Santiago de Chile, (Prensa Latina)
A educação no Chile é vista como
um negócio que condena aos pobres a estudos de inferior qualidade e a
repetir a vida de suas famílias enterradas na miséria, denunciou hoje
aqui a revista Ponto Final.
A reconhecida publicação chilena referiu-se a como os resultados da
denominada Prova de Seleção Universitária demonstraram uma vez mais a
desigualdade da sociedade e o caráter discriminatorio do sistema de
ensino.
No Chile
assegura-se educação de qualidade para os filhos de famílias de altos
rendimentos e entrega-se uma educação precária aos setores mais
desprotegidos, disse um editorial da revista.
Apontou o texto que
a mercantilização da função educativa será acentuada com a projetada
reforma educacional, sujeita nestes momentos ao trâmite legislativo.
"A educação
particular seguirá baseada no lucro e a pública continuará em mãos dos
municípios, que na maioria dos casos a administram de forma péssima,
enquanto os professores seguirão sendo mal pagos", assinalou a revista.
Criticou assim
mesmo a ideia contida na iniciativa governamental orientada à diminuição
do horário das aulas de História e Ciências Sociais, proposta que
setores estudiantis e acadêmicos do país recusam ao qualificá-la como
uma tentativa de "apagar a memória histórica e a consciência social".
Chile precisa de
uma reforma integral que favoreça uma educação democrática, gratuita,
igualitaria, laica e de boa qualidade, enfatizou Ponto Final..
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