parte, já o sabemos. De igual maneira sabemos que o Presidente americano Hoover, tratava com Mussolini, e até o admiravam e apoiavam, com tal que assumisse uma postura anticomunista, de lá o financiamento tanto dos cachorros da guerra americanos, ingleses, franceses e italianos para que “Il ducce” se metesse na Espanha junto com Hitler a desbarrancar a legitima república espanhola eleita democraticamente, e logo este palhaço italiano junto ao “füherer” começasse uma nova guerra que na sobremesa, tal como o antecipou Trotsky, só beneficiaria aos capitalistas, sobretudo aos Americanos. É por ali que aparece o nome do General americano Smedley Butler, o único general com duas medalhas de honra do Congresso, já na Itália, foi quem se negou a render reverência a Mussolini, pelo que foi castigado.

Quem era o general Smedley Butler? Nasceu em West Chester, Pensilvânia, em 1881, filho de duas proeminentes famílias republicanas e quáqueras, já em lista como Suboficial, se incorporou aos marines, e atuou na guerra hispano – norte-americana, na guerra dos boxers na China, no Panamá, nas Filipinas, na Nicarágua, no México, no Haiti, no Porto Rico e na França durante a primeira Guerra Mundial. Fica ativo, mas sem mando, diante de suas críticas contra o sistema militar, lhe correspondia o mando supremo do corpo da marinha, à morte inesperada do comandante dessa força, mas o Presidente Hoover lhe negou seu direito, pelo qual pediu demissão, e em 1931 se parou ao frente de vinte mil veteranos de guerra que exigiam o pronto pagamento de seus bônus de guerra, já que eram desempregados devido à grande depressão e Butler os arengou, pois era muito popular diante da tropa, ao qual o democrático governo norte-americano respondeu com violência e a bala dissolveu aos famintos soldados destruindo-lhes os barracões que construíram para proteger-se do sol.

Mas, não todo fica assim, ante a fome desatada pelo artificioso crack de 1929, tão igual como o de agora, a gente nos Estados Unidos perdeu as casas e granjas com as hipotecas, não tinham água nem comida, os vinte mil soldados que foram humilhados e massacrados pelas tropas em 1931 eram pais de família famintos, esfarrapados, desempregados e sem casas nem futuro, ao igual que suas famílias eram presas de piolhos e carrapatos, se comiam aos cachorros e vagavam de trem em trem. Diante desta situação desoladora, a qual acontecia de igual forma na Europa, sobre todo na Alemanha, as máfias brancas e sionistas inventaram a guerra para que se mataram entre si os famintos americanos e europeus, e eles, os potentados, poder botar a mão nos territórios que ainda conservavam como resquício, as potências sobreviventes da primeira guerra mundial, e de passo buscar mais mercado para seguir expandindo seu poder.

O que sucede é que sem querer salvar por salvar a ninguém, há que esclarecer que uns eram os planos das máfias de Harvard e de Sión, e outros os planos do presidente Franklin D. Roosevelt, o qual traçou o new deal, ou novo trato, o qual incluía ajuda social para o faminto e desempregado, mas, isto pela sua vez lhe soou aos multimilionários americanos a comunismo, e preferiam provar a receita fascista de Mussolini e de Hitler, pelo qual olharam em Roosevelt um inimigo e um comunista, ao igual que dizem agora de Chávez, pelo qual nem curtos nem preguiçosos, acostumados bota no mesmo saco a todo o mundo, planejaram “UM GOLPE DE ESTADO”, mas necessitavam um homem com ascendência sobre a tropa, e este era o Maior General do Corpo de Marines Smedley Butler, a quem lhe mandaram soprar-lhe na orelha ao chefe da legião estrangeira General Mac Guire, quem esteve elogiando Mussolini, Butler escutou a Mac Guire.

Que lhe propôs Mac Guire a Butler? Que como o Presidente Roosevelt estava severamente afetado pela poliomielite, que Butler lhe desse um ultimato, explicando-lhe que necessitava “um secretário geral de Governo”, para aliviar a pesada carga do presidente, propõe-lhe um governo forte de estilo fascista para governar, e sim se negava, então, Butler entraria em Washington com QUINIENTOS MIL HOMENS e até ali chegaria Roosevelt com seu novo trato. O que aconteceu é que não contaram com que Butler era popular com os soldados porque se sentia um a mais de eles e era severo crente e praticante das Leis, pelo que no ano seguinte fez pública a denuncia, o qual foi silenciado deliberadamente pelos meios, ponto que lhe foi advertido com antecipação ao general Butler pelo fanático Mac Guire, quem era um servil de um dos homens mais ricos da América do Norte para esse então, Robert Clark, homem de Wall Street. Entre s conspiradores indicados por Butler estão: Irenee Du Pont – (Pinturas Du – Pont), setor químico industrial, fundador, American Liberty League, definido para executar a tarefa.

Grayson Murphy – Diretor de Goodyear, e grupos de bancos JP Morgan.

William Doyle – O ex-comandante estado da Legião Americana e um conspirador e ator central do golpe.

John Davis – Democrata ex-candidato presidencial e um alto advogado de JP Morgan.

Al Smith – Inimigo político de Roosevelt, ex-governador de Nova York, Codiretor da Liga Ameican Liberty.

John J. Raskob * - Um alto funcionário de Du Pont e um ex-presidente do Partido Democrata.

Robert Clark –Um dos banqueiros mais ricos de Wall Street...

Gerald MacGuire – Vendedor de Clark, ex-comandante da Legião Americana de Coneticut.

O general revelou os detalhes do golpe diante do comitê Mc Cormack- Dickstein do Congresso dos Estados Unidos, que mais tarde se converteria na famosa Casa de América – Um Comitê de Atividades. O Comitê escutou o testemunho de Butler e do jornalista Frances, mas não para chamar a qualquer um dos golpistas e serem interrogados, exceto Mac Guire. De fato, o Comitê branqueou a versão pública de seu informe final, a supressão dos nomes de poderosos homens de negócios cuja reputação se tratou de proteger. A razão mais provável desta resposta é: Wall Street teve uma influencia indevida no Congresso.

Tem aqui as palavras textuais do exímio General Butler diante do comitê do congresso, nomeado para investigar a intromissão do fascismo em Norte-américa, o qual no fim resultou num encobrimento... “Passei trinta e três anos e quatro meses em serviço ativo e durante esse período ocupei a maior parte de meu tempo fazendo de jagunço de luxo para as grandes empresas, Wall Street e os banqueiros. Em definitivo, fui um meliante, um gangster do capitalismo. Ajudei a fazer do México, e especialmente Tampico, um lugar seguro para os interesses da American Oil em 1914. Ajudei a fazer do Haiti e Cuba lugares decentes para que os garotos do National City Bank obtivessem benefícios neles. Ajudei no espólio de media dúzia de repúblicas centro-americanas em beneficio de Wall Street. Ajudei a purificar Nicarágua para o International Banking House dos irmãos Brown entre 1902 e 1912. Levei a luz à República Dominicana para os interesses açucareiros americanos em 1916. Ajudei a fazer Honduras bom para as companhias frutícolas americanas em 1903. Na China em 1927 ajudei para que a Standard Oil fizesse seus negócios sem ser incomodada. A verdade é que refletindo sobre aqueles anos, poderia haver-lhe dado alguns conselhos a Al Capone. O melhor que ele conseguiu foi fazer seus negócios sujos num par de distritos, eu os fiz em três continentes...”

Sendo assim as coisas, porque temos de ver esquisita, alheia, distante,estranha ou inverossímil, a possibilidade de que a mão peluda norte-americana, de que a mesma bala que matou Allende, Sandino, Emilio Zapata, o mesmo Kennedy, o Che, Thomas Sankara, e tanto revolucionário no mundo, não está prestes a cair sobre a cabeça do presidente Chávez, se existe um atalho de meliantes com suficientes recursos e suficientes furadores e covardes, para atacar Chávez e qualquer que se lhes atravesse em seus perversos planos, qual é o problema, qual é a dúvida, pois não deve haver nenhuma, devemos estar pendentes, atentos e defender com todo, incluso a vida para defender este processo de mudanças e o comandante da revolução.

Advogado Nelson Lucena- nelsonjlucena@hotmail.com.

Versão em português: Allisson Gabrielle de América Latina Palavra Viva.

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