Escrito por Guga Dorea no Correio da Cidadania | |
Nessa série de artigos sobre os 100 anos da Revolução Mexicana estamos
chegando ao período em que as forças políticas em jogo demonstraram cada
vez mais quais projetos de futuro elas tinham para o México. A data
histórica que ficou oficialmente marcada como a da revolução – 20 de
novembro de 2010 – deixou, na prática, uma questão em aberto até os dias
de hoje.
Qual foi o real significado daquele acontecimento histórico e até que
ponto o denominado neozapatismo é uma tentativa de resgatar o passado em
um momento presente, tendo em vista transformar as atuais configurações
políticas, sociais, econômicas e culturais do México atual? É diante
dessas indagações que pretendemos, daqui para frente, buscar compreender
como o México pode ser um exemplo significativo de como o capitalismo
se desenvolveu entre o final do século XIX e início do XX, até a sua
entrada globalizada e supostamente vitoriosa no mundo do cyberespaço, em
que o passado é concebido como algo a ser velozmente ultrapassado e
desintegrado.
Mas vamos com calma. Como estava o México no ano de sua revolução?
Segundo Adolfo Gilly, entre muitos outros autores, algo em torno de 80%
de suas terras estavam nas mãos dos grandes fazendeiros, o que não
significava ausência de resistência dos camponeses e indígenas, aqueles
que foram alijados do que eles próprios intitulavam culturalmente como
"madre tierra", já mostrando com esse nome a sua forma diferenciada de
lidar e de "olhar" para a natureza.
Para o pensador, o quadro social, econômico, político e cultural do
México de 1910 era o de uma face dupla. De um lado, as reformas
capitalistas, iniciadas no governo de Benito Juárez e fortalecidas, de
forma autoritária, na era Porfírio Díaz, geraram um país marcado pela
entrada fulminante das ferrovias nas terras camponesas e indígenas, o
que correspondeu à utilização de áreas rurais para a produção de
matérias primas a serem exportadas, sobretudo aos mercados dos EUA e da
Grã-Bretanha.
No outro lado dessa instigante equação, apesar dos camponeses e
indígenas, diante dessa nova realidade, terem se transformado, em sua
maioria, em mão de obra útil para os interesses do sistema, foram eles
que revelaram o chamado "México profundo", um país que a subjetividade
capitalista não conseguiu contaminar e muito menos cooptar por completo.
E esse México permanece potencialmente vivo até os dias de hoje.
Luta pelo poder
De um ponto de vista político, Adolfo Gilly nos mostrou ainda como a
luta pela manutenção ou conquista do poder se desenvolveu nas vésperas
da revolução. No âmbito da situação, o receio de Porfírio Díaz era a de
que o avanço de seu opositor mais perigoso, Francisco Madero, viesse a
insuflar e a incentivar os camponeses e indígenas a radicalizarem seu
desejo por uma transformação verdadeira, que fizesse tremer, de fato, os
alicerces de um ainda incipiente, mas poderoso ideologicamente,
capitalismo.
Madero, por sua vez, tinha como principal preocupação realizar mudanças
pacíficas e burguesas de seu interesse antes que os movimentos
camponeses e indígenas radicalizassem a luta. O objetivo, portanto, era o
de conter as massas e promover uma "revolução" aos moldes da crença na
intitulada modernidade, seguindo caminhos já percorridos pelos grandes
centros "desenvolvidos" daquela época.
Foi nessa circunstância que no dia 5 de junho de 1910 Porfírio Díaz
venceu as eleições fraudulentas, apesar de seu anúncio de renúncia.
Resultado: Madero é preso, enfraquecendo o seu objetivo de realizar uma
revolução controlada e supostamente pacífica. Pouco tempo depois
(outubro desse mesmo ano), ele é posto em liberdade condicional, escapa
para os EUA e, logo na seqüência, retorna ao México para se proclamar
presidente provisório do México em San Luis de Potosi, que fica ao norte
do país, porém não na fronteira com os estadunidenses.
Nesse momento, Madero lançou o chamado Plano de San Luis em que, além de
consagrar-se presidente, negou tanto o princípio da reeleição como o
próprio governo de Porfírio Díaz. No artigo 3º do plano, em uma
estratégia política, garantiu também a devolução de terras a seus
antigos proprietários, sobretudo os indígenas, o que seria a sua única
promessa considerada realmente social.
No dia 20 de novembro de 1910, data oficial da revolução, conclamou a
"todos os cidadãos mexicanos" a se armarem e defenderem seu plano de
tomada de poder. No entanto, Madero só iria promover uma tentativa de
entrada definitiva no México em fevereiro de 1911, sendo derrotado no
dia 6 de março. Enquanto isso, os camponeses do estado de Morelos, tendo
o também camponês Emiliano Zapata à frente, pegam em amas e se apoderam
de algumas fazendas, o que assustou Madero, colocando em xeque sua
tentativa de promover a revolução burguesa.
Segundo já nos mostrou o próprio Adolfo Gilly, entre outros pensadores,
como Madero nunca deixou de acenar para um possível acordo de transição
com o governo de Porfírio Díaz, esse avanço camponês acelerou tal
processo, surgindo assim, nos bastidores da política, os Acordos da
Cidade Juarez (fronteira com os EUA), onde o então presidente Díaz mais
uma vez se comprometeu a renunciar e a entregar interinamente o cargo de
presidente para Francisco Leon.
Em linhas gerais, continuando na trilha de Adolfo Gilly, o intuito desse
acordo era tentar dizer que, com a queda de Porfírio Díaz, a revolução
mexicana estava concluída, o que levaria à necessidade e mesmo exigência
de os camponeses entregarem as armas, em uma falsa idéia de que, enfim,
a paz havia chegado ao México.
Zapata e Villa
A paz burguesa não se concretizou e o estado de Morelos, no sul do
México, foi se transformando em um dos eixos principais da resistência
aos acordos de Cidade Juarez. A conexão entre os camponeses que não
tiveram suas terras confiscadas e os novos proletários agrícolas,
cooptados e praticamente escravizados pelos engenhos do açúcar, levou à
criação do Exército Libertador do Sul, dirigido por Zapata.
Quando Madero assumiu o poder, logo veio a proposta para que entregasse
as armas, solicitação negada por ele. Zapata então exige a aplicação
imediata do Plano de Ayala. Firmado em 28 de novembro de 1911, o plano
declarou que o acordo da Cidade Juárez havia significado, na prática, o
descaso e abandono de Madero em relação ao lema dos movimentos
camponeses e indígenas: terra para quem nela trabalha.
Nesse contexto, camponeses e indígenas do sul entraram em guerra e
recuperaram parte de suas terras, mantendo viva a revolução. No entanto,
segundo Adolfo Gilly, o Exército Libertador do Sul era limitado do
ponto de vista da tomada do poder de Estado, não tendo conseguido,
portanto, impedir que a solução da revolução, naquele período, fosse
burguesa. De um lado, apontou ele, a ala mais à direita da burguesia
exigia que governo de Madero reprimisse o movimento camponês e indígena
com maior veemência.
De outro, os movimentos organizados e os pequeno burgueses mais
radicais, representados sobretudo pelo anarquismo de Ricardo Magón,
exigiam a imediata devolução das terras para os camponeses e indígenas.
Não acatando as duas exigências, Madero, no meio dessa artilharia
ideológica, foi obrigado a amargar um isolamento político, o que levou à
sua renúncia, em 25 de maio de 1911.
Apesar de apoiar estrategicamente Madero, na luta contra a ditadura
Porfirista, Zapata sempre foi independente em relação à proposta liberal
da revolução. Enquanto isso, a posição de Francisco Villa era
considerada bem menos politizada. No início, ele era de fato aliado à
direção burguesa. Acreditava nas propostas de Madero.
No entanto, esse alinhamento político não significava uma postura
pacífica e subalterna. Pelo contrário, internamente Villa preocupava,
tanto quanto Zapata, a elite burguesa com seu exército, a Divisão do
Norte, sempre atento às reivindicações camponesas e indígenas. A ligação
política entre Villa e Zapata, ao contrário, era uma garantia de que a
queda de Porfírio Diaz não iria se tornar o passo derradeiro da
revolução.
Explicando melhor o quadro político daquele efervescente momento
histórico do México, a ala mais conservadora da burguesia não estava
acreditando que Madero teria forças políticas suficientes para conter o
avanço tanto dos movimentos camponeses e indígenas como da pequena
burguesia mais radical. Segundo a interpretação de Adolfo Gilly,
entretanto, foi o assassinato de Madero e a subida ao poder do General
Victoriano Huerta, representando o grupo conservador e mais autoritário,
que incendiou definitivamente a luta da esquerda pela radicalização da
revolução. Isso porque caiu por terra o que restava do prestígio de
Madero em relação aos movimentos camponeses e indígenas.
Por conta disso, o General Venustiano Carranza foi logo se proclamando
seguidor de Madero, acusando Huerta de "usurpador" do poder. Luta entre
generais pelo poder, ambos, cada um à sua maneira, querendo alijar ou
submeter as massas a seus interesses. Nesse jogo político, Zapata
permaneceu independente politicamente, enquanto Villa se alinhou, no
início, ao General Carranza. Esse, por sua vez, sabia que sem o apoio
logístico das massas organizadas não teria acesso ao poder.
Foi só chegar ao poder, entretanto, para ele recuar em sua posição e
passar a reprimir os movimentos sociais organizados de forma
contundente, desagradando ao grupo pequeno-burguês desenvolvimentista,
representado por Alvaro Obregón, outro general que até então havia
atuado como elo de ligação entre a liderança burguesa da revolução e as
reivindicações de Zapata e Villa. O projeto político de Obregón era o de
garantir o desenvolvimento capitalista, mas com a visão estratégica de
que era importante promover concessões aos camponeses e indígenas,
sempre tendo em mente o enfraquecimento político dos movimentos
revolucionários.
No outro lado dessa realidade extremamente desfavorável para os setores
mais oprimidos da sociedade mexicana, o trator capitalista não conseguiu
devastar o que Adolfo Gilly denominou como "memória coletiva",
sobretudo da cultura indígena, do que aparentemente estava sendo
substituído pela crença no progresso e na homogeneização das relações
humanas e culturais.
Podemos dizer, nesse entrelaçar de idéias, experiências e projetos
políticos, revolucionários e reformistas, que novembro de 1910 sempre
esteve bem mais próximo do que Adolfo Gilly chamou de "revolução
interrompida". Fica então a pergunta: é possível finalizar essa
revolução no mundo contemporâneo? Mas o que é ser revolucionário nos
dias de hoje?
Guga Dorea é jornalista e cientista político. Atualmente é
colaborador do Projeto Xojobil e integrante do Instituto Futuro Educação
(IFE).
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Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A Revolução Mexicana de 1910: de quem e para que?
Turquia: o longo caminho da europeização
Havana, (Prensa Latina)
Turquia tem percorrido um longo e escabroso caminho que
já soma várias décadas na tentativa de se aderir definitivamente à
União Européia (UE) como membro de pleno direito.
Muito
aconteceu desde que em 1963 a Comunidade Econômica Européia,
antecessora da UE, subscrevesse o tratado de associação com o estado
turco denominado Acordo de Ancara.
Um
protocolo adicional fixou em 1970 os objetivos da sociedade
fortalecendo as relações comerciais e financeiras entre a eurozona e a
Turquia com a instauração de uma União Alfandegária.
Por
anos, a entrada desse país à UE como membro pleno tem sido motivo de
calorosas controvérsas que ainda não deixam ver a luz ao final do túnel.
Nações
como Alemanha e França oferecram uma férrea resistência que fundamentam
com a ideia de que seria mais conveniente conceder a Turquia um
estatuto de associação privilegiada e nada mais.
O
temor a um aumento da imigração turca e o consiguinte aumento da
influência islâmica dentro a zona contam entre as razões que esgrimem
Berlim e Paris.
A
onda xenófoba que se vive em alguns dos países da UE onde têm ganhado
terreno partidos de extrema direita também não põe fácil o assunto à
candidatura turca.
No
entanto, expecialistas advertem que a verdadeira razão se encontra no
fato de que Turquia conta agora com uns 72 milhões de habitantes e para
2015 se espera que sua população exceda a da Alemanha.
Se
entrasse na UE, Ancara teria em suas mãos o poder de decisão em não
poucas instituições européias graças a sua enorme população de direito, o
que para alguns representa uma ameaça.
Atendendo
ao critério dos analistas, para além de considerações de índole
religiosa ou racial, a oposição à adesão turca constitui, antes de mais
nada, um problema político.
Com olhar no Ocidente
A
aprovação de emendas constitucionais no início de setembro constitui um
importante passo com rumo à integração já que limpa várias das
exigências feitas pelos 27 ao governo da Turquia.
58
por cento do eleitorado turco aprovou em referendo, entre outros, a
eliminação do fator militar da Constituição e a ampliação dos direitos
de setores desfavorecidos.
Recep
Tayyip Erdogan, premiê de Turquia, celebrou a aprovação das emendas por
considerar que as mesmas fazem o país transpassar o limiar para uma
democracia avançada com o olhar no Occidente.
O
chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, estimou que a consulta foi
extremamente positiva e demonstrou o compromisso modernizador e a
vocação europeísta da Turquia.
Moratinos confiou em que no futuro sejam superadas as reticências de alguns membros da UE com respeito à incorporação plena.
Mas
para promover a abertura das negociações previstas para 2014 sobre a
eventual entrada da Turquia, o grupo comunitário impõe ainda outras
condições.
O
presidente da Comissão Européia, José Manuel Durao Barroso, assinalou
diferenças culturais e uma mudança de atitude para esse país como
obstáculos que frustram as ambições turcas de unir ao bloco.
A
inserção dessa nação, que tem na UE a seu principal sócio comercial
desde o estabelecimento da união alfandegária em 1996, volta a preocupar
os países comunitários, colocados face à polêmica.
Supostas
violações dos direitos humanos e atritos com Chipre, um membro da UE
que Turquia não reconhece, contam entre os desafios que deverá superar
Ancara
De
qualquer forma, a UE não é alheia às transformações internas que têm
lugar nesse país, as que fortalecem seu papel geopolítico a nível
regional com uma significativa influência econômica.
Segundo
fontes oficiais, os empresários turcos controlam na Europa empresas e
fábricas que somam um total de 500 mil empregados cujas faturações
rondam os 51 milhões de dólares.
A
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico prevê que
para o ano 2050 Turquia, que cresce a um ritmo de cinco por cento ao
ano, ocupará o segundo lugar entre as economias européias.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
O subjornalismo do JN 45 foi longe demais
MUDANÇA DE COMANDO NA GLOBO
Laerte Braga do sitio grupobeatrice
Os
estragos causados pelo episódio da bolinha de papel atirada contra o
candidato José FHC Serra são de grande monta na REDE GLOBO. A reação
indignada de alguns jornalistas, em São Paulo principalmente, a
preocupação com o bombardeio e desafios de outras redes em torno do
noticiário do JORNAL NACIONAL sobre o episódio, tudo isso e muitos
fatos outros, estão levando a direção geral do grupo a avaliar se
promovem Ali Kamel para cima e afastam o todo poderoso do departamento
de jornalismo, ou se simplesmente entram num acordo e Kamel vai cantar
noutra freguesia.
A bolinha de papel não se desmanchou na água e acabou sendo a gota que faz transbordar.
A
decisão será tomada após as eleições. Carlos Augusto Montenegro,
diretor presidente do IBOPE, aumentou as preocupações do comando do
grupo ao levar a informação que a bolinha de papel terá custado alguns
pontos preciosos a José FHC Serra nas intenções de votos e Dilma teria
hoje algo em torno de 16% de vantagem sobre o tucano.
O
temor da GLOBO não está no fato do JORNAL NACIONAL ter apresentado um
parecer forjado em torno do incidente envolvendo José FHC Serra. A
mentira é intrínseca ao grupo. Mas no risco de crescimento das redes
concorrentes. A RECORDE a mais próxima nos números de audiência e no
que isso pode representar a curto, médio ou longo prazo para o
“esquema”
O
império de Roberto Marinho, pela primeira vez, parece estar sentindo o
golpe, se vendo nas cordas e apostando fichas numa improvável eleição
de José FHC Serra, mesmo assim, a um preço alto demais.
Para
alguns setores do comando do grupo a empresa não é como VEJA. Tem
preocupações com o parecer ser e não pode entrar numa zona de
turbulência sem perspectiva de uma saída tranqüila. Ou pelo menos tenta
fazer crer que é diferenciada. Banditismo de estilo mais nobre. Sangue
azul.
A
sorte de Ali Kamel está ligada à eleição de José FHC Serra e a própria
GLOBO sabe que, a essa altura do campeonato, essa chance é mínima. Nem
coelho da cartola, nem uma legião de coelhos.
E
há quem entenda que o diretor de jornalismo comprometeu a
credibilidade da rede e é preciso recuperá-la o mais rápido possível. O
nível a que a grande mídia, GLOBO à frente, levou a campanha, o mais
baixo da história das campanhas presidenciais no Brasil, pode afetar
para além do JORNAL NACIONAL, do departamento de jornalismo, todo
grupo.
Um
episódio mais ou menos semelhante aconteceu em 1982 quando Armando
Nogueira deixou o departamento de jornalismo da rede por conta do
escândalo da PROCONSULT. Àquela época o fato revestiu-se de tal
gravidade que algo inimaginável aconteceu. Brizola foi aos estúdios da
GLOBO numa tentativa da empresa de atenuar os prejuízos causados com
outra tentativa, a de fraude na totalização dos votos para o governo do
estado do Rio.
Foi o primeiro momento na história de impunidade da GLOBO que a turma se viu acuada.
Kamel
não age sozinho e nem monta todo esse sórdido esquema de mentira à
revelia dos donos do império. Faz o que faz com aprovação dos senhores
do “negócio”. A diferença é que os senhores do “negócio” se preservam
nos castelos do baronato Marinho e têm, sempre, um bode expiatório à
mão.
Sem
falar nos interesses que acoplam a GLOBO a um todo que ultrapassa o
setor de comunicações. Os braços são longos a toda a atividade
econômica no País em se tratando de interesses escusos. Ou seja, há
necessidade de prestar conta aos que pagam e ditam os caminhos do
grupo.
Nesta
campanha eleitoral os interesses bilionários em jogo e a aposta de
todas as fichas na campanha de José FHC Serra parecem ter deixado cegos
os moradores do castelo e do PROJAC, uma espécie de centro de
mentiras, boatos e cositas más.
A
turbulência chegou ao auge no laudo falso do perito Ricardo Molina,
prontamente desmentido pelas redes concorrentes e por um fenômeno que a
GLOBO ainda não absorveu inteiramente. A blogsfera. Ou seja, o
conjunto de blogs independentes de grandes e anônimos jornalistas ou
não, a derrubar em cima de cada mentira, a versão global.
Hoje
o número de internautas no País é significativo, a repercussão dos
comentários em blogs, sites, portais, redes de comunicação acaba por
criar uma força quase tão poderosa quanto a GLOBO.
Quase
tão poderosa? É a avaliação de alguns especialistas pelo simples fato
que, nesta eleição a candidata do PT vence por larga margem entre os
eleitores de renda mais baixa (políticas sociais de Lula) e o prejuízo à
GLOBO acontece nas chamadas classes médias, divididas entre os dois
candidatos e ponderável parcela escapando do fascínio do plim plim.
O
poder aquisitivo dos brasileiros aumentou nesses últimos oito anos, há
um orgulho nacional com o papel do Brasil no mundo e o que esse novo
perfil provoca no mundo da comunicação não foi ainda tratado
corretamente pela GLOBO, a mídia privada como um todo, não foi absorvido
o que quer dizer que nessa nova realidade ainda tateiam apesar de
todos os esforços para diminuir o impacto da transformação.
Foi visível na campanha de Obama, é visível na campanha de Dilma.
Tornou-se mais difícil mentir, enganar, características do grupo e da mídia privada.
O
que não quer dizer que até domingo, 31 de outubro, dia da votação,
todo o grupo não vá se empenhar na campanha de José FHC Serra e na onda
de mentiras e boatos que possam prejudicar Dilma Roussef.
Nem
tem como. Equivaleria a um pouso de barriga e os riscos de um incêndio
são altos demais numa eventual mudança de posição (fora de propósito),
ou correção de rota para uma área neutra.
A gênese da GLOBO é a mentira e o DNA preserva suas principais características até o último suspiro.
O que assusta os donos do “negócio” para além da derrota eleitoral? Um monte de fatores.
Surge
uma discussão no Brasil impensável há meses atrás, falo de proporções.
Até que ponto é possível a uma empresa/famílias manter o monopólio das
comunicações e associada a empresas outras (menores), mas fechando o
cerco em torno de quem ainda lê jornal impresso, revistas e que tais?
O
que é de fato liberdade de expressão? A mentira? O engajamento em
interesses de grupos econômicos nacionais e estrangeiros (associados)?
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Mais do nunca a França precisa de uma esquerda unida
Sabia-se que, depois da decisão, em 20
de outubro, teria de se interromper ou continuar a greve na França.
Sabe-se também que uma lei como a do corte de aposentadorias não será a
última que um governo conservador venha a aprovar, sob o pretexto de
sanear o orçamento e repartir os encargos. Um olhar ao que ocorre do
outro lado do Canal da Mancha mostra já aos franceses tudo o que pode
ocorrer. Mais do que nunca se precisa, na França, de uma esquerda unida:
para o movimento grevista atual e para tudo o que dele possa advir. O
artigo é de Michael Krätke.
Michael R. Krätke - SinPermiso
Milhões de franceses perderam a paciência
nestes últimos dias e se puseram na ofensiva, protestando contra a
reforma das aposentadorias.
Por duas vezes, já – em 1995 e em 2003 -, atrevimentos parecidos, camuflados de projetos de reforma naufragaram no rompante dos protestos de massas nas ruas. Várias cabeças representativas da classe política rodaram pela arena. Agora Sarkozy também tem de temer por sua sobrevivência política. O cenário não oferece dúvida: se ele perde esta batalha pode ir se despedindo de sua reeleição em 2012. Se o movimento de protesto triunfa a esquerda terá melhores perspectivas do que teve até agora para ganhar as presidenciais.
A idade de aposentadoria legal teria de passar de 65 para 57 e de 60 a 62 para uma aposentadoria antecipada, não integral. Nestes últimos casos, o número de anos de contribuição para conseguir uma aposentadoria máxima passou já de 37, 5 para 41. Uma das consequências, segundo estatísticas da União Européia é que 13% dos aposentados se encontram hoje, na França, abaixo da linha da pobreza (na Alemanha, essa quantia é de 17% e na Grã Bretanha, 30%). Trabalhar durante mais tempo para ter uma aposentadoria mais baixa, como ocorre aos alemães ou aos britânicos? De maneira alguma: a maioria dos franceses quis vetar esse excesso.
A onda de manifestações, a série de greves e bloqueios massivos, longe de minguar, não pararam de crescer, dia após dia. Até o começo da semana passada, lançaram-se às ruas diariamente mais de 3 milhões de pessoas. Os estudantes do ensino médio e universitário se uniram num movimento de greve. Mais de 1200 centros de ensino médio e muitas universidades fizeram greve. A classe política francesa tem, desde maio de 1968 um pânico inveterado da aliança entre estudantes e operários. Pois agora somaram-se os aposentados...
Os caminhoneiros confluem no movimento grevista. Antes como agora, eles se aposentam aos 55 anos. Sua operação padrão paralisou estradas francesas: o acesso aos depósitos de combustível e petróleo, a distritos industriais inteiros, deixou muitos estabelecimentos fechados. É evidente: na França houve e segue havendo solidariedade entre quem chamamos de trabalhadores assalariados.
Sarkozy intransigente
Inimaginável na Alemanha, apesar de todos os inconvenientes de tráfego, apesar da ameaça de suspensão do fornecimento de energia elétrica, apesar da previsível escassez na provisão de alimentos, apesar alvoroços e algazarras, uma folgada maioria de franceses apóia o movimento grevista nacional. Todas as pesquisas coincidem: entre 70% e 75% da população total rechaçam a reforma de Sarkozy e defendem o protesto. Para 84% dos jovens entre 18 e 24 anos, a aposentadoria se converteu numa promessa enganosa de uma futuro nebuloso. Além disso, dois terços dos franceses acreditam que as greves deveriam ter ocorrido desde o princípio de uma maneira mais radical. Por que não passar a uma greve geral indefinida? 50% dos franceses apoiariam.
É verdade que a esquerda estava dividida, mas pôde colocar-se, junto aos sindicatos, na cabeça do movimento. No Senado, os socialistas manobraram para ganhar tempo, apresentando centenas de emendas à lei de reforma, para adiar a votação final. Isso ajudou aos que protestavam nas ruas, sobretudo a comunistas e trotskistas, que exigiam um referendum sobre a questão das aposentadorias.
Nicolas Sarkozy se manteve duro até o final. Tratou por vários meios de dividir o movimento, apontando sobretudo aos poucos sindicatos homogêneos. Houve pequenas concessões – por exemplo, para mães com mais de três filhos -, para desprender algumas centrais sindicais da frente grevista. No fim das contas, todas essas manobras deram em nada, embora François Chérèque, chefe da central socialista CFDT tenha chegado a entrar em negociações. Mas quando se viu que o primeiro ministro Fillon não tinha outra coisa a oferecer senão cosméticos do projeto de reforma, não tardaram a dissipar as dúvidas. O Ministério do Interior fez das suas e manipulou sem escrúpulos as cifras e as informações. Três milhões e meio de grevistas e manifestantes foram reduzidos, como na semana anterior, a menos de um milhão. Mas não se pode negar que o corte de pensões afeta a todos. A paz e a ordem deixaram de ser o primeiro dever cidadão.
Um olhar através do canal da Mancha
Há que se enfrentar a verdade, arguía o governo: se a expectativa de vida segue aumentando, também há que se trabalhar mais tempo. Compare-se com o que ocorre nos outros países da União Européia e dêem-se conta do que fazem. Mas isso de pouco adianta a Sarkozy e a Fillon, porque mais de dois terços dos franceses consideram simples desfaçatez a pretensão de converter as aposentadorias em bode expiatório do déficit orçamentário. Se a caixa estatal está vazia, algo terá a ver com os atos de conciliação e com o resgate dos grandes bancos afetados, com as isenções fiscais às empresas e às entidades financeiras, muitas das quais causaram a crise financeira. Fala-se num “hiato geracional”; é claro que não se entende por que não se fala de um “hiato de justiça”.
Até agora as greves vinham se decidindo no dia a dia, e isso também por causa da certeza de que, depois de sua votação no Senado, as coisas seriam muito diferentes e a reforma iria se tornar lei. Independente do que a maioria dos franceses pensa. Sabia-se que, depois da decisão, em 20 de outubro, teria de se interromper ou continuar a greve. Sabe-se também que uma lei como a do corte de aposentadorias não será a última que um governo conservador venha a aprovar, sob o pretexto de sanear o orçamento e repartir os encargos. Um olhar ao que ocorre do outro lado do Canal da Mancha mostra já aos franceses tudo o que pode ocorrer. Mais do que nunca se precisa, na França, de uma esquerda unida: para o movimento grevista atual, e para tudo o que dele possa advir.
(*) Michael R. Krätke, membro do Conselho Editorial de SINPERMISO, é professor de política econômica e direito tributário na Universidade de Amsterdã. É pesquisador associado ao Instituto Internacional de História Social desta mesma Universidade e é catedrático de economia política e diretor do Instituto de Estudos Superiores da Univesidade de Lancaster no Reino Unido.
Tradução: Katarina Peixoto
Por duas vezes, já – em 1995 e em 2003 -, atrevimentos parecidos, camuflados de projetos de reforma naufragaram no rompante dos protestos de massas nas ruas. Várias cabeças representativas da classe política rodaram pela arena. Agora Sarkozy também tem de temer por sua sobrevivência política. O cenário não oferece dúvida: se ele perde esta batalha pode ir se despedindo de sua reeleição em 2012. Se o movimento de protesto triunfa a esquerda terá melhores perspectivas do que teve até agora para ganhar as presidenciais.
A idade de aposentadoria legal teria de passar de 65 para 57 e de 60 a 62 para uma aposentadoria antecipada, não integral. Nestes últimos casos, o número de anos de contribuição para conseguir uma aposentadoria máxima passou já de 37, 5 para 41. Uma das consequências, segundo estatísticas da União Européia é que 13% dos aposentados se encontram hoje, na França, abaixo da linha da pobreza (na Alemanha, essa quantia é de 17% e na Grã Bretanha, 30%). Trabalhar durante mais tempo para ter uma aposentadoria mais baixa, como ocorre aos alemães ou aos britânicos? De maneira alguma: a maioria dos franceses quis vetar esse excesso.
A onda de manifestações, a série de greves e bloqueios massivos, longe de minguar, não pararam de crescer, dia após dia. Até o começo da semana passada, lançaram-se às ruas diariamente mais de 3 milhões de pessoas. Os estudantes do ensino médio e universitário se uniram num movimento de greve. Mais de 1200 centros de ensino médio e muitas universidades fizeram greve. A classe política francesa tem, desde maio de 1968 um pânico inveterado da aliança entre estudantes e operários. Pois agora somaram-se os aposentados...
Os caminhoneiros confluem no movimento grevista. Antes como agora, eles se aposentam aos 55 anos. Sua operação padrão paralisou estradas francesas: o acesso aos depósitos de combustível e petróleo, a distritos industriais inteiros, deixou muitos estabelecimentos fechados. É evidente: na França houve e segue havendo solidariedade entre quem chamamos de trabalhadores assalariados.
Sarkozy intransigente
Inimaginável na Alemanha, apesar de todos os inconvenientes de tráfego, apesar da ameaça de suspensão do fornecimento de energia elétrica, apesar da previsível escassez na provisão de alimentos, apesar alvoroços e algazarras, uma folgada maioria de franceses apóia o movimento grevista nacional. Todas as pesquisas coincidem: entre 70% e 75% da população total rechaçam a reforma de Sarkozy e defendem o protesto. Para 84% dos jovens entre 18 e 24 anos, a aposentadoria se converteu numa promessa enganosa de uma futuro nebuloso. Além disso, dois terços dos franceses acreditam que as greves deveriam ter ocorrido desde o princípio de uma maneira mais radical. Por que não passar a uma greve geral indefinida? 50% dos franceses apoiariam.
É verdade que a esquerda estava dividida, mas pôde colocar-se, junto aos sindicatos, na cabeça do movimento. No Senado, os socialistas manobraram para ganhar tempo, apresentando centenas de emendas à lei de reforma, para adiar a votação final. Isso ajudou aos que protestavam nas ruas, sobretudo a comunistas e trotskistas, que exigiam um referendum sobre a questão das aposentadorias.
Nicolas Sarkozy se manteve duro até o final. Tratou por vários meios de dividir o movimento, apontando sobretudo aos poucos sindicatos homogêneos. Houve pequenas concessões – por exemplo, para mães com mais de três filhos -, para desprender algumas centrais sindicais da frente grevista. No fim das contas, todas essas manobras deram em nada, embora François Chérèque, chefe da central socialista CFDT tenha chegado a entrar em negociações. Mas quando se viu que o primeiro ministro Fillon não tinha outra coisa a oferecer senão cosméticos do projeto de reforma, não tardaram a dissipar as dúvidas. O Ministério do Interior fez das suas e manipulou sem escrúpulos as cifras e as informações. Três milhões e meio de grevistas e manifestantes foram reduzidos, como na semana anterior, a menos de um milhão. Mas não se pode negar que o corte de pensões afeta a todos. A paz e a ordem deixaram de ser o primeiro dever cidadão.
Um olhar através do canal da Mancha
Há que se enfrentar a verdade, arguía o governo: se a expectativa de vida segue aumentando, também há que se trabalhar mais tempo. Compare-se com o que ocorre nos outros países da União Européia e dêem-se conta do que fazem. Mas isso de pouco adianta a Sarkozy e a Fillon, porque mais de dois terços dos franceses consideram simples desfaçatez a pretensão de converter as aposentadorias em bode expiatório do déficit orçamentário. Se a caixa estatal está vazia, algo terá a ver com os atos de conciliação e com o resgate dos grandes bancos afetados, com as isenções fiscais às empresas e às entidades financeiras, muitas das quais causaram a crise financeira. Fala-se num “hiato geracional”; é claro que não se entende por que não se fala de um “hiato de justiça”.
Até agora as greves vinham se decidindo no dia a dia, e isso também por causa da certeza de que, depois de sua votação no Senado, as coisas seriam muito diferentes e a reforma iria se tornar lei. Independente do que a maioria dos franceses pensa. Sabia-se que, depois da decisão, em 20 de outubro, teria de se interromper ou continuar a greve. Sabe-se também que uma lei como a do corte de aposentadorias não será a última que um governo conservador venha a aprovar, sob o pretexto de sanear o orçamento e repartir os encargos. Um olhar ao que ocorre do outro lado do Canal da Mancha mostra já aos franceses tudo o que pode ocorrer. Mais do que nunca se precisa, na França, de uma esquerda unida: para o movimento grevista atual, e para tudo o que dele possa advir.
(*) Michael R. Krätke, membro do Conselho Editorial de SINPERMISO, é professor de política econômica e direito tributário na Universidade de Amsterdã. É pesquisador associado ao Instituto Internacional de História Social desta mesma Universidade e é catedrático de economia política e diretor do Instituto de Estudos Superiores da Univesidade de Lancaster no Reino Unido.
Tradução: Katarina Peixoto
Atual momento eleitoral retrata Derrota Histórica do Mundo do Trabalho
Escrito por Mário Maestri no Correio da Cidadania | |
Dilma não é Serra, que não é FHC. No frigir dos ovos, sequer o Fernando
Henrique de hoje é o mesmo que governou em 1995-2002. Eles são, todos,
diversos, mesmo sendo um a cara do outro, política e socialmente. E se
não acreditam, dêem uma olhada nas taxas de juro praticadas pelo Banco
Central nesses últimos dezesseis anos, a mais efetiva materialização da
principal forma de exploração dos povos e nações nesta fase de domínio
pleno de ordem capitalista em senilidade avançada.
O primeiro turno eleitoral, em 3 de outubro, registrou derrota fragorosa
e histórica do mundo do trabalho diante do grande capital. É simples
expressão patética desse raquitismo social estrutural o esforço
empreendido, nesse segundo turno, para transformar Dilma da Silva,
com ou sem reticências, com ou sem pedidos de desculpas, na expressão
de um Brasil popular, democrático, republicano, social, que o lulismo e o
petismo ajudaram a estrangular nos últimos anos.
O um por cento da votação geral obtido pelos candidatos à presidência do
PSOL, PSTU, PCB e PCO não registra a "infelizmente" "votação baixa"
"das candidaturas identificadas com os partidos de esquerda", como
propõe recente manifesto puxado pela direção do MST. Ao contrário,
constitui o dramático e incontestável registro da defecção política da
população com os partidos e o programa que defendem, bem ou mal, hábil
ou inabilmente, as bandeiras da democracia, do laicismo, da república,
do socialismo. Ou seja, delimita o desconhecimento geral das únicas e
efetivas saídas para a crise histórica e atual de nossa sociedade em
ininterrupto agravamento.
E não devemos culpar a grande mídia pela rejeição da população do
programa do mundo do trabalho e sua adesão a candidaturas e propostas
apoiadas em facções diversas do capital. Repetiremos assim a triste
desculpa do capitão do time goleado: "– Nós jogamos ótimo! Eles jogaram
melhor!". É da natureza da mídia burguesa sufocar seus inimigos
viscerais: o trabalhador organizado e sua luta pela autonomia. O próprio
silêncio da grande mídia não impediu, por exemplo, que alguns
candidatos ao parlamento pelo PSOL obtivessem altas votações,
circunscrevendo em forma inarredável a defecção da população com as
políticas estratégicas psolistas.
A votação mais do que pífia dos partidos ancorados no trabalho e no
socialismo deveu-se certamente a grave erro conjuntural – a liquidação
da unidade dos partidos de esquerda, em favor dos respectivos aparatos,
segundo parece. E se houve razões mais profundas para tal divisão, a
população jamais foi informada sobre elas. Porém, uma Frente de Esquerda
mitigaria, mas não superaria, escore eleitoral que expressou situação
estrutural do movimento social, consolidada muito antes das eleições.
Sem o indiscutível carisma e capacidade de comunicação de Plínio
Sampaio, um PSOL capitaneado por Heloísa Helena talvez obtivesse igual
votação, mas jamais a mesma repercussão. A derrota da ex-senadora em seu
estado natal registra o já sabido – enorme parte de sua alta seara
eleitoral em 2006 não foi colhida nas terras magnânimas das classes
populares, mas nos terrenos inférteis de segmentos médios comumente
conservadores. Consequentemente, jamais rebrotaram ou frutificaram. Com
Marina Silva desempenhando, com o apoio do capital, a função de ponte
para um segundo turno, a ex-senadora assistiria seu antigo escore
eleitoral dissolver-se como sorvete sob o sol abrasador do sertão.
Não podemos também responsabilizar Lula da Silva e o petismo pela enorme
despolitização e desorganização do movimento social, em boa parte
devida à gigantesca cooptação e integração ao Estado, em forma direta ou
indireta, de direções sindicais e populares urbanas e rurais, do
movimento negro organizado etc. O atrelamento de organismos e lideranças
sociais na procura da liquidação da autonomia política, orgânica e
ideológica do mundo do trabalho era condição exigida, pela burguesia,
para a entrega do governo a Lula da Silva e ao petismo. A própria
votação insignificante dos partidos socialistas e classistas qualifica e
fortalece a candidatura de Dilma diante do capital. Lula da Silva,
Dilma e o petismo mostraram-se negociantes honestos e confiáveis.
Entregaram, fresco, como prometido, o peixe que venderam, ainda sendo
pescado.
Entretanto, a ação deletéria do lulismo e do petismo sobre um mundo do
trabalho historicamente frágil e débil talvez tenha sido tão competente
que não poucos segmentos do capital acreditam já desnecessários seus
serviços. Não deixa de ser uma ironia que a despolitização e
desorganização da população, organizada pelo petismo e sindicalismo
colaboracionistas, fertilizaram a adesão multitudinária ao integralismo
evangélico. Cooptação política, social, ideológica e econômica
profundamente conservadora, através de organização popular horizontal e
de proximidade rejeitada pelo petismo quando de sua metamorfose
social-liberal, para melhor manter a desmobilização.
O grande tropeço dos partidos da esquerda que se definem como
anti-capitalistas – PSOL, PCB, PSTU, PCO – foi indiscutivelmente a não
convergência em frente que apontasse para além das eleições, na procura
da aglutinação e extensão das vanguardas políticas e sociais, para
melhor enfrentarem os dramáticos embates com que a população já se
confronta e se confrontará nos próximos tempos, seja qual seja o
vencedor do segundo turno. Movimento unitário que impediria ou minoraria
que essas organizações saíssem do pleito, como saíram, todas,
maltratadas e fragilizadas, mesmo quando aumentaram eventualmente a
representação parlamentar, como no caso do PSOL.
O nível dramático da crise de autonomia do mundo do trabalho no Brasil
ficou registrado na submissão subjetiva das direções de suas já frágeis
organizações. Elas abandonaram incontinenti as posições autonômicas
defendidas para aderirem ao setor considerado mais democrático e mais progressista
do capital, que acabavam de denunciar no primeiro turno. Cambalhota que
registra, no melhor dos casos, as ilusões e dependências
político-ideológicas à burguesia e, no pior, acomodação oportunista à
estrepitosa votação do lulismo-petismo. Paradoxalmente, essa posição
referenda as ilusões dos trabalhadores e da população que optaram pelo voto útil, em Dilma do Lula e no petismo, já no primeiro turno. Se é pra pedir pra deus, pra que rogar pro santo!
A quase totalidade da direção do PSOL abraçou-se com o petismo, deixando
no isolamento dos justos seu candidato à presidência e a pequena
minoria que manteve seus compromissos com este último e com os
princípios que sempre defendeu. Não sabemos qual a dimensão da
resistência no PCB, caso tenha ocorrido, a uma decisão que enterrou, no
mínimo por um muito longo tempo, qualquer credibilidade à sua proposta
de "reconstrução revolucionária". A conclamação automática do PSTU ao
voto nulo perde sentido devido à votação liliputiana de Zé Maria, em
contradição direta com a tradicional auto-proclamação como vanguarda
revolucionária dessa organização, já com trinta anos de história.
O mundo se encontra em fase perigosamente declinante. O pouco que resta
da ordem socialista engolfa-se, em ritmo diverso, que tende a se
unificar, nas últimas fases de movimento da restauração capitalista:
China, Cuba, Vietnã etc. O inevitável domínio da barbárie social,
apontada como ogro medonho, a espantar a humanidade no seu horizonte
histórico, na antevisão genial de Rosa Luxemburgo, no caso da vitória do
capital, aboleta-se já despachado em nossa sala de visita. A luta por
reorganização socialista do mundo, denunciada ontem como miragem
utópica, apresenta-se hoje como solução necessária e imprescindível para
talvez a própria sobrevivência da humanidade.
A solução-superação de uma ordem capitalista globalizada, crescentemente senil e autofágica, se dará, caso se dê,
através de processo necessariamente internacional. Os recuos e avanços,
através do mundo, das lutas sociais, debilitam ou fortalecem os
trabalhadores e seu projeto histórico como um todo. Na Europa, sobretudo
na Grécia, na Itália e na França, os trabalhadores levantam-se em
respostas duríssimas à ofensiva geral contra as populações, delimitando,
nas ruas, a oposição irredutível, entre trabalho e capital, em todas as
esferas sociais. A solução positiva dessas jornadas exige a difícil
construção de direções e de programas que apontem e organizem, sem
concessões de qualquer tipo, a transformação de batalhas ainda
defensivas em assaltos às casamatas e quartéis-generais da ordem
capitalista.
O Brasil desempenha papel determinante no confronto mundial entre
capital e trabalho. O domínio do conservadorismo e do oportunismo no
nosso país-continente pesa duramente sobre a América do Sul, em
especial, e o mundo, em geral. É de urgência atroz a reagrupação,
centralização e intervenção dos núcleos da vanguarda política e social
que se buscam a defesa da autonomia do trabalho diante de todas e
quaisquer expressões do capital. Reagrupação que, separando o joio e o
trigo, facilite a difícil e complexa construção de programa que expresse
as necessidades quotidianas e gerais da sociedade. Definição que exige
integração organizada e crítica às lutas sociais, ainda que pontuais,
ancorada no esforço e na necessidade mundial dos trabalhadores. Um
movimento necessariamente estranho ao cretinismo parlamentar, ao
propagandismo retórico, ao sindicalismo corporativista, ao autismo e ao
dogmatismo partidário.
Mário Maestri, sul-rio-grandense, é historiador. E-mail:
maestri@via-rs.net
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Governo britânico planeja vender florestas e expulsar pobres de Londres
Mais de 200.000 pessoas poderão ser expulsas da
cidade de Londres devido aos cortes no apoio social à habitação
decididos pelo governo britânico, que pretende também privatizar metade
da floresta pública.
Três mil pessoas
manifestaram-se contra o plano de austeridade do Governo britânico, no
dia da sua apresentação - Foto Lusa/EPA/Andy Rain
Os cortes devastadores nos apoios sociais à habitação vão provocar uma
“limpeza social” na cidade de Londres, noticiou neste domingo o jornal Guardian.
Segundo autarcas locais da cidade, 82.000 famílias pobres, o que
significa mais de 200.000 pessoas, podem ser expulsas da cidade, devido
aos preços elevados das rendas e aos cortes nos apoios sociais à
habitação, impostos pelo plano de austeridade anunciado na passada
semana pelo Governo da coligação de conservadores e liberais-democratas.
Noutras cidades britânicas de rendas elevadas, como Oxford ou Brighton, poderá acontecer uma situação semelhante.
Em Londres, a política governamental tem o apoio do presidente da
Câmara da cidade, Boris Johnson, e autarcas conservadores estão já a
reservar instalações fora da capital (em Hastings, Reading e Luton),
para desterrar as pessoas expulsas de Londres.
David Orr, presidente da National Housing Federation (Federação
Nacional de Habitação), considera os cortes “verdadeiramente chocantes” e
diz que se os ministros não reconsiderarem os “cortes punitivos” o
plano levará a que mais pessoas durmam na rua, do que “em qualquer
momento dos últimos 30 anos”.
Mas o governo de David Cameron e Nick Clegg pretende também prosseguir a
política de privatizações iniciada por Margareth Thatcher e prosseguida
por Blair. Como já vão escasseando os bens e serviços públicos, este
governo quer privatizar cerca de metade dos 748 mil hectares de floresta
do Estado, até 2020. Os movimentos ambientalistas exigem que os
cidadãos possam usufruir das florestas, mesmo privatizadas. Os
sindicatos do sector opõem-se à privatização.
Fonte: EsquerdaNet
Abramovay: pai e filho classificam de ‘repugnante’ acusações da ultradireita
Por Redação do Correio do Brasil, de São Paulo
O economista Ricardo Abramovay, professor-titular do Departamento de
Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA)
da Universidade de São Paulo e Coordenador do Núcleo de Economia
Socioambiental (NESA); além de membro-titular do Conselho Científico da
Maison des Sciences de l’Homme de Montpellier, na França, distribuiu uma
nota à imprensa, neste domingo, longe dos objetivos dos estudos e do
trabalho que desenvolve, para dar voz a uma indignação civil e paterna.
“Não posso deixar de enviar-lhes a nota de meu filho Pedro Vieira
Abramovay, em resposta à repugnante matéria de capa de hoje da revista
(semanal de ultradireita) Veja”, escreveu, em mensagem dirigida à
imprensa e aos amigos, que segue na íntegra:
Nota de Pedro Abramovay
“Nego peremptoriamente ter recebido, de qualquer autoridade da
República, em qualquer circunstância, pedido para confeccionar, elaborar
ou auxiliar na confecção de supostos dossiês partidários. Não
participei de supostos grupos de inteligência em nenhuma campanha
eleitoral. Nunca, em minha vida, tive que me esconder.
“A revista Veja, na edição número 2188 de 2010, afirma ter
obtido o áudio de uma gravação clandestina entre mim e um ex-colega de
trabalho. Infelizmente a revista se recusou a fornecer o conteúdo da
suposta conversa ou mesmo a íntegra de sua transcrição.
“Dediquei os últimos oito de meus 30 anos a contribuir para a
construção de um Brasil mais livre, justo e solidário, e tenho muito
orgulho de tudo o que faço e de tudo o que fiz. Trabalhei no Ministério
da Justiça como Assessor Especial, Secretário de Assuntos Legislativos e
Secretário Nacional de Justiça, conseguindo de meus pares respeito
decorrente de meu trabalho.
“Apesar de ver meu nome exposto desta forma, não foi abalada minha fé
na capacidade de transformação de nosso país e tampouco na crença da
importância fundamental de uma imprensa livre para o fortalecimento de
nossa democracia.
“Pedro Vieira Abramovay – Secretário Nacional de Justiça”
Arapongas e dossiês
Na reportagem do meio de comunicação que encarna o discurso dos
setores mais retrógrados da sociedade conservadora nacional, a
reportagem afirma que “os diálogos aos quais a reportagem teve acesso
foram gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de
manipulação”. Mas não cita a origem da gravação, sem precisar se o
material a que o repórter da revista teria acessado foi produto de um
inquérito, no âmbito de algum processo judicial, ou ato de alguém
contratado para esse fim.
O Correio do Brasil consultou o Ministério da
Justiça acerca da publicação de um dos diálogos, no qual o ministro da
Justiça, Luiz Paulo Barreto, sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, e o
então secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior conversam sobre a
origem do poder do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa —
que teria conseguido, entre outras coisas, evitar o indiciamento de
Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula”. Até o
fechamento desta matéria, o ministério não havia se pronunciado.
Presidente do PT, José Eduardo Dutra, em conversa com jornalistas,
neste domingo, também preferiu não comentar sobre o fato de o secretário
exonerado Romeu Tuma Júnior ter confirmado à revista que Abramovay
queixou-se de ser pressionado por petistas para produzir dossiês.
domingo, 24 de outubro de 2010
VIOLÊNCIA TUCANA SE ALASTRA PELO BRASIL
A
Polícia Militar da Bahia, em Ilhéus, atacou um assentamento de
pequenos produtores de cacau aos gritos de “chame Lula”, “chame
Wagner”, numa típica ação de banditismo e dentro do cronograma de
violência imposta pelos tucanos nessa reta final de campanha.
A estupidez teve todas as características de barbárie de bandidos fardados a exemplo do que acontecia na ditadura militar.
O
fato já chegou ao conhecimento do governador da Bahia, Jacques Wagner,
que determinou providências imediatas para apuração dos fatos e
punição dos culpados, além de garantia de vida aos pequenos produtores
de cacau em Ilhéus.
Há
dias o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto declarou a jornalistas
que “é impossível ganhar as eleições na Bahia, apesar de todos os
nossos esforços”. As declarações do deputado foram reproduzidas por
quase todos os grandes jornais e refletiam o desespero de tucanos e
DEMOcratas diante da perspectiva de derrota contundente naquele estado.
O
ataque da PM baiana ao assentamento em Ilhéus tenta criar um fato
político passível de ser imputado às forças que apóiam a candidatura
Dilma Rousseff e assim diminuir a vantagem da candidata na Bahia.
Faz parte de uma onda generalizada de violência projetada e programada pela campanha do candidato José FHC
Serra, que espera com isso gerar um clima de medo e pânico em setores
da opinião pública, neutralizando a vantagem nacional de Dilma
Rousseff, registrada em todas as pesquisas de opinião pública,
inclusive a de institutos vinculados aos grupos que apóiam José FHC Serra, o IBOPE e o DATAFOLHA.
Essa
onda de violência se estende desde atos de boçalidade policial, como o
acontecido na Bahia, a noticiário de fatos falsos (VEJA, GLOBO, FOLHA
DE SÃO, REDE GLOBO, etc.), no visível descontrole do candidato e seus
partidários demonstrado no episódio da “bolinha de papel” no Rio de
Janeiro.
Tentaram
transformar um incidente de campanha num “ataque terrorista”, de
proporções absurdas, levando a maior rede de tevê do País, a GLOBO, a
editar e montar uma farsa, desmentida por suas principais concorrentes. E a bater o recorde negativo em todo o mundo no Twiter de “a GLOBO mente”.
Polícias
militares são resquícios da antiga Guarda Nacional, desde tempos do
Império e conservadas por governadores das antigas províncias, hoje
estados. Com a estrutura que dispõem servem aos latifundiários, grandes
empresários, sem falar na corrupção em níveis assombrosos que permeia
esses corpos militares absolutamente anormais em qualquer democracia.
Polícia
é uma instituição civil. Na Bahia mostra os anos de domínio do
“carlismo”, grupo político do senador Antônio Carlos Magalhães,
falecido no ano passado. Foram décadas de domínio político pelo medo, a
demagogia e pela fraude.
A iminência da perda desse poder com a reeleição do governador Jacques Wagner e da contundente derrota de José FHC Serra leva grupos carlistas a incentivar esse tipo de barbárie.
Desde a reunião de FHC com investidores estrangeiros em Foz do Iguaçu,
domingo, dia 17, onde além de uma palestra o ex-presidente definiu com
mais de 150 desses investidores (captadores de recursos) a
privatização de setores estratégicos da economia brasileira (PETROBRAS,
BANCO DO BRASIL,
ITAIPU e PREVIDÊNCIA), a campanha política tomou um rumo de violência
física, verbal buscando criar medo e intimidar o eleitorado, no
desespero de salvar os “negócios” que geraram bilhões a tucanos e DEMOs
nos oito anos de FHC.
Nessa
última semana, por exemplo, o jornal O GLOBO e todos os veículos do
grupo da família Marinho, atribuíram a setores da campanha de Dilma
Rousseff a montagem de um dossiê contra o candidato tucano. A liberação
do depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do dossiê
(que pretende transformar em livro) e que mostra a corrupção dentro do
ninho tucano e da família Serra, prova exatamente o contrário.
O dossiê foi montado a pedido de Andréa Neves, irmã de Aécio Neves, ex-governador de Minas, para ser usado diante dos ataques de José FHC
Serra, através de seu grupo (no caso o jornalista Juca Kfuri em nota
em sua coluna), onde Aécio era acusado de ser usuário de drogas e
agredido a acompanhante.
Na sem-vergonhice que permeia a política de José FHC
Serra, FHC, tucanos e DEMOs, Aécio e Serra hoje trocam beijos e
abraços com um Itamar Franco doido para entrar em cena. Um e outros
como que imaginam poder vender Minas e os mineiros.
José FHC Serra acredita que pode comprar Minas e os mineiros.
Há
todo um conjunto de ações nesse sentido. Criar o medo, divulgar
notícias falsas, tentar nessa última semana gerar pesquisas com números
que possam favorecer José FHC Serra e é nesse contexto que o ataque de PMs baianos ao assentamento de pequenos produtores de cacau em Ilhéus acontece.
O
controle tucano/DEMO se estende para além de episódios como o da
bolinha de papel, ou agora o ataque em Ilhéus, mas na procura de
confrontos que possam favorecer o candidato.
Os
“negócios” acordados entre FHC e investidores estrangeiros representam
bilhões de dólares para os grupos envolvidos, além, evidente, da
“comissão” a ser paga a tucanos e DEMOs, bem como na preservação de
privilégios no contexto político, econômico e social do País.
Outra
forma de terrorismo usada pelos tucanos é o ataque a sites e blogs
independentes na rede mundial de computadores, evitando que as
denúncias ocultadas pela mídia privada e corrupta cheguem ao
conhecimento dos eleitores. Como espaços como GOOGLE, YAHOO e outros
mais são controlados por grupos norte-americanos (os jornais dos EUA
anunciaram ano passado que a CIA comprou o GOOGLE), fica fácil impor
formas de censura na internet.
A
simples idéia de um País soberano, livre, dono do seu nariz, capaz de
construir o seu futuro a partir de seu povo, gera pânico nesses
setores, ávidos de transformar o Brasil em colônia de grupos econômicos
que hoje controlam os EUA e fizeram daquele país um grande
conglomerado terrorista.
À José FHC Serra e seu grupo interessam que o ministro das Relações Exteriores do Brasil caia de quatro no aeroporto de New York,
tire os sapatos e submeta-se a uma revista vergonhosa. Como fez o
“ministro” do FHC, Celso Láfer. Como isso não acontece hoje usam de
todos os métodos para chegar ao poder.
O que aconteceu em Ilhéus é mostra do que José FHC Serra pretende fazer ao Brasil e aos brasileiros. Impor a realidade de um Brasil com “Z”.
Sem
escrúpulos, sem limites na ambição e na ganância que envolve traição a
interesses dos brasileiros, jogam o jogo mais sujo de toda a história
de eleições presidenciais no Brasil.
O ataque a pequenos produtores rurais de cacau em Ilhéus na Bahia
é uma pequena amostra do que vão fazer nessa última semana. As
primeira informações sobre o ataque ao assentamento foram divulgados no
twiter de Sérgio Bertoni que se encontra em Ilhéus.
sábado, 23 de outubro de 2010
John Lee Hooker - Travelin' 1960
01- No Shoes
02- I Wanna Walk
03- Canal Street Blues
04- Run On
05- I'm A Stranger
06- Whiskey And Wimmen
07- Solid Sender
08- Sunny Land
09- Goin' To California
10- I Can't Believe
11- I'll Know Tonight
12- Dusty Road
Créditos: Beco do Blue
John Lee Hooker - Travelin' 1960
02- I Wanna Walk
03- Canal Street Blues
04- Run On
05- I'm A Stranger
06- Whiskey And Wimmen
07- Solid Sender
08- Sunny Land
09- Goin' To California
10- I Can't Believe
11- I'll Know Tonight
12- Dusty Road
Créditos: Beco do Blue
John Lee Hooker - Travelin' 1960
"Preparando-se para a guerra com o Irã"
Extraído do blog literaturaclandestina
"O
contrato de 60 bilhões em armas entre Estados Unidos e Arábia Saudita é
dirigida contra o Irã.. Afinal,Israel não se opôs ao negócio"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21589
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21589
"vários
jatos de combate israelenses realizaram exercícios militares em em dois
países árabes do Golfo Pérsico(Emirados Árabes Unidos e Arábia
Saudita?)http://en.rian.ru/world/20100329/158340236.html
"Washington vai colocar mísseis Patriot na região do Golfo"
http://en.rian.ru/world/20100201/157737724.html"Washington vai colocar mísseis Patriot na região do Golfo"
"Novos
relatórios dizem que Israel está planejando criar uma marinha de alto
mar e está a negociar com a Alemanha sobre a compra de navios e
submarinos.""O programa de expansão, que irá transformar a marinha em
regime de uma marinha de águas profundas, provocou indignação entre os
partidos da oposição alemã, inclusive os sociais-democratas, que dizem
que as armas não devem ser enviados para "zonas de crise"http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=18802
"A Força Aérea de Israel descarregou equipamentos militares em uma base na Arábia Saudita"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19882
"A Força Aérea de Israel descarregou equipamentos militares em uma base na Arábia Saudita"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19882
O papel de Israel no desencadear de um ataque ao Irã Parte II – O roteiro militar
http://resistir.info/chossudovsky/chossudovsky_13ago10.html
A guerra de expansão do território israelense
parte 01
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11842
parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11843
A guerra israelense é financiada pela Arábia Saudita
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11844
“Rússia e Arábia Saudita estão finalizando uma série de acordos sobre a venda de helicópteros, blindados e sistemas de defesa aérea"
http://en.rian.ru/russia/20100215/157892206.html
"A venda de R $ 30 bilhões em armas para a Arábia Saudita deve ser visto no contexto mais amplo.vendas para um número de aliados dos Estados Unidos foram recentemente anunciadas, incluindo Israel, Índia, Coréia do Sul, Austrália, Taiwan, Georgia. Este reforço militar é dirigido contra o Irã, assim como a Rússia e a China"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20236
"Rússia tenta envolver a Alemanha no projeto South Stream para enfraquecer o projeto Nabucco"
http://en.rian.ru/world/20100714/159806060.html
"Alemanha pode participar do projeto South Stream"
http://en.rian.ru/business/20100921/160662747.html
"Rússia da sinal verde para os estados unidos atacarem o Irã"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19670
Parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21157
http://resistir.info/chossudovsky/chossudovsky_13ago10.html
A guerra de expansão do território israelense
parte 01
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11842
parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11843
A guerra israelense é financiada pela Arábia Saudita
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=11844
“Rússia e Arábia Saudita estão finalizando uma série de acordos sobre a venda de helicópteros, blindados e sistemas de defesa aérea"
http://en.rian.ru/russia/20100215/157892206.html
"A venda de R $ 30 bilhões em armas para a Arábia Saudita deve ser visto no contexto mais amplo.vendas para um número de aliados dos Estados Unidos foram recentemente anunciadas, incluindo Israel, Índia, Coréia do Sul, Austrália, Taiwan, Georgia. Este reforço militar é dirigido contra o Irã, assim como a Rússia e a China"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20236
"Rússia tenta envolver a Alemanha no projeto South Stream para enfraquecer o projeto Nabucco"
http://en.rian.ru/world/20100714/159806060.html
"Alemanha pode participar do projeto South Stream"
http://en.rian.ru/business/20100921/160662747.html
"Rússia da sinal verde para os estados unidos atacarem o Irã"
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19670
Parte 02
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21157
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