segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A mercantilização do ensino no Chile.



Santiago de Chile, (Prensa Latina)

A educação no Chile é vista como um negócio que condena aos pobres a estudos de inferior qualidade e a repetir a vida de suas famílias enterradas na miséria, denunciou hoje aqui a revista Ponto Final.
A reconhecida publicação chilena referiu-se a como os resultados da denominada Prova de Seleção Universitária demonstraram uma vez mais a desigualdade da sociedade e o caráter discriminatorio do sistema de ensino.

No Chile assegura-se educação de qualidade para os filhos de famílias de altos rendimentos e entrega-se uma educação precária aos setores mais desprotegidos, disse um editorial da revista.
Apontou o texto que a mercantilização da função educativa será acentuada com a projetada reforma educacional, sujeita nestes momentos ao trâmite legislativo.
"A educação particular seguirá baseada no lucro e a pública continuará em mãos dos municípios, que na maioria dos casos a administram de forma péssima, enquanto os professores seguirão sendo mal pagos", assinalou a revista.
Criticou assim mesmo a ideia contida na iniciativa governamental orientada à diminuição do horário das aulas de História e Ciências Sociais, proposta que setores estudiantis e acadêmicos do país recusam ao qualificá-la como uma tentativa de "apagar a memória histórica e a consciência social".
Chile precisa de uma reforma integral que favoreça uma educação democrática, gratuita, igualitaria, laica e de boa qualidade, enfatizou Ponto Final..

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