Brizola Neto no TIJOLACO
No
vale-tudo para atacar o Governo brasileiro, hoje a D. Eliane “Massa
Cheirosa” Cantanhede se superou, com seu artigo “Hackers pela Ética”,
tranformando um grupo anárquico, que buscava, confessadamente, a
notoriedade que a mídia lhes deu e não parecia interessado em revelações
de interesse social, mas em divulgar CPF, listas de e-mail e em
“derrubar” sites oficiais.
“Com CUT, UNE e MST fora de combate a partir de Lula, por
conveniência ou oportunismo, entra em ação pela ética pública um tal de
LulzSec para azucrinar e expor os Poderes da República.”, escreve a
colunista.
Ora, esses grupos, se têm de ser responsabilizados por danificarem
propriedade pública (arquivos) e impedir o funcionamento dos sites, não
devem nem ser demonizados nem endeusados, duas faces de um mesmo
processo.
Não são assunto de política, mas de providências tecnológicas e
administrativas. Até porque não guardam nenhuma relação com “segredos de
Estado”, como se disse, mas com a sabotagem do funcionamento de sites
públicos e violação de dados pessoais.
O que estes “hackers” estão fazendo nada tem a ver com transparência,
com publicização de atos secretos de governo tomados à sombra do
desconhecimento da sociedade, como fez, por exemplo, o Wikileaks.
Aliás, quem melhor respondeu a isso foi um ouro grupo de “hackers”, ontem, no Correio Braziliense:
“Em meio às recentes invasões a sites governamentais, o grupo
Transparência Hacker afirma não ter relação com os responsáveis pelos
ataques e aproveita o momento para discutir a própria atuação. Segundo
seus participantes, a organização, objeto de reportagem do Correio de
21 de maio, tenta se desvencilhar das ações criminosas. “Trabalhamos
com dados que são abertos. Nossa luta é divulgar informações
governamentais que já são públicas, tornando-as mais acessíveis”,
explica o articulador de redes Diego Casaes, 23 anos. Ele desaprova a
publicação de dados como telefones de ministros ou o CPF da presidente
Dilma Rousseff, por exemplo. “Essas informações são pessoais, não
públicas. Entendo que devem permanecer sigilosas, porque dizem respeito à
pessoa”, afirma.”
É isso que D. Cantanhede elogia, ao afirmar que “o alerta para os governos e demais Poderes é que a sociedade, de alguma forma, está de olho.
Quando um grupo de hackers tem mais respeito pela privacidade que uma
colunista de um jornal como a Folha, quando se trata de atingir o
objetivo político de atacar o governo Dilma é bom a gente se cuidar.
Mas, reconheça-se, não apenas a colunista da “massa cheirosa”, mas
toda imprensa, sem capacidade de separar seus ódos políticos ao Governo
da instituição Estado, deu o tamanho e a projeção que era aquilo que
estes grupos, no fundo, pretendiam.
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