Ney Matogrosso - Single (1974)
Faixas:
01. As Ilhas
02. 1964 (II)
Download Aqui: Ney Matogrosso - Single (1974).
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
Texto de Carlos Rennó, encartado no relançamento em CD.
Milhares de pessoas repudiaram hoje nesta capital a presença do presidente estadunidense, George W. Bush, bem como a ocupação do Iraque e o deslocamento de tropas estrangeiras para o Afeganistão.
As manifestações acontecem apesar das autoridades terem blindado a cidade durante a visita de Bush a este país, iniciada ontem à noite, com a mobilização de mais de 10 mil agentes e a vigilância do espaço aéreo através do vôo constante de helicópteros.
Uma das demonstrações, um multitudinário festival de música, foi convocado na Praça do Povo pelos partidos da base governamental Refundação Comunista e dos Comunistas Italianos, para condenar a ocupação do país árabe com o lema: Deter todas as guerras.
Paralelamente, uma manifestação de ativistas contra a globalização marchou pelo centro de Roma para denunciar a política bélica do governo estadunidense e criticar o executivo italiano por seu respaldo à mobilização de cerca de 2 mil soldados em solo afegão.
À manifestação, com cartazes de NÃO a Bush e Não à Guerra, se somaram dirigentes sindicais, políticos e parlamentares, muitos deles da coalizão oficial, bem como associações estudantis e agrupamentos de esquerda.
Anteriormente, o premiê Romano Prodi fez um chamado a seus titulares para que não participassem dos protestos.
As demonstrações se deram após as entrevistas de Bush com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, com o Papa Bento XVI, no Vaticano, e com Prodi.
Dialogou com todos sobre os conflitos no Oriente Médio, as relações bilaterais e o auxílio ao combate da fome na África, entre outros temas de interesse mútuo.
Após o encontro com o Papa, a Santa Sede anunciou que o Sumo Pontífice advogou por uma solução negociada para os conflitos no Iraque, Israel-Palestina e no Líbano.
Bush chegou a esta cidade ontem à noite, como parte da visita que empreendeu na Europa, que já o levou à Polônia, à Alemanha - onde participou da reunião de cúpula do G-8 - e à Republica Tcheca.
A viagem se finalizará na próxima segunda-feira, na Bulgária, após visitar a Albânia.
Moscou, 9 jun (PL) O protagonismo da Rússia reunião de cúpula dos oito países mais industrializados do planeta (G-8) com sua proposição de usar conjuntamente o radar antimísseis mantido no Azerbaijão constituiu aqui o mais relevante da semana.
O líder russo surpreendeu seu colega norte-americano no encontro que tiveram bilateralmente em Heligendamm, Alemanha, quando lhe propôs compartilhar a base de radar de Gabala, à margem do Mar Cáspio, alugada pela Rússia a Bakú.
A idéia deixa sem justificativa o argumento de proteger a Europa de hipotéticos foguetes iranianos com meios estratégicos norte-americanos instalados na Polônia e na República Tcheca.
“Gabala cobre plenamente toda a região que suscita suspeitas em nossos colegas estadunidenses”, disse o estadista russo à imprensa.
O chefe do Kremlin assegurou que, caso fosse necessário, a Rússia poderia modernizar a base e transferir seus dados on line, o que liberaria Washington da necessidade de instalar grupos de interceptação de mísseis no espaço sideral e evitaria o perigo que isso traz para o mundo.
Assim - sublinhou enfático Putin - já não seria necessário construir um novo radar na República Tcheca nem instalar os 10 foguetes interceptores na Polônia.
A vantagem da proposta russa consiste em que, no caso de um ataque pelos inexistentes foguetes do Irã, estes seriam abatidos na primeira fase de decolagem, e seus restos cairiam no mar, não sobre cidades européias, segundo o estadista.
A proposta se destacou em uma cúpula que terminou mal, com novas e velhas promessas de cumprimento duvidoso, como a de reduzir substancialmente as emissões de gases provocadores do Efeito Estufa.
Também há dúvidas sobre o cumprimento da nova contribuição de 60 bilhões de dólares para lutar contra a AIDS, a malária e a tuberculose na África.
O habitual chamado à retomada das negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) foi percebido também com ceticismo pelos países pobres, pois a atitude intransigente das nações ricas tem bloqueado, até hoje, este processo.
Em meio a este panorama, a iniciativa russa pareceu atraente para Europa, que viu nela um gesto de boa vontade em contraposição à advertência emitida pelo Kremlin há apenas uma semana.
Poucos dias antes da reunião, Moscou realizou testes bem-sucedidos com o ultra-moderno míssil balístico intercontinental (MBI) RS-24 de ogiva múltipla e do tático operacional R-500, do sistema Iskander.
Estes testes coincidiram com a visita a Moscou de José Sócrates, premiê de Portugal, cujo país assumirá a presidência da União Européia (UE) no segundo semestre de 2007.
Nesse sentido, diversos meios de comunicação afirmaram em Moscou que a simultaneidade entre os testes dos foguetes e a presença do chefe do Governo português na Rússia não fora mera coincidência.
Horas depois, o próprio Putin advertiu seus sócios ocidentais de que, caso sejam instalados na Europa elementos do sistema norte-americano de defesa antimísseis, a Rússia reorientará seus foguetes para os alvos correspondentes desta zona.
Por isso, a opção de utilizar conjuntamente os radares de Gabala foi acolhida pelos europeus com surpresa, mas com satisfação.
O jornal britânico The Financial Times fez eco desse ponto de vista ao qualificar a iniciativa, como “racional”, por abrir a possibilidade de abandonar as disputas em torno do sistema antimísseis, que, assim, deixaria de ser um projeto "transatlântico".
A publicação elogia a iniciativa e ressalta que a mesma pode abrir uma etapa sem precedentes de cooperação militar entre Moscou e o Ocidente.
A mensagem de Putin para a Europa foi clara, ao afirmar, diante de centenas de jornalistas, que caso este problema se resolvesse não seria necessária a instalação de foguetes russos próximo às fronteiras européias.
A Rússia insiste na necessidade de um debate multilateral no Velho Continente para abortar o projeto de instalação da DAM na Polônia e na República Checa, e, ao que parece, na reunião de cúpula realizada na Alemanha deu-se um passo firme na conquista do importante aliado europeu.
Fonte:PrensaLatina