Escrito por Mário Maestri no Correio da Cidadania | |
Dilma não é Serra, que não é FHC. No frigir dos ovos, sequer o Fernando
Henrique de hoje é o mesmo que governou em 1995-2002. Eles são, todos,
diversos, mesmo sendo um a cara do outro, política e socialmente. E se
não acreditam, dêem uma olhada nas taxas de juro praticadas pelo Banco
Central nesses últimos dezesseis anos, a mais efetiva materialização da
principal forma de exploração dos povos e nações nesta fase de domínio
pleno de ordem capitalista em senilidade avançada.
O primeiro turno eleitoral, em 3 de outubro, registrou derrota fragorosa
e histórica do mundo do trabalho diante do grande capital. É simples
expressão patética desse raquitismo social estrutural o esforço
empreendido, nesse segundo turno, para transformar Dilma da Silva,
com ou sem reticências, com ou sem pedidos de desculpas, na expressão
de um Brasil popular, democrático, republicano, social, que o lulismo e o
petismo ajudaram a estrangular nos últimos anos.
O um por cento da votação geral obtido pelos candidatos à presidência do
PSOL, PSTU, PCB e PCO não registra a "infelizmente" "votação baixa"
"das candidaturas identificadas com os partidos de esquerda", como
propõe recente manifesto puxado pela direção do MST. Ao contrário,
constitui o dramático e incontestável registro da defecção política da
população com os partidos e o programa que defendem, bem ou mal, hábil
ou inabilmente, as bandeiras da democracia, do laicismo, da república,
do socialismo. Ou seja, delimita o desconhecimento geral das únicas e
efetivas saídas para a crise histórica e atual de nossa sociedade em
ininterrupto agravamento.
E não devemos culpar a grande mídia pela rejeição da população do
programa do mundo do trabalho e sua adesão a candidaturas e propostas
apoiadas em facções diversas do capital. Repetiremos assim a triste
desculpa do capitão do time goleado: "– Nós jogamos ótimo! Eles jogaram
melhor!". É da natureza da mídia burguesa sufocar seus inimigos
viscerais: o trabalhador organizado e sua luta pela autonomia. O próprio
silêncio da grande mídia não impediu, por exemplo, que alguns
candidatos ao parlamento pelo PSOL obtivessem altas votações,
circunscrevendo em forma inarredável a defecção da população com as
políticas estratégicas psolistas.
A votação mais do que pífia dos partidos ancorados no trabalho e no
socialismo deveu-se certamente a grave erro conjuntural – a liquidação
da unidade dos partidos de esquerda, em favor dos respectivos aparatos,
segundo parece. E se houve razões mais profundas para tal divisão, a
população jamais foi informada sobre elas. Porém, uma Frente de Esquerda
mitigaria, mas não superaria, escore eleitoral que expressou situação
estrutural do movimento social, consolidada muito antes das eleições.
Sem o indiscutível carisma e capacidade de comunicação de Plínio
Sampaio, um PSOL capitaneado por Heloísa Helena talvez obtivesse igual
votação, mas jamais a mesma repercussão. A derrota da ex-senadora em seu
estado natal registra o já sabido – enorme parte de sua alta seara
eleitoral em 2006 não foi colhida nas terras magnânimas das classes
populares, mas nos terrenos inférteis de segmentos médios comumente
conservadores. Consequentemente, jamais rebrotaram ou frutificaram. Com
Marina Silva desempenhando, com o apoio do capital, a função de ponte
para um segundo turno, a ex-senadora assistiria seu antigo escore
eleitoral dissolver-se como sorvete sob o sol abrasador do sertão.
Não podemos também responsabilizar Lula da Silva e o petismo pela enorme
despolitização e desorganização do movimento social, em boa parte
devida à gigantesca cooptação e integração ao Estado, em forma direta ou
indireta, de direções sindicais e populares urbanas e rurais, do
movimento negro organizado etc. O atrelamento de organismos e lideranças
sociais na procura da liquidação da autonomia política, orgânica e
ideológica do mundo do trabalho era condição exigida, pela burguesia,
para a entrega do governo a Lula da Silva e ao petismo. A própria
votação insignificante dos partidos socialistas e classistas qualifica e
fortalece a candidatura de Dilma diante do capital. Lula da Silva,
Dilma e o petismo mostraram-se negociantes honestos e confiáveis.
Entregaram, fresco, como prometido, o peixe que venderam, ainda sendo
pescado.
Entretanto, a ação deletéria do lulismo e do petismo sobre um mundo do
trabalho historicamente frágil e débil talvez tenha sido tão competente
que não poucos segmentos do capital acreditam já desnecessários seus
serviços. Não deixa de ser uma ironia que a despolitização e
desorganização da população, organizada pelo petismo e sindicalismo
colaboracionistas, fertilizaram a adesão multitudinária ao integralismo
evangélico. Cooptação política, social, ideológica e econômica
profundamente conservadora, através de organização popular horizontal e
de proximidade rejeitada pelo petismo quando de sua metamorfose
social-liberal, para melhor manter a desmobilização.
O grande tropeço dos partidos da esquerda que se definem como
anti-capitalistas – PSOL, PCB, PSTU, PCO – foi indiscutivelmente a não
convergência em frente que apontasse para além das eleições, na procura
da aglutinação e extensão das vanguardas políticas e sociais, para
melhor enfrentarem os dramáticos embates com que a população já se
confronta e se confrontará nos próximos tempos, seja qual seja o
vencedor do segundo turno. Movimento unitário que impediria ou minoraria
que essas organizações saíssem do pleito, como saíram, todas,
maltratadas e fragilizadas, mesmo quando aumentaram eventualmente a
representação parlamentar, como no caso do PSOL.
O nível dramático da crise de autonomia do mundo do trabalho no Brasil
ficou registrado na submissão subjetiva das direções de suas já frágeis
organizações. Elas abandonaram incontinenti as posições autonômicas
defendidas para aderirem ao setor considerado mais democrático e mais progressista
do capital, que acabavam de denunciar no primeiro turno. Cambalhota que
registra, no melhor dos casos, as ilusões e dependências
político-ideológicas à burguesia e, no pior, acomodação oportunista à
estrepitosa votação do lulismo-petismo. Paradoxalmente, essa posição
referenda as ilusões dos trabalhadores e da população que optaram pelo voto útil, em Dilma do Lula e no petismo, já no primeiro turno. Se é pra pedir pra deus, pra que rogar pro santo!
A quase totalidade da direção do PSOL abraçou-se com o petismo, deixando
no isolamento dos justos seu candidato à presidência e a pequena
minoria que manteve seus compromissos com este último e com os
princípios que sempre defendeu. Não sabemos qual a dimensão da
resistência no PCB, caso tenha ocorrido, a uma decisão que enterrou, no
mínimo por um muito longo tempo, qualquer credibilidade à sua proposta
de "reconstrução revolucionária". A conclamação automática do PSTU ao
voto nulo perde sentido devido à votação liliputiana de Zé Maria, em
contradição direta com a tradicional auto-proclamação como vanguarda
revolucionária dessa organização, já com trinta anos de história.
O mundo se encontra em fase perigosamente declinante. O pouco que resta
da ordem socialista engolfa-se, em ritmo diverso, que tende a se
unificar, nas últimas fases de movimento da restauração capitalista:
China, Cuba, Vietnã etc. O inevitável domínio da barbárie social,
apontada como ogro medonho, a espantar a humanidade no seu horizonte
histórico, na antevisão genial de Rosa Luxemburgo, no caso da vitória do
capital, aboleta-se já despachado em nossa sala de visita. A luta por
reorganização socialista do mundo, denunciada ontem como miragem
utópica, apresenta-se hoje como solução necessária e imprescindível para
talvez a própria sobrevivência da humanidade.
A solução-superação de uma ordem capitalista globalizada, crescentemente senil e autofágica, se dará, caso se dê,
através de processo necessariamente internacional. Os recuos e avanços,
através do mundo, das lutas sociais, debilitam ou fortalecem os
trabalhadores e seu projeto histórico como um todo. Na Europa, sobretudo
na Grécia, na Itália e na França, os trabalhadores levantam-se em
respostas duríssimas à ofensiva geral contra as populações, delimitando,
nas ruas, a oposição irredutível, entre trabalho e capital, em todas as
esferas sociais. A solução positiva dessas jornadas exige a difícil
construção de direções e de programas que apontem e organizem, sem
concessões de qualquer tipo, a transformação de batalhas ainda
defensivas em assaltos às casamatas e quartéis-generais da ordem
capitalista.
O Brasil desempenha papel determinante no confronto mundial entre
capital e trabalho. O domínio do conservadorismo e do oportunismo no
nosso país-continente pesa duramente sobre a América do Sul, em
especial, e o mundo, em geral. É de urgência atroz a reagrupação,
centralização e intervenção dos núcleos da vanguarda política e social
que se buscam a defesa da autonomia do trabalho diante de todas e
quaisquer expressões do capital. Reagrupação que, separando o joio e o
trigo, facilite a difícil e complexa construção de programa que expresse
as necessidades quotidianas e gerais da sociedade. Definição que exige
integração organizada e crítica às lutas sociais, ainda que pontuais,
ancorada no esforço e na necessidade mundial dos trabalhadores. Um
movimento necessariamente estranho ao cretinismo parlamentar, ao
propagandismo retórico, ao sindicalismo corporativista, ao autismo e ao
dogmatismo partidário.
Mário Maestri, sul-rio-grandense, é historiador. E-mail:
maestri@via-rs.net
|
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Atual momento eleitoral retrata Derrota Histórica do Mundo do Trabalho
Governo britânico planeja vender florestas e expulsar pobres de Londres
Mais de 200.000 pessoas poderão ser expulsas da
cidade de Londres devido aos cortes no apoio social à habitação
decididos pelo governo britânico, que pretende também privatizar metade
da floresta pública.
Três mil pessoas
manifestaram-se contra o plano de austeridade do Governo britânico, no
dia da sua apresentação - Foto Lusa/EPA/Andy Rain
Os cortes devastadores nos apoios sociais à habitação vão provocar uma
“limpeza social” na cidade de Londres, noticiou neste domingo o jornal Guardian.
Segundo autarcas locais da cidade, 82.000 famílias pobres, o que
significa mais de 200.000 pessoas, podem ser expulsas da cidade, devido
aos preços elevados das rendas e aos cortes nos apoios sociais à
habitação, impostos pelo plano de austeridade anunciado na passada
semana pelo Governo da coligação de conservadores e liberais-democratas.
Noutras cidades britânicas de rendas elevadas, como Oxford ou Brighton, poderá acontecer uma situação semelhante.
Em Londres, a política governamental tem o apoio do presidente da
Câmara da cidade, Boris Johnson, e autarcas conservadores estão já a
reservar instalações fora da capital (em Hastings, Reading e Luton),
para desterrar as pessoas expulsas de Londres.
David Orr, presidente da National Housing Federation (Federação
Nacional de Habitação), considera os cortes “verdadeiramente chocantes” e
diz que se os ministros não reconsiderarem os “cortes punitivos” o
plano levará a que mais pessoas durmam na rua, do que “em qualquer
momento dos últimos 30 anos”.
Mas o governo de David Cameron e Nick Clegg pretende também prosseguir a
política de privatizações iniciada por Margareth Thatcher e prosseguida
por Blair. Como já vão escasseando os bens e serviços públicos, este
governo quer privatizar cerca de metade dos 748 mil hectares de floresta
do Estado, até 2020. Os movimentos ambientalistas exigem que os
cidadãos possam usufruir das florestas, mesmo privatizadas. Os
sindicatos do sector opõem-se à privatização.
Fonte: EsquerdaNet
Abramovay: pai e filho classificam de ‘repugnante’ acusações da ultradireita
Por Redação do Correio do Brasil, de São Paulo
O economista Ricardo Abramovay, professor-titular do Departamento de
Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA)
da Universidade de São Paulo e Coordenador do Núcleo de Economia
Socioambiental (NESA); além de membro-titular do Conselho Científico da
Maison des Sciences de l’Homme de Montpellier, na França, distribuiu uma
nota à imprensa, neste domingo, longe dos objetivos dos estudos e do
trabalho que desenvolve, para dar voz a uma indignação civil e paterna.
“Não posso deixar de enviar-lhes a nota de meu filho Pedro Vieira
Abramovay, em resposta à repugnante matéria de capa de hoje da revista
(semanal de ultradireita) Veja”, escreveu, em mensagem dirigida à
imprensa e aos amigos, que segue na íntegra:
Nota de Pedro Abramovay
“Nego peremptoriamente ter recebido, de qualquer autoridade da
República, em qualquer circunstância, pedido para confeccionar, elaborar
ou auxiliar na confecção de supostos dossiês partidários. Não
participei de supostos grupos de inteligência em nenhuma campanha
eleitoral. Nunca, em minha vida, tive que me esconder.
“A revista Veja, na edição número 2188 de 2010, afirma ter
obtido o áudio de uma gravação clandestina entre mim e um ex-colega de
trabalho. Infelizmente a revista se recusou a fornecer o conteúdo da
suposta conversa ou mesmo a íntegra de sua transcrição.
“Dediquei os últimos oito de meus 30 anos a contribuir para a
construção de um Brasil mais livre, justo e solidário, e tenho muito
orgulho de tudo o que faço e de tudo o que fiz. Trabalhei no Ministério
da Justiça como Assessor Especial, Secretário de Assuntos Legislativos e
Secretário Nacional de Justiça, conseguindo de meus pares respeito
decorrente de meu trabalho.
“Apesar de ver meu nome exposto desta forma, não foi abalada minha fé
na capacidade de transformação de nosso país e tampouco na crença da
importância fundamental de uma imprensa livre para o fortalecimento de
nossa democracia.
“Pedro Vieira Abramovay – Secretário Nacional de Justiça”
Arapongas e dossiês
Na reportagem do meio de comunicação que encarna o discurso dos
setores mais retrógrados da sociedade conservadora nacional, a
reportagem afirma que “os diálogos aos quais a reportagem teve acesso
foram gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de
manipulação”. Mas não cita a origem da gravação, sem precisar se o
material a que o repórter da revista teria acessado foi produto de um
inquérito, no âmbito de algum processo judicial, ou ato de alguém
contratado para esse fim.
O Correio do Brasil consultou o Ministério da
Justiça acerca da publicação de um dos diálogos, no qual o ministro da
Justiça, Luiz Paulo Barreto, sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, e o
então secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior conversam sobre a
origem do poder do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa —
que teria conseguido, entre outras coisas, evitar o indiciamento de
Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula”. Até o
fechamento desta matéria, o ministério não havia se pronunciado.
Presidente do PT, José Eduardo Dutra, em conversa com jornalistas,
neste domingo, também preferiu não comentar sobre o fato de o secretário
exonerado Romeu Tuma Júnior ter confirmado à revista que Abramovay
queixou-se de ser pressionado por petistas para produzir dossiês.
domingo, 24 de outubro de 2010
VIOLÊNCIA TUCANA SE ALASTRA PELO BRASIL
A
Polícia Militar da Bahia, em Ilhéus, atacou um assentamento de
pequenos produtores de cacau aos gritos de “chame Lula”, “chame
Wagner”, numa típica ação de banditismo e dentro do cronograma de
violência imposta pelos tucanos nessa reta final de campanha.
A estupidez teve todas as características de barbárie de bandidos fardados a exemplo do que acontecia na ditadura militar.
O
fato já chegou ao conhecimento do governador da Bahia, Jacques Wagner,
que determinou providências imediatas para apuração dos fatos e
punição dos culpados, além de garantia de vida aos pequenos produtores
de cacau em Ilhéus.
Há
dias o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto declarou a jornalistas
que “é impossível ganhar as eleições na Bahia, apesar de todos os
nossos esforços”. As declarações do deputado foram reproduzidas por
quase todos os grandes jornais e refletiam o desespero de tucanos e
DEMOcratas diante da perspectiva de derrota contundente naquele estado.
O
ataque da PM baiana ao assentamento em Ilhéus tenta criar um fato
político passível de ser imputado às forças que apóiam a candidatura
Dilma Rousseff e assim diminuir a vantagem da candidata na Bahia.
Faz parte de uma onda generalizada de violência projetada e programada pela campanha do candidato José FHC
Serra, que espera com isso gerar um clima de medo e pânico em setores
da opinião pública, neutralizando a vantagem nacional de Dilma
Rousseff, registrada em todas as pesquisas de opinião pública,
inclusive a de institutos vinculados aos grupos que apóiam José FHC Serra, o IBOPE e o DATAFOLHA.
Essa
onda de violência se estende desde atos de boçalidade policial, como o
acontecido na Bahia, a noticiário de fatos falsos (VEJA, GLOBO, FOLHA
DE SÃO, REDE GLOBO, etc.), no visível descontrole do candidato e seus
partidários demonstrado no episódio da “bolinha de papel” no Rio de
Janeiro.
Tentaram
transformar um incidente de campanha num “ataque terrorista”, de
proporções absurdas, levando a maior rede de tevê do País, a GLOBO, a
editar e montar uma farsa, desmentida por suas principais concorrentes. E a bater o recorde negativo em todo o mundo no Twiter de “a GLOBO mente”.
Polícias
militares são resquícios da antiga Guarda Nacional, desde tempos do
Império e conservadas por governadores das antigas províncias, hoje
estados. Com a estrutura que dispõem servem aos latifundiários, grandes
empresários, sem falar na corrupção em níveis assombrosos que permeia
esses corpos militares absolutamente anormais em qualquer democracia.
Polícia
é uma instituição civil. Na Bahia mostra os anos de domínio do
“carlismo”, grupo político do senador Antônio Carlos Magalhães,
falecido no ano passado. Foram décadas de domínio político pelo medo, a
demagogia e pela fraude.
A iminência da perda desse poder com a reeleição do governador Jacques Wagner e da contundente derrota de José FHC Serra leva grupos carlistas a incentivar esse tipo de barbárie.
Desde a reunião de FHC com investidores estrangeiros em Foz do Iguaçu,
domingo, dia 17, onde além de uma palestra o ex-presidente definiu com
mais de 150 desses investidores (captadores de recursos) a
privatização de setores estratégicos da economia brasileira (PETROBRAS,
BANCO DO BRASIL,
ITAIPU e PREVIDÊNCIA), a campanha política tomou um rumo de violência
física, verbal buscando criar medo e intimidar o eleitorado, no
desespero de salvar os “negócios” que geraram bilhões a tucanos e DEMOs
nos oito anos de FHC.
Nessa
última semana, por exemplo, o jornal O GLOBO e todos os veículos do
grupo da família Marinho, atribuíram a setores da campanha de Dilma
Rousseff a montagem de um dossiê contra o candidato tucano. A liberação
do depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do dossiê
(que pretende transformar em livro) e que mostra a corrupção dentro do
ninho tucano e da família Serra, prova exatamente o contrário.
O dossiê foi montado a pedido de Andréa Neves, irmã de Aécio Neves, ex-governador de Minas, para ser usado diante dos ataques de José FHC
Serra, através de seu grupo (no caso o jornalista Juca Kfuri em nota
em sua coluna), onde Aécio era acusado de ser usuário de drogas e
agredido a acompanhante.
Na sem-vergonhice que permeia a política de José FHC
Serra, FHC, tucanos e DEMOs, Aécio e Serra hoje trocam beijos e
abraços com um Itamar Franco doido para entrar em cena. Um e outros
como que imaginam poder vender Minas e os mineiros.
José FHC Serra acredita que pode comprar Minas e os mineiros.
Há
todo um conjunto de ações nesse sentido. Criar o medo, divulgar
notícias falsas, tentar nessa última semana gerar pesquisas com números
que possam favorecer José FHC Serra e é nesse contexto que o ataque de PMs baianos ao assentamento de pequenos produtores de cacau em Ilhéus acontece.
O
controle tucano/DEMO se estende para além de episódios como o da
bolinha de papel, ou agora o ataque em Ilhéus, mas na procura de
confrontos que possam favorecer o candidato.
Os
“negócios” acordados entre FHC e investidores estrangeiros representam
bilhões de dólares para os grupos envolvidos, além, evidente, da
“comissão” a ser paga a tucanos e DEMOs, bem como na preservação de
privilégios no contexto político, econômico e social do País.
Outra
forma de terrorismo usada pelos tucanos é o ataque a sites e blogs
independentes na rede mundial de computadores, evitando que as
denúncias ocultadas pela mídia privada e corrupta cheguem ao
conhecimento dos eleitores. Como espaços como GOOGLE, YAHOO e outros
mais são controlados por grupos norte-americanos (os jornais dos EUA
anunciaram ano passado que a CIA comprou o GOOGLE), fica fácil impor
formas de censura na internet.
A
simples idéia de um País soberano, livre, dono do seu nariz, capaz de
construir o seu futuro a partir de seu povo, gera pânico nesses
setores, ávidos de transformar o Brasil em colônia de grupos econômicos
que hoje controlam os EUA e fizeram daquele país um grande
conglomerado terrorista.
À José FHC Serra e seu grupo interessam que o ministro das Relações Exteriores do Brasil caia de quatro no aeroporto de New York,
tire os sapatos e submeta-se a uma revista vergonhosa. Como fez o
“ministro” do FHC, Celso Láfer. Como isso não acontece hoje usam de
todos os métodos para chegar ao poder.
O que aconteceu em Ilhéus é mostra do que José FHC Serra pretende fazer ao Brasil e aos brasileiros. Impor a realidade de um Brasil com “Z”.
Sem
escrúpulos, sem limites na ambição e na ganância que envolve traição a
interesses dos brasileiros, jogam o jogo mais sujo de toda a história
de eleições presidenciais no Brasil.
O ataque a pequenos produtores rurais de cacau em Ilhéus na Bahia
é uma pequena amostra do que vão fazer nessa última semana. As
primeira informações sobre o ataque ao assentamento foram divulgados no
twiter de Sérgio Bertoni que se encontra em Ilhéus.
sábado, 23 de outubro de 2010
John Lee Hooker - Travelin' 1960
01- No Shoes
02- I Wanna Walk
03- Canal Street Blues
04- Run On
05- I'm A Stranger
06- Whiskey And Wimmen
07- Solid Sender
08- Sunny Land
09- Goin' To California
10- I Can't Believe
11- I'll Know Tonight
12- Dusty Road
Créditos: Beco do Blue
John Lee Hooker - Travelin' 1960
02- I Wanna Walk
03- Canal Street Blues
04- Run On
05- I'm A Stranger
06- Whiskey And Wimmen
07- Solid Sender
08- Sunny Land
09- Goin' To California
10- I Can't Believe
11- I'll Know Tonight
12- Dusty Road
Créditos: Beco do Blue
John Lee Hooker - Travelin' 1960
"Preparando-se para a guerra com o Irã"
Extraído do blog literaturaclandestina
"O
contrato de 60 bilhões em armas entre Estados Unidos e Arábia Saudita é
dirigida contra o Irã.. Afinal,Israel não se opôs ao negócio"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21589
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21589
"vários
jatos de combate israelenses realizaram exercícios militares em em dois
países árabes do Golfo Pérsico(Emirados Árabes Unidos e Arábia
Saudita?)http://en.rian.ru/world/20100329/158340236.html
"Washington vai colocar mísseis Patriot na região do Golfo"
http://en.rian.ru/world/20100201/157737724.html"Washington vai colocar mísseis Patriot na região do Golfo"
"Novos
relatórios dizem que Israel está planejando criar uma marinha de alto
mar e está a negociar com a Alemanha sobre a compra de navios e
submarinos.""O programa de expansão, que irá transformar a marinha em
regime de uma marinha de águas profundas, provocou indignação entre os
partidos da oposição alemã, inclusive os sociais-democratas, que dizem
que as armas não devem ser enviados para "zonas de crise"http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=18802
"A Força Aérea de Israel descarregou equipamentos militares em uma base na Arábia Saudita"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19882
"A Força Aérea de Israel descarregou equipamentos militares em uma base na Arábia Saudita"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19882
O papel de Israel no desencadear de um ataque ao Irã Parte II – O roteiro militar
http://resistir.info/chossudovsky/chossudovsky_13ago10.html
A guerra de expansão do território israelense
parte 01
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11842
parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11843
A guerra israelense é financiada pela Arábia Saudita
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11844
“Rússia e Arábia Saudita estão finalizando uma série de acordos sobre a venda de helicópteros, blindados e sistemas de defesa aérea"
http://en.rian.ru/russia/20100215/157892206.html
"A venda de R $ 30 bilhões em armas para a Arábia Saudita deve ser visto no contexto mais amplo.vendas para um número de aliados dos Estados Unidos foram recentemente anunciadas, incluindo Israel, Índia, Coréia do Sul, Austrália, Taiwan, Georgia. Este reforço militar é dirigido contra o Irã, assim como a Rússia e a China"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20236
"Rússia tenta envolver a Alemanha no projeto South Stream para enfraquecer o projeto Nabucco"
http://en.rian.ru/world/20100714/159806060.html
"Alemanha pode participar do projeto South Stream"
http://en.rian.ru/business/20100921/160662747.html
"Rússia da sinal verde para os estados unidos atacarem o Irã"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19670
Parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21157
http://resistir.info/chossudovsky/chossudovsky_13ago10.html
A guerra de expansão do território israelense
parte 01
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11842
parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11843
A guerra israelense é financiada pela Arábia Saudita
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11844
“Rússia e Arábia Saudita estão finalizando uma série de acordos sobre a venda de helicópteros, blindados e sistemas de defesa aérea"
http://en.rian.ru/russia/20100215/157892206.html
"A venda de R $ 30 bilhões em armas para a Arábia Saudita deve ser visto no contexto mais amplo.vendas para um número de aliados dos Estados Unidos foram recentemente anunciadas, incluindo Israel, Índia, Coréia do Sul, Austrália, Taiwan, Georgia. Este reforço militar é dirigido contra o Irã, assim como a Rússia e a China"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20236
"Rússia tenta envolver a Alemanha no projeto South Stream para enfraquecer o projeto Nabucco"
http://en.rian.ru/world/20100714/159806060.html
"Alemanha pode participar do projeto South Stream"
http://en.rian.ru/business/20100921/160662747.html
"Rússia da sinal verde para os estados unidos atacarem o Irã"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19670
Parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21157
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
"A tomografia da fita crepe": desabafo de um eleitor tucano envergonhado
Saul Leblon no Carta Maior
NÃO SEI SE alguém se surpreendeu com as
últimas pesquisas, que parecem consolidar a caminhada de Dilma rumo ao
Palácio do Planalto.
Eu não.
A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido.
O episódio de ontem no Rio é apenas mais um de uma lista de pequenas trapaças de Serras. Ele é provavelmente a primeira pessoa no mundo a fazer tomografia por receber uma fita crepe na cabeça. O médico que o atendeu disse, constrangido, que o exame acusara o que todo mundo já sabia. Não havia problema nenhum.
Serra aproveitou para fazer fotos no hospital, em meio a extemporâneas e descabidas declarações de paz e amor hippie. “Não entendo política como violência”, disse ele. Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.
Serra quer ser muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja.
Em farisaísmo, a tomografia da fita crepe equivale à célebre frase de Monica Serra segundo a qual Dilma é a favor de matar criancinhas. Não conheceríamos a capacidade de jogar baixo de Monica se um repórter não estivesse presente para registrar a ação maldosa da candidata a primeira-dama.
Dilma deve ganhar menos pelos seus méritos e até menos pelo apoio do Lula do que pelos vícios da campanha vale-tudo de Serra.
Ele tem que sair de cena para que o PSDB se renove.
É possível que ele arraste Aécio na queda, agora que repousam sobre o mineiro as esperanças de operar uma reviravolta. Dilma bateu Serra no primeiro turno, e Aécio disse que vai mudar isso. Faz alguns mandatos já que quem ganha em Minas leva a presidência, e por isso as esperanças se reabriram.
Só falta Aécio combinar com os mineiros.
A última pesquisa mostra que a distância de Dilma sobre Serra em Minas se ampliou em vez de diminuir.
Serra talvez possa culpar Aécio se a virada não aparecer, eassim prosseguir, como um interminável Galvão da política, mais alguns anos em sua louca cavalgada rumo à presidência, num titânico duelo de vontades contra os brasileiros.
Eu não.
A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido.
O episódio de ontem no Rio é apenas mais um de uma lista de pequenas trapaças de Serras. Ele é provavelmente a primeira pessoa no mundo a fazer tomografia por receber uma fita crepe na cabeça. O médico que o atendeu disse, constrangido, que o exame acusara o que todo mundo já sabia. Não havia problema nenhum.
Serra aproveitou para fazer fotos no hospital, em meio a extemporâneas e descabidas declarações de paz e amor hippie. “Não entendo política como violência”, disse ele. Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.
Serra quer ser muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja.
Em farisaísmo, a tomografia da fita crepe equivale à célebre frase de Monica Serra segundo a qual Dilma é a favor de matar criancinhas. Não conheceríamos a capacidade de jogar baixo de Monica se um repórter não estivesse presente para registrar a ação maldosa da candidata a primeira-dama.
Dilma deve ganhar menos pelos seus méritos e até menos pelo apoio do Lula do que pelos vícios da campanha vale-tudo de Serra.
Ele tem que sair de cena para que o PSDB se renove.
É possível que ele arraste Aécio na queda, agora que repousam sobre o mineiro as esperanças de operar uma reviravolta. Dilma bateu Serra no primeiro turno, e Aécio disse que vai mudar isso. Faz alguns mandatos já que quem ganha em Minas leva a presidência, e por isso as esperanças se reabriram.
Só falta Aécio combinar com os mineiros.
A última pesquisa mostra que a distância de Dilma sobre Serra em Minas se ampliou em vez de diminuir.
Serra talvez possa culpar Aécio se a virada não aparecer, eassim prosseguir, como um interminável Galvão da política, mais alguns anos em sua louca cavalgada rumo à presidência, num titânico duelo de vontades contra os brasileiros.
A tarefa histórica e o rídiculo das bolinhas
Brizola Neto no TIJOLACO
Acho
que a farsa montada por Serra para se fingir de vítima de uma suposta
agressão está definitivamente desmascarada, embora ele e parte da mídia
ainda tentarão sustentar artificialmente a questão. Mas maior que a
falsidade do candidato tucano é o empobrecimento que ele traz para o que
é o mais importante momento político na vida do país.
Ao ver os intermináveis 7 minutos (em televisão isso é uma
eternidade) que o Jornal Nacional dedicou ao suposto objeto que teria
atingido Serra, e que o professor da Universidade Federal de Santa Maria
(veja o post anterior)
provou não ser absolutamente nada, lastimei o desperdício a que se
dedicou o principal noticiário da TV brasileira, que deveria contribuir
para trazer mais informações para a população brasileira.
Sei que não se pode esperar nada disso de Serra e nem da TV Globo,
mas é triste ver que ao fim da primeira década do século 21 a política
ainda é feita como no século 19. Qual a relevância de um candidato ter
levado uma bolinha de papel ou qualquer outro objeto na cabeça?
Políticos sempre foram alvo de agressões, que não se justificam, mas
jamais isso virou tema de campanha. Quantos políticos já foram atingidos
por ovos e outros objetos durante processos eleitorais e seguiram em
frente, sem fazer do episódio um circo?
Aliás, se a TV Globo acha o assunto importante e digno de tanto tempo
no seu principal telejornal, porque foi tão breve sobre os dois balões
cheios d’água atirados contra Dilma, no Paraná? Poderia aproveitar o seu
perito para calcular de onde partiram os balões, os seus pesos e a
força do impacto caso tivessem acertado a candidata em cheio. Mas, como
sempre nessa campanha, parece que o fato só interessa se pode servir de
elemento para empurrar de alguma forma a emperrada candidatura de Serra.
É mesmo lamentável que quando temos à nossa frente um extraordinário
horizonte de desenvolvimento social, com as possibilidades do pré-sal
que podem transformar o Brasil de uma vez por todas num grande país, a
população seja submetida a assistir uma lenga-lenga de bolinha e objetos
voadores não identificados atraídos por determinada careca.
Temos um país maior para construir. Devemos denunciar essa política atrasada e miúda, mas nossa tarefa é outra.
Certo que temos que exorcizar o Brasil das forças que promovem esta
“despolitização da política” e a manipulação da realidade através da
mídia. Mas, acima disso, temos que estar juntos para garantir a vitória
de Dilma e o prosseguimento de um grande projeto de nação. A história
esquecerá desses episódios menores, que, no máximo, poderão ser
lembrados pelo seu ridículo.
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