O especialista em tudo, o jornalista da Rede Globo Ali Kamel, acaba de lançar um novo livro. Quem me informa a respeito é o bom caderno Aliás, de O Estado de S. Paulo, em texto assinado por Gabriel Manzano Filho.
O título do livro é “Sobre o Islã – A Afinidade entre Mulçumanos, Judeus e Cristãos e as Origens do Terrorismo”. Título pomposo sobre um tema deveras difícil de explorar. Mas pelo jeito ninguém segura esse Kamel. Há pouco ele lançou um outro livro cujo título “Não Somos Racistas” já dizia a que veio. É uma porcaria de livro, cujas teses defendidas não resistem a duas perguntas. Aliás, já fiz esse teste em outro texto publicado neste blog.
Agora, neste seu último trabalho, o título, porém, não informa um dos aspectos principais do trabalho, o de incensar o presidente dele, George Bush. Claro que gente como Kamel tem contato direto com a matriz. Eles não são brasileiros, só estão aqui de passagem. O lance é gritar Fora Lula e discutir aspectos da gestão Bush.
Nesse particular, nos informa Manzano Filho, que leu o livro, o trabalho de Kamel defende a tese “de que Bush tinha fortes razões para agir como agiu no Iraque”. Que o mesmo Bush teria “tido paciência para com as Nações Unidas e que esperou ao máximo a adesão dos outros países à sua tese”.
Kamel ainda vai além ao discutir o que a invasão do Iraque representou para a diminuição das liberdades individuais. Segundo Manzano Filho, o especialista em tudo diz que situações como essa já ocorreram no passado. Claro, na inquisição, por exemplo. Talvez fosse o caso de começar a queimar inimigos e adversários em praça pública, não é Kamel?
Valei-me padin-padin Cícero. É gente como esse Kamel, com esse dom para falsificar a história, que tem um dos cargos mais altos da Rede Globo. É ele que utiliza a concessão pública de comunicação que é também minha e sua para dar a versão dele e dos patrões dele para a realidade.
O pior de tudo é que pelo que apurei, Kamel vai continuar a escrever bastante. Recentemente teria contratado um ex-professor de cursinho para lhe ajudar nessa tarefa, não é Kamel? Esses nossos intelectuais são de lascar.
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Privatizando mulheres |
Debra McNutt | |
20- | |
A prostituição militarizada existe nos arredores das bases dos Estados Unidos nas Filipinas, Coréia do Sul, Tailândia e outros países há muito tempo. Mas, desde que os EUA começaram a deslocar forças para muitos países muçulmanos já não podem permitir a prostituição destinada ao seu pessoal de maneira tão aberta. A mobilização das forças militares norte-americanas na Guerra do Golfo, na Guerra do Afeganistão e na Guerra do Iraque estimulou a prostituição de mulheres no Oriente Próximo.
Debra McNutt é feminista e ativista contra a guerra, pesquisadora residente em Olympia, Washington. Fonte: CorreioDaCidadania Publicado originalmente no CounterPunch. Tradução de ViaPolítica. |
Cocaína com frutas |
Roberto Malvezzi | |
A bomba estourou aqui no sertão. A empresa MARIAD, de um colombiano que exportava manga e uva no São Francisco, também exportava cocaína através das caixas de frutas. Ele era um dos braços de Abadia, o chefe da máfia colombiana preso em São Paulo.
Roberto Malvezzi, o Gogó, é coordenador da CPT.
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México: EUA ou Colômbia?
Ficaram para trás as promessas de que o Tratado de Livre Comércio da América do Norte aproximaria o México dos níveis de vida dos EUA e do Canadá. A realidade é que o quadro hoje se parece a uma segunda Colômbia, com a expansão do narcotráfico e da violência. Dois países adeptos do livre comércio e os mais estreitos aliados dos EUA no continente. A análise é de Emir Sader.
Emir Sader - Carta Maior
Os EUA prometeram ao México que, se assinasse o Tratado de Livre Comécio da América do Norte (Nafta), se tornaria um novo Estados Unidos. O México está prestes a se tornar uma Colômbia. O comércio do México com os EUA totaliza mais de 90% do comércio total, caracterizando uma dependência brutal do país do norte, nem sequer afetada pelos intercâmbios de livre comércio com a forte economia canadense. ´
Os investimentos norte-americanos não chegaram ao conjunto do país, ficaram limitados praticamente às areas da fronteira norte com os EUA, nas chamadas zonas de maquila, onde se instalam partes de empresas estrangeiras para explorar o trabalho barato – sobretudo de mulheres e crianças não sindicalizados – com operações que não demandam qualificação, pagando até 10 vezes menos que nos EUA.
Mas mesmo estes investimentos foram duramente afetados, quando a China passou a oferecer condições de investimento melhores, com mão-de-obra ainda mais barata. Grande parte dessas empresas se deslocou para a Ásia.
Hoje, o México é devastado pelo tráfico de drogas. Situado ao lado do mercado que consome grande parte da droga que se produz no mundo, se construíram imensos corredores de tráfico para os EUA, controlado e disputado por uma feroz guerra de cartéis, que produz uma quantidade cada vez maior de vítimas, das formas mais cruéis possiveis.
O governo de Felipe Calderon está em processo de assinatura de acordo com o governo Bush similar ao da Operação Colômbia. Houve sete reuniões militares este ano e o acordo deve ser anunciado em Quebec, em um encontro entre os presidentes dos EUA, do Canadá e do México. Em troca de equipamento militar, o México deverá conceder uma maior presença de militares norte-americanos no seu território, incluindo a de um oficial dos EUA em cada vôo.
Será a maior ajuda norte-americana depois da concedida a Colômbia, com um total de 350 milhões de dólares, ainda muito abaixo dos 5 bilhões concedidos ao governo de Uribe. Os militares mexicanos resistem ao acordo. Já tiveram experiências negativas: no governo de Ernesto Zedillo, em 1997, receberam mais de 70 aviões, mas a maioria rapidamente quebrou, foi devolvida, tendo havido muitas mortes de militares em acidentes com esses aparatos.
O proprio presidente Calderon declarou que o problema, na verdade, está do outro lado da fronteira, dado que os EUA fazem poucos esforcos para combater o consumo de drogas. De fato, não há nenhum grande capo do narcotráfico preso nos EUA, embora o governo norte-americano pressione constantemente a Colômbia e a outros países da região para que extraditem os lideres dos cartéis – como acontece com o recentemente detido no Brasil. Além disso, o presidente mexicano reiterou reclamação contra os mau-tratos aos quase 40 milhões de mexicanos – quase um de cada três nascidos no México – nos EUA.
Enquanto isso, anuncia-se que houve sete encontros entre os líderes dos cartéis do narcotráfico – do Golfo e de Sinaloa, os mais fortes - para repartir entre si os territórios, com o compromisso de respeitá-los e o fim das execuções. Ja o governo dos EUA prepara uma nova ofensiva com a participação da DEA, da CIA, do FBI e da Agência Nacional de Segurança.
Em suma, ficaram para trás as promessas de que o Tratado de Livre Comércio da América do Norte aproximaria o México dos níveis de vida dos EUA e do Canadá. A realidade é que o quadro hoje se parece – pela expansão generalizada do narcotráfico e da violência correspondente – a uma segunda Colômbia no continente. Dois países adeptos do livre comércio e os mais estreitos aliados dos EUA no continente.