Hassan Nasralá, dirigente do Hezbolá, acusou o presidente dos EUA de "fomentar o caos no Líbano" e rejeitou os recentes ataques de George W. Bush ao Partido de Deus. Falando em Beirute, nas cerimônias que marcaram o clímax do Destival Muçulmano de Ashura, nesta terça-feira (30), Nasralá acusou os EUA de ordenar o mal-sucedido ataque de Israel ao Sul do Líbano, em julho-agosto do ano passado.
"Quem fomentou o caos no Líbano, quem destruiu o Líbano, quem matou mulheres e crianças, anciãos e jovens no Líbano foram George Bush e (a secretária de Estado) Condoleezza Rice. Foram eles que ordenaram aos sionistas que levassem a guerra ao Líbano", disse o líder do mais forte partido da coalizão oposicionista.
"Ele quer castigar vocês porque vocês venceram"
Na segunda-feira (30) o presidente americano acusou o Hezbolá e seus aliados iranianos e sírios de instigarem as recentes violências no Lìbano, na tentativa de derrubar o governo pró-ocidental de Fuad Siniora. "Aqueles que são responsáveis por criar o caos devem ser chamados a pagar por ele", afirmou.
Nasralá contestou Bush. "Quem deve ser punido, quem deve ser julgado, é aquele que levou a guerra ao Líbano", declarou. A guerra de julho-agosto matou cerca de 1.200 libaneses, principalmente civis, e 157 israelenses, na maioria soldados.
"George Bush quer castigar vocês porque vocês resistiram. Quer castigar vocês porque vocês venceram", disse Nasralá.
Nasralá contestou Bush. "Quem deve ser punido, quem deve ser julgado, é aquele que levou a guerra ao Líbano", declarou. A guerra de julho-agosto matou cerca de 1.200 libaneses, principalmente civis, e 157 israelenses, na maioria soldados.
"George Bush quer castigar vocês porque vocês resistiram. Quer castigar vocês porque vocês venceram", disse Nasralá.
Religião e antiimperialismo
O público era formado por milhares de muçulanos xiitas dos subúrbios ao sul de Beirute, que rememoravam a morte em combate do imã Hussein, filho mais velho do profeta Maomé, no ano 680.
Antes, a multidão marchara pelo reduto do Hezbolá na capital, golpeando ritmicamente o peito com o punho, em sinal de pesar pelo martírio de Hussein e gritando "Morte aos EUA, morte a Israel!". Alguns carregavam bandeiras negras e amarelas com lemas religiosos. Outros usavam bandanas verdes. Um dos lemas era "Nunca seremos humilhados".
"George Bush sabe. E reiteramos a ele e o mundo inteiro deve ouvir, que somos uma nação que não vai sucumbir e não pode ser humilhada", disse Nasralá.
Conflitos entre libaneses favoráveis e contrários ao governo, na semana passada, resultaram em sete mortos. O Hezbolá e os demais membros da cligação oposicionista exigem um veto ao governo Siniora e a realização de eleições antecipadas. Com este objetivo eles realizaram desde dezembro uma série de protestos e também uma greve geral, na terça-feira passada (23).
Antes, a multidão marchara pelo reduto do Hezbolá na capital, golpeando ritmicamente o peito com o punho, em sinal de pesar pelo martírio de Hussein e gritando "Morte aos EUA, morte a Israel!". Alguns carregavam bandeiras negras e amarelas com lemas religiosos. Outros usavam bandanas verdes. Um dos lemas era "Nunca seremos humilhados".
"George Bush sabe. E reiteramos a ele e o mundo inteiro deve ouvir, que somos uma nação que não vai sucumbir e não pode ser humilhada", disse Nasralá.
Conflitos entre libaneses favoráveis e contrários ao governo, na semana passada, resultaram em sete mortos. O Hezbolá e os demais membros da cligação oposicionista exigem um veto ao governo Siniora e a realização de eleições antecipadas. Com este objetivo eles realizaram desde dezembro uma série de protestos e também uma greve geral, na terça-feira passada (23).