O
governo mundial
(Primeira
parte)
NA recente
Reflexão de há dois dias, em 15 de agosto, ao
comentar um artigo do jornalista cubano Randy
Alonso, que dirige o Programa "Mesa-Redonda" da
televisão nacional, escrevi acerca de uma reunião
realizada no hotel Dolce, de Barcelona, sobre o que
ele chama de Governo Mundial. "Articulistas honestos
acompanhavam mesmo do que ele as notícias que
conseguiram filtrar-se do estranho encontro. Alguém
muito mais informado do que eles ia no encalço
desses eventos há muitos anos."
Referia-me ao
escritor Daniel Estulin; 475 páginas de 20 linhas
cada, estavam à minha espera para fazer uma revisão
da fantástica história narrada pelo mencionado
autor, se algum dos participantes dessa reunião
fosse capaz de negar sua presença ali, ou sua
participação no que é narrado no livro.
O mais
apropriado nesta Reflexão, que dividirei em duas
partes para não resultar extensa demais, é incluir
um número de parágrafos selecionados por mim, para
dar uma idéia do fabuloso livro intitulado: "Os
segredos do Clube Bilderberg". Neste livro Estulin
esmiuça os grandes gurus:
Henry Kissinger,
George Osborne, os diretivos de Goldman Sachs,
Robert Zoellic, Dominique Strauss-Kahn, Pascal Lamy,
Jean Claude Trichet, Ana Patricia Botín, os
presidentes da Coca Cola, France Telecom, Telefônica
da Espanha, Suez, Siemens, Shell, British Petroleum,
e outros similares políticos e magnatas das finanças.
Estulin começa
pelas raízes:
"‘Durante dois
domingos seguidos, algo sem precedentes, no programa
de Ed Sullivan – conta-nos Donald Phau en The
Satanic Roots of Rock –, mais de setenta e cinco
milhões de norte-americanos viram como os Beatles
agitavam a cabeça e moviam o esqueleto, um ritual
que em breve seria copiado por centenas de futuros
grupos de rock’."
"O homem
responsável porque os estadunidenses ‘gostassem’ dos
Beatles foi o próprio Walter Lippmann. Os Beatles, o
grupo do qual já se fizeram mais paródias e versões
de suas canções na história da música, foram
colocados perante o público norte-americano para que
fossem descobertos."
Um dos
epígrafes iniciais intitula-se "Entra Theo Adorno".
"A
responsabilidade de elaborar uma teoria social do
rock and roll coube ao sociólogo, musicólogo e
compositor alemão Theodor Adorno, ‘um dos principais
filósofos da Escola de Frankfurt de Investigação
Social…’ Adorno foi enviado aos Estados Unidos, em
1939, para dirigir o Projeto de Investigação da
Rádio de Princetown, um esforço conjunto do
Instituto Tavistock e da Escola de Frankfurt, com o
objetivo de controlar as massas, financiado pela
Fundação Rockefeller e fundado por um dos homens de
confiança de David Rockefeller, Hadley Cantril…"
"De fato, os
nazistas tinham utilizado intensamente a propaganda
radiofônica como instrumento de lavagem de cérebros
e tornaram-na um elemento integral do Estado
fascista. Este fato foi observado e estudado pelas
redes do Tavistock e usado de maneira ampla em suas
próprias experiências. O objetivo deste projeto,
como é explicado em Introdução à sociologia da
música do próprio Adorno, era «programar uma cultura
‘musical’ de massas, como una forma de controle
social em massa…"
"‘As cadeias de
rádio converteram-se em máquinas que reciclavam
durante vinte e quatro horas a fio os quarenta
maiores êxitos’."
"Os Beatles
chegaram aos Estados Unidos em fevereiro de 1964,
quando o movimento a favor dos direitos civis estava
em seu apogeu. O país encontrava-se num profundo
trauma nacional e recuperava-se do brutal
assassinato do presidente John F. Kennedy […] nas
ruas da capital o movimento pelos direitos civis,
dirigido pelo doutor Martin Luther King, convocava a
uma manifestação da qual participou mais de meio
milhão de pessoas."
"Entre 1964 e
1966, a chamada invasão britânica foi a eclosão de
uma série de cantores e grupos de rock da Grã
Bretanha que ganharam popularidade nos Estados
Unidos e cercaram a cultura norte-americana. […] no
final de 1964 ficou demonstrado que esta ‘invasão
inglesa’ foi bem planejada e coordenada.
"‘Estes grupos
recém-criados e seu estilo de vida […] converteram-se
em um novo 'tipo' (gíria do Tavistock) muito visível’,
e não decorreu muito tempo antes que novos estilos
(modas na roupa, penteado e uso da linguagem)
arrastaram milhões de jovens norte-americanos ao
novo culto. A juventude dos Estados Unidos sofreu
uma revolução radical sem sequer ser ciente disso
[…] reagindo de forma equivocada contra as
manifestações dessa crise, que eram as drogas de
todo tipo, primeiro a maconha e depois o ácido
lisérgico (LSD), uma poderosa droga que alterava o
estado da consciência. ’ […] no quartel-general do
MI6 em Londres e na base da CIA, em Langley,
Virginia, se pode dar por certo que a inteligência
britânica e sua filial, o Escritório de Serviços
Estratégicos norte-americano, estiveram diretamente
envolvidos em uma investigação secreta para
controlar a conduta humana. Allen Dulles, diretor da
CIA na altura em que a agência começou, MK-Ultra,
era o chefe da OSS em Berna, Suíça, durante a
primeira época da investigação de Sandoz."
"…nos Estados
Unidos e na Europa, utilizaram-se os grandes
concertos de rock ao ar livre para frear o crescente
descontentamento da população."
"A ofensiva
empreendida por Bilderberg-Tavistock levou toda uma
geração ao caminho de tijolos amarelos do LSD e da
maconha…"
"ENTRA
ALDOUS HUXLEY"
"O sumo
sacerdote da guerra do ópio inglesa foi Aldous
Huxley, neto de Thomas H. Huxley, fundador do grupo
da Mesa-Redonda de Rodas, e também famoso e
eloqüente biólogo, que ajudou Charles Darwin a
desenvolver a teoria da evolução."
"Toynbee,
educado em Oxford […] trabalhou como delegado
britânico na Conferência de Paz de Paris, em 1919’…"
"‘Seu tutor em
Oxford foi H. G. Wells, diretor da inteligência
britânica durante a Primeira Guerra Mundial e pai
espiritual da Conspiração do Aquário. Aldous Huxley
foi um dos iniciados dos Filhos do Sol, culto
dionisíaco do qual participavam os filhos da elite
da Mesa-Redonda britânica.’ Seu romance mais famoso,
Um mundo feliz, é um rascunho (encarregado por
vários conselhos mundiais) para um autêntico mundo
socialista futuro sob um governo único ou, como seu
mentor fabiano, H. G. Wells, disse e usou como
título de um de seus populares romances, um rascunho
para A Nova Ordem Mundial…"
"Em Um mundo
feliz, Huxley concentrou-se no método científico
para manter todas as populações fora da elite
minoritária em um estado quase permanente de
submissão e apaixonadas por suas correntes. As
principais ferramentas para consegui-lo foram as
vacinas que alteravam as funções do cérebro e
remédios que o Estado obrigava a população a
consumir. Wells opinava que isto não era uma
conspiração, mas sim ‘um cérebro mundial trabalhando
como policial da mente’."
"Em 1937,
Huxley se deslocou para a Califórnia, onde trabalhou
como roteirista para a MGM, Warner Brothers e Walt
Disney, por intermédio de um de seus contatos em Los
Ángeles: Jacob Zeitlin." […] ‘Bugsy Siegel, o chefe
da organização Lansky da máfia na Costa Oeste,
mantinha estreitos vínculos com Warner Brothers e
MGM’."
"De fato, a
indústria do espetáculo ― produção, distribuição,
marketing e publicidade ― está sob controle de uma
máfia que surge da união do crime organizado e
caloteiros de alto nível de Wall Street, que em
última instância estão controlados pelo
todo-poderoso Bilderberg. A indústria do espetáculo
está desenhada igual do que qualquer outra ‘linha de
negócio’ do Bilderberg e seus sequazes."
"O TRABALHO
DE HUXLEY"
"Em 1954,
Huxley publicou um influenciador estudo da expansão
da consciência por meio da mescalina, intitulado As
portas da percepção (1954), o primeiro manifesto da
cultura das drogas psicodélicas."
"Em 1958,
reuniu uma série de ensaios que tinha escrito para
Newsda e a publicou sob o título Nova visita a um
mundo feliz, nos quais descrevia uma sociedade onde
‘o primeiro objetivo dos governantes é evitar, custe
o que custar, que seus governados criassem
problemas’."
"Previu que as
democracias mudariam sua essência: as velhas e
estranhas tradições — eleições, parlamentos,
supremos tribunais — permanecerão, porém o substrato
que terá deixado será o totalitarismo não violento.
[…] Enquanto isso, a oligarquia dirigente e sua bem
treinada elite de soldados, policiais, fabricantes
de pensamento e manipuladores de mente, dirigirão
tranqüilamente o mundo, a vontade. Com certeza, esta
descrição de Huxley se ajusta perfeitamente à
situação atual."
"Em setembro de
1960, Huxley foi nomeado professor convidado do
Centennial Carnegie, no Massachusetts Institute of
Technology (MIT) de Boston. Ali permaneceu apenas um
semestre, depois foi dispensado. ‘Enquanto estava
nessa cidade, Huxley criou um círculo em Harvard…’."
"O tema público
desse círculo ou seminário de Harvard foi a religião
e seu significado no mundo moderno. […] Michael
Minnicino, em um artigo publicado na revista The
Campaigner, em abril de 1974 […] afirma: ‘Durante
seu período em Harvard, Huxley entrou em contacto
com o presidente da Sandoz, que por sua vez
trabalhava em uma encomenda da CIA para produzir
grandes quantidades de LSD e psilocibina (mais uma
droga sintética alucinógena) para MK-Ultra, a
experiência oficial da CIA na guerra química’, um
teste que usou humanos como cobaias para suas
freqüentes experiências letais que, na maioria dos
casos, implicava o uso de LSD. […] Ainda, a
Universidade McGill, em Montreal, Canadá,
instituição de ensino superior ligada ao Bilderberg,
também fez experiências na década de 1960, dentro do
programa MK-Ultra, sob o patrocínio de um fascista
degenerado do Tavistock, John Rees, utilizando como
sujeitos crianças de orfanatos locais, às quais
torturavam e depois administravam diversas doses de
LSD. […] Segundo documentos recentemente divulgados
pela CIA (graças à Lei de Liberdade de Informação),
Allen Dulles (nesse tempo diretor da CIA) comprou
mais de cem milhões de doses de LSD, ‘muitas delas
acabaram nas ruas dos Estados Unidos, no final da
década de 1960’, segundo afirma Minnicino no artigo
citado anteriormente."
"‘…Milhares de
estudantes universitários serviram de cobaias. Eles
[os estudantes] começaram logo a sintetizar seus
próprios 'ácidos'’."
"‘…a imensa
maioria daqueles que se manifestavam contra a guerra
foi a Studentes for a Democratic Society, por causa
da sensação de ultraje provocada pela situação no
Vietnã. Porém, após ser atingida pela atmosfera
criada pelos especialistas em guerra psicológica do
Instituto Tavistock, e inundada com a mensagem de
que o hedonismo e a defesa do país era uma
alternativa legítima à guerra 'imoral', sua escala
de valores e seu potencial criativo desvaneceu-se em
uma nuvem de fumaça de haxixe’, escreve o autor na
monografia citada anteriormente."
"CRIANDO A
CONTRACULTURA"
"A ‘guerra’
cultural aberta, embora não declarada, contra a
juventude norte-americana começou em verdade em
1967, quando o Bilderberg, para conseguir seus
objetivos, começou a organizar concertos ao ar livre.
Mediante esta arma secreta, conseguiu atrair mais de
quatro milhões de jovens aos chamados ‘festivais’.
Sem saberem, os jovens viraram vítimas de uma
experiência perfeitamente planejada em grande escala
com drogas. As drogas alucinógenas […] cujo consumo
era propugnado pelos Beatles […] eram distribuídas
nesses concertos. Não transcorreu muito tempo antes
que mais de cinqüenta milhões dos participantes (nessa
altura com idades que flutuavam entre os 10 e os 25
anos) regressassem ao lar convertidos em mensageiros
e promotores da nova cultura das drogas ou daquilo
que foi finalmente conhecido como a ‘New Age’."
"O maior
concerto de todos os tempos, o ‘Woodstock Music and
Art Fair’ ao ar livre, foi qualificado pela revista
Time como um ‘Festival de Aquário’ e como ‘o maior
espetáculo da história’. Woodstock passou a fazer
parte do léxico cultural de toda uma geração."
"‘Em Woodstock
― escreve o jornalista Donald Phau―, quase meio
milhão de jovens se reuniu em uma fazenda para ser
drogados e seus cérebros lavados. As vítimas estavam
isoladas, rodeadas de imundícia, até o topo de
drogas psicodélicas e conseguiram mantê-las
acordadas durante três dias consecutivos, tudo com a
total cumplicidade do FBI e de altos cargos do
governo. A segurança do concerto foi oferecida por
uma comuna hippie treinada na distribuição em massa
do LSD. Novamente seriam as redes da inteligência
militar britânica as que começariam tudo’, com a
ajuda da CIA, através de seu ex-diretor William
Casey e de seus encontros com Sefton Delmer, do MI6,
cujo contato Bruce Lockhardt foi o controlador do
MI6 de Lenin e Trotsky, durante a revolução
bolchevique."
"Teria de
passar ainda outra década antes que a contracultura
se integrasse no léxico norte-americano. Porém, as
sementes do que era um projeto titânico e secreto
para provocar uma reviravolta nos valores dos
Estados Unidos foram semeadas então. Sexo, drogas e
rock and roll, grandes manifestações em toda a nação,
hippies, toxicômanos que abandonavam os estudos, a
presidência de Nixon e a guerra do Vietnã
desgarravam a própria fibra da sociedade
norte-americana. O velho e o novo chocavam de frente
e ninguém estava ciente de que esse conflito fazia
parte de um plano social secreto, desenhado por
algumas das pessoas mais brilhantes e diabólicas do
mundo…"
"A
CONSPIRAÇÃO AQUÁRIO"
"‘Na primavera
de 1980 — escreve Lyndon LaRouche em DOPE INC.—ganhou
fama o livro intitulado The Aquarian Conspiracy (foi
vendido mais de um milhao de ejemplares e foi
traduzido a dez línguas), tornando-se da noite para
o dia em um manifesto da contracultura.’ […] The
Aquarian Conspiracy afirmava que tinha chegado a
hora da união dos quinze milhões de estadunidenses
que participaram da contracultura para provocarem
uma mudança radical nos Estados Unidos. De fato,
este livro foi a primeira publicação orientada ao
grande público que apostava no conceito de trabalho
em equipe, um conceito considerado o mais virtuoso e
impulsionado rapidamente pelos «gurus» do management."
"A autora
Marilyn Ferguson afirma: ‘Enquanto rascunhava um
livro ainda sem título sobre as novas alternativas
sociais emergentes, pensei sobre a particular forma
deste movimento, sobre seu atípica liderança, sobre
a paciente intensidade de seus seguidores, sobre
seus improváveis sucessos…’."
"Numa
conferência de 1961, Aldous Huxley descreveu este
estado policial como ‘a revolução final’: uma
‘ditadura sem lágrimas’ na qual a gente ‘ama suas
correntes’."
"Zbigniew
Brzezinski, assessor de Segurança Nacional do
presidente Carter, fundador do Comitê Trilateral e
membro de Bilderberg e do CFR, expressa idênticas
idéias em sua apaixonante obra Between Two Ages:
America’s Role in the Technotronic Era, escrita sob
os auspícios do Instituto de Investigação sobre o
Comunismo, da Universidade da Columbia e publicado
pela Viking Press, em 1970.
"Sem lançar mão
da repressão violenta, desenharam um complexo
conjunto de ações para conseguir um ‘cidadão
pacífico’ para a Nova Ordem Mundial. […] Também
apoiaram novos conceitos como ‘inteligência
emocional’, que é a capacidade de a gente se querer
a si própria e de se relacionar com os outros. […]
Uma terceira via para converter este ‘cidadão
industrial' em ‘cidadão pacífico’ é uma grande
campanha de marketing para divulgar o imenso
reconhecimento social aos colaboradores das ONG,
como expliquei em meu primeiro livro A verdadeira
história do Clube Bilderberg."
Segundo Harmon:
"‘Uma vez
embrandecidos, [os Estados Unidos] já estavam
maduros para a introdução de drogas (especialmente a
cocaína, o crack e a heroína) e o início de uma
época que ia rivalizar com a proibição e com as
enormes somas de dinheiro que começariam a se
amealhar’."
"Vale a pena
mencionar que extensos fragmentos das três mil
páginas de ‘recomendações’ dadas ao recém-eleito
Ronald Reagan, em janeiro de 1981 pelo CFR, têm como
base o material tirado do relatório ‘As imagens
cambiantes do homem’, de Willis Harmon.
"Com lua cheia,
no dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon foi
assassinado por Mark Chapman. É pouco provável que
num dia qualquer saibamos se Mark Chapman foi vítima
de uma psicose modelo induzida artificialmente, um
assassino ao estilo do ‘candidato manchu’ enviado
pelo Tavistock, pela CIA e pelo MI6 para silenciar o
Lennon que demonstrava ser cada vez mais difícil de
controlar."
CAPÍTULO 2
"A PERFEITA MÁQUINA DE LAVAGEM CEREBRAL: A MTV"
"ENTRA MTV, A TELEVISÃO DA MÚSICA
"A PERFEITA MÁQUINA DE LAVAGEM CEREBRAL: A MTV"
"ENTRA MTV, A TELEVISÃO DA MÚSICA
"A MTV, um
canal de mercado para música popular de rock e
vídeos musicais, inventada e dirigida por Robert
Pittman para o público adolescente e jovem, foi
fundada em 1 de agosto de 1981. Hoje, faz parte do
império Viacom (conhecido como CBS Corporation, cujo
presidente e diretor-geral, Sumner Redstone, é
membro pleno do CFR e cujo grupo mediático faz parte
do Clube Bilderberg). Para chegar aos jovens sem que
a sociedade percebesse o engano, foi necessário
‘criar uma contra-instituição que pregasse valores
contrários aos valores dominantes na sociedade’.
Isso é precisamente o que faz a MTV. ‘Pero para que
esse esforço seja bem-sucedido — dice L. Wolfe —,
deve ser neutralizada a influência positiva dos pais
e da escola ou, pelo menos, debilitar sua influência.’"
"‘O modelo para
isso [a MTV] foram os espetáculos teatrais
oferecidos pelo pré-nazista Richard Wagner, nos
quais levava ao público a uma espécie de êxtase que
depois foi usado conscientemente pelos nazistas, ao
criarem suas próprias celebrações simbólicas, como
as reuniões em Nuremberg.’ Os especialistas da
lavagem de cérebros que criaram a MTV estão
conscientes de seu efeito. Num livro sobre a cadeia,
Rocking Around the Clock, E. Ann Kaplan afirma que a
MTV ‘hipnotiza mais do que qualquer outra [televisão]
porque consiste numa série de textos curtos que nos
mantém num estado constante de emoção e expectação...
Ficamos presos à constante esperança de que o vídeo
seguinte nos satisfará finalmente. Seduzidos pela
promessa da plenitude imediata continuamos
consumindo infinitamente esses textos curtos’."
"Durante os
quatro minutos que dura aproximadamente um vídeo
musical (os cientistas do Tavistock determinaram que
quatro minutos era o tempo máximo que um sujeito
involuntário era susceptível de receber as mensagens
dos próprios programas), ‘uma realidade artificial
na forma de 'contrapontos' se insere na consciência,
substituindo a realidade cognitiva…’."
"‘Se a gente
pensasse neste processo ― escreve Walter Lippmann ―,
ele poderia acabar, mas conclui, ‘a massa de
iletrados, de deficientes mentais, de profundamente
neuróticos, desnutridos e frustrados indivíduos é
tão considerável, que existem motivos para crer
muito mais do que geralmente acreditamos. Desta
maneira, [o processo] está ao alcance de pessoas que
mentalmente são crianças ou bárbaros e cujas vidas
são um problema total, elegem conteúdos simples com
grande atrativo popular’. […] Em Crystallizing
Public Opinion, Edward Bernays afirmou que «o
cidadão médio é o censor mais eficaz do mundo. Sua
própria mente é a maior barreira que o separa dos
fatos."
"O espectador
que sofre a lavagem de cérebro apenas tem a ilusão
de que conserva a capacidade de eleger, de igual
maneira um toxicômano crê que controla sua
dependência em vez de que é controlado por ela. ‘A
MTV ― diz Ann Kaplan ― está desenhada graças a um
conhecimento cada vez maior dos métodos de
manipulação psicológica.’ […] A média de consumo
televisivo diário aumentou constantemente desde o
aparecimento da televisão, de modo que, em meados da
década de 1970, era a atividade com maior tempo
dedicado, depois do sono e do trabalho, com quase
seis horas diárias. Desde então, com o aparecimento
do aparelho de vídeo, das vídeo consolas, aumentaram
ainda mais. As crianças com idade escolar passavam
quase tanto tempo assistindo a televisão quanto
dormindo."
"‘Na
terminologia de lavagem de cérebro freudiano ―
expressa Emery ― o espectador de um vídeo musical
encontra-se num estado induzido muito similar ao
sono. Ajuda-o, ou o induz a entrar nesse estado, o
aparecimento repetitivo de cores e imagens
brilhantes que abrumam a vista, ao mesmo tempo que o
ritmo pulsátil e vibrante do rock tem um efeito
similar no ouvido.’ Não só estamos numa época de
televisão, mas também numa época condicionada pela
televisão— e é uma época de intranqüilidade, de
descontentamento, de frustração, dirigida a nenhuma
parte ou a muitas partes à mesma vez —, como é
lógico num entorno onde [a televisão] é
onipresente."
"As sinistras
camarilhas e os manhosos do cabido de Bilderberg, as
esferas clandestinas de influência e manipulação
consciente e inteligente dos hábitos organizados é a
expressão mais recente de uma campanha de
manipulação mais profunda para instituir um governo
mundial sem limites, que não responda perante
ninguém mais do que perante si próprio."
"…os principais
sucessos vendidos a vontade a uma população
desmoralizada, a favor do fundamentalismo fanático
de um grupo de homens que não responde perante
ninguém e que procura o poder absoluto ao preço da
dignidade do homem moderno, caluniado, humilhado e
desprezado pelos poderes combinados do aparelho de
manipulação e a lavagem de cérebro do
Bilderberg-CFR-Tavistock com sua equipe de
cientistas, psicólogos, sociólogos e cientistas da
nova ciência (New Age, misticismo, etcétera),
antropólogos e fascistas decididos a recriarem um
novo Império romano.
"Primeiro
começaram Edward Berneys e Walter Lippmann. Depois,
Gallup e Yankelovich. Mais tarde, Rees e Adorno,
Aldous Huxley e H. G. Wells, Emery e Trist, seguidos
pela cultura das drogas e a Conspiração de Aquário,
um suposto ideal ‘humanista’ a favor da velha
cultura, salpicado com uma pitada de liberdade
humana em vez do que realmente é: uma maneira
inteligente de degradar as pessoas até as converter
em simples animais de fazenda, negando-lhes a
originalidade da consciência humana, que é
compreendida ao instante em toda parte, sem
necessidade de tradução."
"A Nova Idade
será uma nova Idade Escura. Significará a morte
prematura de pouco mais de metade da população e o
esquecimento intencionado dos maiores resultados da
humanidade. Ésta é a ideologia totalitária,
propugnada pela Nova Ordem Mundial, decidida a
governar o mundo embora seja por cima de nossos
cadáveres. […] Por que vale a pena defender nossa
civilização? ¿Por que um regime baseado na liberdade
é melhor do que as tiranias que hoje oprimem parte
do planeta? Para alguns, as respostas a estas
perguntas são evidentes, mas para muitos não."
CAPÍTULO 3
"CÓMO E POR QUE O BILDERBERG ORGANIZOU A GUERRA NO KOSOVO"
"CÓMO E POR QUE O BILDERBERG ORGANIZOU A GUERRA NO KOSOVO"
"Agora, era a
vez dos Bálcãs. O ‘plano mestre’ foi elaborado em
1996, na reunião realizada pelos membros do Clube
Bilderberg en King City, um pequeno enclave de luxo,
localizado a 20 quilômetros da cidade canadense de
Toronto. […] as guerras dos membros do Bilderberg no
Kosovo e nos Bálcãs tiveram um motivo concreto:
drogas, petróleo, riqueza mineral e o avanço da
causa do ‘governo global’."
"Os Estados
Unidos e a Alemanha iniciaram o apoio às forças
secessionistas na Iugoslávia, após a queda do
comunismo na antiga União Soviética, quando a
Federação Iugoslava rejeitou sua incorporação à
órbita ocidental. John Pilger, um laureado
jornalista australiano, que se dedica a investigar
os conflitos bélicos, escreveu em The New Statesman:
‘Milosevic era um burro; também era um banqueiro que
uma vez foi considerado um aliado de Ocidente pronto
para pôr em prática 'reformas econômicas', em
conformidade com as exigências do FMI, do Banco
Mundial e da União Européia; para desgraça dele
negou-se a ceder a soberania. O Império não esperava
menos.’ Segundo o artigo de Neil Clark, um
jornalista especializado em assuntos do Oriente
Médio e dos Bálcãs, ‘naquele momento, mais de
700.000 empresas iugoslavas permaneciam sob
propriedade social e a maioria ainda era controlada
por comitês mistos de diretivos e trabalhadores, com
apenas 5% de capital nas mãos privadas’."
"Sara
Flounders, uma ativista e jornalista afim ao Partido
Mundial dos Trabalhadores, movimento pacifista
internacional, escreveu num artigo: ‘…as condições
de crédito do Fundo Monetário Internacional e do
Banco Mundial precisam da desintegração de todas as
indústrias públicas. Esse é o caso do petróleo e do
gás natural no Cáucaso e no mar Cáspio, bem como das
jazidas de diamantes da Sibéria. Aquele que possua
ou tenha um interesse dominante [...] será quem
queira que ganhe a luta armada que se está travando
em Kosovo. A dominação da OTAN sobre o terreno porá
as empresas estadunidenses na melhor posição no que
respeita à posse desses recursos’."
"No início, os
membros do Bilderberg, pretendiam ‘inflamar’ os
sérvios perseguindo os criminosos de guerra que eles
albergavam, levando-os a julgamento perante um novo
Tribunal Internacional. Os sérvios, orgulhosos e
experientes, driblaram esta provocação dissuadindo
os suspeitos de nível mais baixo na ordem
hierárquica a que se entregassem voluntariamente.
Contudo, isso não era suficiente. Para enfurecer os
sérvios, o Tribunal de Haia, controlado pelos
Estados Unidos, lançou mão dos seqüestros ilegais
para instar à guerra."
"Isto também
explicaria por que Richard Holbrooke, embaixador
estadunidense perante as Nações Unidas, entre 1999 e
2001, membro do Bilderberg e do CFR e seis vezes
candidato ao Prêmio Nobel da Paz, inseriu uma
cláusula sobre Kosovo no acordo final. ¿Que tem a
ver Kosovo com a Bósnia? Nada. Mas a idéia de
Holbrooke era converter Bósnia num teste da futura
expansão do Bilderberg nos Bálcãs."
"NA PROCURA
DE UMA ESCUSA: WILLIAM WALKER ENTRA NO PALCO"
"…segundo
explica John Laughland em seu artigo ‘A técnica de
um golpe de Estado’, era William Walker, membro do
CFR e ‘ex-embaixador em El Salvador, cujo governo,
apoiado pelos Estados Unidos, estabeleceu esquadrões
da morte’. Em 1985, Walker era ajudante do
subsecretário de Estado para a América Central e um
operador chave nas tentativas da Casa Branca de
Reagan para derrocar o governo nicaraguense. O
tenente-coronel Oliver North, colocado na lista do
pessoal do Conselho Nacional de Segurança, no início
de 1981 e demitido em 25 de novembro de 1986, era o
funcionário da Administração Reagan com maior
envolvimento na ajuda secreta aos ‘contras’, graças
aos benefícios da venda de armas ao Irã."
"Segundo o
dossiê judicial, Walker foi responsável pelo
estabelecimento de uma falsa operação humanitária,
na base aérea de Ilopango, em El Salvador, que era
usada em secreto para fornecer de armas, cocaína,
munições e suprimentos aos mercenários ‘contras’ que
atacavam Nicarágua."
"Walker, que
tinha entregado armas aos ‘contras’ na Nicarágua e
agora se tinha transformado em observador de paz,
declarou a todas vozes perante a imprensa mundial,
que a polícia da Sérvia era a culpada ‘pela mais
hedionda’ chacina que ele tinha visto. Os sérvios,
que nessa altura tinham evitado habilmente as
provocações da OTAN e do Bilderberg, caíram. O
suposto ‘massacre’ provocou um pretexto para a
intervenção. Em 30 de janeiro, o Conselho da OTAN
autorizou o bombardeamento. E o Bilderberg ordenou a
seu secretário-geral, Javier Solana, que ‘usasse a
força armada para obrigar os delegados sérvios e de
etnia albanesa nas negociações de 'paz' na França a
falarem de um contexto para a 'autonomia' de
Kosovo’."
"Um artigo do
dia 4 de agosto do The Washington Post citava ‘um
alto funcionário do Departamento de Defesa
estadunidense que indicou que apenas uma coisa
poderia provocar uma mudança de política: 'Acho que
atingindo certos níveis de atrocidade intoleráveis,
provavelmente isso seria um detonante'’."
"Como
referência histórica útil, lembremos que os sérvios
foram vítimas do pior ato de limpeza étnica, como os
200.000 ou mais sérvios que foram eliminados da
região de Krajina, na Croácia, durante a ‘Operação
Tormenta’ apoiada pelos Estados Unidos, em 1995, ou
os 100.000 ou mais sérvios eliminados de Kosovo pelo
ELK, ao finalizar o bombardeio da OTAN. Não faz
falta dizer que o Tribunal de Haia, o mecanismo de
justiça da Nova Ordem Mundial, não fez nada para
levar os autores dessa atrocidade perante a justiça."
"‘Deviam saber,
porque de outro modo, o que instigaria a Coroa a
manter um exército nessa região onde não havia nada
de valor exceto um lucrativo comércio de ópio?
Custava muito caro manter homens armados num país
tão longínquo. Sua majestade deveu perguntar por que
essas unidades militares estavam ali’, pergunta o
doutor John Coleman em "Conspirator’s Hierarchy: The
Story of the Committee of 300."
Sob o epígrafe:
"HISTÓRIA DO
ENVOLVIMENTO DOS ESTADOS UNIDOS NO TRÁFICO DE
NARCÓTICOS"
"Contrário ao
que os livros de história nos contaram durante anos,
o nefasto narcotráfico não é território exclusivo do
estamento criminoso, a não ser que por estamento
criminoso entendamos algumas das famílias mais
importantes da história dos Estados Unidos,
conhecidas como o establishment liberal do Leste,
cujos membros dirigem esse país desde a oligarquia,
através de um sistema de governo paralelo, conhecido
como Clube Bilderberg..."
"KOSOVO E A
HEROÍNA"
"Dois
jornalistas, Roger Boger e Eske Wright, num artigo
publicado em 24 de março de 1999, no jornal The
Times, de Londres, afirmam que ‘Albânia — que joga
um papel fundamental na transferência de dinheiro
aos kosovares — está no epicentro do tráfico de
drogas da Europa..."
"Albânia tornou-se
a capital do crime da Europa. Os grupos mais
poderosos do país são criminosos organizados que
usam Albânia para cultivar, processar e armazenar
uma grande percentagem da droga ilegal destinada à
Europa Ocidental..."
Continua...
Fidel Castro
Ruz
Créditos: granma on line