por Brizola Neto, no Tijolaço
É impressionante como a oposição brasileira é incapaz de qualquer ato
que não seja o da mais absoluta vassalagem ao capital internacional.
É completamente incabível, sob qualquer aspecto, a reação ao fato de
se estar promovendo, através de lei específica, a regulação – e não a
proibição – da propriedade estrangeira de solo brasileiro, como publica
hoje o Estadão.
Ninguém quer se meter com a vida de alguém que, cansado do frio
europeu, queira ter um sitiozinho ou uma chácara no Brasil. Seja
bem-vindo, esteja em casa.
Não se pode descartar, mesmo, que o limite mínimo para ter de haver
registro – que é de cinco hectares, (50 mil metros quadrados) possa ser
um pouco maior, em áreas não-urbanas. Negociação é assim mesmo, você
oferece o mínimo e cede um pouco, dentro do razoável.
Daí em diante, a transação teria de ter a aprovação e o registro em
um órgão público. Nada demais. Apenas queremo saber o que o “mister”
quer fazer com a terra, qual é o seu projeto.
E para as propriedades de mais de 500 mil hectares – cinco milhões de
metros quadrados – a União seria detentora de uma espécie de “golden
share”, uma participação garantida na definição do uso da terra.
Portanto, longe de ser uma medida radical, é o mínimo que o país
precisa para controlar um bem que não é “fabricável”: o seu território.
O Tijolaço já tratou deste tema com mais detalhes – o que você pode ler aqui – e a gente reproduz o mapa que publicou naquela ocasião.
Nele, repare uma coisa: todo mundo pensa que estrangeiro comprando
terra é coisa lá nos cafundós, não é? Nada, é só você olhar no mapa e
ver que é o agronegócio a cereja do bolo: Mato Grosso, São Paulo e Mato
Grosso do Sul não os estados onde a terra mais foi abocanhada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário