Collage do Mar Vermelho |
Breve composição sobre a dor palestina. Por Tali Feld Gleiser. |
I. SOBRE AS ELEIÇÔES DEMOCRÁTICAS NOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 2006
O Sócio
A administração Bush promove na Palestina seu concepção de democracia. Inquieto ante a popularidade de Hamás, o governo estadunidense decidiu subvencionar Al Fatah para ajudá-lo a ganhar as eleições legislativas.
Os instrumentos do Sócio
A USAID, principal agência «humanitária» estadunidense, financiou a campanha de Al Fatah com dois milhões de dólares,
«Não apoiamos nenhum partido. Mas não respaldamos os partidos que aparecem na lista terrorista. Estamos aqui para garantir o processo democrático», assegura James A. Bever, diretor da USAID na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
A democracia só é tal quando ganham eles
A vitória do grupo radical islâmico Hamás nas eleições legislativas palestinas (Hamás obteve 76 cadeiras, de um total de 132 frente aos 43 de Al Fatah) –certificada oficialmente pela Comissão Eleitoral- desatou um terremoto político de imprevisíveis conseqüências. O grupo armado também se manifestou disposto a acolher Al Fatah em seu futuro governo, mas os máximos dirigentes desta agrupação rejeitaram a oferta e garantiram que, desde agora, passariam à oposição.
Opinião do poodle de Bush
O ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair, "reconheceu o mandato recebido por Hamás”, mas disse que “eles tinham que entender também que era o momento de escolher entre a via violenta e a democrática”.
Para a terrorista Rice o vitorioso Hamás é “terrorista”
Condoleezza Rice deixou claro que seu país "não vai fazer nenhuma mudança" em sua política antiterrorista em relação a esse grupo. Rice enviou por telefone sua felicitação ao presidente palestino Abu Mazen pelo que considerou como "um processo eleitoral sem problemas, pacífico e com muita participação. Os palestinos votaram em favor de uma mudança. Estas aspirações só podem ser realizadas se se renunciar à violência e se admite a Israel o direito de existir ".
Opinião de um diplomático
Hamás, como o FPLP e o FLP, está considerada como uma organização terrorista, embora no tenha apresentado nenhum candidato vinculado com atos terroristas. Hamás conseguiu votos que apóiam seu programa de islamismo social, e também de rejeição a Fatah. Muitos o votaram com esperança de que com Hamás as coisas melhorem. A oposição à ocupação foi muito importante eleitoralmente. Ainda, a vitória de Hamás leva implícita a rejeição aos Acordos de Oslo. José María Ferré.
A democracia tem que ir presa
O Exército israelense prendeu 87 militantes palestinos de Hamás, entre eles 10 ministros e 20 deputados e 23 ativistas da Yihad Islâmica.
O ministro israelense de Segurança Interior, Roni Baron os considerou suspeitos "de ter participado em atividades terroristas contra Israel".
O servil Abbas ilegaliza (que será lei para um servo?) Abbas ilegalizou Hamás e formou o novo Governo de emergência na Cisjordânia e “considerou a Força Executiva e todas suas milícias como ilegais", e as responsabiliza de um "golpe militar contra a legitimidade palestina e suas instituições".
A “visita” a Beit Hanoun
Os israelenses dizem que é uma ofensiva para impedir que se introduzam armas desde o Egito. Não es verdad. No puede entrar nada. En Gaza no hay mais que unos fusiles que son inútiles contra os Apaches e os carros Merkava do ejército israelí. Las armas de guerra que han entrado en Gaza son las que Estados Unidos entregó a Dahlan, que es o hombre de Abu Mazen, o hombre mais temido de Gaza. Es o cabecilla de las fuerzas que desde hace meses provocan disturbios para derrocar o governo de Hamás.
II. ISRAEL CONTINUA A ATACAR
A morte não usa ambulância
Em 19 de fevereiro de 2008, as ambulâncias da Faixa de Gaza ficaram sem combustível para circular devido ao bloqueio de Israel sobre a zona, que inclui a redução dos fornecimentos. O serviço de ambulâncias e de urgências do Ministério de Sanidade palestino organizou uma 'sentada' como forma de protesto.
Um passo à sobrevivência
Dezenas de milhares de palestinos da Faixa de Gaza começaram a atravessar a fronteira em direção ao Egito pelo passo de Rafah, ao sul do território palestino, a procura de comida e medicamentos ante o bloqueio de Israel.
Os foguetes do IV Reich
A Abu Bilal al-Yaabir não pesaria tanto a perda de sua casa como a do filho que morreu em fevereiro quando um helicóptero israelense o abateu com um míssil não muito longe de seu domicílio em Beit Lahiya, ao norte de Gaza.
Abu Bilal, sua esposa e dois de seus filhos casados, que vivem no mesmo prédio de três andares com sete netos, não abandonaram a flamante casa que terminaram de construir faz dois anos. Sem perder tempo, todos os membros da família chamaram os vizinhos e cinco minutos depois o terraço estava cheio de centenas de pessoas convertidas em escudos humanos e dispostas a sacrificarem suas vidas se fosse necessário.
Os ladrões de Sion
Com a desculpa de combater Hamás, as tropas israelenses e os agentes do Shin Bet, a tristemente célebre agência de segurança interna israelense, assaltaram e arrasaram organizações benéficas, orfanatos, internados e entidades a eles afiliadas.
Mordechai Vanunu será negado mil vezes
O Coronel Warner D. Farr sostiene que Israel hoy posee cerca de 400 bombas nucleares.
Reunião de funcionários de Nova Iorque
Em uma reunião do primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, concluiu uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com a promessa de que não haverá novos assentamentos israelenses.
As moradas do IV Reich
O município de Jerusalém anunciou a construção de 600 novas moradias no assentamento judaico de Pisgat Zeev, uma área cisjordana considerada por Israel parte da cidade.
Por outra parte, o partido ultraortodoxo Shas prometeu a construção de mais 800 moradias em Betar Ilit, povoado habitado por judeus religiosos na Cisjordânia (território ocupado).
Os mortos não precisam de serviços básicos
Faz muito tempo já não se garante o fornecimento de água nem a evacuação das águas residuais, que dependem de sua conexão à rede elétrica.
90% da produção industrial cessaram e a produção agrícola caiu pela metade. O bloqueio de mais de 9.000 mercadorias, que Israel não deixa passar para a Faixa de Gaza, segundo a Campanha Fim ao Acosso, provocou o incremento do preço dos produtos básicos em mais de 30%. Com um índice de pobreza que se situa em 88% e um índice de desocupação de 75%, 1,5 de milhões de pessoas tentam sobreviver em uma prisão de 365 km2.
A ONU e seus chiliques de moral (apenas retóricos, nem chilique é verdadeiro na ONU)
As respostas de Tel Aviv foram descritas pela ONU como desproporcionadas, por ter impacto sobre centenas de milhares de palestinos.
A agência da ONU para os refugiados palestinos, UNWRA, anunciou a suspensão da distribuição das caixas de alimentos a 650.000 refugiados na Faixa de Gaza. A razão: a agência ficou sem o combustível para os caminhões que realizam a distribuição.
Hamás faz uma inflexão que o IV Reich não deseja
A notícia se produziu ao mesmo tempo que o grupo Hamás anunciava sua aceitação de uma possível trégua com Israel. Sua proposta é de uma trégua que começaria na Faixa de Gaza por seis meses "até que todas as organizações se aderirem a ela, e depois se estenderia à Margem Ocidental", segundo explicou o número dois de Hamás em Gaza, Mahmud A-Zahar.
Em Israel tomaram a notícia com desconfiança. "Não poderemos aceitar uma trégua que seja uma calma antes da tormenta", disse Mark Réguev, porta-voz do primeiro ministro Ehud Olmert. O temor em Israel é que o cesse dê ar à organização para se rearmar.
Que é ilegal para a quadrilha sionista de Olmert?
Em quanto à crise humanitária, Israel tinha recomeçado o fornecimento de combustível para manter em funcionamento a usina elétrica de Gaza. Mas o abastecimento de combustível para o transporte e o gás para uso doméstico continua detido.
Diversas ONG advertiram em um sombrio informe que a situação humanitária na Faixa é a pior desde 1967, quando Israel ocupou os territórios palestinos. O texto considera o bloqueio israelense como um "castigo coletivo ilegal" que não melhorou a situação da segurança. Só contribuiu para agravar o empobrecimento e para aumentar "de forma dramática" o desemprego.
Palestino não precisa de educação, só precisa de braços... amarrados
A situação da educação e da atenção médica também piorou. Mais de 1,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, ou seja, 80% de sua população, dependem da ajuda alimentária. Dos 110.000 residentes que trabalhavam no setor privado, uns 75.000 perderam seu emprego.
Fontes:
http://www.noticiasdegipuzkoa.com
http://www.libertaddigital.com
http://www.realinstitutoelcano.org/