terça-feira, 26 de junho de 2007

Como pesquisar no Google?


Sim, pode parecer a coisa mais comum do mundo , mas verificando as estatísticas todo blogueiro se depara com alguma busca engraçada ou estranha provando que muita gente não sabe usar o Google.
Então, vamos às dicas:
Opções básicas
O Google não diferencia letras maiúsculas, minúsculas ou acentuação. Para o programa, coração é a mesma coisa que coracao ou CoRaÇÃo.

1) Busca simples
Você pode fazer uma busca com uma ou mais palavras: quando elas são separadas por um espaço, o sistema procura uma E também a outra. Exemplo : Cópia Carbono. Como resultado, o programa vai trazer todo os sites que tenham as palavras Cópia E Carbono, mesmo se elas estiverem separadas no texto.

2) Frase exata
Colocando as duas palavras entre aspas, a busca será efetuada com todas as palavras, na ordem em que foram escritas. Exemplo:Cópia Carbono. O resultado irá apresentar todos os sites nos quais a palavra Cópia é obrigatoriamente seguida pela palavra Carbono.

3) Excluindo uma palavra
É possível fazer isso colocando um sinal de menos (-) na frente da palavra que deseja excluir . Exemplo: “carros novos” -Ford. O resultado vai apresentar sites que tenham “carros novos”, nesta ordem, e não contenham a palavra Ford.


Opções avançadas

1) Busca no título da página
Para buscar o título da página, esse que aparece lá no topo da janela, escreva o termo intitle:, seguido da expressão que quer encontrar. Exemplo: intitle:”fotos da Playboy”. O resultado irá apresentar as páginas que contenham a expressão “fotos da Playboy” no título, e não necessariamente no corpo da página. Use allintitle: para buscar por todas as palavras e expressões no título .

2) Procurar em um site específico
Você pode procurar dentro de um site específico, usando o termo “site:” acrescido da URL básica do site. Exemplo : “fotos da Playboy” site:copiacarbono.blogspot.com. O resultado irá apresentar todos os registros da expressão “fotos da Playboy” apenas no Cópia Carbono

3) Todas as palavras no texto da página
Quando você quiser garantir que todas as palavras estão no texto da página (não em links, título e etc), use allintext:. Exemplo: allintext: “fotos”. O resultado irá apresentar apenas sites em que a expressão “fotos” esteja no corpo do texto.

4) Busca por intervalo entre números
Se você está procurando um produto e quer apenas os resultados de busca entre duas faixas de preço, use valor 1..valor 2Exemplo: “Câmera digital” 500..1.000. O resultado conterá sites com a expressão “câmera digital” e números inteiros entre 500 e 1.000.

5) Busca por tipos específicos de arquivos
Pode ser que alguma vez seja necessário encontrar um arquivo com uma extensão específica, como um arquivo PDF de um manual que você perdeu. Para isso, Use o termo filetype: ou ext: acrescido da extensão que você quer. Exemplo: “manual Corsa” ext:PDF. O resultado irá apresentar apenas documentos PDF com o a expressão “manual Corsa” em seu conteúdo.

5) Palavras descartáveis
O Google ignora palavras e caracteres comuns, conhecidos como palavras descartáveis. O Google automaticamente descarta termos como "http" e ".com", assim como dígitos ou letras isoladas, porque eles raramente ajudam na busca e podem torná-la consideravelmente mais lenta.
Use o sinal "+" para incluir palavras descartáveis na sua pesquisa. Tenha a certeza de incluir um espaço antes do sinal "+". Você pode também incluir o sinal "+" na busca de frases.
NÚMEROS
Também é possível fazer cálculos matemáticos, conversão de moedas, etc.

1) Operações matemáticas
Soma: número + número
Subtração: número - número
Multiplicação: número * número
Divisão: número / número
Clique aqui para ver a lista completa de operações.

2) Operações de conversão de moeda
Você precisa saber quanto vale US$ 100 em euros? Simples : escreva o valor, a moeda de origem, a palavra in e a moeda final. Exemplo: 100 USD in euros. Uma observação importante:se o google aparece em português para você, use no lugar de IN a opção EM: 200 USD em euros.
Bem , com essas dicas você já consegue achar as outras utilidades do Google

João Bosco - Corsário

WinAvi Software AIO


WinAVI DVD Copy 4.5 WinAVI DVD copy pode facilmente copiar DVDs, mesmo com discos com proteção de CSS. O DVD copiado pode ser playback com seus movimentação comrropidos. Como o áudio, os subtítulos e as características especiais, começam uma cópia perfeita e direta em uma velocidade muito melhor. WinAVI MP4 Converter 3.1 WinAVI 3GP/MP4/PSP/iPod Video Converter é um software para conversão de arquivos comuns em players portáteis como o iPod e o PSP. Ele pode converter a maioria dos formatos, por exemplo, DivX, XviD, MOV, RM, RMVB, MPEG, VOB, DVD, WMV, AVI para o iPod/PSP ou outros dispositivos portáteis como um player de MP4 ou smartphone. O programa possui uma velocidade incomparável e alta qualidade WinAVI Video Converter 8 Esse nem merecia comentário, mas... WinAVI Video Converter é uma solução completa para conversão de arquivos de vídeo e gravação. Suporta conversões de AVI para DVD, VCD, MPEG e WMV; DVD para AVI; e todos os formatos de vídeo para AVI, WMV e RM. WinAVI Video Converter também suporta a gravação de VCD, SVCD e DVD. WinAVI Video Capture 2.0 Você possui uma entrada AV (áudio e vídeo) no seu computador mas não consegue salvar seus vídeos? O WinAVI Video Capture captura e grava esses filmes. Você não apenas assiste, mas grava vídeos que podem ser da TV, de uma webcam, de um videocassete etc. O programa salva arquivos nos formatos AVI, WMV, DivX, RM, DVD, VCD, SVCD e MPEG1/2/4. Assim você pode gravar DVDs e assistir no seu aparelho convencional.
Copiado de: ClikouAxou

Discografia Velhas Virgens


O sujeito do consumo e os laços afetivos



“...A onipotência e a onipresença da mídia determinam o que se come, onde se vive, como e onde se morar e se divertir, o que trajar, o que se ler, em que se acreditar, como deve ser a história da vida cotidiana no terceiro milênio, na pós-modernidade. O consumo é a nova ordem e a nova lei que eternizam o bem descartável, no seu tempo veloz (mais rápido de que o “o infinito enquanto dure” do poetinha Vinícius de Moraes), enquanto não chega a nova tendência, ditada pelos interesses econômicos que tornam tudo substituível e superado, para garantia de novos lucros.
O consumismo cria necessidades artificiais com tal força e apelo que há o esvaziamento, ou uma perversão do senso crítico, a ponto de que ao se possuir um objeto que não seja o último lançamento, mesmo cumprindo sua finalidade, pode se enfrentar constrangimentos.
O exemplo dos celulares é pertinente: de uma semana para outra, aparecem novos modelos, com opções das mais variadas, que não se relacionam com sua finalidade básica. O novo aparelho é o que vende, é o que está na moda, é o que exibido, garante aceitação, é fashion.
Segundo Boltanski, a mídia é a grande divulgadora do consumo, investindo no público feminino, através de revistas que são lidas pelas mulheres das classes superiores, médias e populares, difundindo o comportamento e a necessidade da classe alta, aumentando o consumo de roupas, produto de beleza, bronzeadores, emagrecedores, etc. As necessidades virtuais são impostas como normas e padrões de consumo próprios das classes superiores, sob a ótica das classes dominantes. O autor cita as revistas francesas Elle e Marie-Claire, com versões em português para o Brasil, que visam as mulheres porque socialmente elas são detentoras da função de consumo. Elas prestam mais atenção ao corpo e exteriorizam mais seus gostos.

Tendo em vista que o índice de analfabetismo é alto no Brasil e o poder aquisitivo bem mais restrito que o francês, há que se pensar que as novelas, principalmente as da “emissora do plim, plim”, têm cumprido esse papel de manipulador e que vem massificando as escolhas. Para o mesmo autor, perder peso, fazer plástica e lipo aspiração são os cânones de beleza das classes superiores e o mal estar, a vergonha de não usufruir desses valores é a “vergonha de classe”.

O apelo ao consumo universaliza metaforicamente a finitude humana. As relações de afeto interpessoais e intrafamiliares são fragilizadas e inconsistentes nos programas e nas propagandas televisivas, que bombardeiam a qualquer hora, sem distinção da faixa etária que deve ser atingida. A exemplo dos objetos que se compra, utiliza por algum tempo e logo se despreza, o sujeito não cria vínculos estáveis com sua família nuclear, mas submete-se à tirania de ter mais e cada vez mais. É a alienação do poder econômico, gerando a alienação do consumismo, que por sua vez, gera a alienação das relações parentais. Essa deve ser uma das razões porque filhos abastados ou drogaditos têm sido notícia por terem assassinado seus genitores. Eles representavam uma lei ultrapassada, uma lei que devia permanecer, e por isso, eram um obstáculo ao vício do consumo.

A sociedade coletivamente não se deita no divã, mas o indivíduo ao deitar-se a traz consigo na sua formação, na sua subjetividade, na sua história, na sua cultura, nas suas relações sociais. O sintoma fala do sujeito singular e o habitus, segundo Bourdieu, fala do sujeito da cultura, analisado coletivamente. A sociedade é a grande família, as instituições sociais, funcionam como a grande lei que interdita. O desejo de consumo não existe apenas entre os que detêm o poder de adquiri-los. O apelo da mídia desperta necessidades de consumo em todas as camadas sociais. O consumismo desenfreado que parece nivelar a todos na pseudo democratização do desejo, tem sua face discriminatória e exclui o acesso. Muitos são chamados e pouco são os escolhidos. Muitos são seduzidos e poucos são os que podem se satisfazer.

Alguns burlam ou sublimam sua frustração aderindo às alternativas, aos similares, aos genéricos. Para Boltanski, quem tem dinheiro compra uma roupa de couro e quem não tem usa napa; quem pode, usa jóia e quem não pode, enfeita-se de bijuterias. Constata-se que há poder aquisitivo para o Mac Donald, para o Habibs e para os vendedores de lanche ambulantes. Há produção de objetos personalizados, caros, de produção restrita, com o nome e ao gosto do freguês para o primeiro grupo. Para o segundo, há uma produção em massa, indiferenciada, homogenizadora.
Existe o terceiro grupo que é maior em quantidade e não tem poder aquisitivo algum. É uma grande parcela da população que é hipnotizada pela mídia, tem o convite universal ao consumo, mas são todos excluídos, por não terem poder de compra. Essa frustração renovada é uma das causas da violência urbana, que banaliza a vida do ser humano, a ponto de valer menos do que um tênis, entre os rebeldes, aqueles mobilizam a força policial nos grandes centros, principalmente, nas grandes festas de consumo, tais como Natal e Carnaval. A frustração também causa a “doença dos nervos” que se manifesta nos corpos e no psiquismo dos enquadrados, dos que se resignam.

Exagerados ou sensíveis ao desenrolar dos acontecimentos, os diretores e roteiristas da sétima arte focalizam o outro lado da moeda. Estão anunciando que o homem, a sua realidade e sentimentos não passam de uma grande construção: tão frágil, quanto virtual. Anunciam que há o tempo de caçar e há o tempo de ser caçado. Sugerem que pode ocorrer a inversão e o grande consumidor pode ser consumido. É possível que nessa leitura cinematográfica, que questiona e ameaça o domínio e o direito do homem sobre sua vida e atos nas sociedades modernas, esteja a paranóia do criador que na sua ambivalência admira e teme o que criou...”

Dalva de Andrade Monteiro, Médica homeopata, psicanalista
A morte de um mestre



Mário Maestri

Na madrugada desta sexta-feira, 22 de junho, faleceu, em Pernambuco, Manuel Correia de Andrade, aos 84 anos. O destacado geógrafo, historiador e cidadão brasileiro nasceu, em Pernambuco, em 3 de agosto de 1922, no engenho Jundiá, de sua família, no mesmo ano da fundação do Partido Comunista Brasileiro. Desde menino, foi sensível à realidade social, com a qual se deparou na própria propriedade rural familiar. No início dos anos 1940, ao completar os estudos secundários, decidiu-se tornar-se sociólogo. Em 1933 e 1936, o também pernambucano Gilberto Freyre obtivera consagração nacional e mundial com Casa-grande & senzala e Sobrados e mucambos.

Obrigado por dificuldades econômicas familiares a estudar em Pernambuco, Manuel Correia de Andrade ingressou na Escola de Direito de Recife e, três anos mais tarde, na Faculdade Particular de Geografia e História, fundada pelos jesuítas, hoje Universidade Católica de Pernambuco. Após formar-se, em Direito, em 1945, e Geografia e História, em 1947, dedicou-se a advogar, sobretudo para sindicatos operários, e à docência, nas disciplinas história e geografia, no ensino médio e superior, em Recife. Em 1952, optou pela dedicação exclusiva ao ensino e pesquisa, atividades que abraçou, por toda a vida, com singular brilhantismo.

Em entrevista publicada, em julho-setembro de 2000, na Revista Teoria e Debate, de São Paulo, com o seu bom humor proverbial, Manuel Correia de Andrade lembrou que foi introduzido ao marxismo pela mão de professor integralista, que apreciava a crítica social de Marx, apesar de impugnar suas propostas sociais. Na ocasião, destacou a importância que tiveram igualmente em sua formação Engels, Kautsky, Rosa Luxemburgo e Lenin.

Lembrou também que encerrou seus rápidos meses de militância comunista, após a queda da ditadura getulista, por lhe exigirem que interrompesse a leitura de Minha vida, de León Trotksy, pensador pelo qual teve, nesses anos de formação, “verdadeiro embevecimento”. Porém, as obras do marxista russo chegaram-lhes às mãos por caminhos menos exóticos, ao lhe serem entregues pelo primo Mário Pedrosa, o celebre intelectual e militante trotskista, também pernambucano.

Entre os pensadores nacionais que mais o influenciaram, Manuel Correia de Andrade destacava Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha, Manoel Bomfim, Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Nelson Werneck, Sodré Josué de Castro. A Gilberto Freyre, agradeceu sempre pela indicação da leitura de A interpretação econômica da história, do historiador estadunidense Seligmann, professor do sociólogo na Universidade da Colúmbia.

Manuel Correia de Andrade destacou sempre a importância em sua formação do livro Evolução política do Brasil, do historiador marxista Caio Prado Júnior, de 1933, a quem era muito grato por lhe ter encomendado, prefaciado e publicado, na Editora Brasiliense, de sua propriedade, seu mais conhecido livro, A terra e o homem no Nordeste: contribuição ao estudo da questão agrária no Nordeste, mal-aceito nos meios acadêmicos da época pelo seu sentido social. Não sem maldade, lembrava que, se “tivesse publicado o livro em Pernambuco, ninguém teria tomado conhecimento”! Esse texto célebre seria proibido e apreendido, após 1964, por ordem da alta oficialidade do Exército.

Apesar de ter sido preso, quando jovem, duas vezes, por atividades políticas, Manuel Correia de Andrade jamais se envolveu sistematicamente na militância partidária, destacando-se sobretudo pela vida acadêmica e científica, longa, profícua e de profundo sentido social, na qual manteve, irredutível, as visões sociais de mundo que abraçara na juventude. Mesmo formando-se décadas antes do surgimento dos primeiros programas de Pós-graduação no Brasil, destacou-se na direção de trabalhos de pós-graduação e na fundação e direção do mestrado em Economia [1970-75] e de Geografia [1975-79] e como professor dos programas de Sociologia e de Desenvolvimento Urbano, todos em Pernambuco.

Conhecido sobretudo como geógrafo, Manuel Correia de Andrade era historiador criativo e perspicaz. Na interpretação do passado de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil, teve sempre presente a enorme e permanente importância da questão escravista. Seu estudo A guerra dos Cabanos, de 1964, é um clássico da história da luta de cativos e brancos-pobres em Alagoas e Pernambuco, no período regencial. Ao igual que Celso Furtado, preocupou-se muito com o processo de constituição tardio, desigual e inconcluso da unidade nacional brasileira. Em 1999, publicou As raízes do separatismo no Brasil, de cintilante atualidade.

Nesses tempos bicudos de homens públicos minúsculos, que o Nordeste também tem brindado o Brasil em número pra lá de avultado, são singulares a coerência e a elegância que o mestre Manuel Correia de Andrade imprimiu a todos os atos de sua vida, sempre socialmente produtiva. Ao morrer, julgava-se um homem rico: possuía biblioteca de uns quarenta mil títulos e escrevera, ao todo, mais de cem livros e 250 artigos acadêmicos.

Mário Maestri, 58, é historiador e professor do PPGH em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Pegada ecológica e social

Para cada pessoa viver, é necessário uma pegada ecológica média geral (2,8 hectares). Mas Europa, EUA, Japão, Índia e China vivem muito acima daquilo que lhes é permitido por seus recursos ecológicos, com uma pegada que chega a 600%. O Planeta suportará?

Quanto aguenta a Terra em sua generosidade ao nos forncecer todas ascondições para que possamos viver, nos reproduzir e coevoluir? Não só nósmas toda a comunidade de vida que vai das bactérias aos vegetais e animais?

Ela é um planeta pequeno, finito em seus recursos e já velho. Temos queviver dentro das capacidades de fornecimento e de reposição, próprios daTerra e não ao nosso bel prazer. A espécie homo sapiens/demens ocupou 83% do planeta e consumiu excessivamente a ponto de a Terra já ter ultrapassado em 25% sua capacidade de recarga. A seguir esta lógica, o planeta quebra como qualquer empresa que gasta mais do que ganha.

Como todos extraem da Terra seus recursos para viver, quanto de chão cada um precisa para garantir sua sobrevivência? Quanto de terra produtiva, áre aflorestal, energia, habitação, água, mar, urbanização e capacidade de absorção dos dejetos cada pessoa necessita? A esse conjunto de fatores ecológicos e sociais se chama de pegada ecológica e social, expressão cunhada por Martin Rees e Mathis Wackernagel ao fazerem um estudo sobre o tema para o Conselho da Terra em 1977. Eles tomaram como referência de cálculo o número de hectares necessários para que cada um, cada cidade e cada pais possam viver de forma minimamente decente. O planeta dispõe de 10,8 bilhões de hectares produtivos que é menos que 25% de sua superfície.

Para cada pessoa viver fazem-se necessários pelo menos 2,8 hectares. Esta seria a pegada ecológica média geral.

Como 18% da humanidade consome 80% dos recursos vitais e os hábitos de consumo variam consoante as regiões e as culturas, varia também aporcentagem de hectares per capita usados. Assim a Europa, os EstadosUnidos, o Japão, a Índia e a China vivem muito acima daquilo que lhes épermitido por seus recursos ecológicos, com uma pegada que vai de 200% até 600% (é o caso do Japão) de sua biocapacidade nacional. Isto significa que se uma região se apropria de mais hectares para manter seu alto nível de consumo (Norte), a outra deverá forçosamente ocupar menos (Sul). Em outras palavras, o consumo alto de um pais ou região comporta um subconsumo baixo no outro. Por aí se entende a profunda falta de equidade na repartição dos bens e o caráter desigual de todo o processo de produção e consumo mundial.

A biocapacidade total do território brasileiro é de 18.615.000 pontos. Apegada ecológico-social brasileira é de 2,6 hectares. Nossa biocapacidadeexcede tanto a nossa demanda que o Brasil poderia ser a mesa posta para as fomes e as sedes do mundo inteiro. Mas nos paises notam-se profundasdiferenças. Enquanto um habitante de Bengladesh possui uma pegada de 0,5 hectares, a de uma norte-americano é de 9,6. Em outras palavras, se todos os habitantes da Terra tivessem o nível de consumo norte-americano,precisaríamos de três Terras semelhantes a nossa para garantirmos osrecursos energéticos e materiais suficientes. Vivemos, pois, sem nenhuma
humanidade e solidariedade. Por isso esse modo de viver é totalmenteinsustentável e pode levar ecologicamente a Terra a um colapso.

O ideal que a Carta da Terra propõe para todos é um "modo sustentável deviver": produzir em consonância com os sistemas vivos, contendo nossavoracidade e dando tempo para que a Terra se regenere e continue a oferecer a nós e à comunidade de vida tudo o que todos precisam.


Leonardo Boff é teólogo e escritor.

domingo, 24 de junho de 2007

DEPOIS DE TRÊS ANOS INTER PERDE GRE-NAL






Depois de ficar três anos sem perder um clássico Gre-Nal, o Internacional foi derrotado pelo Grêmio por 2 a 0 na noite deste domingo no Beira-Rio em partida válida pela sétima rodada do Brasileirão. Agora, o time parte para o enfrentamento diante do Atlético Mineiro no próximo sábado.

O atual campeão do mundo Fifa e da Tríplice Coroa entrou com duas novidades em relação à equipe que havia empatado com o Flamengo na última rodada, no Maracanã. O lateral Marcão começou uma partida pela primeira vez na defesa enquanto o atacante Adriano atuou ao lado de Iarley na frente.


Adriano formou a dupla de ataque com Iarley

Já o atual vice da Copa Libertadores da América fez algumas mudanças em relação à equipe que perdeu para o Boca Juniors na última quarta-feira. A principal novidade foi a escalação de Lúcio no meio-campo, enquanto Bruno Telles ficou na lateral-esquerda. Outras modificações foram as entradas de Ramon no meio e de Schiavi na defesa.


Inter promoveu a paz antes do clássico

Os dois times entraram em campo com uma camisa branca pedindo paz aos torcedores. Nas arquibancadas, a torcida colorada fazia uma bonita festa, como é tradicional nos jogos do Beira-Rio. Antes do jogo, cantou o Hino Rio-Grandense demonstrando orgulho.

O Inter começou tentando marcar pressão a saída de bola do rival, que, por sua vez, se postava com nove jogadores atrás e apenas Amoroso à frente. O time colorado buscava os avanços pelos lados com Marcão e Alex, pela esquerda, e Wellington Monteiro e Ceará, pela direita.Aos 5min10seg, Ceará chutou forte de fora da área e o goleiro Saja defendeu.


Marcão fez sua estréia no Beira-Rio

Em alguns momentos, o Grêmio pressionava a saída de bola também e dificultava a saída de jogo. Em uma dessas pressões, aos 7min, Lúcio roubou a bola na intermediária, driblou dois jogadores, entrou na área e chutou no canto de Clemer: Grêmio 1 a 0.

Aos 13min20seg, saiu Amoroso e entrou Everton no time gremista. Aos 14min, Adriano ganhou na velocidade de Schiavi e foi derrubado quase na meia-lua da área. Na cobrança, aos 15min50seg, Pinga chutou por cima. Aos 19min, Sandro Goiano cobrou falta para a área e William cabeceou ao lado.

A partir dos 20min, o Inter passou a dominar o jogo buscando o gol de empate com troca de passes para furar o bloqueio adversário. Aos 29min30seg, Iarley recebeu passe na área, driblou Saja e fez o gol, mas o juiz anulou o lance por impedimento e ainda deu cartão para o atacante colorado.


Iarley (com a bola) quase marcou no primeiro tempo

Aos 33min20seg, a melhor chance de gol do Inter na primeira etapa. Iarley recebeu grande passe na área e chutou, mas o zagueiro Schiavi se jogou na bola e salvou de carrinho. Na sobra, Ceará concluiu por cima. Aos 34min55seg, Diego Souza cobrou falta da intermediária e Clemer defendeu. Depois disso, pouca coisa ocorreu de importante até o final da primeira etapa.

No intervalo, entrou o centroavante Christian e saiu o zagueiro Sidnei no Inter para buscar a virada. Com a modificação, Edinho passou para a defesa, enquanto o time colorado ficou com três atacantes: Iarley, Adriano e Christian.


Ceará prende a bola no campo adversário

A modificação tentou fazer com que o Inter tentasse as jogadas de cruzamentos para o centroavante Christian. Aos 7min40seg, Iarley recebeu na área, avançou até a pequena área e chutou, mas Gavilán salvou de carrinho. O Grêmio respondeu aos 9min25seg em uma cobrança de falta de Diego Souza, que Clemer defendeu.

O Inter tentou pressionar, mas concedeu espaços para os contra-ataques. Aos 15min, a bola foi cruzada na área e Schiavi cortou com a mão a bola, mas o juiz Wilson Seneme não marcou o pênalti. Aos 20min, em uma jogada de contra-golpe, Diego Souza recebeu passe de Everton e chutou forte na entrada da área para fazer o segundo gol.


Christian cabeceia: cetroavante entrou no segundo tempo do clássico

Aos 24min30seg, Wellington Monteiro tentou arrematar de fora da área, a bola desviou na zaga e passou ao lado do gol. Aos 26min, entrou Rubens Cardoso e Mossoró no Inter e saíram Pinga e Marcão. Aos 29min40seg, Alex tocou para Christian cabecear ao lado do gol. Aos 36min, Rubens Cardoso se lesionou e teve que sair. Como já havia feito as três substituições, o Inter teve que atuar os últimos minutos com 10 atletas.Aos 46min50seg, Everton recebeu na área e chutou ao lado do gol. Foi o último lance do jogo.

“Nosso time brigou e batalhou até o final para a buscar um bom resultado. Fomos um time guerreiro. O Iarley teve duas chances de gol, mas infelizmente saímos derrotados”, avaliou o goleiro Clemer.

Internacional (0): Clemer; Ceará, Índio, Sidnei (Christian, intervalo) e Marcão (Rubens Cardoso, 26min2ºt); Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Pinga (Mossoró, 26min2ºt); Iarley e Adriano. Técnico: Alexandre Gallo.

Grêmio (2): Saja; Patrício, Schiavi, William e Bruno Telles; Gavilán, Sandro Goiano, Diego Souza, Lúcio e Ramon (Edmílson); Amoroso (Everton). Técnico: Mano Menezes.

Gols: Lúcio (G), aos 7min do primeiro tempo, Diego Souza (G), 20min do segundo tempo. Cartões amarelos: Schiavi, Saja, Bruno Teles, Sandro Goiano (I), Alex, Mossoró, Pinga, Sidnei, Iarley (I). Renda: R$ 511.398,00. Público: 33.478 (30.372 pagantes). Arbitragem: Wilson Luiz Seneme/SP (Fifa), auxiliado por Carlos Augusto Nogueira Júnior/SP e Evandro Luis Silveira/SP. Local: Estádio Beira-Rio.

Fotos: Alexandre Lops

Fonte:
Internacional

RAUL SEIXAS - Discografia


Com pouco mais de 20 anos de carreira, tendo composto e gravado dezenas de músicas que se tornaram hinos do rock nacional, Raul Seixas mantém uma imensa legião de fãs e é considerado o símbolo de toda uma geração, um dos artistas mais queridos e cultuados do Brasil até hoje, aproximadamente 18 anos após sua morte.Nascido em Salvador, Bahia, em 1945, foi influenciado desde a sua adolescência por norte-americanos como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis e pela música baiana de Luís Gonzaga. Essa mistura cultural poderia ser facilmente percebida mais tarde, em toda a extensão de sua obra.Criou, no início da década de 60, a sua primeira banda, Raulzito e os Panteras, que apesar de ter sido a banda de rock mais popular da Bahia na época, resultou em um grande fracasso de vendas.Decepcionado, começou a trabalhar na CBS (atual Sony) do Rio de Janeiro, onde seria o produtor dos grandes artistas da jovem guarda como Jerry Adriani, mas foi demitido quando descobriram que, sem permissão, havia gravado o álbum “Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez”, utilizando os estúdios da empresa.Desempregado, decidiu tentar a sorte novamente como cantor e participou do FIC, Festival internacional da Canção, evento realizado pela Rede Globo, em 1972. A música “Let Me Sing Let Me Sing”, chegou até as finais e toda essa exposição na mídia, valeu-lhe a gravação do compacto “Ouro de Tolo” pela Philips, que lançaria, no ano seguinte, o seu álbum de estréia.Intitulado “Krig-Ha Bandolo!”, esse disco trazia letras em parceria com o esotérico Paulo Coelho e, após fundarem o movimento da Sociedade Alternativa, foram exilados para os Estados Unidos por serem considerados subversivos pelo regime militar.Em 1974, após o lançamento do clássico “Gita”, retornou ao Brasil e acompanhou a excelente repercussão do trabalho, além de receber disco de ouro. Durante os anos 70, ainda gravou vários ‘hits’, entre eles “Carimbador Maluco”, “Há Dez Mil Anos Atrás” e “O Dia em que a Terra Parou”, mas os problemas ainda estavam por vir.Na década de 80, Raul começou a apresentar sérios problemas de saúde, relacionados principalmente ao consumo excessivo de álcool, o que começou a prejudicar visivelmente a sua carreira. Mesmo assim, continuou gravando faixas inesquecíveis como “Metamorfose Ambulante”, “Al Capone”, “Mosca na Sopa”, “Maluco Beleza”, “Rock das Aranha”, “Plunct Plact Zum”, “Metrô Linha 743”, “Cowboy Fora da Lei”, entre outras de suma importância para a música brasileira. Em 1988, iniciou uma parceria com Marcelo Nova, resultando no que seria o último álbum inédito do Maluco Beleza, intitulado “A Panela do Diabo”, lançado em 1989. Nesse mesmo ano, porém, Raul teve sérias complicações de saúde e veio a falecer, em 21 de agosto, devido a uma pancreatite aguda, causada pelo álcool.Mas o fenômeno Raul Seixas não morreu: quando hoje nos deparamos com os inúmeros fã clubes, artistas covers, regravações de suas músicas por músicos consagrados, o lançamento constante de coletâneas e o de cerca de 13 livros a respeito de sua vida e sua obra, temos a certeza de que a mensagem foi passada, a certeza da missão cumprida.Em 2003, comemorando 30 anos do primeiro lançamento solo de Raul, chegou às lojas “Anarkilópolis”. O álbum é, na verdade, uma compilação de faixas em que grandes nomes da música tiveram participação especial como Sérgio Dias, Pepeu Gomes, Marcelo Nova e Frejat. O destaque, no entanto, ficou com a inédita “Anarkilópolis”, composta e gravada em 1984 e que é considerada a primeira versão de “Cowboy Fora da Lei”.

DISCOGRAFIA


Raul Seixas - 1968 - Rauzito e os Panteras
01. Brincadeira02. Por Quê? Prá Quê?03. Um minuto Mais ( I Will)04. Vera Verinha05. Você Ainda Pode Sonhar (Lucy In The Sky With Dimonds)06. Menina de Amaralina07. Triste Mundo08. Dá-Me Tua Mão09. Alice Maria10. Me Deixa Em Paz11. Trem 10312. O Dorminhoco
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Raul Seixas - 1971 - Sessão das Dez
01. Êta Vida02. Sessão das Dez03. Eu Vou Botar Pra Ferver04. Eu Acho Graça05. Chorinho Inconsequente06. Quero Ir07. Soul Tabarôa08. Todo Mundo Está Feliz09. Aos Trancos E Barrancos10. Eu Não Quero Dizer Nada11. Dr. Paxeco
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Raul Seixas - 1973 - Krig-Ha, Bandolo!
Introdução ( Raul aos 9 anos)01. Mosca na Sopa02. Metamorfose Ambulante03. Dentadura Postiça04. As Minas do Rei Salomão05. A Hora do Trem Passar06. Al Capone07. How Could I Know08. Rockixe09. Cachorro Urubu10. Ouro de Tolo
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Raul Seixas - 1973 - Os 24 Maiores Sucessos Da Era Do Rock
01. Rock Around the Clock02. Blue Suede Shoes03. Tutti Frutti04. Long Tall Sally05. Rua Augusta06. O Bom07. Poor Little Fool08. Bernardine09. Estúpido Cupido (Stupid Cupid)10. Banho de Lua (Tinterella di Luna)11. Lacinhos Cor-de-Rosa (Pink Shoes Laces)12. The Great Pretender13. Diana14. Little Darling15. Oh! Carol16. Runaway17. Marcianita18. É Proibido Fumar19. Pega Ladrão20. Jambalaya21. Shake, Rattle and Roll22. Bop-A-Lena23. Only You24. Vem Quente Que Eu Estou Fervendo
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Raul Seixas - 1974 - Gita
01. Super Heróis02. Medo da Chuva03. As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor04. Água Viva05. Moleque Maravilhoso06. Sessão das 1007. Sociedade Alternativa08. O Trem das Sete09. S O S10. Prelúdio11. Loteria de Babilônia12. Gita
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Raul Seixas - 1975 - Novo Aeon
01. Tente Outra Vez02. Rock do Diabo03. A Maçã04. Eu Sou Egoísta05. Caminhos I06. Tú És o MDC Da Minha Vida07. A Verdade Sobre A Nostalgia08. Para Nóia09. Peixuxa (O Amiguinhos dos Peixes)10. É Fim do Mês11. Sunseed12. Caminhos II13. Novo Aeon
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Raul Seixas - 1976 - Há Dez Mil Anos Atrás
01. Canto Para a Minha Morte02. Meu Amigo Pedro03. Ave Maria da Rua04. Quando Voce Crescer05. O Dia da Saudade06. Eu Também Vou Reclamar07. As Minas do Rei Salomão08. As Minas do Rei Salomão09. O Homem10. Os Números11. Cantiga de Ninar12. Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás
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Raul Seixas - 1977 - O Dia Em Que A Terra Parou
01. Tapanacara02. Maluco Beleza03. O Dia em que a Terra Parou04. No Fundo do Quintal da Escola05. Eu Quero Mesmo06. Sapato 3607. Você08. Sim09. Que Luz É Essa10. De Cabeça pra Baixo
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Raul Seixas - 1977 - Raul Rock Seixas
01. My Way02. Trouble03. The Diary04. My Baby Left Me05. Thirty Days06. Rip It Up07. All I Have To Do Is Dream08. Put Your Head On My Shoulder09. Dear Someone10. Do You Know What It Means To Miss New Orleans11. Lucille12. Corrine Corrina13. Ready Teddy14. Hard Headed Woman15. Baby I Don´t Care16. Just Because17. Bye Bye Love18. Be Bop A Lula19.Love Letters in the Sand20. Hello Mary Lou21. Blue Moon of Kentucky22. Asa Branca
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Raul Seixas - 1978 - Mata Virgem
01. Judas02. As Profecias03. Tá Na Hora04. Planos de Papel05. Conserve Seu Medo06. Negócio É07. Mata Virgem08. Pagando Brabo09. Magia de Amor10. Todo Mundo Explica
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Raul Seixas - 1979 - Por Quem Os Sinos Dobram

01. Ide A Mim Dada02. Diamante de Mendigo03. A Ilha da Fantasia04. Na Rodoviária05. Por Quem os Sinos Dobram06. O Segredo do Universo07. Dá-lhe Que Dá08. Movido a Álcool09. Réquiem para uma Flor
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Raul Seixas - 1980 - Abre-te Sésamo
01. Abre-te Sésamo02. Aluga-se03. Anos 8004. Angela05. Conversa prá Boi Dormir06. Minha Viola07. Rock das "Aranha"08. O Conto do Sábio Chinês09. Só prá Variar10. Baby11. E Meu Pai12. A Beira do Pantanal
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Raul Seixas - 1983 - Raul Seixas
01. DDI (Discagem Direta Interestelar)02. Coisas do Coração03. Coração Noturno04. Não Fosse o Cabral05. Quero Mais06. Lua Cheia07. O Carimbador Maluco08. Segredo da Luz09. Aquela Coisa10. Eu Sou Eu, Nicuri É o Diabo11. Capim Guiné12. Babilina13. So Glad You're Mine
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Raul Seixas - 1983 - Vivo
01. Rock Do Diabo02. So Glad You're Mine03. My Baby Left Me04. Ain't She Sweet05. Do You Know What Means To Miss New Orleans06. Barefoot Ballad07. Blue Moon Of Kentucky-Asa Branca08. Roll Over Beethoven09. Blue Suede Shoes10. Be-Bop-A-Lula11. Rock Das Aranhas12. Maluco Beleza13. Sociedade Alternativa14. Rockixe15. Metamorfose Ambulante16. Trem Das Sete17. Prelúdio18. Medley (Gita-Ouro de Tolo-Eu Nasci Há 10.000)
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Raul Seixas - 1984 - Metrô Linha 743
01. Metrô Linha 74302. O Messias Indeciso03. Meu Piano04. Quero Ser o Homem eu Sou (Dizendo a Verdade)05. Canção do Vento06. Mamãe Eu Não Queria07. Mas I Love You (Prá Ser Feliz)08. Eu Sou Egoísta09. Trem das Sete10. Geração da Luz
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Raul Seixas - 1985 - Let Me Sing My Rock And Roll
01. Introdução (Raul no Estúdio Free/Dez 1979) 02. Let Me Sing, Let Me Sing03. Teddy Boy, Rock e Brilhantina04. Eterno Carnaval05. Caroço de Manga06. Loteria da Babilônia07. Não Pare na Pista08. Como Vovó Já Dizia09. Um Som para Laio10. Rua Augusta11. O Bom12. Canto para Minha Morte13. Love is Magick14. Blue Moon of Kentucky15. Asa Branca16. 2ª parte da introdução
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Raul Seixas - 1986 - Raul Rock Seixas Vol. 2
01. As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor 02. Não Pare na Pista03. Tu És o MDC da Minha Vida04. A Verdade Sobre a Nostalgia05. Teddy Boy, Rock e Brilhantina06. Loteria da Babilônia07. Como Vovó Já Dizia08. Al Capone09. Ave Maria da Rua10. Um Som para Laio11. Rockixe12. S.O.S.
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Raul Seixas - 1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!

01. Abertura02. Quando Acabar o Maluco Sou Eu03. Cowboy Fora da Lei04. Para Nóia II05. I Am (Gita)06. Cambalache07. Loba08. Canceriano Sem Lar (Clínica Tobias Blues)09. Gente10. Cantar
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Raul Seixas - 1988 - A pedra do Gênesis

01. A Pedra do Gênesis02. A Lei03. Check Up04. Fazendo o que o Diabo Gosta05. Cavalos Calados06. Não Quero Mais Andar na Contra-Mão07. I Don´t Really Need You Anymore08. Lua Bonita09. Senhora Dona Persona10. Areia na Ampulheta
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Raul Seixas - 1989 - A Panela do Diabo
01. Be Bop A Lula02. Rock'n'Roll03. Carpinteiro do Universo04. Quando Eu Morri05. Banquete de Lixo06. Pastor João e a Igreja Invisível07. Século XXI08. Nuit09. Best Seller10. Você Roubou Meu Videocassete11. Cãimbra no Pé
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Raul Seixas - 1992 - O Baú do Raul
01. Medley: Apres. Tv: Be Bop a Lula/ Jailhouse Rock02. Nanny03. How Could I Know04. Let Me Sing, Let Me Sing05. Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo06. Metamorfose Ambulante07. Ouro de Tolo08. Todo Mundo Explica09. Can´t Help Falling in Love10. Wee Wee Hours11. Keeps on a Raining12. Kansas City13. Honey Don´t14. I´ll Cry Instead15. Sou o que Sou
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Raul Seixas - 1995 - Se O Rádio Não Toca
01. Medley/Al Capone/Rockie/Prelúdio02. Se O Rádio Não Toca03. Loteria De Babilônia04. Água Viva05. Lua Bonita06. Monólogo07. Sessão Das Dez08. Gita09. Como Vovó Já Dizia10. As Aventuras De Raul Seixas Na Cidade11. S.O.S.12. Metamorfose Ambulante13. O Trem Das Sete14. Não Pare Na Pista15. Sociedade Alternativa16. Rock Around The Clock
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Raul Seixas - 1998 - Documento
01. Love is Magick02. Morning Train (O Trem das Sete)03. Faça, Fuce, Force04. Blue Moon of Kentucky05. Orange Juice (S.O.S.)06. Check Up07. How Could I Know08. Rockixe09. White Wings (Asa Branca)10. Fool's Gold (Ouro de Tolo)11. Let Me Sing, Let Me Sing12. Se o Rádio Não Toca13. É Fim de Mês
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Raul Seixas - 1998 - MPB No JT Ao Vivo
01. Rock Das Aranhas02. Maluco Beleza03. Sociedade Alternativa04. Metamorfose Ambulante05. Medley=Gita-Ouro de Tolo-Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás06. Medley=Al Capone-Rockixe-Prelúdio-Como Você07. S.O.S.08. O Trem Das Sete09. Não Pare Na Pista10. Rock Around The Clock11. Carimbador Maluco12. Capim-Guiné
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Copiado de :Brmidia

Os Filhos - Gibran Kahlil Gibran



Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
Gibran Kahlil Gibran

Copiado de:AmigosdoFreud

Gibran Kahlil Gibran



Gibran Kahlil Gibran nasceu em 6 de dezembro de 1883, em Bsharri, nas montanhas do Líbano. Tinha oito anos quando, um dia, um temporal se abateu sobre sua cidade. Gibran olhou, fascinado, para a natureza em fúria e, estando sua mãe ocupada, abriu a porta e saiu correndo com os ventos. Quando a mãe, apavorada, o alcançou e repreendeu, ele lhe respondeu com todo o ardor de suas paixões nascentes: "Mas, mamãe, eu gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!" (Um de seus livros em árabe será intitulado Temporais).
Emigra para os Estados Unidos em 1894, com a mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs Mariana e Sultane. Foram morar em Boston mas o pai permaneceu em Bsharri.
Voltou ao Líbano para completar seus estudos árabes. Matriculando-se no Colégio da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que procurava acalmar sua ambição impaciente, dizendo-lhe que uma escada deve ser galgada degrau por degrau, Gibran respondeu: "Mas as águias não usam escadas!"

Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Nesta época, Gibran começou a escrever poemas e meditações para Al-Muhajer (O Emigrante), um jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, cheio de música, imagens e símbolos, atraiu a atenção do Mundo Árabe. Além de escrever ele desenhava e pintava. Uma exposição de seus primeiros quadros despertou o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskell, que lhe ofereceu custear seus estudos artísticos em Paris. Em Paris, estudou na Académie Julien trabalhando freneticamente. Em 1910, volta para Boston e, no mesmo ano, muda-se para Nova York, onde permaneceu até o fim da vida. Morava só num apartamento sóbrio que ele e seus amigos chamam As-Saumaa (O Eremitério).

Gibran reunia em volta de si uma plêiade de escritores libaneses e sírios que, embora estabelecidos nos Estados Unidos, escreviam em árabe com idênticos anseios de renovação. O grupo forma uma academia literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia (A Liga Literária), e que muito contribuiu para o renascimento das letras árabes. Seus porta-vozes foram, sucessivamente, duas revistas árabes editadas em Nova York: Al-Funun (As Artes) e As-Saieh (O Errante).

Ao mesmo tempo em que escrevia, Gibran se dedicava a desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo mesmo idealismo que lhe inspirou os livros, distingue-se pela beleza e a pureza das formas. Todos os seus livros em inglês foram por ele ilustrados com desenhos evocativos e místicos, de interpretação às vezes difícil, mas de profunda inspiração. Seus quadros foram expostos várias vezes com êxito em Boston e Nova York. Seus desenhos de personalidades históricas são também célebres.

Gibran morreu em 10 de abril de 1931, no Hospital São Vicente, em Nova York, no decorrer de uma crise pulmonar que o deixara inconsciente. O seu corpo, levado para o Líbano e repousa na cripta do Mosteiro de Mar Sarkis, em Bsharri, sua cidade natal.

Copiado de: AmigosDoFreud

Vida - Charles Chaplin



“Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis”.
Já fiz coisas por impulso, Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
Já dei risada quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas, mas "quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só pra escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e...
...tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida... e você também não deveria passar. Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e
A vida é muito,para ser insignificante"

Charles Chaplin

Copiado de: AmigosDoFreud
O ETANOL E A INVASÃO ESTRANGEIRA

Altamiro Borges (*)

A revista empresarial Exame, no seu anuário do agronegócios publicado neste mês, confirma: o capital estrangeiro está invadindo as terras brasileiras. O etanol é o motivo desta gula. Apresentado como fonte alternativa de energia, num mundo em que o combustível fóssil, o petróleo, dá sinais de fadiga e agrava perigosamente o aquecimento global, este derivado do álcool é a nova coqueluche das multinacionais e dos especuladores. Já o Brasil, por suas enormes vantagens comparativas - abundância e qualidade das terras, preço relativamente baixo das propriedades, mão-de-obra barata e capacidade tecnológica - surge como uma "janela de oportunidades", para citar um termo da moda, para os saqueadores capitalistas.

"Num ritmo febril, têm sido anunciadas quase a cada semana novas parcerias, operações de compra e organização de fundos de investimento destinados a colocar dinheiro na produção de álcool no país. De acordo com a consultoria Datagro, os estrangeiros investiram 2,2 bilhões de dólares no setor desde 2000", festeja a revista. "Da lista das dez maiores empresas do setor no Brasil, quatro já possuem participação de capital estrangeiro: Cosan, Bonfim, LDC Bioenergia e Guarani. Uma quinta companhia, a Santa Elisa, fez recentemente parceria com a americana Global Foods para constituir a Companhia Nacional de Açúcar e Álcool, cujo plano é investir R$ 2 bilhões na construção de quatro usinas em Goiás e Minas Gerais".

"Líder do mercado mundial"
Ainda segundo a revista empresarial, "é fácil entender o motivo de tanto interesse de grupos estrangeiros. Maior produtor mundial de cana-de-açúcar, o Brasil disputa a liderança do mercado de etanol com os EUA, que faz álcool combustível do milho. A meta dos americanos, reafirmada pelo presidente George W. Bush durante recente visita ao Brasil, é reduzir o consumo de combustíveis fósseis em 20% até 2017. Isso significa que, nos próximos dez anos, somente nos Estados Unidos a demanda por etanol pode atingir 132 bilhões de litros por ano. É mais de três vezes a atual produção mundial de etanol".

Da produção mundial de 40 bilhões de litros, o Brasil é responsável por uma fatia de cerca de 16 bilhões, mas tem reais possibilidades de aumentar a sua participação. O país é de longe o fabricante mais eficiente, com um custo de produção de US$ 0,22 por litro de etanol, diante de 0,30 dos EUA e de 0,53 da União Européia. Além disso, comemora a revista, "tem área suficiente para multiplicar as plantações e atender o esperado aumento da demanda. Segundo a Datagro, a quantidade de cana moída no país deverá aumentar de 473 milhões de toneladas na próxima safra para 700 milhões em 2014. Isso vai exigir investimentos em 114 novas usinas - hoje o Brasil tem 357 unidades em operação e outras 43 em construção".

A gula dos especuladores
Como um típico folheto publicitário, a revista da Editora Abril enaltece os especuladores que descobriram este filão. "O melhor exemplo é o megainvestidor húngaro George Soros, dono de uma fortuna estimada em US$ 8,5 bilhões. Ele se tornou um dos sócios da Adecoagro, que comprou a Usina Monte Alegre, em Minas Gerais, e está construindo uma nova usina em Mato Grosso do Sul... Outro investidor que decidiu apostar no etanol brasileiro é o bilionário indiano Vinod Khosla, um capitalista de risco que fez fortuna nos EUA com suas tacadas certeiras [inclusive bancando o Google]... Khosla é sócio da Brazil Renewable Energy Company (Brenco), empresa lançada em março por Henri Phillipe Reichstul, ex-presidente da Petrobras". Outro sócio da Brenco é o australiano James Wolfensohon, ex-presidente do Banco Mundial. Os especuladores, num mundo dominado pela ditadura do capital financeiro, são os maiores interessados nesta nova fonte de riqueza - e até se travestem, na maior caradura, de ecologistas. Entre os fundos de investimentos que já abocanharam terras brasileiras, a Exame cita a estadunidense Kidd&Company, que detém o controle da usina Coopernavi e participa da empresa Infinity Bio-Energy em conjunto com a corretora Merrill Lynch. A Infinity já é dona de quatro usinas no país e, no ano passado, arrecadou US$ 300 milhões nos mercados financeiros exclusivamente para investir no setor sucroalcooleiro nacional. "Não foi difícil convencer os estrangeiros a investir no etanol do Brasil, pois eles já tinham a percepção das vantagens comparativas do país", explica Sérgio Thompson Flores, principal executivo da Infinity.

Soros, Gates e outros "ecologistas"
Já a poderosa Cargill, com faturamento R$ 10,9 bilhões no país e forte domínio no setor dos transgênicos, adquiriu em junho passado o controle acionário da Cevasa, no interior paulista. Outro gigante da área, a Bunge, tentou abocanhar a Usina Vale do Rosário, a terceira maior produtora de açúcar e álcool do país - mas as negociações empacaram. Já o grupo Pacific Ethanol, que tem como sócio o bilionário Bill Gates, dono da Microsoft, contratou a consultoria KPMG para coordenar sua expansão no Brasil. "Há sete anos, eu tinha um único cliente em operações de fusões e aquisições interessado no etanol brasileiro. Hoje, 80% de minha carteira é formada por interessados nesse setor", revela André Castelo Branco, sócio da KPMG.

Mas não são apenas as multinacionais estadunidenses que estão de olho nas terras brasileiras. Há também fortes corporações européias e japonesas. Ainda segundo a revista Exame, um "investidor de risco", nome fantasia dado aos especuladores, é o grupo francês Louis Dreyfus, que já controla as usinas Luciânia, em Minas Gerais, e Cresciumal e São Carlos, no interior paulista, e que comprou, em fevereiro último, quatro usinas do grupo pernambucano Tavares de Melo. Já o grupo Tereos, também de origem francesa, tem 6,3% de participação na Cosan, 47,5% da Franco Brasileira de Açúcar e 100% da Açúcar Guarani.

"Terras e mão-de-obra baratas"
O anuário do agronegócio da revista Exame só corrobora outras informações que tem pipocado na mídia. A mesma publicação já havia antecipado em abril passado "a nova onda de investidores estrangeiros em terras brasileiras". Dava conta que o fazendeiro australiano Robert Newel tinha investido US$ 4,5 milhões na compra de 11.350 hectares no município de Rosário, no oeste da Bahia, e que o multibilionário fundo de pensão da Califórnia (EUA), o Calpers, era dono de 23 mil hectares de terras nos estados do Paraná e de Santa Catarina. "Além do aceso à terra e mão-de-obra muito mais baratas, venho do continente mais seco do mundo e posso dizer que Rosário é um verdadeiro paraíso para a agricultura", explicou Newel.

Segundo o artigo, esta seria a segunda onda de investimentos externos no campo brasileiro. "No primeiro movimento, ocorrido no início desta década, alguns fazendeiros, sobretudo norte-americanos, começaram a investir no país, atraídos pelo baixo custo da mão-de-obra e das propriedades. Um hectare de terra nos EUA chega a custar mais do que o triplo... O novo fluxo de capital estrangeiro alimenta-se de fenômenos mais recentes [como a produção de combustíveis renováveis]. Além das vantagens naturais como o clima e abundância de água, o Brasil dispõe hoje da maior área para incrementar a produção no campo. Estima-se que existam cerca de 90 milhões de hectares ainda inexplorados e prontos para a atividade agrícola".

Propaganda na internet
A tendência é que a gula dos investidores estrangeiros aumente muito mais. A advogada Isabel Franco, do escritório Demarest&Almeida que presta assessoria aos ricaços, garante: "É dinheiro grosso chegando por ai". Anderson Galvão, da consultoria Céleres, concorda: "Eles estão muito interessados e dinheiro é o que não falta". Sua empresa foi contratada por quatro fundos estrangeiros que já dispõe de cerca de US$ 400 milhões para a aquisição de fazendas no Brasil. Toda esta euforia decorre da "exuberância irracional" do sistema capitalista. Enquanto o planeta padece na miséria, os rentistas já investiram nos primeiros cinco meses do 2,18 trilhões de dólares (4,25 trilhões de reais) em fusões e aquisições de empresas no mundo.

A produção de etanol no Brasil se torna um negócio altamente lucrativo para estes capitais especulativos, inclusive para os predatórios fundos private equity, especializados na compra de propriedades. O boom é tão violento que já existem sites na internet fazendo propaganda do agronegócios no país. Elas oferecem pacotes de viagens para os interessados em visitar fazendas no país. O endereço de um desses serviços, o da consultoria AgBrazil, contém na primeira página a mensagem: "Welcome to a world of opportunities" (bem-vindo a um mundo de oportunidades). Segundo Plilip Warnken, dono da AgBrazil, sediada em Columbia, no Missouri (EUA), "as oportunidades do agronegócio brasileiro superam a imaginação".

Negócios dos ricos e famosos
Reportagem do jornal O Globo, do início de junho, revela que o etanol "entrou na agenda de negócios dos ricos e famosos". Figurões do esporte, do mercado financeiro e até ex-membros do governo já entraram em campo. Entre outros, ela cita dois ex-presidentes do Banco Central na gestão de FHC, Gustavo Franco e Armínio Fraga, e dois ex-ministros do governo Lula, Luis Fernando Furlan e Roberto Rodrigues. Logo que deixou o Ministério da Agricultura, Rodrigues se uniu a Jeb Bush, irmão do presidente dos EUA, ao presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Alberto Moreno, e ao ex-primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, para montar uma consultoria com o objetivo de divulgar o etanol pelo mundo.

A reportagem também dá destaque ao ex-presidente da Petrobras, Henri Phillipe Reichstul, líder de um megafundo de investimentos que teria US$ 2 bilhões destinados ao etanol. Outra figura de peso é o todo-poderoso da Ambev, Jorge Paulo Lemann, segundo homem mais rico do Brasil. Ainda circulam rumores de que Naji Nahas - símbolo da especulação nacional - estuda projetos nesta área. "Este é o mercado do futuro", afirma o presidente da Ethanol Trading, Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no governo FHC. O lucro fácil também já atraiu o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, que comprou recentemente cem mil hectares da terra no Pará.

Explosão do preço do hectare
Desde a criminosa onda de privatizações do governo FHC, o país não assistia um volume tão grande de investimentos estrangeiros diretos. Somente nos três primeiros meses de 2007, o Banco Central registrou o ingresso de US$ 6,5 bilhões - aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. O maior responsável por este aumento recorde foi o etanol. A gula por terras nativas é tanta que já se observa uma violenta alta dos preços no campo. "Na corrida para não ficar de fora desse mercado, quem quiser adquirir uma usina brasileira deve se dispor a pagar, hoje, mais que o dobro do valor médio registrado em 2005... Mesmo com a disparada dos valores, não faltam interessados em abrir o cofre", aconselha a Exame.

Reportagem do jornal O Globo do início de junho atesta que "o crescimento dos projetos envolvendo o plantio de cana-de-açúcar e a produção do etanol fez explodirem os preços das terras no país". Em abril passado, o valor do hectare atingiu o seu pico histórico. Na Zona da Mata de Alagoas, o preço subiu 84%; em Araraquara, interior paulista, o hectare se valorizou em 70% e a cana já está ocupando o espaço antes reservado aos grãos e as pastagens. "Há dois anos atrás, só se falava em soja. Agora, a vedete é o etanol. Esta inflação está estritamente ligada ao etanol", confirma a engenheira agrônoma Jacqueline Dettman. A cana já ocupa 3,4 milhões de hectares em São Paulo, o equivalente a 52% do plantio do produto no país.

O real perigo da desnacionalização
Na sua obsessão pelo crescimento, o governo Lula parece não medir as conseqüências da célere invasão estrangeira. Há várias linhas de crédito, inclusive do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para bancar as poderosas multinacionais e os barões do agronegócios nativos. Segundo o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), presidente da Subcomissão de Política Agrícola da Câmara, há estudos para repassar verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), criado para subsidiar o seguro-desemprego e outros programas sociais, para refinanciar as dividas dos produtores rurais - calculada em R$ 4 bilhões. O objetivo seria exatamente o de alavancar a construção de usinas e a produção do etanol.

Há um certo consenso de que a produção de biocombustíveis é uma necessidade imperiosa na atualidade. Diante dos sinais de fadiga do petróleo e dos efeitos destrutivos deste combustível fóssil, até as entidades ambientalistas menos ortodoxas concordam que é urgente investir em fontes alternativas de energia. Por outro lado, o Brasil, por suas inúmeras vantagens comparativas, surge com todas as condições de explorar de maneira sustentável esta nova matriz energética. Mas as possibilidades do etanol não devem embriagar os setores mais críticos da sociedade. Há muitos riscos neste campo. A atual febre do etanol indica que ou Brasil adota mecanismos para proteger a sua economia ou o processo de desnacionalização, concentração de terras e precarização do trabalho será inevitável!

(*) Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro "Venezuela: originalidade e ousadia" (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição)

Fonte:FazendoMedia

sábado, 23 de junho de 2007

A Rosa de Hiroshima - Ney Matogrosso

Balada do louco - Ney Matogrosso

Secos & Molhados na Tupy

The Doors Live - Hollywood Bowl 1968

Led Zeppelin - Live Aid 1985

Montagem: Mr Bad Guy

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A banda tocou naquele que foi o festival de maiores proporções na história do rock e subiu ao palco do estádio JKF, na Filadélfia, com Phil Collins na batera, tocando clássicos como "Rock and Roll", "Whole Lotta Love" e "Stairway to Heaven". Foi a primeira vez que os integrantes do Led Zeppelin tentaram algo que se assemelhasse a uma reunião.

Formação:

Robert Plant (Vocais; Tamborim)
Jimmy Page (Guitarra)
John Paul Jones (Teclados; Baixo)
Paul Martinez (Baixo)
Tony Thompson (do Power Station) (Bateria)
Phil Collins (convidado: Bateria)

Nota: Com a morte de John Bonham, os outros membros da banda decidiram nunca tocar com o nome Led Zeppelin; "Sem Bonham, não há Led Zeppelin" disse Robert Plant. Então, a pedido deles, foram creditados como "Page, Plant e Jones" no livro oficial do Live Aid.


Live Aid 1985

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01. In the Air Tonight (Phil Collins - Vocais)
02. Rock and Roll
03. Whole Lotta Love
04. Stairway to Heaven
05. Interview

Cidadania e a imagem da mulher na TV brasileira



Inês Virginia Prado Soares


No final de março deste ano, diversas ONGs e associações ligadas ao movimento defesa das mulheres ingressaram, em São Paulo, com uma representação na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) do Ministério Público Federal. A denúncia é de que a programação televisiva, de modo geral, não retrata a imagem da mulher na perspectiva da diversidade feminina, o que contribui para a manutenção e o fortalecimento de situações discriminatórias.

A partir dessa denúncia, a PRDC realizou no auditório da Procuradoria da República/SP, em 23/04, uma audiência pública que contou com a presença das emissoras de TV brasileiras e diversos segmentos da sociedade civil, principalmente ligados aos movimentos em defesa dos direitos das mulheres. Da audiência ficou combinado que as emissoras, separadamente, receberiam um Comitê de mulheres para o assunto da imagem da mulher na TV brasileira. Após esse encontro com as emissoras, que se deu no curso no mês de maio, as partes voltaram a se reunir no Ministério Público Federal no dia 14/06. Essa reunião teve um tom menos cordial que as outras e um dos principais motivos desse tom foi a completa ausência de aceitação, por parte das emissoras, de qualquer mudança na programação, com a finalidade de atender o pleito do movimento feminista.

Sob o manto da liberdade de expressão e do repúdio à censura, as emissoras de TV firmam a visão absolutamente equivocada de que o concessionário pode criar demandas e necessidades, bem como justificar a desigualdade, conformando e perpetuando situações injustas. Na fala das emissoras em relação à mudança da programação televisiva para retratar as mulheres brasileiras dentro da realidade de nosso país, não existe a percepção de que a concessão pública que lhes foi outorgada tem forte responsabilidade social e deve ter como finalidade principal a transmissão de entretenimento e informação aos telespectadores de acordo com os anseios da sociedade e não dos grupos dominantes e dos interesses dos anunciantes.

Para quem assiste a programação existe o direito cultural de ver veiculado um conteúdo que respeite as diferenças e a diversidade e que promova os valores sociais e culturais importantes para a redução das desigualdades entre os sexos. Por isso, para a efetividade do direito cultural da sociedade, é preciso que haja acesso e liberdade do público. Essa liberdade não pode ser reduzida à mudança do canal de TV na tentativa de encontrar uma programação mais adequada e menos discriminatória.

Para a construção da igualdade material, o telespectador tem direito de ver transmitidas programações que tragam valores que atendam aos vários setores da sociedade. Tem, também, direito de não ver a imagem das mulheres ser reproduzida ou criada totalmente em desacordo com a realidade, como acontece com a imagem das mulheres na TV brasileira. Claro, que o dever de implementação e resguardo desses direitos cabe ao Estado e às emissoras de televisão.

Inês Virginia Prado Soares é Procuradora da República em SP, Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Substituta e Presidente do IEDC- Instituto de Estudos “Direito e Cidadania”.

Conceitos dinâmicos de propriedade
José Rodrigues
Dos flanelinhas que defendem seus "pontos" nas vias públicas, ao Império Romano, ou dos traficantes, que exploram "bocas" com exclusividade, aos domínios da Microsoft, permeia a propriedade. Os fisiocratas do Século XVIII, com Quesnay e Turgot, afirmavam que toda a riqueza provinha da natureza, enquanto para Adam Smith (1723-1790), da escola liberal, a riqueza resulta do trabalho.A Revolução Francesa, deflagrada um ano antes da morte do iluminista Adam Smith, viria revolucionar tanto a propriedade quanto o trabalho, transformando-se em inspiração para outras revoluções e, mais tarde, de várias constituições de países. A tese espírita da propriedade foi anunciada menos de um século depois, de caráter absolutamente universal e talvez por isso venha a manter-se com atualidade, sem tempo para ser esgotada. Sua leitura em O Livro dos Espíritos, mesmo assim, parece ter um fulcro do tempo em que foi exposta, ou seja, a propriedade como algo material, no conceito econômico, infungível. Ocorre que tempos posteriores conheceriam novos entendimentos sobre bens, com mudanças de curta duração.No tempo mais recente, os conceitos de propriedade intelectual e sua derivação virtual, ganham importância nas defesas de seus autores. O valor do saber, do conhecimento, surge vantajoso na competição, enquanto as questões ambientais, sequer sonhadas pelos Espíritos dos meados do Século XIX, avolumam-se, com repercussões econômicas indiscutíveis. De fato, qualquer tese que queira ser moderna não pode prescindir de duas componentes: a melhor repartição da riqueza e a sustentabilidade do ambiente. Por sequência, uma fórmula química, uma partitura, um trabalho de pesquisa, em qualquer campo, são propriedades pessoais ou empresariais, que podem ser disponibilizados a gosto de seus autores, de graça ou a troco de dinheiro.Mais à frente, o fenômeno Bill Gates, dono da Microsoft, criou valores, com base no campo virtual, que assustam aos proprietários de bens físicos. Essa empresa tem um valor de mercado( US$ 60 bilhões) equivalente a oito vezes seu balanço contábil. Valores de portais na net, alguns recentemente criados por jovens quem não usam paletó ou gravata, assumem grandezas extraordinárias, tudo pelo seu potencial de comunicação, paradoxalmente, sobre algo mutável no essencial, "que não existe", diria, o mundo virtual.O desafio de legitimar essa "propriedade" é o mesmo aplicado a bens físicos, usuais ao tempo de Kardec (1804-1869). Mas, de certo modo, aquela propriedade só existe se for constantemente mutável, resultado da corrida do saber e da tecnologia. Daí, a rápida obsolescência dos aplicativos e programas de informática, bem como dos respectivos equipamentos. Digamos que nós, consumidores, é quem legitimamos a propriedade em torno do mundo virtual.As questões ambientais, que tendem a crescer, surgem como novo aditivo em termos de propriedade e sua legitimação. Os Espíritos cravaram que legítima é a propriedade adquirida sem prejuízo para os outros. O ingrediente da sustentabilidade (as ações produtivas devem garantir o bem-estar de gerações futuras) é uma exigência econômica de vulto, tanto que nações como os Estados Unidos se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto, regulador de emissões de gás carbônico para a atmosfera. Vale dizer que uma ação econômica que não respeite o ambiente, segundo os padrões agora exigidos, colidirá com a tese dos Espíritos.Sobre a renda, há uma discussão interessante. O homem tem buscado não só a sobrevivência confortável, como a acumulação de bens, o aumento da riqueza. Para tanto, ele (nós) despendemos esforços, até acima do razoável. Enquanto outra motivação não se impõe, convém conhecer-se o pensamento de Adam Smith a respeito. Em síntese, o economista escocês disse que cada indivíduo procura seu próprio ganho, mas é como se fosse levado por "uma mão invisível" para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção. "Perseguindo seus próprios interesses, frequentemente promove os da sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo".A tese smithiana é verdadeira, mas à luz da solidariedade, é melancólica. Aí está "primeiro eu" e para os outros, "a sobra". Essa busca, que ainda reflete "o espírito animal" do homem, deve ser um foco de mudanças.Allan Kardec perguntou se o desejo de possuir é natural. "Sim, mas quando o homem só deseja para si e para sua satisfação pessoal, é egoismo. Há homens insaciáveis...", disseram os Espíritos. É nessas bases, no entanto, que o mundo se apóia em maior medida e as experiências históricas que tentaram apressar a repartição das riquezas, via decreto ou fusil, tiveram que mudar de meios. No contra-ponto está a "mão invisível" de Smith, de natureza expontânea, que ficaria bem melhor com a visão da imortalidade, antecedida da certeza de que levamos para outros planos apenas os valores da experiência e do conhecimento.
José Rodrigues, jornalista e economista, integra o Centro Espírita Allan Kardec, de Santos.