Instituição, que ampara profissionais que enfrentam dificuldades para se sustentar, promoverá festa junina neste sábado
Instalada há seis décadas no bairro Glória, em Porto Alegre, a
Casa do Artista Riograndense (CAR) pede ajuda. Hoje com oito moradores, a
casa se mantém graças a contribuições e projetos _ entre eles, uma
festa junina marcada para a tarde deste sábado (leia ao final do texto).
Fundada em 1949, a CAR sempre visou a atender artistas — especialmente atores, radialistas e músicos — na faixa dos 60 anos ou mais que estivessem enfrentando dificuldades para se sustentar. O prédio da Rua Anchieta, que lembra uma pequena escola, foi erguido em um terreno doado por particulares. Ali, convivem profissionais que ainda mantêm a atividade artística — como o ator e músico Zé da Terreira, o ator Catulo Parra e o cantor Carlos Conde — e também aposentados, como a atriz Lais Dias.
Como seus moradores, a casa tem de administrar um orçamento pequeno. A receita mensal, obtida por meio de contribuições espontâneas de um grupo de 18 sócios, fica em torno de R$ 200 mensais — o suficiente, por exemplo, para trocar alguma fechadura emperrada ou uma lâmpada queimada. Outras despesas acabam dependendo de ajuda externa. Em maio, o Sindicato dos Músicos Profissionais ajudou a pagar o abastecimento de água. A energia elétrica é paga pelo ator Roberto Birindelli. A banda larga da sala dos computadores (doados pela Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais) sai do bolso do presidente da casa, Luciano Fernandes.
Diretor de Propaganda do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio Grande do Sul (Sated), Fernandes assumiu a gestão da casa no ano passado. Ele explica que a manutenção da CAR é uma causa abraçada pelo sindicato nos últimos anos, embora não haja vínculo formal entre a casa e a entidade. Fernandes comemora algumas conquistas, como o início da reforma da cozinha — graças a um acordo com o governo do Estado, a obra está a cargo de quatro presidiários vindos de Charqueadas. Uma verba de R$ 10 mil deve ser liberada pelo município para mais reformas — a pintura das paredes é uma das prioridades. Uma recente doação de livros serviu para criar uma pequena biblioteca.
Uma ideia, segundo Fernandes, é alugar espaços da casa para grupos teatrais do Interior que venham se apresentar na Capital.
— Faríamos isso a título de experiência, para ver se não incomoda os moradores. É uma tentativa de dar sustentabilidade — explica o presidente.
Enquanto isso, os moradores ocupam seus modestos quartos com criatividade. No segundo piso, uma imensa colagem enfeita a parede do radioator e produtor Wilson Gomes, que também pintou as paredes da escada. Peças artesanais em bambu são uma das especialidades de Catulo Parra. Na porta de Zé da Terreira, um recado prega a boa convivência: "A princípio não é elegante falar mal de terceiros na sua ausência".
— Aqui é tudo maravilhoso. O problema somos nós — brinca Catulo.
Para contribuir
> Nesta sábado, a partir das 17h, uma festa junina na Casa de Teatro (Rua Garibaldi, 853) vai arrecadar fundos para a Casa do Artista Riograndense.
> O evento terá apresentações de teatro de bonecos, casamento na roça encenado por alunos da Casa de Teatro e shows musicais de Serrote Preto e Ian Ramil. Os moradores da casa Zé da Terreira e Catulo Parra também deverão se apresentar.
> Os ingressos para o evento custam R$ 5.
Para contatar a Casa do Artista
Internet: casadoartistariograndense.blogspot.com
Telefone: (51) 9123-7519
Para contribuições diretas:
Banco Banrisul - Agência 0073 - Conta 06.011348.0-8
Fundada em 1949, a CAR sempre visou a atender artistas — especialmente atores, radialistas e músicos — na faixa dos 60 anos ou mais que estivessem enfrentando dificuldades para se sustentar. O prédio da Rua Anchieta, que lembra uma pequena escola, foi erguido em um terreno doado por particulares. Ali, convivem profissionais que ainda mantêm a atividade artística — como o ator e músico Zé da Terreira, o ator Catulo Parra e o cantor Carlos Conde — e também aposentados, como a atriz Lais Dias.
Como seus moradores, a casa tem de administrar um orçamento pequeno. A receita mensal, obtida por meio de contribuições espontâneas de um grupo de 18 sócios, fica em torno de R$ 200 mensais — o suficiente, por exemplo, para trocar alguma fechadura emperrada ou uma lâmpada queimada. Outras despesas acabam dependendo de ajuda externa. Em maio, o Sindicato dos Músicos Profissionais ajudou a pagar o abastecimento de água. A energia elétrica é paga pelo ator Roberto Birindelli. A banda larga da sala dos computadores (doados pela Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais) sai do bolso do presidente da casa, Luciano Fernandes.
Diretor de Propaganda do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio Grande do Sul (Sated), Fernandes assumiu a gestão da casa no ano passado. Ele explica que a manutenção da CAR é uma causa abraçada pelo sindicato nos últimos anos, embora não haja vínculo formal entre a casa e a entidade. Fernandes comemora algumas conquistas, como o início da reforma da cozinha — graças a um acordo com o governo do Estado, a obra está a cargo de quatro presidiários vindos de Charqueadas. Uma verba de R$ 10 mil deve ser liberada pelo município para mais reformas — a pintura das paredes é uma das prioridades. Uma recente doação de livros serviu para criar uma pequena biblioteca.
Uma ideia, segundo Fernandes, é alugar espaços da casa para grupos teatrais do Interior que venham se apresentar na Capital.
— Faríamos isso a título de experiência, para ver se não incomoda os moradores. É uma tentativa de dar sustentabilidade — explica o presidente.
Enquanto isso, os moradores ocupam seus modestos quartos com criatividade. No segundo piso, uma imensa colagem enfeita a parede do radioator e produtor Wilson Gomes, que também pintou as paredes da escada. Peças artesanais em bambu são uma das especialidades de Catulo Parra. Na porta de Zé da Terreira, um recado prega a boa convivência: "A princípio não é elegante falar mal de terceiros na sua ausência".
— Aqui é tudo maravilhoso. O problema somos nós — brinca Catulo.
Para contribuir
> Nesta sábado, a partir das 17h, uma festa junina na Casa de Teatro (Rua Garibaldi, 853) vai arrecadar fundos para a Casa do Artista Riograndense.
> O evento terá apresentações de teatro de bonecos, casamento na roça encenado por alunos da Casa de Teatro e shows musicais de Serrote Preto e Ian Ramil. Os moradores da casa Zé da Terreira e Catulo Parra também deverão se apresentar.
> Os ingressos para o evento custam R$ 5.
Para contatar a Casa do Artista
Internet: casadoartistariograndense.blogspot.com
Telefone: (51) 9123-7519
Para contribuições diretas:
Banco Banrisul - Agência 0073 - Conta 06.011348.0-8
Fonte: ZEROHORA ONLINE
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