A resistência
não cessa
Com paus e pedras, palestinos enfrentam a repressão sionista após
bloqueio
à Cisjordânia
Na primeira quinzena de março o exército sanguinário
de Israel bloqueou os acessos à Cisjordânia. Os sionistas
bloqueiam a Cisjordânia em data festiva, mas dessa vez a razão
não era essa. Mais de duzentos manifestantes palestinos enfrentaram,
no dia 13 de março, o exército israelense no posto de controle
militar de Kalendia, ao norte de Jerusalém, na região da Cisjordânia
ocupada. A resistência palestina, que tem o Hamas como sua força
principal, denuncia a invasão de Israel na Cisjordânia e em particular
na Jerusalém oriental.
Cresce o número e o volume dos protestos, cada vez mais
radicalizados,
desde que Israel anunciou seu plano para a ocupação de um bairro
da Cisjordânia com 1.600 casas de colonos.
A política colonialista e de agressão lançada por Israel
contra o povo e os territórios palestinos é incessante desde
o fim da 2? guerra imperialista mundial e se aprofundou nos últimos
anos. O imperialismo, principalmente o ianque, que se utiliza do
Estado de
Israel como seu principal preposto no Oriente Médio, faz demagogia
"aconselhando" a
não implantação das 1.600 casas de colonos judeus. Dois
pesos, duas medias: aos sionistas, patrocínio e "conselhos"; aos
palestinos,
genocídio e cerco permanente.
Dia de fúria
Frente aos ataques de Israel, o Hamas convocou o 'dia de fúria'.
Centenas
de palestinos se levantaram em uma onda de protestos e entraram em
choque com
as forças sionistas em Jerusalém.
No dia 16 de março manifestantes palestinos queimaram pneus e
atiraram
pedras contra os policiais israelenses, cerca de 60 pessoas foram
presas. O
governo fascista de Israel enviou três mil militares para reprimir os
protestos.
Também ocorreram enfrentamentos no posto de controle de Qalandiya,
nas proximidades de Ramallah, capital administrativa palestina. Grupos
de manifestantes
ergueram barricadas e lançaram pedras contra as tropas israelenses.
Em Dir Nizam, próximo a Ramallah, cerca de cem palestinos atiraram
pedras
contra os soldados israelenses. Outros enfrentamentos se deram em
Bilin e Nilin.
Bombas assassinas de Israel
No dia 19 o exército sionista desferiu um ataque aéreo atingindo
dez áreas em Gaza. Helicópteros Apache e aviões F-16 do
exército sionista dispararam 10 mísseis a meia noite.
No dia 20, novo ataque deixou onze pessoas feridas. As bombas
lançadas
por helicópteros israelenses atingiram um aeroporto desativado na
Faixa
de Gaza. As forças da resistência palestina responderam lançando
foguetes contra Israel.
Os porta-vozes sionistas dizem que estes bombardeios são uma "forte
resposta" a cinco foguetes lançados contra Israel pela resistência
palestina entre os dias 18 e 19 de março que teriam causado a morte
de um tailandês naquele país. O que não é citado
em nenhum momento é que este suposto tailandês foi a primeira
pessoa a morrer no sul de Israel desde agressão sionista à Faixa
de Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro do ano passado, que deixou
milhares
de mortos e centenas de milhares de mutilados e desabrigados. Nesse
mesmo período
cerca de cem palestinos foram assassinados em Gaza por militares
israelenses
ou morreram em confrontos.
Gaza se levanta
Grandes protestos marcaram o dia 19 de março na Faixa de Gaza. Mais
de 10 mil pessoas saíram às ruas na área central do território,
enquanto outras 2 mil realizaram uma manifestação em Rafah, ao
sul.
Durante os protestos os militares israelenses mataram quatro
palestinos. Os
dois primeiros, mortos no dia 20 a tiros, eram camponeses que portavam
apenas
seus instrumentos de trabalho. Enquanto os militares sionistas dizem
ter sido
atacados pelos dois, testemunhas palestinas, citadas pela agência de
notícias palestina Wafa, afirmaram que ambos "eram lavradores
que carregavam ferramentas agrícolas, e que os soldados atiraram
quando
eles se aproximaram do posto de controle porque cantavam canções
políticas da resistência".
No dia 21, um jovem palestino foi assassinado por tropas israelenses
durante
um protesto no território ocupado da Cisjordânia. Um outro jovem
da mesma família também morreu ao ser atingido pelos tiros. Useid
Abed an-Nasser Qadus, de 17 anos, foi atingido no estômago. Segundo a
agência de notícias palestina Maan, "o adolescente morreu
por causa da perda intensa de sangue, apesar de receber 12
transfusões".
Mohammed Ibrahim Qadus, de 16 anos, morreu no mesmo ataque sionista
sendo atingido
por um tiro na cabeça.
Original em : A Nova Democracia
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