Seis milhões de pessoas morrerão este ano por causa do cigarro. 10%
delas, ou 600 mil, não são nem fumantes. É o que afirmou, na
sexta-feira (26), a Organização Mundial de Saúde (OMS) por ocasião dos
preparativos para o Dia Mundial Sem Tabaco.
“Se não forem tomadas mais medidas, em 2030 o tabaco pode causar a
morte de oito milhões de pessoas ao ano”, afirmou Armando Peruga,
diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS.
Grande vilão da sociedade, o tabaco é responsável pela má qualidade
na saúde não só de quem fuma, mas também dos chamados “fumantes
passivos”, aqueles que convivem com os fumantes. Expostos
constantemente à fumaça exalada pelos pulmões dos fumantes, essa
parcela da população acaba inalando tóxicos mais prejudiciais.
O assunto preocupa tanto os governos que em diversas cidades do
mundo já se vem adotando leis antifumo, semelhantes à que começou no
Estado de São Paulo e se espalhou por outras regiões do país nos
últimos anos. A legislação paulista, uma das mais fortes, proíbe o fumo
em qualquer lugar fechado e até mesmo embaixo de simples toldos –
mesmo os fumódromos ficam proibidos se não forem feitos a céu aberto.
Este ano, a OMS dedicará o Dia Mundial sem Tabaco ao Convênio Marco
para o Controle do Tabaco. A Organização de Saúde considera o Convênio
como o melhor instrumento para acabar com um hábito que já matou 100
milhões de pessoas no século XX e que pode tirar a vida de um bilhão de
indivíduos no século XXI caso a atual tendência seja mantida.
O Convênio foi adotado em 2003 e entrou em vigor em 2005, e desde então 173 Estados-membros da OMS aderiram à iniciativa.
“O tabaco é um dos principais responsáveis pela epidemia de doenças
não transmissíveis como ataques cardíacos, derrames, câncer e
enfisemas, que causam 63% de todas as mortes no mundo”, diz Peruga.
Entre as obrigações que os países que fazem parte do Convênio
assumem, está proteger as políticas de saúde pública dos interesses da
indústria do tabaco, adotar medidas relacionadas com os preços e
impostos para reduzir a demanda de tabaco e proteger as pessoas contra a
exposição à fumaça do cigarro.
Apenas 20 Estados-membros da OMS não aderiram ao Convênio Marco, entre eles Estados Unidos, Suíça, Argentina e Indonésia.
FONTE: EFE via Redação da Agencia Manchete
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