Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos barões da imprensa estão as instituições, pilares do regime democrático.
Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa,
que não conseguem vencer eleições no voto, se organizam na imprensa e
em entidades golpistas para-políticas, para solapar o regime
democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos da imprensa como extensão de
um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a
direitos individuais.
É inaceitável que a organização partidária tenha convertido os órgãos
da imprensa, empresas concessionárias de radio e TV e do poder
econômico em centros de produção de dossiês contra adversários
políticos.
É lamentável que governadores demo-tucanos escondam na imprensa que
vemos, seus governos que não vemos; no qual as relações de corrupção,
compadrio, fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram
os altos interesses do estado, negando-se a qualquer controle, abafando
CPI’s e engavetando denúncias.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja
assombrada por uma forma de autoritarismo golpista hipócrita, que, na
certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir
honestidade.
É constrangedor que a oposição e sua imprensa não reconheçam os
direitos políticos e constitucionais do cidadão brasileiro, na
presidência da República, e conclame a voltar aos tempos da ditadura
para censurar e cassar, como no AI-5, a palavra e opinião de lideranças
políticas, estejam ou não no exercício de mandatos.
É constrangedor também que a oposição não tenha a compostura de
separar sua imprensa do partido, pondo-se a aviltar os seus adversários
políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro, numa
manifestação escancarada de abuso de poder econômico e político e de uso
da máquina de concessões públicas de rádio e TV em favor de uma
candidatura.
A oposição e sua imprensa não vê no “outro” um adversário que deve
ser vencido segundo regras da Democracia, pelo voto popular nas urnas,
mas um inimigo que tem de ser eliminado pela vontade do poder econômico
das oligarquias políticas e midiáticas.
É aviltante que a oposição e governadores demo-tucanos estimulem e
financiem a ação de oligarquias de donos da imprensa golpista que pedem
abertamente restrições à liberdade de expressão de blogueiros e à livre
concorrência da imprensa alternativa, propondo mecanismos autoritários
de submissão de jornalistas unicamente ao controle de patrões barões
da mídia, que seguem às determinações de um partido político e de seus
interesses.
É repugnante que essa mesma máquina de publicidade demo-tucana tenha
sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o
trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da
economia soberana, livre da intervenção do FMI, rumo a se tornar a 5ª
economia do mundo, resgatando a riqueza do pré-sal para os brasileiros,
com crescimento que deverá passar de 7% neste ano, que gerou 14 milhões
de empregos, que democratizou o crédito, a expansão da classe média e
outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como
refém da imprensa lobista, sob ameaças de chantagens com dossiês e
assassinatos de reputações a quem contraria os interesses econômicos e
políticos dos barões da imprensa corrupta e lobista.
É um insulto não aceitar a decisão soberana popular, do cidadão votar
em quem quiser, conforme sua consciência e suas convicções, para a
composição do Senado.
É um escárnio que a imprensa lobista e corrupta se submeta à esquemas
de corrupção para fazer lobby para criminosos do colarinho branco se
safarem, e exercer pressão nas decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão elitista do processo político
da imprensa demo-tucana, que quer vencer no golpe, rasgando a
Constituição e as leis, negando o poder popular legítimo que emana das
urnas, duramente conquistado em campanhas como as Diretas Já, boicotada
por setores dessa mesma imprensa demo-tucana.
Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação,
repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para
solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o golpismo autoritário.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de donos da imprensa com pretensões golpistas e que
querem ser donos do voto dos eleitores como se leitores e
telespectadores fossem um curral eleitoral demo-tucano.
Precisamos de democratas convictos, que respeitem o resultado soberano das urnas e da vontade popular.
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