Como
forma de pressão sobre o Piratini, professores estaduais prometem
suspender as atividades nos dias de votação do pacote de
projetos do governo na Assembleia Legislativa. Aprovada em assembleia
geral dia 22 de junho, a paralisação não tem data nem período
para ocorrer: vai depender da agenda de votação.
A apreciação
do pacote começa a trancar a pauta da Assembleia a partir de terça-feira,
mas é provável que a votação ocorra em 5 de
julho, conforme o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.
Diante desse quadro de
indefinição, o Cpers recomenda que os professores estejam
com viagens pré-agendadas para a Capital e de malas prontas.
– Vamos trazer a
categoria para Porto Alegre, encher as galerias da Assembleia e pressionar
para que não permitam que o governador Tarso Genro vote esse pacote.
Ele ataca frontalmente o direito de professores se aposentarem com alguma
dignidade – declarou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira.
Durante a assembleia de
ontem, as arquibancadas do Gigantinho não lotaram. Ao microfone,
integrantes da categoria se revezaram nas críticas às propostas
do governo, que incluem mudanças na previdência e novos critérios
para o pagamento dos pequenos precatórios.
Em meio a uma campanha
acirrada para a presidência do Cpers – a eleição
ocorrerá na terça-feira –, os sindicalistas se envolveram
também na disputa. Houve manifestações especialmente
de representantes das chapas 1 e 2, encabeçadas respectivamente
pela atual presidente e pela ex-dirigente da entidade Simone Goldschmidt.
Enquanto o grupo de oposição afirma que a atual gestão
do Cpers não lutou pelo piso, aliados de Rejane garantem que estão
engajados no tema.
Apesar de Simone se dizer
contrária ao pacote do governo, considera que o piso salarial é
que deveria mobilizar paralisações:
– Temos de exigir
do governador um calendário para a implementação
do piso que, hoje, é a maior reivindicação dos trabalhadores
em educação.
Piratini não demonstrou
surpresa com protesto
No governo, as deliberações
do Cpers não causaram surpresa. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana,
demonstrou conformidade com o posicionamento do sindicato.
– Reafirmamos que
pretendemos garantir a previdência pública. Em relação
às RPVs (Requisições de Pequeno Valor), temos de
criar uma previsão orçamentária para que o Estado
possa pagar – disse o chefe da Casa Civil.
Antes da votação
na Assembleia, Pestana deve se reunir com deputados da base aliada, para
preparar a postura dos apoiadores do Piratini durante a apreciação
do pacote governista.
Veja as principais propostas aprovadas ontem na assembleia geral do Cpers:
- Paralisação nos dias de votação do pacote.
- Envio de e-mails e manifestações nas cidades dos deputados estaduais.
- Campanha de denúncia pelo não cumprimento da lei do piso: “Tarso: governo fora da lei – Não cumpre o piso nacional”.
- Não à meritocracia.
- Assembleia geral – com data a ser marcada pelo Conselho do Cpers – para discutir a construção da greve pelo cumprimento da lei do piso.
- Jornada Nacional de Lutas entre 17 e 24 de agosto, com paralisação nos Estados
fonte : Zero
Hora
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