sábado, 12 de janeiro de 2008

O CAÇADOR DE PIPAS

INFORMAÇÕES DO ARQUIVO
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 415 Mb
Formato: Rmvb
Qualidade: DVDScr

INFORMAÇÕES DO FILME
Ano de Lançamento: 2007
Gênero: Drama
Duração: 118 min
Classificação etária: 14 anos

Sinopse: Depois de passar anos na Califórnia, Amir (Khalid Abdalla) retorna para sua cidade natal, no Afeganistão, para tentar corrigir seus erros do passado. Amir também terá de ajudar um amigo de infância que está com sérios problemas com o filho.


Créditos: CinemaEmCasa

Download aqui



sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Andrei Rublev


Andrei Rublev
(Andrey Rublyov)

Poster
Sinopse
Andrei Rublev foi um pintor de ícones da Rússia do início do século XV. Encarregado de pintar as paredes da Catedral da Anunciação, no Kremlin, ele trabalha sob a direção do mestre grego Teófanes. Este é atormentado pela crueldade da época e a atribui à ira do Céu. Rublev, por outro lado, acredita no livre arbítrio. Esta obra-prima do cinema russo é vista como incomparável, uma elevação espiritual de senso plástico deslumbrante, que mostrou ao mundo um jovem e promissor cineasta. Andrei Rublev ficou censurado pelas autoridades da ex-União Soviética durante anos, por questionar o enfoque narrativo da História.
Screenshots


Elenco
Informações sobre o filme
Informações sobre o release
Anatoli Solonitsyn Andrei Rublyov
Ivan Lapikov Kirill
Nikolai Grinko Danil Chorny
Nikolai Sergeyev Theophanes the Greek
Irma Raush Idiot girl (Durochka)
Nikolai Burlyayev Boriska
Yuri Nazarov The Grand Prince / The Lesser Prince
Yuri Nikulin Monk Patrikey
Rolan Bykov The jester
Nikolai Grabbe Stepan
Mikhail Kononov Foma
Stepan Krylov Head Bell-founder
Irina Miroshnichenko Mary Magdalene
Bolot Bejshenaliyev Tatar Khan
Gênero: Drama/Historia/Guerra
Diretor: Andrei Tarkovsky
Duração: 205 minutos
Ano de Lançamento: 1969
País de Origem: Russia
Idioma do Áudio: Russo
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0060107/

Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: Xvid
Vídeo Bitrate: 1500 Kbps
Áudio Codec: Mp3
Áudio Bitrate: 128 Kbps
Resolução: 706 x 266
Formato de Tela: Widescreen (16x9)
Frame Rate: 29.970 FPS
Tamanho: 2.36 Gb
Legendas: No torrent
1969 - Cannes Film Festival FIPRESCI Prize (Premio)
1971 - French Syndicate of Cinema Critics (Syndicato Françês de Criticos do Cinema) Best Foreign Film (Melhor Filme Extrangeiro)
1973 - Jussi Awards
LEGENDAS NO TORRENT
Sonicalchemy/ Distanásia

Créditos: MakingOff

Uma obra prima do mestre Andrei Tarkovsky

Áudio: Russo
Legendas: PT-BR No torrent
Qualidade: DVD Rip
Tamanho: 2,36 GB
Compartilhamento: Torrent

Enviado por
sonicalchemy &
Distanásia

Arquivo Torrent abaixo:

http://www.makingoff.org/forum/index.php?act=attach&type=post&id=4813

The Real Havanna Classics - Cuba Vista vol 2

http://i155.photobucket.com/albums/s301/oanig/recto-30.jpg

Uploader: Ibiza

The Real Havanna Classics - Cuba Vista vol 2 @ 320 - CD 1

01. Chemen Chemen.mp3
02. La Reina Del Cafe.mp3
03. Suavecito.mp3
04. Si Por Eso No Vinistes.mp3
05. Marieta.mp3
06. Catando Una Pena.mp3
07. Hasta Siempre Comandante.mp3
08. La Mora.mp3
09. Guantanamera.mp3
10. La Cosa.mp3
11. Presente Y Pasado.mp3
12. Ay Lola.mp3
13. Bilongo.mp3
14. Lo Mio Es Mio.mp3
15. Que Se Mueran De Envidia.mp3
16. Corazon De Melon.mp3

Download abaixo:
http://rapidshare.com/files/80990651/realhavannaclassics2.1.part1.rar
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The Real Havanna Classics - Cuba Vista vol 2 @ 320 - CD 2

01. La Mujer De Antonio.mp3
02. A Buena Vista.mp3
03. Matilda.mp3
04. Besame Mucho.mp3
05. Mi Hombre.mp3
06. Piel Canela.mp3
07. Que Rico Son.mp3
08. Cholito.mp3
09. El Borracho.mp3
10. Sabrosona.mp3
11. La Caminadora.mp3
12. Problema Con Mi Mujer.mp3
13. Cuida'o Cuida'o.mp3
14. Fuego A La Jocotea.mp3
15. Como El Morivivi.mp3
16. El Son De Oriente.mp3
17. Los Tamalitos de Olga.mp3

Download abaixo:
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http://rapidshare.com/files/23826274/cubavista2.2.part2.rar

Sadao Watanabe - Elis (1988)

http://ecx.images-amazon.com/images/I/51jgZ9YHUyL._AA240_.jpg


Uploader: kippique

1. Quilombo
2. Passo De Doria
3. Elis
4. Made In Coracao
5. O Que Passou Passou
6. Manhattan Paulista
7. Paciencia



Led Zeppelin - Dortmund 1980

Led Zeppelin - Dortmund 1980

Montagem: Mr Bad Guy
Créditos: lagrimaPsicodelica

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Curiosidades sobre algumas músicas do Led Zeppelin

"Whole Lotta Love" - A parte do meio foi criada com o instrumento chamado theremin, que consiste em gravações de baterias e vocais de Plant filtrados através de vários efeitos.

"Hats Off To (Roy) Harper" - Roy Harper é um cantor folk inglês que excursionou com o Zeppelin. Ele foi o vocalista de "Have A Cigar" do Pink Floyd.

"Since I've Been Loving You" - Nesta música o pedal da bateria de Bonham chia (fácil de perceber na introdução).

"Black Dog" - O título veio por causa de um cachorro preto que entrava e saia dos estúdios durante as gravações do álbum IV.

"Four Sticks" - Bonham usou 4 baquetas (sticks) para gravar esta música, duas em cada mão, daí o título.

"D'yer Mak'er" - A pronúncia é parecida com Jamaica em inglês.( "diameica" ).

"The Ocean" - Um telefone toca aos 1:37 ( da música ).

"Black Country Woman" - O som de um avião que sobrevoava não foi removido da introdução e é possível ouvir Plant dizendo "No, leave it in."

Dortmund 1980

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CD 01

01. Train Kept a Rollin'/Nobody's Fault But Mine
02. Black Dog
03. In the Evening
04. Rain Song
05. Hot Dog
06. All My Love
07. Trampled Underfoot
08. Since I've Been Loving You

CD 02

01. Achilles Last Stand
02. White Summer/Black Mountain Side/Kashmir
03. Stairway to Heaven
04. Rock and Roll
05. Whole Lotta Love/Heartbreaker

CONCRETO ARMADO


Eu confesso
Construo poesias
Como o pedreiro constrói casas
Ele constrói
Com a matéria prima dos outros
O tijolo
O cimento
A água
A pedra
O ferro
Ele nada fabrica
Mistura na proporção exata
E ergue um castelo
Uma quitanda, um muro
Um edifício, um sobrado
Eu sou ainda pior
Misturo sem ter noção
Da proporção exata
Vou empilhando
O cotidiano, o amor
A tristeza, a alegria
O sorriso, a lágrima
Os olhos e a cegueira
Fico no ofício, sozinho
Colocando pedra por pedra
No silêncio da noite
Eu fabrico poesias
Duras, toscas, mal acabadas.
Sem rima,
Sem métrica,
Até sem assunto...
Depois de prontas
Eu as deixo secarem
Num canto do pátio
Algumas desmoronam
Outras se transformam
Outras, ainda, insistentes, que são,
Permanecem iguais.
Estas eu jogo fora, poluindo um riacho
Nos fundos de casa.
As que se transformam
Eu deixo onde estão
E as que desmoronam, estas eu junto
Pedra por pedra
Passo verniz, pinto de branco
Levo ao povoado e vendo aos turistas
Assim sobrevivo,
Volto prá casa, com arroz com feijão
E quilos de idéias
Das coisas que eu vi...
Soja convencional rende mais para o produtor


Patrícia Benvenuti


Porto Alegre (RS) - A soja convencional deve ser mais rentável do que o grão transgênico em 2008. Com o aumento de preço do herbicida glifosato em 46,2%, a expectativa é de que os produtores de soja convencional obtenham lucros maiores pela primeira vez. No Mato Grosso, a saca do grão convencional deve render R$ 0,27 a mais para os produtores, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

O glifosato é o principal herbicida utilizado na cultura da soja. O aumento de preço ocorreu devido a um crescimento das taxas de importação. A Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para o glifosato importado é de 12%, mas o governo brasileiro aplicou este ano uma taxa extra de 35,8%.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja no Mato Grosso, Glauber Silveira, lembra que o glifosato é comercializado no Brasil quase que exclusivamente pela Monsanto. A empresa chega a vender o produto no país pelo dobro do que é cobrado na Argentina. De acordo com Silveira, esse monopólio tem sido desfavorável para os produtores de soja transgênica.

“O transgênico é tão importante para o Brasil e tão importante para o produtor, em termos de produção. Só que em nível de custo, quando você tem o glifosato apenas na mão de praticamente uma empresa, que é a fornecedora da matéria-prima. Se torna inviável e muito perigoso para o produtor brasileiro ficar na mão de uma empresa”, diz.

O aumento dos preços afeta mais os produtores do grão transgênico. Isso porque as lavouras geneticamente modificadas precisam de duas aplicações, enquanto a soja convencional necessita apenas de uma.

Para o economista Carlos Mielitz, esse aumento do custo de produção da soja transgênica já era esperado. Ele lembra que, antes do Brasil, esse aumento já ocorreu na Argentina e nos Estados Unidos, países onde o grão geneticamente modificado ingressou.

“Como quase todos os monopólios, eles passam a oferecer a tecnologia barato, para que o agricultor adira. Depois que ele já aderiu e ficou dependente dessa tecnologia eles passam a cobrar os custos mais altos”, diz.

Além do aumento dos custos de produção, Mielitz afirma que a soja transgênica deixou de ser atrativa em função das exigências do mercado externo, que vem preferindo o grão convencional. Para ele, a tentativa de entrada de outros grãos transgênicos no país, como milho, vai trazer uma série de prejuízos para a economia.

“A longo prazo, isso pode ser ruim para os agricultores brasileiros, porque vão acabar entrando em um mercado de preços menores, mas que poderá ser menos lucrativo e mais restritivo”, diz.

Ele também destaca que, com a substituição dos plantios de soja por milho para a produção de álcool nos Estados Unidos, a soja deve se valorizar cada vez mais, principalmente para o grão convencional.

O governo britânico pretende construir até 10 novas usinas nucleares  nos próximos anos, deixando um legado perigoso de lixo atômico às  próximas gerações.

O governo britânico pretende construir até 10 novas usinas nucleares nos próximos anos, deixando um legado perigoso de lixo atômico às próximas gerações.


Londres, Internacional — Governo britânico comete um grande equívoco ao querer combater aquecimento global e déficit energético com reatores atômicos.

O secretário de estado britânico, John Hutton, deu carta branca nesta quinta-feira para a indústria construir novos reatores nucleares no Reino Unido. Estima-se que o governo britânico planeje construir até 10 novas usinas, deixando para a iniciativa privada a decisão sobre quando e onde construi-las. Uma nova lei de energia deverá ser editada em breve no país.

“Os políticos optam por energia nuclear para dar a impressão de que estão tomando decisões difíceis para solucionar problemas complicados, quando, na verdade, novos reatores nucleares simplesmente não irão resolver nossos problemas de energia e de combate às mudanças climáticas”, afirma o diretor-executivo do Greenpeace UK, John Sauven.

No Reino Unido, a energia nuclear pode contribuir para diminuir as emissões de carbono em apenas 4% e somente a partir de 2025.

“É uma contribuição pequena que virá muito tarde. Deixaremos às gerações futuras apenas o caro legado de ter de limpar o lixo nuclear.”

Cerca de 90% do consumo de petróleo e de gás do Reino Unido destina-se a outros fins que não a geração de eletricidade, já que a maior parte do uso energético está ligada ao aquecimento de casas e da água, além do alto consumo pelas indústrias. E a energia nuclear não pode ser usada para substituir essa demanda e muito menos para ser utilizada como combustível de veículos.

“As verdadeiras soluções são eficiência energética e o uso de energias renováveis (como mostramos em nosso relatório [R]evolução Energética), além das centrais energéticas descentralizadas, como aconteceu na Escandinávia. Essas tecnologias têm potencial para entregar energia de fontes confiáveis e mais baratas em um prazo menor, e são soluções seguras e aplicáveis em escala global", afirma Sauven, lembrando no entanto que essas fontes energéticas nunca alcançarão a escala necessária se forças políticas e investimentos financeiros forem desviados para desenvolver a indústria nuclear.

Nos últimos anos, a indústria nuclear vem se aproveitando do marketing associado ao combate ao aquecimento global para justificar o uso de uma energia ineficiente, cara, altamente suja e perigosa.

“Trata-se de uma sucessão de mentiras propagadas por um setor que vê, a cada usina construída, bilhões e bilhões de dólares vertendo para seus bolsos, e que encontrou na crescente preocupação mundial com as mudanças climáticas a desculpa perfeita para retomar seus negócios, que há muito andavam distantes da aprovação popular”, diz Beatriz Carvalho, coordenadora da campanha anti-nuclear do Greenpeace Brasil.

Para detalhar como a indústria nuclear construiu essa fachada, o Greenpeace publicou recentemente no Brasil o relatório Cortina de Fumaça – Emissões de CO2 e outros impactos da energia nuclear. O estudo demonstra que as emissões de gases de efeito estufa geradas durante todo o ciclo de exploração nuclear – que vai desde a exploração do urânio, passando por seu transporte, construção da usina, manejo dos materiais radioativos e descomissionamento do aparato nuclear ao final de sua vida útil – são significativamente maiores do que as geradas por usinas eólicas e solares, por exemplo.

"Revelamos em números a contribuição da energia nuclear para o aquecimento global, reforçando a necessidade de alimentarmos nossa matriz energética com fontes realmente limpas e renováveis”, afirma Beatriz.

Saiba mais:
Leia o documento do Greenpeace sobre a retomada do programa nuclear britânico (arquivo em PDF para baixar).

Os lagos azuis da Groenlândia, as luas verdes e os sóis amarelos


Os lagos azuis da Groenlândia, as luas verdes e os sóis amarelos

Laerte Braga

O ex-senador George McGovern, democrata que disputou e perdeu as eleições presidenciais nos Estados Unidos em 1972 contra Richard Nixon, publicou um artigo no jornal Washington Post, reproduzido aqui pelo Jornal do Brasil.

McGovern pede o impeachment de Bush acusando-o de fraudes diversas, a começar pela que resultou em sua primeira eleição, em 2000. Aos 85 anos de idade McGovern afirma que o governo Bush é mentira do princípio ao fim e toda a sorte de trapaças, mentiras e absurdos foram e têm sido cometidos.

Cerca de 75 bilhões de dólares, por ano, sai do Brasil para paraísos fiscais. Dinheiro sujo, produto de operações ilegais. Com certeza não sai por conta de nenhum trabalhador, muito menos da chamada classe média. Sai de gente como Paulo Stak, presidente da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo).

A grande expectativa no dia de hoje, terça-feira, oito de janeiro de 2008, é pelo começo do BBB-8. Em cada dez pessoas com quem você conversar, pelo menos sete vai puxar o assunto sobre o participante que resolveu desistir por não agüentar as pressões.

O brasileiro é um dos que mais assistem tevê em todo o mundo, média de horas por dia. Televisão ou é “fábrica de doidos” como dizia Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) ou, instrumento maior do processo de alienação.

Ou seja, a média de horas passadas à frente de um televisor é das mais altas do mundo e a imensa e esmagadora maioria dos cidadãos não tem a menor idéia do que se passa de real, no seu próprio País.

Um motorista de táxi comentava sobre o estado deplorável do IML (Instituto Médico Legal) de sua cidade e deixou claro que não conseguia entender a razão desse descaso. O governador de Minas, Aécio Neves, a cidade é em Minas, mora no Rio de Janeiro e vive em tratamento médico no exterior (desintoxicação). A mídia não diz uma palavra sobre isso, mas vende a “administração Aécio” como uma das maiores da história do Estado.

O degelo de boa parte das grandes geleiras da Groenlândia, propriedade da Dinamarca na América do Norte, deve significar algo em torno de 60 a 80 centímetros a mais no nível dos oceanos e pode, num espaço de tempo menor que os cientistas imaginavam, todo o século XXI, alcançar esses índices.

Cidades como Olinda no Brasil (PE), ou países como Holanda e Bélgica, para citar três exemplos, vão enfrentar problemas de sobrevivência com o fenômeno. Todo o mundo será afetado, está sendo afetado pelo descontrole da questão ambiental, pois além da Groenlândia, a Antártica também está sofrendo o mesmo processo.

Estados Unidos e China, no desvario do que chamam progresso, são os principais responsáveis pela emissão de poluentes, degradação dos oceanos e aí se inclui o Japão na caça predatória de baleias e na pesca indiscriminada em águas de todos os oceanos do planeta.

É comum ouvir de pessoas comuns que esse é um problema que “não vou ver, estarei morto quando isso acontecer”. É o nível máximo da estupidez e da perda do sentido mínimo de humanidade. De ser. De estar objeto. Coisa.

Mas vai assentar à frente da televisão, dar uma espiadinha, torcer por quem “conspira e trai” e deliciar-se no voyeurismo sugerido em cada minuto do BBB-8.

As mentiras de Bush, as fraudes, as guerras por poder, dinheiro. A destruição do ambiente, o abandono dos serviços públicos, tudo em todas as dimensões e que diz respeito à vida, isso não importa. Importa que o cara que desertou do BBB-8 está gerando uma “profunda” discussão sobre se agiu certo, agiu errado, sobre se “compreendeu a realidade dos dias atuais” ou exatamente, desertou. Fugiu.

That is the question. Estar no BBB-8 ou não estar. Fazer sucesso a qualquer preço ou ser um “zé mané”, na definição do especialista em ovos podres em “vagabundas”, por acaso (sic), diretor do programa.

Declaração de um desses alienados, sem a menor idéia de onde fica a cabeça, ou os pés, mas certo que é paradigma de qualquer coisa no mundo, feita em resposta a uma observação sobre ser fumante ou não, ter a companhia fabricante de cigarros culpa ou não.

“O Sapiens não é pretensão nenhuma. Só QI alto mesmo. Fazer o quê, a filha da p* da natureza é burguesa e elitista.

Lendo desde os quatro anos de idade, já tendo lido muito e, modéstia às favas, muito orgulhoso do meu domínio da língua pátria (algo de deixar muito jornalista, advogado e outros "donos da língua" por aí roxos de inveja), só há uma possibilidade de eu não entender uma mensagem escrita: quem escreveu não soube passá-la adiante”.

O “Sapiens” em questão acrescentou ao próprio nome para mostrar ao mundo o tal QI alto.

É preciso investigar o efeito Xuxa em quem tem mais de 20 anos hoje e menos de 35. Avaliar os verdadeiros estragos causados pelo tsunâmi louro. Existem milhares de “xuxas” nas tevês do mundo e todas cumpriram e cumprem o mesmo papel – o de proporcionar QIs altos.

Qualquer cidadão que saiba andar e falar tem idéia precisa e clara que o consumidor de drogas, na grande maioria, está nas classes média e alta. É quem pode pagar os altos preços de cocaína, ecstasy e outras cositas mais. Pobre fuma crack que é mais barato. E até nisso leva chumbo, crack mata mais depressa.

É o tal ordenamento jurídico, institucional, democrático, cristão e ocidental que querem impor ao mundo inteiro e como uma espécie de raio emitido por cada GLOBO de cada canto, transformar cada cidadão num imbecil pronto a chorar no drama dos futuros eliminados do BBB-8 e a gritar pula, para o desesperado que não sabe se pula ou se fica no desespero, no prédio mais alto da rua principal de sua cidade.

Esse, ao ser salvo, vai ser vaiado.

O ser humano “fabricado” nesse contexto não tem a menor idéia das luas verdes e dos sóis amarelos.

Acredita piamente que William Bonner é o enviado divino com as instruções do “senhor” (deles não é?). Por isso os guerrilheiros das FARCs são “terroristas” e George Bush é “quem esparge a democracia pelo mundo”.

Não percebe que a chuva de ovos podres está caindo sobre quase todos (as elites não, optam por condomínios fechados) e o BBB-8 é apenas um instante do modelo que vendem.

Se lido com atenção o artigo do ex-senador George McGovern ninguém vai ter dúvidas disso.

Vai chorar de “esguicho”, como dizia Nelson Rodrigues.

> Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.

Ilustração: Táia Rocha

Uma oportunidade histórica para a revolução cubana



Jorge Pereira Filho



Uma notícia aos que alardeiam o fim da revolução cubana com o afastamento do presidente Fidel Castro. Os moradores da ilha caribenha querem defender seu futuro. Mas de forma autônoma, sem os vícios autoritários do passado. E sem cair também nas ilusões propagandeadas por seu vizinho imperialista que há 45 anos impõe um bloqueio econômico, comercial contra os cubanos, condenado pela Assembléia Geral das Nações Unidas.

Esse é o cenário que foi aberto com a decisão do presidente Raul Castro de, em julho deste ano, impulsionar um amplo debate com o povo sobre os rumos da revolução. Para o historiador Ariel Dacal, trata-se de uma oportunidade histórica. “Não é um momento casual. É a hora que Cuba precisa fazer uma substituição rápida e total dos velhos dirigentes revolucionários que começam a cair, pelas leis da vida, da biologia”, avalia.

E nesse processo, a maior reivindicação do povo cubano tem sido questionar as estruturas burocráticas e cobrar, justamente, maior poder de decisão sobre os rumos de seu destino. “A principal demanda que tem aparecido é a de maior participação. De maior controle dos poderes do Estado. De legitimar que repasse potencialidade e recurso aos poderes locais, poderes populares. É a maior reivindicação. Nisso em um marco socialista, de compromisso com a revolução cubana”.

QUEM É

Ariel Dacal Diaz é historiador, cientista político e trabalha no Centro Martin Luther King (CMLK). Foi Chefe de Redação da Publicação de Ciências Sociais. Especializou-se em estudos sobre a crise da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Há uma consulta popular em Cuba sobre os rumos da revolução. Como esse processo está se dando?

Ariel Dacal Diaz - Em 26 de julho, em discurso oficial, Raul Castro elencou um grupo de problemas no país. Grosso modo, apresentou algumas soluções e algumas medidas em curso. Este documento virou um texto de discussão nos núcleos do partido fundamentalmente que, depois, foi ampliado para os bairros e os centros de trabalhadores. Dias depois, Raul vem aos meios de comunicação e afirma que essas propostas discutidas pelo povo cubano vão ser encaminhadas diretamente aos municípios e às províncias para evitar que deturpações nas propostas populares. Isso está ótimo: ao menos, as pessoas podem falar. E Raul está insistindo muito para que a população fale com honestidade, com franqueza, sem medo. E que esse processo será um insumo para a tomada de decisões. Disse também que tampouco deve-se esperar que surgirão soluções imediatas de tudo, mudanças gerais, pois as coisas vão sendo transformadas com o tempo.

E como a população tem recebido essa proposta?

Para alguns, sobretudo os mais velhos, é mais do mesmo. Crêem que, ao final, ninguém vai se dar conta do que pensa a população. Imaginam que as decisões serão tomadas de forma muito limitada, distantes da vontade do povo. Essa é uma preocupação de um setor. Há outro grupo que coloca justamente o contrário. Que agora há uma oportunidade para um diálogo mais importante, mais substancial. Porque, para esse setor, essa é a última oportunidade. Há um consenso sobre isso. E com essa visão, de que se trata de algo fundamental para a continuidade do processo cubano, e a preocupação de que não seja mais do mesmo, é que estão sendo realizados esses debates.

E como os meios de comunicação estão tratando esse processo?

Há uma crítica muito forte. Ninguém sabe o que o povo está dizendo. Não há um meio de comunicação que informe o que está ocorrendo nos debates. A imprensa oficial segue surda e muda a esse processo. Para os meios, esse processo não existe e isso cria uma ansiedade geral. Porque, a partir desta metodologia, Cuba não tem possibilidade de saber como pensa a si mesma.

Mas o que se tem falado, nas ruas, sobre as reivindicações apresentadas?

Há algumas pessoas, por sua conta e risco, dedicadas a levantar informações sobre esses debates. E a principal demanda que tem aparecido é a de maior participação. De maior controle dos poderes do Estado. Que se repasse capacidade de decisão e recursos aos poderes locais, poderes populares. É a maior reivindicação. Nisso em um marco socialista, de compromisso com a revolução cubana. Mas a idéia é: Quem vai decidir? Quem vai implantar o que se decide? A burocracia quer que o processo continue? Porque é justamente a burocracia que está sendo questionada. Mas essa parece ser a última oportunidade. Não é um momento casual. É a hora que Cuba precisa fazer uma substituição rápida e total dos velhos dirigentes revolucionários que começam a cair, pelas leis da vida, da biologia.

Uma crítica feita aos meios oficiais, em Cuba, é o de que não fomentam o debate, dialogam pouco com a vida cotidiana...

Hoje, os meios de comunicação social são um dos focos centrais de críticas do povo. Há uma desconexão com a realidade. Cuba vive hoje um processo intenso de debates e um dos maios importantes é justamente esse: a função dos meios de comunicação social e oficiais. Mas há um segundo debate, uma pseudo-reflexão, que não leva em conta a complexidade do momento histórico que vive Cuba. São discussões mais de caráter moralista, se fulano roubou sua empresa, sem abordar questões estruturais. E isso é um problema. Porque não há espaço para referendar todo esse imaginário, todo esse debate. Tem ocorrido também algo em Cuba que se chama a guerra dos e-mails. É uma certa catarse coletiva sobre os problemas dos meios de comunicação, de transporte, sobre que tipo de socialismo queremos, mas que ainda não se infiltra no corpo social cubano. Há um setor intelectual que está analisando estruturalmente o problema. E, de outro lado, há uma demanda popular, da vida cotidiana, em nível de catarse. O grande problema é que esses dois setores não dialogam entre si e muito menos com a visão oficial. São leituras que precisam se complementar para criar algo superior ao que queremos. Ou seja, não há canais de comunicações. E o tempo corre.

E por que avalia que o Estado cubano está distante da vida cotidiana?

Há uma tarefa revolucionária que é diluir esse Estado no corpo social, fazer com que seja o Estado do povo, do trabalhador, e não da burocracia.

E o debate que está ocorrendo segue mais no sentido de avançar no socialismo ou regressar a formas capitalistas?

A discussão segue mais no marco socialista, mas no imaginário social as práticas e como vão se relacionando com o corpo social tendem mais ao capitalismo. Pode parecer contraditório, mas é assim. Há um grupo pensando no socialismo, mas a própria dinâmica e o referente individual das pessoas têm muita força. E alguns setores, em minoria, querem a social-democracia.

Mas não é possível que os Estados Unidos se intrometam nesse processo?

Não, os grupos e os setores asquerosamente estadunidenses não têm legitimidade ver nesse processo. As pessoas os desprezam. Os Estados Unidos não são um modelo, há uma consciência geral de que são uma merda. O problema não está por aí. É mais perigoso porque é mais sutil. É sim reproduzir lógicas liberais, de produção capitalista. Isso mesmo pessoas comprometidas com revolução porque falta possibilidade de debater revolucionariamente.

Você poderia dar um exemplo disso?

Sim, o reordenamento empresarial em Cuba. As empresas estatais em Cuba estão incorporando as técnicas empresariais capitalistas. Mas o essencial, para uma referência socialismo, é dar o poder aos trabalhadores. E ninguém fala disso.

Há preocupação hoje com a juventude cubana, sobretudo a que cresceu no período especial, conviveu com os momentos mais difíceis, de carências. Essa juventude é muito influenciada pelos valores capitalistas, do consumismo?

Em Cuba, não há consumismo. Pelo contrário. Há uma história do não-consumo e, neste contexto, a projeção do consumismo é muito atrativa. É uma porta muito tentadora para uma juventude e mesmo os que não são tão jovens. Mas eu não reduzo o tema da cultura aqui. Digo que precisamos de uma cultura superior na compreensão da política. Que o povo tenha seus processos de equívocos, de criação coletivo. É um processo longo e já perdemos muito tempo. Para mim, a mudança está aí. Está na perspectiva de como os cidadãos, mulheres, homens se organizam, se educam e superam culturalmente esse individualismo. Como superam a idéia de que eu sou o sujeito que vou resolver o meu problema isoladamente, e caminhem para o sentido de como eu participo, dialogo e me reconheço em um trabalho coletivo. A questão não é reprimir o consumismo, mas superá-lo culturalmente.

Por que você afirma que é necessário estudar três tipos de Estado – o de bem-estar social, o fascista e o do socialismo real – para criarmos algo novo? O que eles têm de essencial?

Porque é a experiência acumulada, sobretudo no século 20, para enfrentar o neoliberalismo. Ao fracassar essas três experiências, veio essa etapa neoliberal. Que é o mesmo que as velhas formas de dominação do capital em um contexto sem resistência. É importante resgatar porque fracassaram essas experiências para saber que não estamos reinventando nada. Claro, há muita criatividade no contexto atual. Mas é fundamental estudarmos esse legado histórico, sobretudo vislumbrando um movimento histórico que vai resultar no enfrentamento com o capitalismo.

O senhor acredita que há espaço hoje para um Estado fascista na América Latina?

Sim, por conta da própria condição extrema de miséria na região e também devido à expansão do conservadorismo e das visões reacionárias no continente. São dois traços que me preocupam, a possibilidade de que surja algo parecido com o fascismo. Que se combinem esses fatores, no sentido nacionalismo, ainda que contra o imperialismo, e que reproduzam uma lógica de dominação também capitalista. Os níveis de organização da violência social na América Latina são um nutriente para um regime parecido ao fascismo.

De qualquer forma, o Estado de bem-estar social, ou algo parecido, segue como um modelo que se contrapõe ao neoliberalismo...

O capitalismo nacional tende a isso. O que digo sobre estudar essas experiências históricas é para compreender que há limites. E que há um ciclo e, em algum momento, atentará contra a lógica mesmo do sistema. A acumulação e um Estado que distribui não podem compor um Estado de bem-estar. Que condições materiais teria uma essa burguesia nacional para desenvolver um processo nacionalista, com uma visão mais social? É preciso fazer perguntas.

E o socialismo real?

A pergunta que se faz é que, se pelo fato de o socialismo real fracassar, será que não há nada o que resgatar dessa experiência? Não houve nada de positivo ou negativo? Não há princípios invioláveis do que não se deva fazer em nome de uma sociedade socialista? É preciso estudar isso porque serve para nossa organização.

O que fracassou em 1991?

O regime de dominação e opressão burocrática, a ditadura burocrática soviética, foi isso o que fracassou. O socialismo não fracassou.

Que aspectos você ressaltaria em um esboço de uma análise sobre o fracasso soviético?

Impossível responder brevemente, mas podemos dizer que essencialmente é a própria complexidade de criar uma sociedade superior em um país atrasado material e culturalmente. Um país assediado pela burguesia de forma atroz. Um país onde o sonho libertário encontrou muitas dificuldades, que incluíam mortes, guerras cruéis. E a renúncia de um setor ao processo revolucionário, assumindo a reprodução de uma lógica de dominação política não superada que tinha como base um despreço à capacidade real de o povo se governar. Mas foi evidentemente um processo muito mais complexo do que isso.