Introdução
As sociedades e Estados ocidentais caminham inexoravelmente para
condições que aparentam barbárie; acontecem mudanças estruturais que
invertem décadas de benefícios sociais e submetem os trabalhadores,
recursos naturais e a riqueza das nações à exploração, pilhagem e roubo,
baixando o nível de vida e criando patamares de descontentamento sem
precedentes.
A barbárie torna-se mais evidente nas guerras genocidas, organizadas
e dirigidas pelos EUA e pela Europa Ocidental. A destruição imperial de
sociedades inteiras é acompanhada pela desarticulação, assassínios e
exílio do actual núcleo científico secular e artístico da sociedade
iraquiana e pelo fomento de conflitos étnico-religiosos retrógrados e
sátrapas. A barbárie imperial manifesta-se na aplicação sistemática de
castigos cruéis e pouco habituais, torturas sancionadas pelo governo e
assassinatos transfronteiras fazendo parte da política de Estado. O
imperialismo bárbaro é conduzido pelos militaristas e sionistas que
tentam destruir os adversários, as suas economias e sociedades, em
contraste com os imperialistas tradicionais que procuram controlar e
explorar os recursos e os trabalhadores especializados. As práticas
barbáricas são o resultado dos formuladores das políticas e os seus
assessores infiltrados em instituições barbáricas: médicos e psicólogos
aconselham e participam nas torturas; académicos propagam doutrinas
(«guerras justas») que defendem guerras bárbaras; responsáveis militares
projectam e praticam crimes contra a humanidade para garantir
promoções, salários maiores e pensões lucrativas. Os grandes meios de
comunicação social transmitem os eufemismos triunfalistas oficiais
apoiando os deslocamentos em massa das populações, atribuindo crimes de
guerra às vítimas e aplaudindo os carrascos. Em suma, a barbárie começa
com a elite urbana e filtra até ao trabalhador manual provinciano.
Vamos continuar definindo os processos económicos, políticos e
militares que impulsionam o processo de declínio e decomposição e seguir
com um relato da resposta popular das massas às suas condições em
deterioração. As profundas mudanças estruturais que acompanham o
crescimento da barbárie tornam-se a base para analisar as perspectivas
do socialismo no século XXI.
A Onda Crescente da Barbárie
Na sociedade antiga a «barbárie» e os seus portadores, «os
bárbaros», foram encarados como ameaças de invasores exteriores de
regiões afastadas que desciam sobre Roma e Atenas. Nas sociedades
ocidentais contemporâneas, os bárbaros vieram de dentro, da elite da
sociedade, apostados em impor uma nova ordem que destrói o tecido social
e a base produtiva da sociedade, transformando meios de vida estáveis
num dia a dia inseguro e em deterioração.
A chave para a barbárie contemporânea encontra-se nas profundas estruturas do Estado e da economia. Elas incluem:
1. A ascendência de uma elite financeira e especulativa que pilhou
biliões de dólares dos aforristas, investidores, pessoas com hipotecas,
consumidores e Estados, sugando enormes recursos da economia produtiva
para uma elite parasitária infiltrada dentro do Estado e numa economia
de papel.
2. Uma elite política militarista que se encontra num estado de guerra
permanente desde os meados do século passado. Guerras intermináveis,
assassínios transfronteiras, terrorismo de Estado, suspensão das
garantias tradicionais levaram a uma concentração de poderes
ditatoriais, prisões arbitrárias, torturas e negação de habeas corpus.
3. No meio de uma profunda recessão económica, grandes gastos do Estado
na construção de um império económico e militar à custa da economia
interna e o nível de vida reflectem a subordinação da economia local às
actividades do Estado imperial.
4. Crimes e corrupção ao mais alto nível, em todas as esferas da
actividade do Estado e negócios – desde as compras do Estado às
privatizações, aos subsídios para os super-ricos – estimulam o
crescimento do crime internacional de cima para baixo, a lumpenização da classe capitalista e um Estado onde a lei e ordem caíram em desgraça.
5. Como resultado dos grandes custos de construção do império e da
pilhagem pela oligarquia financeira, o peso socio-económico recaiu em
cheio sobre os ombros dos salários e trabalhadores assalariados,
pensionistas e trabalhadores por conta própria, criando um abaixamento
da mobilidade a longo prazo e em larga escala. Com a perda de empregos e
a perda de empregos bem remunerados, a execução de hipotecas dispara em
flecha e a classe média estável e trabalhadora encolhe e é obrigada a
aumentar as suas horas e anos de trabalho.
6. À medida que as guerras imperiais se espalham pelo mundo atingindo
populações inteiras, com bombardeamentos continuados e operações de
terror clandestinas, geram-se redes de terroristas opositoras que também
atingem civis nos mercados, nos transportes e nos espaços públicos. O
mundo parece um mundo Hobbesiano, sem regras, de «todos contra todos».
Na realidade, o «mundo occidental» (EUA/UE/NATO/Israel e seus
satélites) estão empenhados numa «guerra total» contra os povos do
mundo, que resistem a submissão imperialista e sionista. A «guerra
total» tal como é praticada pelo Ocidente, significa que
(a) não existe distinção entre alvos militares e civis – todos são
sempre considerados dignos de destruição. Num sentido perverso de ironia
totalitária, ao bombardear os civis, os poderes imperiais transformam
uma guerra de guerrilha numa «guerra popular»: guerras totais unem
comunidades, famílias, clãs aos lutadores da resistência.
(b) As guerras totais utilizam todos os meios para aniquilar o inimigo –
armas de envenenamento em massa (urânio enfraquecido), esquadrões de
morte, execuções sumárias, bombardeamento indiscriminado de aldeias com drones teleguiados,
prisões em massa de homens adultos nas regiões de grande conflito. Como
resultado da «guerra total» imperial como padrão de conflito, a
oposição replica, atingindo civis, incluindo professores, médicos e
tradutores utilizados pelas agências internacionais.
7. O crescente extremismo étnico-religioso ligado ao militarismo existe
entre os cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, substituindo a
solidariedade internacional de classe por doutrinas de supremacia racial
e penetrando com profundidade as estruturas do Estado e da sociedade,
Um dos mais flagrantes resultados do período pós 2ª Guerra Mundial tem
sido a influência sem precedentes da configuração do poder
Judaico-Sionista e o seu papel central dentro do Estado imperial dos
EUA, juntando as bárbaras práticas imperiais dos EUA e Israelitas. Essas
incluem torturas sistemáticas, sanções económicas, bombardeamento de
civis e outros crimes contra a humanidade. Às longas guerras de Israel
contra os povos árabes e muçulmanos – mais de 60 anos e continuam –
juntam-se agora aos estrategas sionistas em Washington que promovem
guerras prolongadas, em série e que seguem a agenda israelita incitando
uma islamofobia histérica através dos grandes meios de comunicação
social e a academia. Hoje, o Judeo-fascismo está infiltrado no governo
israelita (3 ministros), exército, ordens religiosas e sectores
significativos da população.
8. O desaparecimento do colectivismo providêncial Europeu e Asiático –
na ex-URSS e China – retirou as pressões de competição sobre o
capitalismo ocidental e animou-o a revogar todas as concessões de
previdência concedidas aos trabalhadores no período pós 2ª Guerra
Mundial.
9. O desaparecimento do Comunismo e a integração da social-democracia no
sistema capitalista conduziu a um forte enfraquecimento da Esquerda,
que os protestos sociais esporádicos dos movimentos sociais não
conseguiram substituir.
10. Tendo em vista o actual ataque em grande escala contra o nível de
vida dos trabalhadores e da classe média, existem protestos ocasionais
na melhor das hipóteses e impotência política no mínimo.
11. A exploração maciva do trabalho nas sociedades pós-revolucionárias,
como na China e Vietname, inclui a exclusão de centenas de milhões de
trabalhadores emigrantes dos serviços públicos elementares de ensino e
saúde. A pilhagem sem precedentes e o confisco pelos oligarcas
domésticos e multinacionais de milhares de empresas públicas
estratégicas lucrativas na Rússia, nas repúblicas ex-Soviéticas, Europa
do Leste, os Balcãs e países Bálticos representou a maior transferência
da riqueza pública para o privado e no mais curto período de toda a
história.
Em suma, a «barbárie» surgiu como uma realidade definidora, produto
da emergência nos EUA de uma classe parasitária dominante militarista
sionizada e financeira. Os bárbaros estão aqui e agora, presentes dentro
das fronteiras das sociedades e Estados ocidentais. São dominantes e
prosseguem agressivamente uma agenda que reduz continuamente o nível de
vida, transfere a riqueza pública para os seus cofres privados, pilham
recursos públicos, destroem direitos constitucionais na sua busca de
guerras imperiais, segregando e perseguindo milhões de trabalhadores
imigrantes e promovendo a desintegração e diminuição de uma classe média
e trabalhadora estável. Mais do que nunca na história recente, 1% da
população do topo controla uma parte cada vez maior da riqueza e os
recursos nacionais.
Mitos e Realidades do Capitalismo Histórico
O corte, sustentado e em larga escala, dos direitos e disposições
sociais, salários, segurança no emprego, pensões e salários demonstra a
falsidade das ideias de um progresso linear do capitalismo. O
retrocesso, fruto do maior poder da classe capitalista, demonstra a
validade da proposição marxista de que a luta de classes é a força
motora da história – pelo menos, na medida em que a condição humana é
considerada o centro da história.
A segunda premissa falsa é que os Estados com base em «economias de
mercado» precisam da paz e o corolário de que os «mercados» derrotam o
militarismo, é refutada pelo facto de que a economia de mercado
principal, os Estados Unidos, tem estado num estado de guerra constante
desde os princípios de 1940; activamente empenhados em guerras, em
quatro continentes, até aos dias de hoje. Com novas guerras maiores e
mais sangrentas no horizonte. A causa e resultado da guerra permanente, é
o crescimento de um «Estado nacional securitário» monstruoso que não
reconhece quaisquer fronteiras nacionais e absorve a maior parte do
orçamento nacional.
O terceiro mito do capitalismo “avançado” maduro é que ele
revoluciona constantemente a produção através da inovação e da
tecnologia. Com o crescimento da elite militarista e financeira
especulativa, as forças produtivas têm sido pilhadas e a “inovação” fica
principalmente pela criação de instrumentos financeiros que exploram os
investidores, roubam os activos e aniquilam o emprego produtivo.
Enquanto o império cresce, a economia interna diminui, o poder fica
centralizado no executivo, os poderes legislativos são cortados e
nega-se à cidadania uma representatividade real e até mesmo um veto
através de processos eleitorais.
A Resposta das Massas ao Crescimento da Barbárie
O crescimento da barbárie no nosso seio criou uma repulsa pública
maciça contra o seus principais autores. As sondagens mostram
repetidamente:
1. Um desgosto profundo e repulsa contra todos os partidos políticos.
2. Vastas maiorias sentem uma grande desconfiança em relação à elite empresarial e política.
3. Maiorias rejeitam a concentração do poder empresarial e o abuso deste poder, principalmente pelos banqueiros e financeiros.
4. Existe um questionamento generalizado das credenciais democráticas
dos dirigentes políticos que actuam ao mando da elite empresarial e
promovem as políticas repressivas do Estado de segurança nacional.
5. Uma grande maioria rejeita a pilhagem dos cofres do Estado para
salvar os bancos e a elite financeira, ao mesmo tempo que impõem
programas regressivos de austeridade na classe média e trabalhadora.
A Transição do Imperialismo Económico para o Bárbaro
Os EUA têm estado envolvidos em guerras imperiais contínuas há mais
de 60 anos. A guerra tem sido endémica ao sistema imperial: na maioria
dos casos tem sido para garantir recursos económicos, quotas de mercado e
a exploração de mão-de-obra barata. A dialéctica entre expansão militar
e conquista, domínio político através de regimes colaborantes e acesso
económico privilegiado para as corporações multinacionais dos EUA (CMC)
foi efectivamente o carácter definidor do imperialismo dos EUA. Hoje, a
dialéctica imperial já não funciona. O crescimento do capital financeiro
e a fuga das CMC dos EUA para o estrangeiro, para Estados asiáticos
soberanos enfraqueceu o papel do capital industrial como motor da
expansão imperial. Hoje, existem novos mecanismos que fomentam as
guerras imperiais – militarismo e sionismo – que olham para as guerras e
conquista militar como «um fim em si mesmo». Não capturam recursos ou
quotas de mercado, destroem-nos, como demonstram as guerras dos EUA no
Iraque, Afeganistão, Somália, Iémen, Honduras e noutros locais. Estas
guerras destroem a riqueza das nações. Elas enfraquecem o tesouro
americano. Não enriquecem as corporações (excepto temporariamente as
empresas de mercenários de guerra) e não levam a uma remessa de lucros
para os EUA/UE.
As guerras imperiais, que destroem a sociedade civil, o Estado e
desarticulam as sociedades modernas seculares, criam alianças com as
colectividades clericais e étnicas mais retrógradas que compartilham as
tendências assassinas bárbaras dos seus apoiantes e patrocinadores
imperiais.
Perspectivas do Socialismo
As esperanças ténues do socialismo existem fora da Europa e dos
Estados Unidos. Mesmo nas regiões de guerra anti-imperialista de grande
intensidade como no Golfo, Ásia do Sul, o Corno de África, as principais
forças de resistência são dirigidas por movimentos islâmicos que
rejeitam os programas socialistas seculares. Movimentos liderados por
movimentos islâmicos podem enfraquecer o império mas também são contra e
reprimem quaisquer movimentos operários abertamente marxistas. Na
América Latina, os regimes nacionalistas têm enfraquecido o garrote do
imperialismo americano sobre a sua política externa e criaram
oportunidades para que a classe capitalista local ganhasse novos
mercados, mas também se desradicalizaram, desmobilizaram e cooptaram os
antigos movimentos de classe independentes e sindicatos dirigidos pelos
marxistas e socialistas.
Na medida em que o socialismo existe como fenómeno de massas – e não
apenas entre os académicos e os intelectuais que comparecem nas
conferências uns dos outros – encontra-se entre sectores dissidentes dos
mineiros bolivianos, trabalhadores industriais e do sector público,
sindicatos, sectores dos sem-terra brasileiros e espalhando-se entre
minorias nos sindicatos e movimentos camponeses em toda a região.
Somente na Venezuela, com o Presidente Chávez, um programa socialista
tem um apoio popular do Estado e das massas populares, apesar de
co-existirem grandes contradições entre «Estado» e «regime».
Na Ásia, as recentes ondas de greves dos trabalhadores, num quadro
de um passado revolucionário socialista, dá substância à esperança de um
renascimento socialista de massas baseado na militância da classe
operária e do campesinato. O mesmo se aplica ao Vietname, onde a
militância dos trabalhadores procura organizações de classe
independentes contra a exploração selvagem do capital estrangeiro e
oligarcas locais «comunistas». Na Índia, guerrilheiros camponeses
controlam vastas extensões de regiões tribais e estabeleceram um «poder
duplo» em certos domínios, sujeitos a cerco militar e missões de busca e
destruição. Protestos de massas na Grécia, Espanha, França e Itália
mostram uma grande hostilidade dos trabalhadores contra os programas de
austeridade de classe selectivos. Teoricamente, poderiam constituir uma
base para o renascimento de uma política marxista; mas de momento,
nenhum partido revolucionário importante ou movimento existe para
transformar as greves num projecto de poder político.
Embora as perspectivas do socialismo, nomeadamente nos EUA, estejam
bastante distantes e actualmente quase invisíveis, certas situações
poderiam provocar um ressurgimento radical – que infelizmente pode
«virar à direita» antes de olhar para a esquerda. Em qualquer caso, as
perspectivas de socialismo nos EUA e na Europa Ocidental envolvem um
processo longo e difícil, baseado na (re)criação da consciência e
organização de classe.
A ofensiva capitalista tem certamente um grande impacto nas
condições objectivas e subjectivas das classes trabalhadoras e médias,
aumentado a miséria e criando uma onda crescente de descontentamento
pessoal, mas não ainda movimentos anti-capitalistas massivos ou mesmo
uma resistência organizada dinâmica.
Grandes mudanças estruturais requerem um acerto de contas com as
actuais circunstâncias adversas e a identificação de novas entidades e
formas de luta de classes e de transformação.
Um dos principais problemas é a necessidade de recriar uma economia
produtiva e reconstruir um novo operariado industrial, tendo em conta
anos de pilhagem financeira e de desindustrialização. Não
necessariamente as indústrias «sujas» do passado, mas certamente novas
indústrias que utilizem e inventem novos recursos energéticos limpos.
Em segundo lugar, as sociedades capitalistas altamente endividadas
necessitam de uma mudança fundamental no militarismo e construção de
império muito caros para uma espécie de austeridade baseada na classe,
que imponha sacrifícios e reformas estruturais aos sectores da banca,
financeiros e sectores de retalho de grande importação, substituindo
pela produção local as importações de consumo baratas.
Em terceiro lugar, a redução dos sectores financeiro e de retalho
exige a melhoria das qualificações dos trabalhadores e empregados
deslocados, bem como mudanças no sector das TI para se adaptar às
mudanças da economia. Mudanças paradigmáticas do salário em dinheiro
para salário social, em que o ensino público gratuito ao mais alto nível
e cuidados de saúde universais e pensões adequadas substituam o
consumismo financiado pelo endividamento. Estas mudanças podem tornar-se
a base para fortalecer a consciência de classe contra o consumismo
individual.
A questão que se põe é saber como transportar movimentos laborais e
sociais enfraquecidos, fragmentados em retracção ou na defensiva para
uma posição de lançar uma ofensiva anti-capitalista.
Talvez muitos factores subjectivos e objectivos trabalhem para esse
fim. Em primeiro lugar, existe uma rejeição crescente de largas maiorias
contra os políticos incumbentes e em particular contra as elites
financeiras e económicas que são claramente identificadas pela quebra
das condições de vida e desigualdades crescentes. Em segundo lugar,
existe uma opinião popular, partilhada por milhões, de que os actuais
programas de austeridade são claramente injustos – com os trabalhadores a
pagarem pelas crises criadas pela classe capitalista. Contudo, estas
maiorias são mais «anti» situação do que pró transformação. A transição
do descontentamento privado para acção colectiva é uma questão em aberto
sobre quem e como, mas a oportunidade existe.
Vários factores objectivos podem desencadear uma mudança qualitativa
do descontentamento de raiva passivo num movimento anti-capitalista
massivo. Uma recessão muito acentuada, o fim da actual recuperação
anémica e o aparecimento de uma recessão/depressão mais profunda e
prolongada, podem desacreditar ainda mais os actuais governantes e os
seus apoiantes económicos.
Em segundo lugar um período de austeridade interminável e profundo
iria desacreditar a noção actual da classe dirigente da «dor necessária
para ganhos futuros» e abrir as mentes e movimentar as entidades para
procurar soluções políticas no sentido obter ganhos imediatos
infringindo dor nas elites económicas
Guerras imperiais sem fim e não vitoriosas que sangram a economia,
acabam por criar a consciência de que a classe dirigente «sacrificou o
país» sem «qualquer propósito útil».
Talvez, a combinação de uma nova fase da recessão, a austeridade
perpétua e guerras imperiais irracionais possam virar o actual mal-estar
das massas e lançar hostilidade contra a elite política e económica,
para os movimentos, partidos e sindicatos socialistas…
* Professor (Emeritus) de Sociologia na Universidade Binghamton
de Nova York e professor adjunto na Universidade Saint Mary, no Canadá.
Recebeu numerosas distinções profissionais e académicas.
É autor de mais de 60 livros e de centenas de artigos especializados na
área da Sociologia, e de mais de 2.000 artigos de opinião publicados em
jornais internacionais de grande projecção. Actualmente colabora com
regularidade no jornal mexicano La Jornada, contribui para o Conter
Punch e Atlantic Free Press, e integra o colectivo editorial de Canadian
Dimension.