Governos latino-americanos solidários com Rafael Correa
Diversos
governos de países da região condenaram a tentativa de golpe no Equador
e manifestaram irrestrita solidariedade ao seu presidente Rafael
Correa. O governo brasileiro acompanha com atenção e preocupação os
incidentes que estão ocorrendo no Equador envolvendo protestos de
militares contra o governo e confrontos com simpatizantes do presidente
Rafael Correa.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje (30), em nota,
que o governo brasileiro se solidariza com o presidente Correa e que
apoia o governo e as instituições democráticas equatorianas.
A
posição brasileira foi transmitida pelo ministro Amorim, por telefone,
ao chanceler do Equador, Ricardo Patiño. O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva está sendo informado sobre a situação no Equador por Amorim e
pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco
Aurélio Garcia.
Segundo
Amorim, no comunicado, o Brasil não reconhece quaisquer tentativas de
desrespeito à ordem vigente no Equador. Na nota, Amorim chama o Equador
de país irmão. O chanceler brasileiro está em Porto Príncipe, capital do
Haiti, de onde telefonou para o secretário-geral das Relações
Exteriores, Antônio Patriota, que responde como ministro interino, e
para o embaixador do Brasil em Quito, Fernando Simas Magalhães.
Cuba
«O
governo da República de Cuba condena e manifesta seu mais enérgico
rechaço ao golpe de Estado que se desenvolve no Equador”, afirma
documento emitido pela Chancelaria.
A
nota diz ainda que “Cuba espera que a chefia das Forças Armadas
equatorianas cumpra sua obrigação de respeitar e fazer cumprir a
Constituição e garantir a inviolabilidade do presidente da República
legitimamente eleito e assegurar o Estado de direito”.
Cuba
declara também que “rechaça energicamente as declarações atribuídas à
chamada Sociedade Patriótica, de Lúcio Gutiérrez que proclama intenções
abertamente golpistas” e oferece “o mais absoluto e completo respaldo”
ao governo legítimo e constitucional do presidente Rafael Correa”.
O
governo cubano considera que fatos como este só servem a interesses
externos à região, que pretendem impedir o avanço de processos
independentes e transformadores. “É também um intento, diz a nota, de
silenciar a voz do Equador e de seu presidente em seu enfrentamento à
política intervencionista dos Estados Unidos na região”.
Nicarágua
O
governo da Nicarágua denunciou a intentona de golpe de Estado contra o
presidente equatoriano Rafael Correa. Através de comunicado, o
presidente nicaragüense Daniel Ortega, conclama todos os governos e
povos latino-americanos a pronunciarem-se e mobilizarem-se em apoio a
Correa e de seu governo.
"Rechaçamos
categoricamente os acontecimentos que setores retrógrados e
antidemocráticos estão impondo ao povo irmão equatoriano, rompendo sua
tranqüilidade e seu direito à paz”, diz o texto da presidência
nicaragüense.
Paraguai
Também
o presidente paraguaio, Fernando Lugo, expresou seu mais enérgico
repúdio à sublevação de setores armados no Equador e manifestou sua
solidariedade com o presidente Rafael Correa. Lugo valorizou o gesto de
patriotismo do povo equatoriano "que a estas horas se mobiliza para
defender a institucionalidade agredida e aguarda que se actue com a
maior severidade para que a democracia recupere sua integridade ferida
em consequência desse brutal levante”.
Os governos do Chile, da Colômbia e da Espanha também tomaram posição contra a tentativa de golpe no país andino.
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