terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Os escritores malditos do Vietnã

Numa sociedade esgotada ideologicamente e marcada pela força crescente do dinheiro, eles buscam um sentido para a vida falando de sexo e transgressão — e difundindo suas obras via internet ou em cópias píratas

Jean-Claude Pomonti

Mais de dois terços dos vietnamitas nasceram depois de 1975. O heroísmo do passado, embora ainda próximo, não é mais a única referência, mesmo que inscrito na história de um país que lutou, ao longo dos séculos, por sua independência e unidade. “No coração da literatura oficial, a fé em uma dupla emancipação, social (pelo marxismo-leninismo) e nacional (pela guerra), deu lugar à ausência de ideal na juventude do pós-guerra” [1], avalia Doan Cam Thi, crítico literário radicado em Paris.

Tanto no centro como na periferia do Partido Comunista, a nova tendência gera inquietações. Mas os vazios, muitas vezes, apenas indicam o surgimento de sociedades mais complexas. A dicotomia oficial — bons e maus — torna-se indistinta com o passar dos anos. Doan Cam Thi retoma desse modo, a respeito do Vietnã, a expressão de Karl Marx sobre os países “tão pobres de heróis quanto de acontecimentos”. Em uma novela muito breve, o escritor Do Khiem, que vive entre a França, os Estados Unidos e o Vietnã, cita Kiê, a infeliz heroína de um grande romance clássico vietnamita do século 19: “Por vezes, mal desfio a meada que os entrelaça, os fios se emaranham de novo”. Mas Do Khiem, cujos escritos são muito apreciados nos jovens círculos literários vietnamitas, o faz para afirmar o contrário: “Não me prendo a ninguém” [2].

No período subseqüente às guerras da Indochina, uma geração de escritores talentosos se debruçou sobre a miséria dos combates e as desilusões advindas da vitória. A maior parte era originária do Norte e saída das fileiras vencedoras. Nguyen Huy Thiep, Bao Ninh, Duong Thu Huong e Pham Thi Hoai encabeçavam a fila. Seu olhar sobre a guerra e a sociedade que dela emergiu dominou os escritos da época das primeiras reformas, determinadas pelo Partido Comunista em 1986, e da abertura do Vietnã para o resto do mundo. Outros também relataram as cicatrizes deixadas pela brutal reforma agrária de 1955-1956 [3] ou as ondas de repressão posteriores.

Há quase trinta anos começava a série de renovações que deixou para trás o realismo socialista

Nos anos 1990, Hanói tornou-se o centro de uma renovação literária cuja repercussão no exterior foi ainda maior pelo fato de alguns escritos serem proibidos e circularem apenas às escondidas, ainda que por vezes de forma pródiga. O surgimento dessa geração de escritores significou provavelmente um golpe definitivo na literatura oficial, que bebia na fonte do realismo socialista. Era o fim de um mito ou de uma hipocrisia. O Vietnã vivera convulsões, não uma revolução. Diante da profusão de escritores que eram também pesquisadores, os ideólogos oficiais não encontraram outra resposta senão a censura ou a reescrita, notadamente a que era praticada pelos manuais de história. O grande público permaneceu à distância: tratava-se já de um combate travado na retaguarda.

Por isso, a censura só foi exercida, na maioria das vezes, a posteriori. Tratava-se de pressão sobre os editores, que corriam o risco de ver as obras publicadas serem retiradas de circulação. Prova disso foi a proibição, pouco após o lançamento, do Récit de l’an 2000, publicado pelas edições Thanh Nien (A Juventude). Bui Ngoc Tan relata nessa obra as duras condições sob as quais ficou preso, três décadas antes, no contexto de uma campanha contra os "revisionistas". O livro foi destruído por ordem das autoridades, poucas semanas depois de ter sido posto à venda. Por outro lado, em março de 2005, Chinatown, um romance de Thuan, jovem escritor da diáspora vietnamita na França, foi publicado em seu país natal, com enorme sucesso de vendas. A iniciativa de publicá-lo no Vietnã foi ainda mais interessante porque a obra aborda o delicado tema da humilhação sofrida pela comunidade chinesa após a eclosão da guerra fronteiriça entre a China e o Vietnã, em 1979. Antes disso, o tema parecia tabu.

A abertura em curso não permite prever, ainda, como será escrita a página aberta na passagem do século. Os autores do período das primeiras reformas puseram novamente em questão, com força e talento, o mito da história oficial e o realismo socialista. À exceção de Duong Thu Huong, ativista dos direitos humanos [4], eles têm talvez menos propostas relativas ao futuro. De sua parte, o Partido Comunista, o “Pai da Vitória”, imagina renovar sua legitimidade apoiando-se em três pilares: expansão econômica, luta contra os “fenômenos negativos” (corrupção, degradação dos costumes) e retomada dos valores nacionais (ou, se preferirmos, históricos). Substituir uma “solidariedade internacional” em pleno desaparecimento pela imagem de Confúcio talvez traga conforto a uma população já há tanto tempo bombardeada por slogans vazios que nem mais lhes dá atenção. Mas as aspirações estão em outro lugar.

Proliferam os cibercafés: a internet rompe obstáculos, promove encontros, introduz a horizontalidade

Mesmo nos rincões mais distantes do país, os cibercafés proliferam. Uma juventude muitas vezes desocupada descobre um mundo sem fronteiras [5]. A rede conduz a uma viagem a outro lugar, à busca de outras referências. Ela rompe um emaranhado de obstáculos. Alguns jornais organizam chats muito concorridos com autores de todas as tendências, incluídos os da diáspora. Fronteiras desaparecem e, na busca por valores, a “horizontalidade” vai, pouco a pouco, sobrepujando a “verticalidade”. Os jovens procuram o horizonte das respostas, para além do hábito de esperar que a boa nova venha de cima.

Cada qual em sua praia. “O governo quer abrir as portas para os jovens poetas e escritores, mas impõe limites. Gostaria, segundo a tradição, que escrevêssemos sobre os heróis da guerra. Mas não podemos fazê-lo, pois não a vivemos. Nós falamos de sexo”, conta Lynh Barcadi, nome literário de uma jovem poetisa que, na cidade de Ho-Chi-Minh, integra um pequeno grupo político feminino chamado “Louva-a-Deus”, cuja fêmea supostamente come o macho após o acasalamento.

“Os jovens abordam tabus: o retrocesso da luta de classes, a droga, a degradação do ensino público, o homossexualismo”, explica uma crítica de arte da Cidade de Ho Chi Minh, seduzida pela audácia deles. Para além do evidente “engajamento”, Doan Cam Thi evoca, de sua parte, uma “literatura intimista digna de interesse”, pois “o eu é parte integrante do mundo”. “Sem fechar os olhos para os problemas da sociedade”, acrescenta, “eles nos falam de sua vida, de suas preocupações, de seus sonhos, de seus sofrimentos; ao descrever um mundo opaco, ao mergulhar nas regiões turvas do inconsciente, eles desconcertam os leitores e criam um mal-estar.”

Por trás do aparente niilismo, uma juventude que busca combater o vazio, o tédio e a angústia

Ly Doi é o porta-voz de um grupo de “antipoetas” chamado Mo Mieng (“Abrir a Boca”), fundado em 2000 na periferia da cidade de Ho Chi Minh. Ele carrega um pouco demais nas tintas, em um curto texto divulgado na rede no ano passado:

“Experimento uma sensação não pela tradição, mas por espaços imensos.

“Experimento sozinho uma sensação por minha época, não tenho ligação alguma com os outros.

“Não pertenço a nenhum princípio, nenhum partido político, nenhuma religião, nenhuma ideologia, nenhuma organização; demônios, eu pertenço a mim mesmo.

“Experimento uma sensação pela liberdade primitiva e por meu verdadeiro rosto.

“Quero declarar guerra a tudo que depende da ordem comercial: os museus, os críticos, os historiadores da arte, os estetas e esses que alguns chamam de ‘forças culturais’.

“Estou convencido de que a verdadeira arte não nasceu, pois a verdadeira liberdade e a verdadeira justiça não foram estabelecidas.

“A liberdade não nasceu, a obra-prima da liberdade também não” [6].

Esses jovens escritores caminham na fronteira do niilismo. São por vezes demasiado grosseiros, mas não vulgares. Manejam a provocação com um apetite sério, a fim de fazer “cair as máscaras” e oferecer um sopro de ar fresco. “A provocação na linguagem não é essencial. Essencial é recorrer a uma linguagem popular, uma linguagem corrente; essencial é a honestidade”, explica Ly Doi. Eles não procuram publicar seus escritos e sua assim chamada “casa editora”, Giay Vun (Papel Usado), distribui fotocópias e CDs. Estudantes em processo de envelhecimento, reivindicam sua marginalidade e escrevem utilizando o linguajar popular do Sul, sem dissimular-lhe as grosserias. Seus escritos se pretendem a expressão dos bairros populares de onde eles se originam, uma literatura de bui doi (“poeira de vida”), mas bui doi dotada de bagagem cultural e histórica sólida.

Hesitante, sua abordagem é uma busca da alternativa, tanto no pensamento como na expressão. Eles são influenciados por um de seus representantes mais velhos, autoproclamado “cidadão do mundo”, Tran Quoc Chanh, enfant terrible da cena literária da cidade de Ho Chi Minh, autor de um poema (“Cabeças pensantes, vão tomar no c…!”) que provocou sensação no microcosmo literário vietnamita. É a recusa de caminhos batidos. Eles são talvez, também, o reflexo de uma juventude que busca combater o vazio, o tédio, a angústia, em lugar de se refugiar na droga, no sexo ou no dinheiro. “Um desejo de viver, nada mais, viver de outra forma, pensar diferente de seus predecessores”, resume Doan Cam Thi.

Quando o retorno à natureza e à ordem tradicional, pregados pelo poder, são impossíveis

No coração do PC, antigos resistentes se dão conta de que um partido ao mesmo tempo ator e juiz cria uma situação sem horizonte. Carente de contrapeso e de diálogo, torna-se incapaz de oferecer um projeto de verdade. Um especialista francês evoca “o vazio extraordinário deixado pelos ‘novos pensadores’ capitalistas-marxistas vietnamitas em matéria de ideologia, mensagem, moral e ética, de tal modo estão atolados em seu sistema”. A retomada da tradição e da exaltação do nacionalismo não basta para cobrir o buraco. A tendência seria antes aprofundá-lo, acentuar o descompasso entre o poder político e uma sociedade lutando com uma situação inteiramente nova: o Vietnã unificado e independente deve gerar, pela primeira vez desde o século 19, não apenas sua coexistência com a China, mas também seu lugar no seio da mundialização.

Em À nos vingt-ans, crônica romanceada publicada em francês em 2005 (Aube), Nguyen Huy Thiep evoca uma juventude dissoluta cuja única salvação reside na volta à natureza e às tradições. Produto de uma desilusão pessoal, essa crônica é de uma originalidade limitada: o autor se mete — ou tenta fazê-lo — na pele de um adolescente de boa família, que mergulha no universo das drogas e das gangues. Dele só sairá após ter sido deixado em uma ilha da baía de Along, onde forçosamente passa por uma desintoxicação antes de ser recolhido por pescadores que lhe fazem retomar o gosto pela vida. A notícia da morte do pai, escritor conhecido e de conduta irrepreensível, provoca então o saudável clique do arrependimento. Tudo volta à ordem.

Por ocasião do trigésimo aniversário de 1975, Thiep escreveu que “hoje, para cobrir a perda dos valores tradicionais, perseguimos um modo de vida materialista, violento, hedonista” [7]. Ele acrescenta que “a corrupção é uma catástrofe que não conseguimos conter”, que as “malversações contaminam o espírito da juventude”. Essa visão simplista no entanto não representa uma solução de verdade, porque o retorno à natureza e à ordem tradicional, igualmente apregoado pelo poder, é utópico. A contradizê-la está a eclosão da nova geração de escritores, cujas preocupações são de ordem bem diferente.

O Vietnã é um país cuja dinâmica foi retomada depois de trinta anos de guerra, após uma década de erros e mais outra de hesitações. Um artista da diáspora vietnamita residente nos Estados Unidos, Dinh Q. Le, assim explicou o árduo avanço dos vietnamitas: “Essas pessoas vêm lutando há vinte anos. Não fazem a menor idéia de como administrar um país. Avançam, recuam, depois voltam a avançar. Mas também pode-se encontrar nessa sociedade algo que a distingue no Sudeste Asiático: um ímpeto por melhorar a si mesma, por fazer alguma coisa com sua vida” [8].


[1] Em Au rez-de-chaussée du Paradis. Récits vietnamiens 1991-2003, Arles, Philippe Picquier, 2005.

[2] Idem.

[3] A reforma agrária de modelo chinês, iniciada em 1953 na República Democrática do Vietnã (Norte), provocou descontentamento e até revoltas no campo, que foram duramente reprimidas.

[4] Depois de viajar a Paris em fevereiro de 2006, por ocasião do lançamento de Terre des oublis (Sabine Wespieser), Huong permaneceu na cidade para “finalizar obras inacabadas após vinte anos”. “Em Hanói”, ele disse, “ajudar prisioneiros políticos e lutar pela democracia consome todas minhas energias” (entrevista concedida a Focus Asie du Sud-Est, julho de 2006, www.focusasie.com).

[5] Entre os sites literários vietnamitas na rede, destacam-se, em inglês, www.tienve.org e www.vietnamlit.org.

[6] Traduzido para o francês por Doan Cam Thi.

[7] Publicado em www.remue.net, revista apresentada por François Bon, tradução de Doan Cam Thi.

[8] International Herald Tribune, 9 de junho de 2005.

Cabaret, Bob Fosse




Formato: rmvb
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 2:03
Tamanho: 406 MB
Dividido em 05 Partes
Servidor: Rapidshare

Créditos: Fórum - Eudes Honorato

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Sinopse: Sally Bowles, a cantora do cabaré Kit Kat Klub, Brian Roberts, um tímido professor, e Maximilian Heune, um barão alemão, envolvem-se em um triângulo amoroso que reflete a contradição da sociedade alemã do início dos anos 30, próximo ao surgimento do nazismo. Vencedor de 8 Oscar: Diretor, Atriz (Liza Minnelli), Ator Coadjuvante (Joel Gray), Fotografia, Direção de Arte, Som, Trilha Sonora e Edição.


Elenco: Liza Minnelli, Michael York, Helmut Griem, Joel Grey, Fritz Wepper, Marisa Berenson, Elisabeth Neumann-Viertel, Helen Vita, Sigrid von Richthofen, Gerd Vespermann, Ralf Wolter, Georg Hartmann, Ricky Renée, Estrongo Nachama, Kathryn Doby




Duke Ellington & John Coltrane (1962)

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Duke Ellington & John Coltrane (1962)
MP3
320Kbps
Cover Scans
RS.com: 86mb
Uploader: redbhiku


Personnel:
Duke Ellington (piano); John Coltrane (tenor & soprano saxophones); Jimmy Garrison, Aaron Bell (bass); Elvin Jones, Sam Woodyard (drums).

Recorded at The Van Gelder Studio, Englewood Cliffs, New Jersey on September 26, 1962.

Tracks:
1. In A Sentimental Mood, Duke Ellington 4:18
2. Take The Coltrane, John Coltrane 4:44
3. Big Nick, John Coltrane 4:28
4. Stevie, John Coltrane 4:25
5. My Little Brown Book, John Coltrane 5:23
6. Angelica, John Coltrane 6:02
7. The Feeling Of Jazz, John Coltrane 5:34

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

John Coltrane Quintet with Eric Dolphy (1961)

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John Coltrane Quintet with Eric Dolphy (1961)
MP3
320Kbps
Cover
RS.com: 90mb
Uploader; redbhiku


Personnel:
John Coltrane Quintet:
Eric Dolphy (flute & alto saxophone);
John Coltrane (tenor & soprano saxophone);
McCoy Tyner (piano);
Jimmy Garrison (double bass);
Elvin Jones (drums).

Tracks:
1. My Favorite Things 19:19
2. Mr. PC 11:16
3. Miles' Mode 10:37

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O pretexto

A pretexto de combater o terrorismo, George W. Bush, “o renascido em Cristo” tornou-se o pior terrorista da história.

A pretexto de combater o talibã, transformou o Afeganistão no maior produtor de heroína do planeta.

A pretexto de combater o narcotráfico, transformou a Colômbia no maior produtor e exportador de cocaína do mundo.

A pretexto de localizar armas de destruição em massa no Iraque, destruiu a Babilônia.

A pretexto de localizar armas de destruição em massa no Iraque, destruiu a Suméria.

A pretexto de localizar armas de destruição em massa no Iraque, destruiu a Mesopotâmia.

A pretexto de localizar armas de destruição em massa no Iraque, destruiu Ur, a cidade do Patriarca Abraão.

Não satisfeito em destruir mais de 45 mil sítios históricos - patrimônios da humanidade - saquear museus e bibliotecas, suas tropas assassinaram mais de 800 mil iraquianos, transformaram mais de quatro milhões em refugiados e converteram o país num imenso calabouço.

A pretexto de irradiar a democracia como a entende, o “renascido em Cristo”, acabou com o regime secular do Iraque.

De acordo com um relatório oficial do Gabinete do Orçamento do Congresso dos Estados Unidos, o custo total das invasões do Iraque e do Afeganistão poderá atingir dois trilhões e 400 bilhões de dólares até 2017.

A pretexto de “defender o mundo livre” suas tropas estão estacionadas em mais de uma centena de países.

Ao contrário do rei Midas, que transformava em ouro tudo o que tocava, “o renascido em Cristo” transforma em sangue tudo que toca.

E os muçulmanos é que são terroristas...

Publicado em Caros Amigos, dezembro,2007

Só Deus Sabe – 2007 (FILME)



Gênero: Drama

Áudio: Português/ Espanhol/ Inglês

Legenda: Português

Tamanho: 650 Mb (dividido em 7 partes)

Formato: RMVB (depois de descompactado)

Produção: Brasil/México

Créditos: mp3eAvi

Sinopse:
Dolores (Alice Braga) é uma brasileira, estudante de arte, que vive em San Diego. Quando viaja a Tihuna com suas amigas, ela encontra Damián (Diego Luna), um jovem e místico jornalista mexicano. É um passaporte perdido que os aproxima. Na Cidade do México, uma intensa paixão surge entre os dois, mas Damián guarda um segredo que pode separá-los para sempre. O Destino conduz o casal ao Brasil, onde Dolores precisa compreender os eventos que a cercam e Damián tem que tomar uma difícil decisão.

Yothu Yindi - Tribal Voice - 1992

Faixas:
01. Gapu
02. Treaty
03. Dharpa (Tree)
04. Tribal Voice
05. Dhum Dhum (Bush Wallaby)
06. Matmla (Driftwood)
07. Mainstream
08. Yinydjapana (Dolphin)
09. Djapana (Sunset Dreaming)
10. Hope
11. Gapirri (Stingray)
12. Beyarrmak (Comic)
13. Treaty (Filthy Lucre Radio Mix)

Download abaixo:

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Yothu Yindi é uma banda australiana formada por aborígenes e não aborígenes.
As músicas combinam pop/rock com música tradicional aborígene.
Os tradicionais didgeridoo e clapsticks misturam-se à guitarras e bateria.
Créditos: Mp3eAvi

domingo, 6 de janeiro de 2008

O QUINTETO DA MORTE - 1955

O QUINTETO DA MORTE
(The Ladykillers, 1955, USA)




Imperdível! Excelente comédia de humor negro. Elenco de primeira e direção impecável. Infelizmente, aqui no Brasil, o filme vem sendo negligenciado, pois jamais saiu em DVD e mesmo em VHS não tenho notícia de que saiu. Há muito não passa na TV.

Tipo de arquivo: DVDRip.XviD
Áudio: Inglês
Legenda: PT-PT
Tamanho: 295 MB
Duração: 1:30

QUINTETO DA MORTE (The Ladykillers),1955, com Alec Guinness, Katie Johnson, Cecil Parker, Peter Sellers, Herbert Lom, Danny Green. Direção: Alexander Mackendrick. Indicado para Oscar de Roteiro e para o Bafta de Filme e Filme inglês, ganhando Bafta nas categorias Atriz inglesa (Johnson) e Roteiro inglês. Cores. 90 minutos. Livre.
A estréia do filme aconteceu no mesmo mês em que foi anunciada a venda da Ealing para a BBC. Ele forma, com As Oito Vítimas, de Robert Hamer, também com Guinness, a dupla de comédias de mais humor negro da Ealing, e é o melhor filme de Alexander Mackendrick. A personagem central é a viúva Louisa Wilberforce, encantadoramente interpretada por Katie Johnson, que nunca fez tão bem a típica velhinha inglesa, personagem que repetiu em outros filmes.

Ela mora numa decadente casa vitoriana, perto da estação ferroviária de St. Pancras. Vive freqüentando a delegacia local, onde já é bem conhecida, para falar sobre crimes que jura ter testemunhado. Mrs. Wilberforce admitiu um inquilino, o estranho professor Marcus, de dentadura proeminente e cara simpática. Este talvez seja o disfarce mais engraçado de Alec Guinness, que o ator Peter Ustinov costumava chamar de "o máximo poeta do anonimato". Marcus tem quatro bizarros companheiros, que o visitam regularmente, com a finalidade de - segundo explicam a ela - formar um conjunto que toca música de câmera. Na verdade, eles planejam um grande assalto a um trem, que traz um carregamento de dinheiro, e pretendem usar a casa como base de operações.

Adrian Hennigan, da BBC1, conclui assim um artigo sobre o filme: "Não é de se estranhar que Hollywood passou quase uma década tentando copiar ou refilmar O Quinteto da Morte. Graças a Deus, nunca conseguiram".
(Texto retirado do site Críticos.Com.Br)
http://www.criticos.com.br/tv/tv_interna.asp

* E continuam tentando, sem sucesso. Tom Hanks e seu "Matadores de Velhinhas" que o diga.

LINKS PARA DOWNLOAD:(atualizados)


A legenda devidamente sincronizada e anexadas ao filme...





Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4


Créditos: F.A.R.R.A. - Eudes Honorato
Senha para descompactação: http://farra.clickforuns.net









Tecnologia aumenta desigualdade de gênero no mundo


O acesso e a utilização das novas tecnologias estão abrindo brechas digitais, mas não só entre o mundo ocidental e os países pobres; também entre homens e mulheres, e neste caso não há distinções por zonas geográficas. Os dados que chegam dos países mais desenvolvidos indicam que as mulheres estão ficando para trás, que não têm tanto tempo quanto gostariam para navegar sem rumo determinado na Internet, que não encontram na rede o que procuram e que sua formação acadêmica, menos tecnológica que a dos homens, não favorece uma aproximação fluida do computador.

Por Carmen Morán, do El Pais



Como se explica, então, que entre as mulheres e os homens com diploma universitário haja de 15 a 20 pontos de diferença na hora de conectar um modem ou uma impressora? "Neste caso, como ambos têm os mesmos estudos, a lacuna se deve à sua especialização acadêmica. Os homens se matriculam mais em carreiras tecnológicas e elas em outros setores mais sociais, de humanidades ou saúde, e essa é outra brecha que aumenta cada vez mais em toda a Europa", explica a catedrática de Economia Aplicada da Universidade Complutense de Madri, Cecilia Castaño.


Algo parecido ocorre quando os estudos são inferiores: eles sempre levam vantagem nas tarefas mais complexas ao manejar programas de informática. "É uma questão educacional: aos meninos se transmite mais confiança nas máquinas", afirma Castaño.


Os homens e as mulheres com estudos universitários também não passam o mesmo tempo na Internet; entre ambos há uma diferença de 20 pontos. Elas alegam falta de tempo, conteúdos que não lhes agradam e o uso que fazem do computador se circunscreve ao trabalho e algumas consultas de caráter prático. "Consultam possíveis empregos, assuntos relacionados à educação ou à saúde da família..." Mas os homens parecem ter tempo, porque parte de sua navegação é por lazer e consumo: esportes, a Bolsa, pornografia...


Usos distintos


A equipe de Cecilia Castaño passou um ano inteiro interpretando os dados da pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) do INE (Instituto Nacional de Estatística) para escolher as diferenças entre homens e mulheres e buscar os porquês. Para isso reuniram um grupo de mulheres (estudantes universitárias, professoras de segundo grau, engenheiras e trabalhadoras da área de informática, empresárias com seus próprios negócios, teletrabalhadoras) e um grupo de homens com as mesmas características.


A partir daí puderam saber que eles passam mais tempo na Internet, a utilizam mais para questões administrativas, compras e transações bancárias; elas a usam menos e de forma mais prática, para resolver questões de saúde ou buscar informação laboral ou acadêmica. Também compram menos pela Internet e sobretudo produtos para o lar, enquanto entre os homens as aquisições mais habituais são de material de informática.


"A impressão mais clara é que transferiram os papéis habituais para o campo das novas tecnologias", afirma Castaño. Tanto que as mulheres usam mais o celular e o correio eletrônico para falar e relacionar-se, enquanto os homens dão utilidade mais prática a esses sistemas de comunicação.


Consultados homens e mulheres sobre essas diferenças, eles se atribuem maior interesse e destreza com as novas tecnologias, mas afirmam que as mulheres jovens já apresentam essas mesmas características. E opinam que os papéis de gênero marcam essa diferença.


As mulheres, por sua vez, indicam fatores sócio-educacionais históricos e uma incorporação tardia da mulher ao trabalho como uma das causas de sua aproximação mais difícil às novas tecnologias. Também pensam que a mulher tem maior habilidade verbal que tecnológica, o que na sua opinião favorece os homens. Mas queixam-se de que os conteúdos que encontram estão muito pensados para os homens e que também influem os fatores econômicos.


"Quando em uma família há jovens estudantes, é mais provável que haja computador e que os pais queiram navegar com eles, mas isso sempre beneficia o pai e afeta negativamente a mãe. Ela não encontra tempo, exatamente por atender outras tarefas relacionadas aos filhos, enquanto para o pai acompanhá-los aumenta seu contato com o computador", afirma Castaño.


Os estudos e a menor relação da mãe com o computador exercem uma grande influência nos filhos, mas essa questão as pesquisas não indagam.


Questão de talento?


A criatividade e o talento são fatores que as empresas dizem levar muito em conta na seleção e promoção do pessoal. Também são apreciadas no setor das novas tecnologias, pelo visto, embora os homens continuem ocupando os cargos de responsabilidade e as mulheres expondo queixas tradicionais que as impedem de quebrar o telhado de vidro tecnológico.


Nas entrevistas mantidas com diretoras e mulheres membros de conselhos administrativos do setor de novas tecnologias (sete mulheres e dois homens), percebe-se que entre os homens que chegaram aos altos cargos há uma experiência prolongada na empresa, pontilhada por promoções. Enquanto isso, as diretoras passaram por outros setores e demonstraram capacidade de adaptação e uma grande paixão por seu trabalho. "A maioria delas faz malabarismos para conciliar sua vida de trabalho e pessoal e teve de fazer sacrifícios. Eles também reconhecem obstáculos para avançar, mas pagam o preço com mais prazer", diz o estudo de Cecilia Castaño.


"Fala-se em talento, mas quem o mede?", diz Castaño. "Na hora da verdade, nos postos de responsabilidade das empresas entram pessoas mediante cotas políticas, nem sempre por talento. E as mulheres costumam ser invisíveis nisso", explica. Castaño dá o exemplo da Orquestra Sinfônica de Boston: "Nunca entravam mulheres, até que fizeram uma audição às cegas; não se via o aspirante, e aí a coisa mudou".

Créditos: Vermelho

Livro de contos de Woody Allen faz sátira mordaz dos EUA


Antes da consagração no cinema, Woody Allen já era reconhecido nos EUA como comediante que se apresentava em clubes noturnos e programas de rádio e TV e também como escritor de contos humorísticos publicados por revistas de prestígio, como The New Yorker, da qual é colaborador desde 1966. Cuca Fundida (1971), Sem Plumas (1975) e Que Loucura! (1980) trazem seletas preciosas desses textos, agora reforçadas por Fora de Órbita, que reúne 18 contos de "mera anarquia", como sublinha o título original.


Ainda que seus livros anteriores tragam um humor mais explosivo e iconoclasta, o retorno ao mercado editorial equivale ao que representou o lançamento alvissareiro do filme Match Point para sua carreira no cinema: eis o bom e inconfundível Woody Allen, mesmo que não seja o de safra mais notável.

O formato dos contos varia, mas o princípio é o mesmo: submeter o cenário social, cultural e político dos EUA a uma sátira devastadora com referências eruditas. Em alguns casos, notícias de jornal são ponto de partida para tramas insólitas (e trocadilhos que perdem força na tradução).

Em Uma Surpresa Abala o Julgamento de Disney, Mickey Mouse testemunha em processo movido pelos acionistas do grupo contra o ex-presidente Michael Eisner. Cuidado, Magnatas Caindo satiriza produtores de Hollywood; A Rejeição, milionários de Nova York cujos filhos estudam em escolas de elite; e Assim Comia Zaratustra, livros de dieta. O humor de Allen, bendito seja, não tem compromisso com nada. (SR)

Filme novo

No livro de entrevistas Conversations with Woody Allen, de Eric Lax, o cineasta conta que o argumento do ainda inédito Cassandra's Dream -rodado na Inglaterra, com estréia no Brasil prevista para 1º de maio- foi desenvolvido, a partir de 2001, como peça a ser encenada pelo Atlantic Theater, de Nova York.

Mais tarde, concluiu que "não poderia mostrar toda a ação no palco" e optou por levar a história para o cinema. É um "drama muito sério e sombrio", segundo ele, sobre dois irmãos (Colin Farrell e Ewan McGregor) que pedem empréstimo a um tio (Tom Wilkinson) para pagar dívidas e são surpreendidos por ele com a proposta de retribuir o dinheiro com um crime.

Allen já rodou também seu próximo longa-metragem, Vicky Cristina Barcelona, filmado na Espanha, com Scarlett Johansson (que trabalhou com ele em Match Point e Scoop), Penélope Cruz, Javier Bardem, Rebecca Hall e Patricia Clarkson. Boa parte da equipe técnica foi recrutada na própria Espanha, como o diretor de fotografia basco Javier Aguirresarobe, que assinou Os Outros, Fale com Ela, Mar Adentro e Sombras de Goya.

Fora de Órbita
Autor: Woody Allen
Editora: Agir
Quanto: R$ 35 (240 págs.)
Avaliação: ótimo

Fonte: Folha de S.Paulo

Jane Duboc - From Brazil To Japan (1996)




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O Principe das Marés - 1991 (The Prince Of Tides)



Formato: rmvb/DVDRip
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 2:12
Tamanhos: 569 Mb
Dividido em 7 Partes
Servidor: Rapidshare


Sinopse:

Tom Wingo (Nick Nolte) é um treinador de futebol americano desempregado da Carolina do Sul, que vai a Nova York apoiar a irmã, uma poetisa, que tentou o suicídio. Lá ele se envolve com Susan Lowenstein (Barbra Streisand), a psiquiatra que cuida da irmã, mas seu casamento em crise e seus filhos, além de um terrível segredo de família, perturbam sua mente.






Elenco


Barbra Streisand (Susan Lowestein)
Nick Nolte (Tom Wingo)
Blythe Danner (Sallie Wingo)
Kate Nelligan (Lila Wingo Newburry)
Jeroen Krabbé (Herbert Woodruff)
Melinda Dillon (Savannah Wingo)
George Carlin (Eddie Detreville)
Jason Gould (Bernard Woodruff)
Brad Sullivan (Henry Wingo)
Maggie Collier (Lucy Wingo)
Lindsay Wray (Jennifer Wingo)
Brandlyn Whitaker (Chandler Wingo)

Direção: Barbra Streisand

Curiosidades:

- Recebeu 7 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Ator (Nick Nolte), Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Nelligan), Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora.

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama (Nick Nolte), sendo ainda indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Diretor.

- Na versão em laserdisc de O Príncipe das Marés há uma sequência nos créditos finais em que Barbra Streisand canta a música "Places that Belong to You".

Créditos: Fórum - Mordred-RJ

LINK´S:(novos)
http://www.4shared.com/video/_pH0ZLxi/O_Principe_das_Mars__1991_Lege.html

sábado, 5 de janeiro de 2008

Geraldo Vandré - Canto Geral [1968]




Nasceu na Paraíba e sempre se interessou por música, participando dos festivais do colégio onde estudava e chegando a apresentar-se no rádio, em um programa de calouros. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951 com a família, onde conheceu pessoas ligadas ao meio artístico, como o compositor Valdemar Henrique, Baden Powell e Luís Eça. Na faculdade se ligou ao movimento estudantil, em especial aos CPCs (Centros Populares de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes). Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em 1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas" (com Theo de Barros), entre outras. No ano seguinte defende "Sonho de um Carnaval", de Chico Buarque, no I Festival de MPB da TV Excelsior. No ano seguinte vence a segunda edição do mesmo festival com "Porta-Estandarte", sua composição em parceria com Fernando Lona, defendido por Tuca e Airto Moreira. Depois da vitória parte em turnê pelo Nordeste com um conjunto que veio a se chamar mais tarde Quarteto Novo, e contava com Hermeto Pascoal, Theo de Barros, Heraldo do Monte e Airto Moreira. Vandré tornou-se cada vez mais famoso no ambiente dos festivais. Sua música "Disparada", interpretada por Jair Rodrigues, empata em primeiro lugar com "A Banda" de Chico Buarque no Festival da TV Record de 1966. No ano de 1968 "Caminhando (Pra Não Dizer que Não Falei de Flores)" conquista o segundo lugar no festival da TV Globo, apesar de ser favorita do público, perdendo para "Sabiá" (Chico Buarque/ Tom Jobim). Com a promulgação do AI-5 e o acirramento da ditadura, foi exilado, e morou no Chile, França, Argélia, Alemanha, Áustria, Grécia e Bulgária nos 4 anos que ficou fora do Brasil. Vandré tornou-se uma espécie de "mito" da resistência à ditadura, por ter ficado sem fazer shows no Brasil desde 1968. Apresentou-se no Paraguai em 1982 e 1985, rompendo mais de uma década de silêncio. Mais tarde compôs "Fabiana" em homenagem à FAB (Força Aérea Brasileira). Nos anos 90 foram lançadas coletâneas com obras suas.

Créditos: SomBarato


Faixas:
Oscar Niemeyer, o gênio que o Espírito Santo esnobou


Em dezembro último, o arquiteto Oscar Niemeyer completou 100 anos de vida. O mês foi marcado por muitas homenagens ao homem que projetou Brasília e que hoje é famoso em todo o mundo por suas obras arrojadas. Mas o que tem Niemeyer com o Espírito Santo? Quem respondeu nada enganou-se. O arquiteto guarda do Estado uma lembrança não muito boa. Enquanto no mundo todo uma obra de Niemeyer seria recebida com honras e satisfação dos governantes, no Estado do ES os projetos dele foram simplesmente desprezados.


Desenho de Niemeyer propõe a construção de um monumento para lembrar o encontro das raças no ES

Por Renata Oliveira

Insensibilidade priva o Estado de obras do grande arquiteto

Quem conta a complicada história entre o Espírito Santo e o arquiteto é escritor e historiador Maciel de Aguiar. Amigo de Niemeyer desde os tempos do partidão (PCB), foi ele quem pediu um projeto para lembrar o encontro das raças no Espírito Santo. Isto foi em 2001, na época em que Maciel era secretário de Cultura do Estado.

“O monumento lembraria um acontecimento muito importante para a história do Brasil, que foi a batalha do Cricaré, quando os portugueses mataram oito mil índios”, explicou Maciel.

Com o desenho de Niemeyer na pasta, Maciel de Aguiar acreditava que colocaria o Espírito Santo na lista dos estados engrandecidos com obras do arquiteto mundialmente conhecido e respeitado. Mas não foi o que aconteceu. O governador da época, José Inácio Ferreira, decidiu, depois de ouvir seus assessores, que o Espírito Santo não precisava de uma obra de Niemeyer.

A equipe de governo tinha outros planos bem menos nobres: a construção de um marlin azul de 500 metros de altura. Um prédio com elevador interno, que conduziria a um restaurante panorâmico (no bico do marlin), com vista da costa capixaba. O monumento seria construído em Bento Ferreira, em frente à baía de Vitória e tinha a intenção de atrair muito mais turistas. Acabou que nem um nem o outro foram construídos.

O Espírito Santo perdeu a oportunidade de ter uma obra com a assinatura do arquiteto e Niemeyer acabou guardando uma pontinha de mágoa do Estado. Esta, porém, não foi a única vez em que o arquiteto teve problemas para colocar uma obra no Estado.

Dez anos antes do fatídico episódio do marlin azul gigante, a Assembléia Legislativa também abandonou o projeto de inauguração de um monumento com a assinatura de Niemeyer. Consta que o então presidente da Casa, Vicente Silveira, chegou a entrar em contato com o arquiteto, que realizou o projeto, mas seu sucessor, Dilton Lyrio, não deu seqüência à idéia.

Embora tenha tido as portas fechadas no governo José Ignácio, Maciel de Aguiar ainda tenta viabilizar a construção de uma obra de Niemeyer no Estado. A intenção dele é que a obra seja feita na confluência do rio Cricaré com o rio Mariricu, local em que, lembra Maciel, os índios mataram, em janeiro de 1588, Fernão de Sá. A mais importante vitória indígena contra o poderio português.

“Ainda não encontrei um governador ou prefeito com disposição para apoiar o projeto. Gostaria de homenagear o Niemeyer porque ele é meu amigo e sempre se mostrou solícito. Chegou a colocar o escritório à disposição da recuperação do Porto de São Mateus. Isso em 1978”, explicou.

Maciel guarda com carinho um documento assinado pelo arquiteto, em que ele reconhece a importância histórica e arquitetônica do sitio histórico do Porto de São Mateus e se solidariza com a idéia, colocando-se à disposição.

O historiador capixaba conta como conheceu Niemeyer. Graças ao Partido Comunista, encontrou o arquiteto na casa de outro comunista de carteirinha, Jorge Amado. A amizade já dura 40 anos, apesar dos percalços causados pela insensibilidade do poder público capixaba.

Niemeyer

Nascido no Rio de Janeiro e formado na Universidade do Brasil, em 1935, Oscar Niemeyer trabalhou com o conceituado arquiteto suíço Le Corbusier, no revolucionário desenho dos edifícios dos Ministérios da Saúde e da Educação brasileiros, concluídos em 1936.

Entre muitos edifícios que Niemeyer desenhou estão a Igreja de São Francisco, que tem uma estrutura tão radical que a sua consagração foi atrasada até 1959, embora a Igreja tivesse sido terminada em 1943.

A originalidade e a imaginação que Niemeyer revelou nos seus trabalhos transformaram-no em referência da arquitetura moderna. Embora altamente variado, o seu trabalho inclui sempre um enorme espaço vazio integrado em formas muito incomuns. Altos edifícios suportados por pilares de betão ou aço caracterizam a obra do arquiteto. Ao lado de Lúcio Costa, pretendia construir uma cidade utópica. E fez Brasília.

A Catedral

A Catedral de Brasília é um dos imensos edifícios públicos desenhados pelo arquiteto Niemeyer nos anos 60 para a capital brasileira e uma de suas obras mais conhecidas e admiradas. Construída entre os anos de 1959 e 1980, tem na sua arquitetura técnicas e materiais modernistas misturados com as linhas curvas e a liberdade da forma, próprias do período barroco brasileiro.

A base do edifício é circular e tem cerca de 60 metros de diâmetro, e o seu piso principal situa-se a 3 metros do chão. O seu telhado de vidro fosco, que tem início ao nível do chão é suportado por 16 colunas curvas, colunas estas que, vistas de fora do edifício, terminam no topo de forma pontiaguda, lembrando a imagem de uma coroa de espinhos.

A batalha do Cricaré

Como no resto do Brasil, a chegada dos portugueses ao Estado não foi amistosa. Assim que aportavam, iniciavam o processo de dominação dos índios, que se defendiam com armas primitivas – arco e flecha, tacape (lança de madeira) e bordunas (pedaço de pau tipo cassetete). Os índios eram escravizados para o trabalho nos engenhos e suas mulheres eram usadas para suas sevicias e prazeres.

Os índios começaram a entender que aquele povo poderoso estava vindo para ficar e trataram de se defender como podiam, juntando-se até com nações e tribos adversárias. Vasco Fernandes Coutinho pediu que o governador geral ajudasse. Mem de Sá, recém-empossado em Salvador, mandou seu filho Fernão de Sá com seis caravelas e duzentos homens para afugentar os índios.

Quando Fernão de Sá chegou em Porto Seguro recebeu a informação de que existiam muitos índios na região da aldeia do Cricaré. Por subestimar a valentia dos índios e por descuido dos soldados, o filho do governador avançou muito na perseguição e ficou sem pólvora e com apenas dez homens. Ele foi morto juntamente com Manuel Álvares e Diogo Álvares, ambos filhos de Diogo Álvares Correia, o Caramuru – homem de fogo – e mais três soldados.

A batalha aconteceu em vários pontos da margem do rio Cricaré, inclusive no rio Mariricu (variação da palavra Marerike, que quer dizer fortaleza de pau-a-pique), no inicio do ano de 1558. Após a morte de Fernão de Sá, juntou-se um grande numero de soldados portugueses, que entraram na região do rio Cricaré matando milhares de índios. Esses episódios se configuram como a primeira derrota dos portugueses na costa brasileira e também como o maior genocídio cometido contra os índios no Brasil.

fonte: www.seculodiario.com.br

E ainda falam mal de Cuba...

Mortalidade infantil cubana foi menor que a dos EUA em 2007


Cuba concluiu 2007 com uma taxa de mortalidade infantil de 5,3 menores de um ano falecidos por cada mil nascidos vivos, cifra que coloca o país como o mais avançado da América Latina nesse quesito. Esse número representa o menor índice atingido pela ilha e só é comparável no continente americano à obtida pelo Canadá.


De acordo com estatísticas expostas no Estado Mundial da Infância 2007, publicado pelas Nações Unidas, a taxa de mortalidade infantil a nível mundial é de 52 e a de América Latina 26, enquanto a dos Estados Unidos coloca-se em 6.


Os números anteriores contrastam com as 108 mortes por cada mil nascimentos vivos que se produziram na África ocidental. A partir de dados oferecidos pelo Programa de Atenção Materno Infantil e do Ministério da Saúde Pública, o jornal Granma assinala que seis das 14 províncias cubanas atingiram uma taxa abaixo da média nacional. Lugar preferencial tiveram Sancti Spíritus com 4,1 e Camagüey com 4,2.


A publicação acrescenta que 21 municípios da ilha fecharam no ano anterior com zero mortalidade infantil. Do total de nascidos – 1.102 a mais que em 2006 –, houve 592 falecidos devido fundamentalmente a afecções pré-natais, anomalias congênitas e infecções, indicaram as fontes.


Além da baixa taxa de mortalidade infantil, em Cuba durante o 2007 só morreram 21 mães por cada 100 mil nascimentos – no mundo foram anunciadas 400 em igual quantidade de partos.


Os baixos índices de mortalidade infantil e materna sustentam-se no estabelecimento de um sistema de saúde acessível e gratuito para toda a população, sem exceções, desde o início da Revolução de 1º de janeiro de 1959.


Em Cuba, de forma programada os meninos sãos são vistos na consulta de Puericultura 12 vezes no ano, contam com os exames de um geneticista e recebem imunização contra 12 doenças previsíveis.


Fonte: Agência Cubana de Notícias

Clara Nunes - Clara Clarice Clara - 1972 - Vinil


1-Sempre Mangueira
(Geraldo Queiroz - Nelson Cavaquinho)
2-Seca do nordeste
(Gilberto Andrade - Waldir de Oliveira)
3-Alvorada no morro
(Carlos Cachaça - Cartola - Hermínio Bello de Carvalho)
4-Tempo à bessa
(João Nogueira)
5-Morena do mar
(Dorival Caymmi)
6-Ilu aye [Terra da vida]
(Norival Reis - Cabana)
7-Opção
(Gisa Nogueira)
8-Anjo moreno
(Candeia)
9-Tributo aos Orixás
(Ruben Tavares - Mauro Duarte)
10-Último pau-de-arara
(J.Guimarães - Venâncio - Corumba)
• Vendedor de caranguejo
(Gordurinha)
11-Clarice
(Capinan - Caetano Veloso)
12-Sou fiho do rei
(Fernando Lobo - João Mello)
13-Tempo de partir
(Sergio Knapp)
14-Ave Maria dos Retirantes
(Alcivando Luz - Carlos Coqueijo)
15-Visão geral
(César Costa Filho - Ronaldo Monteiro - Ruy Maurity)

Créditos: CápsulaDaCultura

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Fahrenheit 451, François Truffaut






Formato: rmvb
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 1:52
Tamanho: 446 MB
Dividido em 05 Partes
Servidor: Rapidshare


Créditos: Fórum - Eudes Honorato


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Sinopse: em um Estado totalitário em um futuro próximo, os "bombeiros" têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura é um propagador da infelicidade. Mas Montag (Oskar Werner), um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.

Baseado em livro de Ray Bradbury.


Elenco:

Oskar Werner (Guy Montag)
Julie Christie (Linda / Clarisse)
Cyril Cusack (Capitão)
Anton Diffring (Fabian)
Anna Palk (Jackie)
Ann Bell (Doris)
Caroline Hunt (Helen)
Jeremy Spenser
Bee Duffell
Alex Scott
Michael Balfour


Screen Shots:







Jimi Henrix- Live at Woodstock '69

Pat Metheny - Parallel Universe (2001)

http://i18.tinypic.com/6lcgil2.jpg


http://i11.tinypic.com/6xln6he.jpg


Pat Metheny - Parallel Universe (2001)
MP3
320Kbps
Covers
RS.com: 87mb
Uploader: redbhiku

Pat Metheny and the Heath Brothers, live.

Personnel:
Pat Metheny / Guitar, Guitar Synth, Guitar (Electric)
Percy Heath / Bass
Albert "Tootie" Heath / Drums
Jimmy Heath / Sax (Tenor)

Tracks:
1. Guitar Improvisation
2. All The Things You Are
3. Move To The Groove
4. Sassy Samba
5. Artherdoc

Download abaixo:
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Casuarina - Certidão (2007)




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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Filme nacional

O Assalto ao Trem Pagador, Roberto Farias




Formato: rmvb
Áudio: Português
Legendas: S/L
Duração: 1:42
Tamanho: 641 MB
Dividido em 08 Partes
Servidor: Rapidshare


Créditos: Fórum - Eudes Honorato



Sinopse: gangue de bandidos liderada pelo temível Tião Medonho organiza e executa um roubo a um trem (comboio) de pagamentos. Enquanto a polícia chega a suspeitar de uma quadrilha de bandidos internacionais pela ousadia do plano, os assaltantes se misturam à realidade da pobreza e da violência brasileiras.

Baseado num caso real ocorrido no Rio de Janeiro em 1960. O bando do Tião Medonho atacou e assaltou o trem pagador da Central do Brasil, entre Japeri e Paes Leme, explodindo os trilhos com dinamite. Armados de revólveres e metralhadoras, seis assaltantes levaram 27 milhões de cruzeiros e mataram um homem.


Elenco:

* Reginaldo Faria .... Grilo Peru
* Grande Otelo .... Cachaça
* Eliezer Gomes .... Tião Medonho
* Jorge Dória .... delegado
* Ruth de Souza .... Judith
* Luiza Maranhão .... Zulmira
* Helena Ignez .... Marta
* Átila Iório .... Tonho
* Ruth de Souza .... Judith
* Miguel Rosenberg .... Edgar
* Dirce Migliaccio ....esposa de Edgar
* Clementino Kelé .... Lino



Screen Shots:









Eduardo Galeano...

O paradoxo andante

por Eduardo Galeano

Cada dia, ao ler os diários, assisto a uma aula de história. Os diários ensinam-me pelo que dizem e pelo que calam. A história é um paradoxo andante. A contradição move-lhe as pernas. Talvez por isso os seus silêncios dizem mais que suas palavras e muitas vezes as suas palavras revelam, mentindo, a verdade.

Dentro em breve será publicado um livro meu chamado Espejos. É algo assim como uma história universal, e desculpem o atrevimento. "Posso resistir a tudo, menos à tentação", dizia Oscar Wilde, e confesso que sucumbi à tentação de contar alguns episódios da aventura humana no mundo do ponto de vista dos que não saíram na foto. Pode-se dizer que não se trata de fatos muito conhecidos. Aqui resumo alguns, apenas uns poucos.

Quando foram desalojados do Paraíso, Adão e Eva mudaram-se para África, não para Paris.

Algum tempo depois, quando seus filhos já se haviam lançado pelos caminhos do mundo, foi inventada a escrita. No Iraque, não no Texas.

Também a álgebra foi inventada no Iraque. Foi fundada por Mohamed al Jwarizmi , há mil e duzentos anos, e as palavras algoritmo e algarismo derivam do seu nome.

Os nomes costumam não coincidir com o que nomeiam. No British Museum, por exemplo, as esculturas do Partenon chamam-se "mármores de Elgin", mas são mármores de Fídias. Elgin era o nome do inglês que as vendeu ao museu.

As três novidades que tornaram possível o Renascimento europeu, a bússola, a pólvora e a imprensa, haviam sido inventadas pelos chineses, que também inventaram quase tudo o que a Europa reinventou.

Os hindus souberam antes de todos que a Terra era redonda e os maias haviam criado o calendário mais exato de todos os tempos.

Em 1493, o Vaticano presenteou a América à Espanha e obsequiou a África negra a Portugal, "para que as nações bárbaras sejam reduzidas à fé católica". Naquele tempo a América tinha quinze vezes mais habitantes que a Espanha e a África negra cem vezes mais que Portugal. Tal como havia mandado o Papa, as nações bárbaras foram reduzidas. E muito.

Tenochtitlán, o centro do império azteca, era de água. Hernán Cortés demoliu a cidade pedra por pedra e, com os escombros, tapou os canais por onde navegavam duzentas mil canoas. Esta foi a primeira guerra da água na América. Agora Tenochtitlán chama-se México DF. Por onde corria a agua, agora correm os automóveis.

O monumento mais alto da Argentina foi erguido em homenagem ao general Roca, que no século XIX exterminou os índios da Patagônia.

A avenida mais longa do Uruguai tem o nome do general Rivera, que no século XIX exterminou os últimos índios charruas.

John Locke, o filósofo da liberdade, era acionista da Royal Africa Company , que comprava e vendia escravos.

No momento em que nascia o século XVIII, o primeiro dos bourbons, Felipe V, estreou o seu trono assinando um contrato com o seu primo, o rei da França, para que a Compagnie de Guinée vendesse negros na América. Cada monarca ficava com 25 por cento dos lucros.

Nomes de alguns navios negreiros: Voltaire, Rousseau, Jesus, Esperança, Igualdade, Amizade.

Dois dos Pais Fundadores dos Estados Unidos desvaneceram-se na névoa da história oficial. Ninguém se recorda de Robert Carter nem de Gouverner Morris . A amnésia recompensou os seus atos. Carter foi a única personalidade eminente da independência que libertou seus escravos. Morris, redator da Constituição, opôs-se à cláusula estabelecendo que um escravo equivalia às três quintas partes de uma pessoa.

"O nascimento de uma nação" , a primeira super-produção de Hollywood, foi estreado em 1915, na Casa Branca. O presidente, Woodrow Wilson, aplaudiu-a de pé. Ele era o autor dos textos do filme, um hino racista de louvação à Ku Klux Klan.

Algumas datas: Desde o ano 1234, e durante os sete séculos seguintes, a Igreja Católica proibiu que as mulheres cantassem nos templos. As suas vozes eram impuras, devido àquele caso da Eva e do pecado original.

No ano de 1783, o rei da Espanha decretou que não eram desonrosos os trabalhos manuais, os chamados "ofícios vis", que até então implicavam a perda da fidalguia.

Até o ano de 1986 foi legal o castigo das crianças, nas escolas da Inglaterra, com correias, varas e porretes.

Em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade, em 1793 a Revolução Francesa proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

A militante revolucionária Olympia de Gouges propôe então a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã . A guilhotina cortou-lhe a cabeça.

Meio século depois, outro governo revolucionário, durante a Primeira Comuna de Paris, proclamou o sufrágio universal. Ao mesmo tempo, negou o direito de voto às mulheres, por unanimidade menos um: 899 votos conta, um a favor.

A imperatriz cristã Teodora nunca disse ser uma revolucionária, nem nada que se parecesse. Mas há mil e quinhentos anos o império bizantino foi, graças a ela, o primeiro lugar do mundo onde o aborto e o divórcio foram direitos das mulheres.

O general Ulisses Grant , vencedor da guerra do Norte industrial contra o Sul escravocrata, foi a seguir presidente dos Estados Unidos. Em 1875, respondendo às pressões britânicas, respondeu: –Dentro de duzentos anos, quando tivermos obtido do protecionismo tudo o que ele nos pode proporcionar, também nós adotaremos a liberdade de comércio. Assim, pois, nos de 2075, o país mais protecionista do mundo adotará a liberdade de comércio.

"Botinzito" foi o primeiro cão pequinês que chegou à Europa. Viajou para Londres em 1860. Os ingleses batizaram-no assim porque era parte do botim extorquido à China no fim das longas guerras do ópio . Vitória, a rainha narcotraficante, havia imposto o ópio a tiros de canhão.
A China foi convertida num país de drogados, em nome da liberdade, a liberdade de comércio.

Em nome da liberdade, a liberdade de comércio, o Paraguai foi aniquilado em 1870. Ao cabo de uma guerra de cinco anos, este país, o único das Américas que não devia um centavo a ninguém, inaugurou a sua dívida externa. Às suas ruínas fumegantes chegou, vindo de Londres, o primeiro empréstimo. Foi destinado a pagar uma enorme indenização ao Brasil, Argentina e Uruguai. O país assassinado pagou aos países assassinos, pelo trabalho que haviam tido a assassiná-lo.

O Haiti também pagou uma enorme indenização. Desde que, em 1804, conquistou a sua independência, a nova nação arrasada teve que pagar à França uma fortuna, durante um século e meio, para espiar o pecado da sua liberdade.

As grandes empresas têm direitos humanos nos Estados Unidos. Em 1886, a Suprema Corte de Justiça estendeu o direitos humanos às corporações privadas, e assim continua a ser. Poucos anos depois, em defesa dos direitos humanos das suas empresas, os Estados Unidos invadiram dez países, em diversos mares do mundo.

Mark Twain, dirigente da Liga Antiimperialista, propôs então uma nova bandeira, com caveirinhas em lugar de estrelas. E outro escritor, Ambroce Bierce, confirmou: –A guerra é o caminho escolhido por Deus para nos ensinar geografia.

Os campos de concentração nasceram na África. Os ingleses iniciaram o experimento, e os alemães desenvolveram-no. Depois disso Hermann Göring aplicou na Alemanha o modelo que o seu papa havia ensaiado, em 1904, na Namíbia. Os professores de Joseph Mengele haviam estudado, no campo de concentração da Namíbia, a anatomia das raças inferiores. As cobaias eram todas negras.

Em 1936, o Comitê Olímpico Internacional não tolerava insolências. Nas Olimpíadas de 1936, organizadas por Hitler, a seleção de futebol do Peru derrotou por 4 a 2 a seleção da Áustria, o país natal do Führer. O Comitê Olímpico anulou a partida.

A Hitler não lhe faltaram amigos. A Rockefeller Foundation financiou investigações raciais e racistas da medicina nazi. A Coca-Cola inventou a Fanta, em plena guerra, para o mercado alemão. A IBM tornou possível a identificação e classificação dos judeus, e essa foi a primeira façanha em grande escala do sistema de cartões perfurados. (...)

O original encontra-se em http://www.pagina12.com.ar/diario/sociedad/3-96843-2007-12-30.html
Este excerto encontra-se em http://resistir.info/
Créditos:BlogDoBourdoukan

Bethlehem Christmas cancelled: The Wall must fall