Matéria do Correio do Brasil
Registro,
sem comentários, e à espera das conclusões da Justiça a respeito das
investigações do caso: a polícia fez uma operação de busca e apreensão
na casa do empresário Paulo César Ribeiro, cunhado do governador de São
Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
O empresário está sendo investigado
pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) sob a suspeita
de integrar cartel acusado de superfaturar preços da merenda em
contratos com prefeituras, inclusive com a de Pindamonhangaba, terra
natal dos Alckmin e na qual o governador já foi prefeito.
O
inquérito contra o empresário, cunhado do governador Alckmin, é
conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO) do MPE-SP.
E o caso Alstom, ainda sem um desfecho
Também
na virada do ano, uma juíza da 13ª Vara da Fazenda paulista determinou a
quebra dos sigilos bancário e fiscal do conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado (TCE-SP), Robson Marinho e de mais 10 pessoas
investigadas por suspeita de terem recebido propina da Alstom em troca
de contratos com estatais do governo tucano paulista, entre as quais as
companhias do Metrô e Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Robson,
figura de destaque da nata do tucanato, ex-chefe da Casa Civil da
administração Mário Covas, já teve conta bancária secreta que lhe é
atribuída bloqueada na Suíça. Ele nega irregularidades e afirma que seu
patrimônio é compatível com sua renda.
A Alstom, vocês se lembram,
é aquela conhecida multinacional investigada nos últimos dois anos pela
Justiça européia – da Suíça e da França – sob a acusação de ter
azeitado corrupção pagando desde os anos 90 gordas propinas a políticos
do PSDB e a integrantes dos governos tucanos de São Paulo para obter
milionários contratos com empresas do Estado, muitos destes vencidos ou
renovados ilicitamente.
É investigada na Europa, mas aqui, desde
que o escândalo eclodiu há mais de dois anos, os governos tucanos do
Estado colocaram uma pedra em cima. Não instauraram nenhuma apuração nas
empresas alvo das denúncias, impedem que a Justiça apure o caso e
derrubam os pedidos de CPI na Assembléia Legislativa – prática adotada,
aliás, em relação a mais de 60 pedidos de investigação de
irregularidades nos últimos 16 anos em que governam o Estado.
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