Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
O VELHO E O MAR - 1958
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1958
Direção: John Sturges
Roteiro: Peter Viertel, baseado em livro de Ernest Hemingway
Produção: Leland Hayward
Música: Dimitri Tiomkin
Fotografia: Floyd Crosby e James Wong Howe
Desenho de Produção: Edward Carrere e Art Loel
Direção de Arte: Ralph Hurst
Edição: Arthur P. Schmidt
Áudio: Inglês
RMVB Legendado
Cor
Créditos:Forum - Eudes Honorato
Elenco:
Spencer Tracy (Velho / Narrador)
Felipe Pazos (Garoto)
Harry Bellaver (Martin)
Don Diamond (Proprietário da cafeteria)
Joey Ray (Jogador)
Richard Alameda (Jogador)
Tony Rosa (Jogador)
Carlos Rivero (Jogador)
Robert Alderette (Jogador)
Mauritz Hugo (Jogador)
Mary Hemingway (Turista)
Don Blackman
Sinopse:
Num lugarejo na costa cubana estava um velho (Spencer Tracy), que pescava sozinho num esquife. 84 dias se passaram sem que ele pegasse um mísero peixe. Nos primeiros 40 dias um menino (Felipe Pazos) ficou com ele, mas após tanto tempo sem peixe os pais do menino disseram que o velho era definitavamente um "salão", que é o pior tipo de azar. O menino, sob as ordens dos pais, foi para outro barco, que pegou três belos peixes já na primeira semana.
O velho ensinara o menino a pescar e o menino o amava. O velho tinha cabelos alvos e era marcado por rugas, tinha grandes riscos na nuca e as mãos tinham cicatrizes fundas, por lutar com peixes pesados, mas nenhuma era recente. Tudo nele era velho, com exceção dos olhos, que eram alegres e incansáveis. O menino se entristecia ao ver o velho chegar com o esquife vazio. Ele sempre o ajudava a carregar as linhas, a carangueja, o arpão e a vela, que se enroscava em volta do mastro. A vela era remendada com sacos de farinha e se enrolava, parecendo a bandeira de uma derrota permanente. Ninguém o roubaria, mas o velho achava que era melhor levar a vela e as linhas para casa, porque o orvalho as danificava. E também para não correr riscos, pois achava que uma carangueja e um arpão eram tentações desnecessárias para deixar num barco.
Ao voltar no final do dia o menino e o velho iam para um bar, onde outros pescadores caçoavam dele. Mas o velho não ligava, pois tinha aprendido a ser humilde. Depois os dois foram para a humilde casa do velho e lá jantaram, graças ao menino. O velho disse que no próximo dia teria sorte, pois era o 85º dia, mas não podia imaginar o que lhe aguardava.
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O holocausto palestino
A crônica de um fracasso anunciado não é pontuada por fatalidades, mas escrita há 40 anos, em um processo de colonização que inviabiliza qualquer saída possível. O silêncio da comunidade internacional é assustador.
Poucas vezes, os círculos diplomáticos e acadêmicos se uniram na constatação de uma farsa. A retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos é um ato ciníco encenado por parte dos três protagonistas: o presidente estadunidense, George W, Bush, o primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahoumad Abbas.
A expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia e a cisão entre Fatah e o Hamas apresentam-se como obstáculos imediatos a qualquer avanço que leve ao que a diplomacia ocidental chama de “Estado palestino viável e continuidade territorial em Israel". A crônica de um fracasso anunciado não é pontuada por fatalidades, mas escrita há 40 anos, em um processo de colonização que inviabiliza qualquer saída possível.
Há momentos históricos que, pela crueza, não comportam acomodação. Não requerem mais análises de conjuntura ou considerações de natureza antropológica. Não mais se trata de fazer considerações geopolíticas para justificar estratégias. O humanismo é radical ou nega a si próprio. Ponderações que prescrevam cautela são a leniência da barbárie. A recusa tem que ser total e contundente.
Desde o massacre no Sul do Líbano, em 82, passando pelo sufocamento de duas intifadas, não é o terrorismo de fanáticos que Israel persegue. No Oriente Médio, o movimento palestino era o mais progressista projeto de resistência, o mais prenhe de valores da modernidade. O mais rico em termos culturais. As pedras dos jovens árabes defenderam da insanidade uma herança cara ao Ocidente. Querer reduzi-los ao Hamas e outros grupos de motivação religiosa é, com apoio logístico da mídia internacional, distorcer a realidade para ocultar contradições mais profundas. Mentir com insistência até que a a inverdade assuma ares de realidade inconteste.
Com todo o respeito por vítimas de outra barbárie, o humanista radical deve indagar: Goebbels, de algoz, virou mestre? A generosidade original do sionismo virou fascismo? Os filhos da diáspora agora brincam de destruir seus próprios Guetos de Varsóvia? A debilidade do presidente palestino é uma fragilidade de origem. E disso sabiam israelenses e falcões de Washington.
A "vitória" de Abbas, há três anos, foi noticiada com destaque pela grande imprensa brasileira. Recorrendo a arquivos, podemos ler “Tiros para o alto, buzinaço e dança nas ruas". Festa como há muito tempo os palestinos não faziam. Foi pra comemorar a vitória de Abu Mazen. O homem que vai substituir Yasser Arafat recebeu 62,3 % dos votos, mais do que o suficiente, segundo os observadores internacionais, pra legitimar a vitória e dar ao novo presidente a força necessária pra negociar a paz com Israel. É o que o mundo inteiro espera, afirmou o ex-presidente americano, Jymmy Carter.
No primeiro discurso, depois de proclamada a vitória, Abu Mazen prometeu combater a corrupção na autoridade palestina. E garantiu que a prioridade será negociar a criação de um estado independente. A luta armada acabou. Chegou a hora de construir nosso próprio país com capital em Jerusalém.O governo israelense jamais concordou em dividir a cidade sagrada. Também não aceita a volta de 3 milhões de refugiados palestinos que fugiram da Terra Santa depois da criação de Israel, em 1948" (Edição de 10 de janeiro do maior telejornal brasileiro, o "Jornal Nacional", da TV Globo, emissora do maior conglomerado jornalístico brasileiro).
A farsa não se limitou a um veículo, ou mesmo, a um país apenas. Festejada nos círculos de poder do Ocidente, a derrota do povo palestino foi degustada com prazer pelas elites, e servida para a chamada "sociedade civil global" como momento festivo da vitória da razão sobre todos os fundamentalismos. As cinzas do patrimônio político , acumulado em décadas de resistência às forças sionistas, pôde, enfim ser apresentada como "festa que há muito os palestinos não faziam". São tempos inglórios para os que combatem por um mundo mais justo. Mas a dialética ensina que não há pontos finais quando se é forjado na luta.
A história política dos países modernos sempre foi marcada por avanços e retrocessos. Pontuada por revoluções seguidas de restaurações conservadoras, insurreições imprevistas, perda e resgate de soberanias e direitos fundamentais, a dinâmica histórica avança por linhas sinuosas, desmentindo,para desespero de não poucos, que obedeça a uma legalidade objetiva. Compreendê-la em seus acasos e formular um plano de intervenção estratégico é o que norteia a práxis transformadora.
No entanto, a contribuição mais recente dos centros hegemônicos pretende embaçar a leitura crítica da realidade.O esforço empreendido pelas megacorporações midiáticas desses países apresenta retrocesso como expressão de avanço e, quando necessário, opera em sentido inverso.
Despida de suas conotações históricas, a palavra democracia presta-se a legitimar interesses expansionistas, não guardando qualquer relação com seus pressupostos institucionais clássicos que, mal ou bem, possibilitam a criação de um espaço público para o agenciamento de demandas conflitivas. Como destaca Norberto Bobbio em Estado, Governo, Sociedade ( Editora Paz e Terra) "qualquer discurso sobre democracia não pode prescindir de determinar as relações entre ela e as outras forma de governo, pois somente assim é possível individualizar o seu caráter específico". A astúcia da mistificação atual reside nesse ponto: negligenciar contextualizações e mediações fundamentais ao processo democrático. Trabalhar com o termo esvaziado de suas significações mais caras.
A eleição do ex-primeiro ministro Mahmud Abbas (Abu Mazen) para a presidência da Autoridade Nacional Palestina(ANP) com 62,32 % dos votos, contra 19,8% de seu principal rival, o candidato independente Mustafah Barghouti, era, antes de tudo, uma capitulação a regras impostas por Israel e Estados Unidos. A declaração do então premier israelense Ariel Sharon de que Mazen "será qualificado segundo a forma com que combater o terrorismo" não permitia que pairasse qualquer dúvida quanto a quem estava dando as cartas no jogo. A legitimidade não derivaria da soberania popular, mas da visão dos dirigentes das forças ocupantes.
Qual a verdade de um processo eleitoral realizado em uma região coalhada de postos de controle do exército israelense, cortando todo o território da Cisjordânia ? O que podíamos depreender das palavras de Benyamin Netanyahu, ex-dirigente do Likud, segundo as quais "a liderança palestina deve dar prova de sua coragem renunciando a reivindicação de retorno de milhares de refugiados" ? A ANP só conseguirá a paz se mantiver na diáspora o seu próprio povo. Eis o rescaldo do que setores da imprensa chamam de festa da democracia palestina. Irregularidades nas listas de votação e problemas de deslocamento impostos por soldados israelenses em Gaza e Jerusalém fizeram parte do que os mais de 800 observadores internacionais chamaram de "eleições limpas e transparentes".
Em sã consciência, alguém podia chamar isso de exercício de democracia interna? E face ao boicote dos dois grupos islâmicos mais expressivos (Hamas e Jihad), qual a representatividade de Mazen?
Segundo o portal mundoarabe.org, somente em 2004 foram assassinados, por soldados israelenses, 950 palestinos, incluindo 172 crianças e 36 mulheres. Se atualizarmos os dados, o holocausto palestino se acentua. Várias colônias ilegais e postos avançados têm sido criados ou ampliados à custa de expropriações da população local.
Sem fronteiras reconhecidas, com todas as ruas patrulhadas por um exército estrangeiro, sobre que base territorial legislaria o recém-eleito ? A realização do pleito coroava os esforços propagandísticos de Sharon/Bush. Os de justificar massacres por falta de instituições representativas do território ocupado. E o empenho recorrente em apresentar a miséria em Gaza e Cisjordânia, não como resultado do desmantelamento da infra-estrutura palestina, mas como evidência da incúria administrativa de dirigentes árabes.
Assustador é o silêncio da comunidade internacional. Não houve (como não há) qualquer manifestação de peso contra o extermínio em andamento. Um processo de purificação étnica acontecia sem que qualquer medida punitiva fosse aventada contra seus autores.
Sepultado em Ramala não está apenas Yasser Arafat, cuja causa da morte permanece um mistério. As eleições de 9 de janeiro de 2005 talvez comportem um enterro de proporções simbólicas amplas: o do sonho do grande estadista, expresso no mais rico movimento de resistência contemporâneo. Se sobrar como alternativa apenas o imaginário do Hamas, o pesadelo de Israel estará decretado como dado constitutivo da própria existência. Aos povos dos Livros restará a danação eterna. Apesar de historicamente datada. Assim se conta melhor a gestação de um acordo impossível. Não há fecundação quando o óvulo da história se reproduz como farsa
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Por todos os lados estão as notícias, principalmente nas agências especializadas da Internet, pois a grande imprensa que chega à maioria das casas vem com a maquiagem necessária para que não se dê muita atenção, para que pareça coisa de brincadeirinha, quando a cruel verdade é bem outra: o genocídio palestino vai de vento em popa – a Faixa de Gaza estertora na inanição e na violência – as crianças que seriam o futuro daquele país que sequer existe, segundo os interesses do Capital e do mais revoltante dos sentimentos racistas, estão tendo as vidas ceifadas de muitas formas, para que um dia já não exista o povo palestino, para que um dia aqueles dois pequenos pedaços de terra onde a Palestina ainda sobrevive já não tenha quem os reclame. Acho bom explicar um pouquinho mais: não existindo mais o território palestino, o Estado de Israel poderá dominar aquele espaço encravado lá no meio do rico território árabe, ponta de lança que é do de sempre: os Estados Unidos. O malfadado Grande Irmão do Norte[1] precisa dominar aquele espaço lá, altamente estratégico para as suas cobiças financeiras: o Estado de Israel está como que situado dentre um mar de petróleo e de outras riquezas minerais, e os políticos corruptos dos dois países, mais os homens corruptos que venderam a alma ao diabo em troca do deus Capital, também de ambos os países, tratam de acelerar o genocídio palestino, para mais tarde já não ter que se incomodar com a resistência desse povo que teima e teima em viver.
Penso que devo deixar claro, aqui, que não estou me referindo ao povo judeu como um todo, pois há muita gente muito decente dentro daquele povo. Prova de tal coisa são diversas mensagens que recebi, quando um dos meus textos acabou causando uma polêmica homérica, por conta de má interpretação intencional de gentes envolvidas na causa do genocídio – ao mesmo tempo em que eu era crucificada como a vilã do povo judeu, diversos soldados do exército sionista, de nacionalidade israelense e religião judaica, na época servindo seu país e tendo que participar do desmonte do que ainda restava da Palestina, escreveram-me apoiando as denúncias que então fiz, fora outras e outras manifestações recebidas.
Mas voltemos à inanição e à violência a que estão sendo submetidos os palestinos ainda sobreviventes, e talvez pensemos: já não há o que fazer; que podemos nós, sem as poderosas armas e sem os bilhões de dólares dos poderosos que destroem um povo, provavelmente ate à última pessoa? É possível que desanimemos diante de tão cruel realidade, que pensemos que a “solução final”[2], acabou, mesmo, chegando (e não para o povo judeu) - mas daí chegam notícias tão fascinantes, mas tão fascinantes, que até nos volta a esperança! As crianças palestinas já não estão nascendo na Palestina! Nem todas, é claro, mas muitas e muitas crianças palestinas estão nascendo por aí, pelo mundo todo, e nesta semana eu soube que nasceu mais uma, assim bem perto de mim, uma pequenina menina de cabelos escuros chamada Laura, e ela já nem é a primeira criança daquela família: a esperá-la já havia o irmãozinho Iudi, um descendente de beduínos e de profetas que também já havia nascido aqui nas terras do sul do Brasil, crianças tão americanas e brasileiras quanto palestinas, pois se aqui nasceram foi por contingência do destino, foi porque seus antepassados até a cidadania palestina acabaram perdendo – mais um pouco e perdiam a vida.
Ante meu entusiasmo com o nascimento de Laura (Iudi eu já conheci crescidinho), alguém me disse:
- Mas não se trata de uma criança palestina – ela é tão brasileira quanto tu! – e eu pensei no meu avô, que já nascera brasileiro também, e nas tantas etnias que se mesclam por este meu imenso país, mas pensei, também, na Injustiça que se perpetra contra todo um povo, e nas crianças do povo judeu que nasceram em tantos lugares também, e que um dia voltaram àquela terra a que se sente ligado aquele povo, e pensei que a pequenina Laura e seu irmãozinho Iudi vão acabar crescendo conscientes do que aconteceu com a sua família e a sua pátria, e terão, possivelmente, um sentido de identidade tão próprio, tão deles, tão forte...
O fato é que a roda da História gira, e pequenas Lauras, e pequenos Iudis, estão nascendo por todo o mundo, enquanto seus parentes morrem de inanição ou por massacre numa Palestina destinada ao sumiço.
Bem-vinda a este mundo, Laura! Que as fadas te sejam boas e que o teu fardo não seja tão pesado. Trazes em ti a herança dos beduínos e dos profetas – vais saber achar o caminho que será melhor para ti. O que mais me emociona ao saber que chegaste, é que nem o Grande Irmão do Norte e nem os políticos corruptos de Israel estão fazendo a conta das tantas Lauras, tuas priminhas, estão nascendo ao redor do planeta!
[1] Experimente ler um livro chamada “1984”, de George Orwell.
[2] Solução final: expressão usada pelo nazismo hitleriano, que signifcava a extirpação por morte de todos os judeus da Europa.
Patrícia Benvenuti
Porto Alegre (RS) - As centrais sindicais do país lançam, nesta segunda-feira (11), uma campanha nacional pela redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários. O objetivo é apoiar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 393/01, que prevê a diminuição gradativa de 44 horas de trabalho semanais para 35.
O presidente da Força Sindical no Rio Grande do Sul, Cláudio Janta, avalia que, com a redução do tempo diário de trabalho, devem ser abertos mais postos. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a diminuição da jornada de 44 para 40 horas semanais poderia gerar mais de 2,2 milhões de empregos no país.
“O Brasil, como o mundo, passa por uma crise de emprego. Apesar de os números terem sido positivos nos últimos tempos da empregabilidade, nós ainda temos essa crise visível. E a redução da jornada de trabalho é uma forma de alavancar essa geração de emprego”, argumenta.
A campanha também reivindica a limitação das horas-extras e a definição de novas regras para o banco de horas. Para o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), João Batista Xavier da Silva, essas medidas irão elevar a qualidade de vida dos trabalhadores.
“O grande excesso de trabalho no Brasil acaba trazendo muitos problemas para a classe trabalhadora, como doenças, por causa das muitas horas de trabalho. E também a questão da qualidade de vida da classe trabalhadora em geral”, diz.
No Rio Grande do Sul, o lançamento irá ocorrer na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, onde haverá um posto com coletas de assinaturas. O objetivo é alcançar 100 mil assinaturas no Estado e 1 milhão no Brasil até o mês de Maio. Além do abaixo-assinado, vão ocorrer debates em sindicatos, Câmaras de Vereadores e outras entidades pelo Estado.
Sou poeta dos trapos, dos cacos
Dos ratos, dos fatos
Poeta dos laços, dos maços
Dos ganhos, dos planos
Desses que só fala em anjos
Enganos, rodeios, sou amo
Porque não sou boêmio
Sou mudo, sou culto, impoluto
Em teu mundo sou eu insólito
Impróprio, profano, casto?
Talvez projeto, dejeto,
Protesto!
Sou eu infesto?
Ou mais um manifesto
De sentidos,
Delírios,
Resquícios?
Carlos Costa
Plata Quemada
Angel (Eduardo Noriega) e Nene (Leonardo Sbaraglia) são dois matadores inseparáveis conhecidos no meio como "os gêmeos". Até que Fontana (Ricardo Bartis) lhes propõe um novo golpe: assaltar o caminhão que transporta os pagamentos da cidade de San Fernando, que transporta 7 milhões. Tanto Angel quanto Nene aceitam a proposta, para fugir do tédio e superar a crise que existe entre eles naquele momento. Porém, o que parecia ser um trabalho fácil acaba se tornando um verdadeiro massacre. Fontana, Angel e Nene decidem fugir para o Uruguai, para evitar que sejam mortos pelos policiais argentinos, que estão sedentos por vingança. Lá eles se escondem em um apartamento emprestado por Losardo (Héctor Alterio), um mafioso local, onde esperam a chegada de novos documentos fraudados que permitam que eles viajem para o Brasil. Mas quanto mais os documentos demoram a chegar mais a tensão entre os três cresce, chegando a níveis insuportáveis.
Diretor: Marcelo Piñeyro
Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento: 2000
País de Origem: Argentiina
Idioma do Áudio: Espanhol
IMDB: Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Bitrate: 637 Kbps
Áudio Codec: mp3
Áudio Bitrate: 128
Resolução: 528x288
Formato de Tela: Widescreen (16x9)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 675 Mb
Legendas: No torrent
Créditos: MakingOff - Baldolino51
Eduardo Noriega (Angel)
Leonardo Sbaraglia (Nene)
Pablo Echarri (Cuervo)
Leticia Brédice (Giselle)
Ricardo Bartis (Fontana)
Dolores Fonzi (Vivi)
Carlos Roffé (Nando)
Daniel Valenzuela (Tabare)
Héctor Alterio (Losardo)
Claudio Rissi (Realtor)
Luis Ziembrowsky (Florian Reyes)
Harry Havillo (Carlos Tulian)
Roberto Vallejos (Parisi)
Adriana Varela (Cantor do cabaret)
- Ganhou o prêmio Goya de Melhor Filme Estrangeiro de Língua Espanhola.
- Ganhou os prêmios de Melhor Fotografia e Melhor Som, no Festival de Cinema de Havana.
Foi exibido no Festival do Rio de 2000, na mostra Première Latina.
"Plata quemada é um filme que reúne, ao meu ver, características extremamente positivas,tais como, caracterização dos personagens de maneira verossímil e a admirável atuação dos protagonistas, eduardo noriega e leonardo sbaraglia. As perturbações mentais exibidas pelos protagonistas nos dá uma sensação mista de agonia e identificação. A exploração do amor entre um casal homossexual foi decissiva para a perfeição do filme. Mais uma vez Marcelo Piñeyro dando um show!"
Download abaixo:
Plata_Quemada_www.makingoff.org_.torrent ( 27.06KB )
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Charlie Parker - Complete Jazz at Massey Hall (1953)
Charlie Parker - Complete Jazz at Massey Hall (1953)
MP3 / 128-160kbps / RS.com / 88mb
Uploader: redbhiku
Personnel:
Charlie Parker (alto saxophone)
Dizzy Gillespie (trumpet)
Bud Powell (piano)
Charles Mingus (double bass)
Max Roach (drums)
Tracks:
1. Perdido
2. Salt Peanuts
3. All the Things You Are
4. 52nd Street Theme
5. Drum Conversation - Max Roach
6. Cherokee
7. Enbraceable You
8. Hallelujah (Jubilee)
9. Sure Thing
10. Lullaby of Birdland
11. I've Got You Under My Skin
12. Wee (Allen's Alley)
13. Hot House
14. Night in Tunisia
Mas se minha frustrada iniciativa
Afastar-te de mim
Ou se nunca houvera alternativa
Que eu seja teu poeta
Minha poesia tão somente minha
Será meu vício noturno
A bohemia servida nos bares
Que me embriaga de desejo
E me deixa trêmulo
Ou o uísque servido puro
Com seu gosto turvo
Que amarga a boca
E deleita a mente
O vinho tinto suave
Que me deixa leve
Até o amanhecer...
Carlos Costa
Quando os opostos se atraem Duas histórias distintas, embora antagônicas, no comentário do filme “O Gângster” de Ridley Scott | |
Texto: Elizandro Duarte | |
Numa luxuosa casa na cidade mais importantedo mundo, o anfitrião recebe seus convidados para um jantar de gala. No cardápio, estão os vinhos mais delicados que o dinheiro pode homem prepara seu jantar. Juntando o que resta na geladeira com um pouco de batatas fritas velhas, ele tenta fazer uma espécie de sanduíche. A cozinha apertada, onde tenta tornar duas fatias de pão com um pouco de recheio numa refeição decente, não difere do restante da casa, decorada com o mobiliário mais barato disponível no mercado. A consciência da importância do seu trabalho e a certeza de que sua honestidade como policial é mais um motivo de raiva do que de orgulho entre seus companheiros de distrito também em nada influencia sua refeição.
“O Gângster”, dirigido por Ridley Scott, conta essas duas histórias distintas que, embora antagônicas, invariavelmente estão destinadas a se cruzarem. No papel do criminoso Frank Lucas, está Denzel Washington. Sempre bem vestido, alinhado, educado e disposto a meter uma bala na cabeça de quem não segue as regras do seu jogo, Lucas se tornou o traficante de drogas mais procurado dos Estados Unidos no início da década de setenta. Com as táticas aprendidas com a máfia italiana e com seu mestre que morre logo nos minutos iniciais do filme, Frank Lucas construiu um verdadeiro império. Num audacioso esquema que trazia a heroína pura do Vietnam em aviões oficiais do exército americano, Lucas com sua elegância e carisma se tornou o mais poderoso traficante de Nova Iorque. O papel do homem da lei, por sua vez, cabe a Russell Crowe. Para o detetive Richie Roberts a lei existe para ser cumprida. Num universo de autoridades corruptas, subornadas pelos dólares dos traficantes e satisfeitas com a propina que lhes cabe, somente um policial incorruptível e disposto a perder amigos e até mesmo a própria família é capaz de fazer um pouco de justiça.
Lucas e Roberts são os opostos perfeitos. O criminoso é elegante e bem humorado. O policial é desleixado e rabugento. O traficante é um homem de família, adora a mãe e cuida dos irmãos como um pai. O detetive é negligente com a ex-esposa e esquece até de ver seu único filho. Richie Roberts encontra uma bolada em dinheiro sem marcas e devolve. Frank Lucas oferece a mesma bolada para Roberts deixá-lo livre.
Apesar de atuarem junto somente nos minutos finais, é no duelo entre as atuações de Washington e Crowe que o filme se fortalece e, de fato, ganha vida. A direção de Scott reflete a sobriedade e maturidade de um cineasta repleto de sucessos avassaladores e fracassos retumbantes. Provando que os opostos se atraem o diretor cria um filme clássico de mocinhos e bandidos. Muito embora, às vezes, fica difícil perceber onde começa a bondade de um ou acaba a maldade do outro.
Ficha técnica: O Gângster Título Original: American Gangster Ano: 2007 Direção: Ridley Scott Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe Mais detalhes em: http://www.imdb.com/title/tt0765429/
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